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RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO
Em que pese a reclamante ter sido contratada pela
reclamada para exercer suas funções com habitualidade, pessoalidade, subordinação
e mediante remuneração no valor de R$ 1.320,00, trabalhando de segunda a sexta-
feira das 17h40min as 00h e aos sábados alternados das 07h00min às 16h totalizando
40 horas semanais. A reclamada não providenciou o indispensável registro da CTPS
da empregada, o que deveria ter sido feito em respeito ao art. 29 da CLT, visto que
todos os requisitos para o reconhecimento da relação de emprego estão presentes
entre o Reclamante e a Reclamada, conforme art. 3º da CLT.
Isto posto, restando evidente o vínculo de emprego, requer
o seu reconhecimento, com a consequente anotação da CTPS do Reclamante, bem
como o recolhimento dos depósitos fundiários de todo o período trabalhado, o qual
teve início no dia 10.05.2023 e se findou no dia 06.07.2023, com data projetada para
o aviso prévio em 06.08.2023.
4 - DA DISPENSA IMOTIVADA
A reclamante foi avisada de sua dispensa por meio de
aplicativo de mensagens, conforme se demonstra nos prints aqui apresentados, não
tendo a reclamada dado quaisquer motivos para tal, não cumpriram aviso prévio e
nem tiveram as verbas rescisórias quitadas.
5- SALDO DE SALÁRIO
A reclamante ficou sem receber o valor de R$285,12
(duzentos e oitenta e cinco reais e doze centavos) referente ao saldo de salário do
mês de julho, quando foi dispensada no dia 06.08.2023, tendo trabalhado 06 dias no
mês. Faz-se necessário a condenação da reclamada ao pagamento.
6- DA INSALUBRIDADE
Durante todo o período contratual a Reclamante laborou
em condições insalubres. Todavia, nada foi pago nesse sentido e não eram fornecidos
todos os Epi’s necessários a atividade.
Nesse contexto, incidiu em colisão ao preceito contido na
Legislação Obreira (CLT, art. 189 c/c art. 192). Do mesmo modo à Constituição
Federal (CF, art. 7º, inc. XXIII)
A atividade desenvolvida pelo Reclamante exigia contato
direto com agrotóxicos, sem o uso de Epis adequados. De mais a mais, igualmente
era exposta a calor intenso, bem acima da razoabilidade.
Não obstante a Reclamante haver trabalhado nessas
condições, durante todo o período laboral, esse não recebera qualquer EPIs
específicos essa finalidade, apenas uniforme e botinas usados, o que infringe o artigo
191 da CLT, em seu inciso II:
7- DO SALÁRIO FAMÍLIA
8- DO ADICIONAL NOTURNO
Tendo em vista que a reclamante sempre trabalhou em
horário noturno sem nada receber, a mesma faz jus nos termos do art. 73, caput e §
2º, da CLT, as horas trabalhadas das 22hs às 5hs devem ser remuneradas com o
acréscimo de 20%.
Diante do exposto, requer a condenação da reclamada ao
pagamento do adicional noturno, no importe de 20% sobre o valor da hora diurna pelo
02h diária e 10hs semanais, que corresponde a 40hs mensais laborados até as 00hs,
bem como seus reflexos em verbas contratuais e rescisórias, chegando ao montante
estimado de R$ 120,80 (cento e vinte reais e oitenta centavos.), devendo a reclamada
juntar os cartões de ponto de todo o período laborado, sob pena de ter reconhecida a
jornada alegada na inicial.
1 – 13º SALÁRIO
Em relação ao 13º salário, a empregada não recebeu nada
sobre o período que trabalhou entre os meses de maio e agosto de 2023, período pelo
qual faz jus ao recebimento da verba nas seguintes proporções:
13º salário proporcional (3/12 avos) – R$356,40
Assim, requer que a Reclamada seja condenada a pagar
a quantia de R$356,40 (trezentos e cinquenta e seis reais e quarenta centavos) a título
de 13º salário referente ao período total tralhado pelo empregado.
2 - FÉRIAS + 1/3 CONSTITUCIONAL
Impõe-se a condenação da Reclamada ao pagamento das
férias adquiridas pelo empregado referente aos períodos abaixo descritos:
Férias proporcionais (3/12): R$330,00
1/3 sobre férias proporcionais: R$110,00
Isto posto, requer a condenação da Reclamada ao
pagamento do valor de R$ 440,00 (quatrocentos e quarenta reais) a título de férias
proporcionais + 1/3 referente ao período trabalhado pelo Reclamante.
3 FGTS + 40%
A reclamante laborou por meses para a reclamada e não
teve sua CTPS assinada e, consequentemente, nunca obteve em seu nome nenhum
recolhimento de FGTS em sua conta vinculada.
Tendo em vista todos os meses que o reclamante laborou
para a reclamada, ele faz jus ao recebimento de todos os depósitos de FGTS que
deveriam ter sido feitos entre maio e agosto de 2023, no valor R$ 362,21 (trezentos
e sessenta e dois reais e vinte e um centavos)
12.1 DOS DANOS MORAIS PELO RISCO POR EXCESSO DE PESO CARREGADO
POR MULHER NO TRABALHO
Carregar peso excessivo é uma limitação legal prevista na
Consolidação das Leis Trabalhistas, sob pena de indenização pela exposição ao risco.
A hermenêutica da questão é pacifica, a exemplo do seguinte julgado:
1
Conste-se que os referidos pesos foram aferidos com base nas descrições dos objetos carregados, por meio
de entrevista com especialista no assunto, afim de aferir previamente a possibilidade e veracidade da denúncia
feita pela cliente.
Pede-se, pelo risco sofrido durante os meses trabalhados
e a título de indenização por transgredir determinações trabalhistas, dano moral no
valor de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais).
E para que venha ao final obter a satisfação dos seus direitos, requer ainda as
seguintes providências processuais: