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LICENCIATURA EM DIREITO
Direito Processual Laboral
Tema:Peticão Inicial
Turma:3L6LDR4
Estudantes:
Claida Cândido-202100299
Processo n°099
Secção Laboral
I – DOS FACTOS:
1º
A A foi admitido ao serviço da R, em virtude da celebração dum contrato de trabalho por conta e
sob a autoridade de direcção da R, por tempo indeterminado, com inicio no dia 1 de janeiro de
2015.
2º
3º
A A durante o tempo que esteve vinculada a R sempre se mostrou eficiente nos seus afazeres
facto que despoletou motivo de inveja aos seus colegas por efectivamente limpar e arrumar todos
bens e utensílios da entidade empregadora. E nunca foi objecto de nenhum processo disciplinar
evidenciando a responsabilidade e empenho no desenvolvimento das suas funções.
4º
Porem, sucede que no dia 04 de fevereiro de 2024 pela tarde, A sente contrações e entra em
trabalho de parto. Apos receber alta medica no dia 5, no mesmo dia a A querendo inteirar e
justificar o motivo da sua ausência, notificou a R entregando-lhe o atestado medico com a data
do afastamento do trabalho por licença de maternidade.
6o
Sucede porem, que durante os 60 dias que a A esteve ausente por ocasião do parto a R não
efetuou o seu pagamento salarial.
7o
Posteriormente, passado este tempo no dia 06 de Maio do mesmo ano, A fez se presente no seu
local de trabalho, para retomar com as actividades, entretanto acontece que a R informa-lhe
verbalmente que já não a queria naquele posto, e porque já tinha uma nova empregada a
trabalhar em seu lugar.
8.°
A teve como seu último dia de trabalho o dia 6 de Maio de 2024, e o último vencimento foi do
mês de janeiro.
II- De DIREITO
9°
R violou a Constituição da República, ao violar o direito ao trabalho por este tipificado, e tendo
em atenção que esta também proíbe o despedimento fora dos casos previstos pela Lei (nr. 1 art.
84, e, nº 3 85 CRM), e dolosamente despediu a A sem justa causa, não se conformando com
dispositivos legais.
10°
Ademais R violou os direitos especiais da A sendo uma mulher trabalhadora, pois é vedado a
entidade empregadora despedir a mulher trabalhadora, até um ano após o termo da licença
previsto na alínea da al. d) do artigo 13 da Lei nº 13/2013 de 25 de Agosto. E por força da alínea
c), do numero 6 do artigo 24 da lei nº 40/2008 de 26 de Novembro não determinam perda da
remuneração as faltas dadas pelo empregador nos 60 dias por ocasião de parto,
11°
12°
Perante esta situação, facilmente se conclui que o A. foi despedido sem justa causa, e que a
intenção da R não se ajusta ao quadro jurídico-legal. Assim, se conclui sem esforço, que R
forçou o despedimento, porque não existem fundamentos plausíveis para o despedimento, como
facilmente se demonstrou;
13°
Assim temos:
1.Data de Admissão: 1 de janeiro de 2015.
2. Data de Despedimento: 6 de maio de 2024
3. Remuneração Mensal: 3000.00mzn
4.Remuneracao ultima:5500.00mzn
6. Total de Indemnização: o nr. 5 art.30 da Lei nº13/2023 de 25 de Agosto;
III. DO PEDIDO:
14°
Nestes termos, e nos demais em Direito aos casos aplicáveis e com mui douto suprimento, a
presente Acção de Impugnação de Despedimento, deve ser recebida, julgada procedente, porque
provada e em consequência:
1. Ser declarada improcedente o despedimento do A;
2. Ser a R condenada a pagar indemnização por despedimento sem justa causa segundo o nr. 5
art. 30 da Lei nº13/2023 de 25 de Agosto;
3. Ser a R condenada a pagar indemnização pelos 2 meses por ocasião de parto;
5. Seja isento o A de pagamento de custas judiciais e demais encargos legais, por se encontrar
desempregada e sem recursos financeiros para suportar, e Seja a R condenada em custas.
Valor da causa:
25.650.00mnz (vinte cinco mil, seiscentos e cinquenta meticais)
Junta:
1. Documentos e copias dos duplicados legais;
2. ; Procuração Forense;
3. Atestado de Pobreza;
4. Atestado médico.
Testemunhas:
Malim Amad
Caiumá Rafaela