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MERITISSIMO JUIZ PRESIDENTE DO TRIBUNAL JUDICIAL DA CIDADE DE MAPUTO

Secção Laboral

FREDERICO FAZ TUDO, casado, com o B.I n.o 56799098532A residente no bairro da coop,
casa n.o 35, contactável pelo numero do seu telefone n.o 847190258, designado como Autor ( A ),
vem deduzir contra João Bonzinho, situada na rua dos Bosses n.o 55 de Maputo,

A presente acção de Impugnação de Despedimento sem justa causa, com processo sumário nos
termos do art. 69 da lei 23/2007 de 1 de Agosto.

Para o efeito fazendo – se valer dos seguintes fundamentos de facto e de direito:

DOS FACTOS:

1o

O A. Foi admitido ao serviço em virtude da celebração dum contrato de trabalho sob a direcção
do Réu, por tempo indeterminado, com inicio em 10 de Fevereiro de 2010;

2o

O A. Exercia a função de agente segurança privada auferindo um salário de inicio de 2.500 mzn
e ultimo de 4.500 mzn.

3o

No dia 15 de Novembro de 2022, o A no seu habitual local de trabalho pelas 3 : 50 ( três horas e
cinquenta minutos ) teve de ausentar se por motivos alheios a sua vontade;

4o

Sucede ainda no mesmo mês devido as baixas temperaturas que a cidade de Maputo apresentava
dias ates o A teve uma parada cardíaca visto que este sofre de problemas respiratórios;

5o
Tendo este apresentado a situação ao seu empregador, mas este o tendo este rejeitado

Pelo que o A. Necessita imenso do seu trabalho a data e a hora acima referida se fez presente ao
local onde encontrava – se sob baixas temperaturas e chuva torrencial acompanhada de granizo
o que impossibilitou a permanência deste tendo se dirigido a um local onde pudesse esconder se
da chuva;

6o

Sucede que a sua ausência culminado com roubo de diverso equipamento informático.

7o

No dia seguinte tomando conhecimento do sucedido o empregador notificou o A. tendo este


respondido a nota de culpa sem tiverem sido levados em conta os seus fundamentos;

8o

Tendo a entidade empregadora tomar como provados os factos por ela apresentados
fundamentado de que o autor participou como facilitador ou cúmplice pois este apresentava
comportamento duvidoso as vésperas do ocorrido e não tendo este realizado nenhuma diligência
a fim de apurar a culpabilidade do A;

9o

E apesar do A. ter negado o cometimento da infracção, o réu o despediu sem observar nenhum
preceito legal ou mesmo juntar qualquer prova admissível;

DO DIREITO

10o

A. sempre comportou se e prestou o seu trabalho com zelo e diligencia exigidas a um trabalhador
nos termos do art. 58 da lei n.o 23/ 2007 de 1 de Agosto.

11o

Nos termos do art. 67 n.o 2 alínea c) da lei acima citada a entidade empregadora deve comunicar
por escrito ao trabalhador e ao comité sindical a decisão proferida relatando as provas
produzidas e indicando os fundadamente os factos contidos na nota de culpa que foram dados
como provados, o que não ocorreu;
12o

Ademais segundo o art. 68 alínea b) da lei 23/2007 de 1 de Agosto a não realização de provas
requeridas pelo trabalhador dão causa a invalidade do processo disciplinar.

13o

Dos factos acima citados não subsistem duvidas de que não foram observadas as formalidades
legais pois o Réu não se dignou a fazer a descrição detalhada dos factos e modo de cometimento
da infracção que é imputada ao trabalhador;

14o

Provados os factos acima mencionados é motivo mais que suficiente para que o tribunal declare
a ilicitude do despedimento e desde já declare a invalidade do presente processo disciplinar;

15o

Tendo em conta que A. auferia um salário estipulado no valor de 4.500 mzn e trabalhou durante
13, 3 meses e 21 dias, a indemnização devera ser calculada nos termos do art. 128, n.o 2 da lei
23/2007 de 1 de Agosto;

Deste modo será

4.500 / 30 = 150 x 45 = 6.750 x 13,5 = 91.125

16o

Neste termos e nos melhores de direito ao caso em apreso com mui douto suprimento de
V.Excia, requer se que a presente acção deve ser julgada procedente porque provada e em
consequência

A. Ser declarada ilicitude do despedimento do autor e


B. Ser o Réu condenado a pagar indemnização segundo art. 69 n.o 5 conjugado com o n.o 2
do art. 128

Valor da acção: 91.125 mzn ( noventa e um mil e cento e vinte cinco mil meticais )

Nota de acusação
Despacho de despedimento

Testemunhas:

Gaspar Barroso

Leão Leopardo

Maputo, 10 de Abril 2023

O Advogado

R violou os direitos especiais da A sendo uma mulher trabalhadora, pois é vedado a entidade
empregadora despedir a mulher trabalhadora, até um ano após o termo da licença previsto na
alínea da al. d) do artigo 13 da Lei 13/2013 de 25 de Agosto Carteira
o
profissional n. 2334

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