1) O documento critica o ensino público e compulsório, argumentando que a educação não deve ser um direito do estado, mas um serviço oferecido livremente no mercado.
2) Defende que o estado usa a educação para doutrinar cidadãos de acordo com seus interesses, em vez de respeitar a liberdade individual.
3) A solução proposta é a desestatização total da educação, abolindo-a como um direito positivo e permitindo um mercado livre e voluntário no setor.
1) O documento critica o ensino público e compulsório, argumentando que a educação não deve ser um direito do estado, mas um serviço oferecido livremente no mercado.
2) Defende que o estado usa a educação para doutrinar cidadãos de acordo com seus interesses, em vez de respeitar a liberdade individual.
3) A solução proposta é a desestatização total da educação, abolindo-a como um direito positivo e permitindo um mercado livre e voluntário no setor.
1) O documento critica o ensino público e compulsório, argumentando que a educação não deve ser um direito do estado, mas um serviço oferecido livremente no mercado.
2) Defende que o estado usa a educação para doutrinar cidadãos de acordo com seus interesses, em vez de respeitar a liberdade individual.
3) A solução proposta é a desestatização total da educação, abolindo-a como um direito positivo e permitindo um mercado livre e voluntário no setor.
O conhecido ensino “Público e Universal” é amplamente
venerado pelos pretensos defensores das classes menos favorecidas, que alegam proteger os direitos iguais de educação para todos, independentemente de sua renda ou classe social. Ocorre que, como sempre, a confiança de que o governo, por meio da extorsão, poderá promover algo de útil para a sociedade é completamente equivocada, pois apenas a propriedade privada e as relações voluntárias tem o poder de tornar livre a educação, afastando-a do controle coercitivo e compulsório que o estado nos impõe. É importante destacar primeiramente que, a classificação do ensino como “Público e Universal” não se passa de um eufemismo para a verdadeira natureza do estado totalitário. Platão, o pai da filosofia coletivista, costumava dizer que “os filhos pertencem, antes dos pais, ao estado”, por mais inimaginável que pareça essa doutrina, é a prática da educação estatal, criada para fins exclusivos de doutrinação e controle do governo sobre seus cidadãos. Uma vez que indivíduos agem em prol de seus próprios interesses, seria ingenuidade achar que um estado, por mais honesto que pareça ser, não utilizaria da educação forçada e uniforme para ensinar o que lhe convém a seus eleitores, adulterando a história e os fatos da melhor forma que lhe servir, permitindo assim, a preservação eterna da ordem social vigente e do status quo. Foi apenas mais tarde, quando essa prática explicitamente autoritária se tornou impraticável aos olhos da opinião pública, é que sua finalidade foi superficialmente substituída pelos discursos de igualdade e solidariedade de políticos demagogos. A educação estatal desde então é um dos elementos fundamentais de todos os regimes totalitários, desde a Alemanha Nazista até a China Revolucionária. Pode-se então perceber, que, quando um governo se dá o poder de educar os seus próprios eleitores, então está garantido a perpetuidade de seu poder. Tendo em mente o verdadeiro intuito da educação estatal e sua natureza, retornemos ao ponto inicial e mais difundido entre os progressistas defensores do sistema de ensino público: de que uma educação gratuita e de qualidade é um direito de todos, e por isso é dever do estado assegurar esse direito. Essa premissa, que aparenta ser humanitária e benéfica, é inteiramente contraditória, e a nada tem a resultar senão a escravidão generalizada. Mas comecemos então pela definição de direito: direito, ou ao menos um direito genuíno, é algo que você possui por natureza, e que ninguém, exceto você, tem alguma autoridade sobre esse algo. A sua vida, o seu próprio corpo, e os objetos que você adquire através de suas ações são exemplos de coisas das quais cada um de nós possui direito. O homem, miserável por natureza, não nasce possuidor de nada além de sua vida e seu próprio corpo, e são suas ações seguintes e seu trabalho que definirão quais objetos lhe pertencem, agora denominadas propriedade privada. Sabendo-se que apenas a vida, o corpo e a propriedade podem ser proclamados como direito, podemos concluir então que, diferentemente do que nos é ensinado, a educação não é um direito, mas um serviço assim como qualquer outro, com a diferença de que este nós julgamos mais importante. Quando o estado então passa a tratar a educação, não como um serviço, mas como um direito, então a definição original de direito como uma norma negativa é esquecida, e o direito se torna uma norma positiva, isto é, o que antes era uma proibição, se torna uma obrigatoriedade. Essa mudança ocorre justamente devido à natureza de um serviço, um bem escasso que, diferente do ar ou de grãos de areia, não é abundante em todo lugar, mas que existe apenas como fruto do trabalho humano. Dessa forma, para que um indivíduo A possua o direito à educação, à saúde ou ao que for, então será necessário que outro indivíduo, B, seja forçado coercitivamente a arcar com os custos desse serviço, o que, claro, será uma direta violação do direito de B sobre seu corpo e sua propriedade. Podemos concluir, portanto, que todo direito positivo, quaisquer que sejam suas intenções, é inerentemente maléfico e só poderá resultar na escravização geral de uma população, onde todos são forçados a trabalhar por todos, e não mais existe liberdade. Expostas todas as contradições e adversidades de se ter a educação como direito, está claro que um governo, por mais bem- intencionado que seja não está qualificado para fornecê-la aos seus cidadãos, isso não significa, portanto, que a educação deve deixar de ser fornecida. É impossível negar o papel fundamental que a educação exerce em nossa sociedade, o avanço extraordinário da espécie humana desde o período paleolítico se deve em grande parte pela perpetuação do conhecimento e a educação das gerações seguintes. Justamente devido a essa enorme importância é que jamais deveríamos permitir que um agente coercitivo, como o estado, se torne o fornecedor desse serviço. Pelo contrário, a educação deve ser fornecida pelos indivíduos, livre e voluntariamente, sem a presença de regras e ameaças impostas por terceiros, e regulada somente pela estrutura resultante das associações e trocas voluntarias, a que chamamos de livre mercado, e claro, seus consumidores. Nos dias atuais, é comum notarmos constante mudança nos itens e produtos que consumimos, novos dispositivos, tecnologias, ideias e inovações surgem a todo momento, tornando o que antes era acessível somente as elites, comum às camadas mais baixas da população. Infelizmente essa situação não está presente quando se trata de escolas e instituições educacionais, a pedagogia, as matérias e o método de ensino quase não se alteraram nas últimas décadas, com exceção de certas mudanças aprovadas por legisladores e funcionários do ministério da educação, que muito provavelmente não fazem a menor ideia da real vontade dos pais e educadores. O resultado inerente de uma educação extremamente regulada e uniforme é sempre a eterna estagnação. Na situação oposta, em uma economia de mercado, a educação, assim como qualquer outro serviço, está em total controle dos clientes e consumidores que a utilizam, mais especificamente os pais e responsáveis, que podem oferecer a empresa privada o seu maior objetivo, lucro. Isso, longe de ser ruim, é a ferramenta que garante a soberania dos consumidores em um sistema de livre mercado. A tarefa de empresários e investidores se resume quase que exclusivamente a prever a demanda de seus clientes e então oferecê-los a oferta, por um menor preço e maior qualidade do que todos os demais produtores do mesmo serviço; e não há motivo para se achar que não fariam o mesmo com a demanda por educação caso lhes fosse permitido, oferecendo exatamente o que procuram seus clientes. Outra importante característica da economia de mercado, a especialização dos produtos e serviços para diferentes públicos e pessoas, poderia muito bem se mostrar lucrativa neste cenário. Diversas escolas, métodos de ensino e pedagogias, adaptadas para cada tipo de criança ou estudante, e até mesmos sites de ensino a distância e homeschooling, ocorreriam como tendência natural do mercado, e com isso resultando em um aperfeiçoamento profundo da educação, que um sistema monopolizado jamais poderia alcançar. E é justamente devido a essa mutabilidade e competição entre diferentes tipos de ensino e metodologias que se torna impossível prever com exatidão o sistema educacional vigente em um futuro livre mercado, isso só poderá ser delimitado através da tentativa e erro, da livre iniciativa. É garantido que haverá um forte incentivo para o ensino de matérias mais práticas e profissionalizantes, que tem como retorno muito mais lucro que a educação maçante e quase completamente teórica ao qual estamos acostumados, onde a monotonia e o desinteresse dos alunos é um problema recorrente. Existem, além desses que foram abordados, incontáveis outros problemas éticos, lógicos e empíricos que acercam a educação estatal, uma das maiores aberrações já criadas pelo estado, abaixo apenas dele próprio. Concluída toda a extensa crítica ao estado como educador, ainda resta apresentar a solução definitiva, porém radical, para todo esse problema. A libertação genuína da educação e da sociedade só poderá ser alcançada pela desestatização total e contínua do ensino; pela abolição dos direitos positivos e a abertura de um mercado plenamente livre e voluntário; e, finalmente, pela instauração do único sistema econômico capaz de tornar o indivíduo soberano e a ordem espontânea, ou seja, pelo sistema capitalista.