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Concepções sobre a posse agrária, civil e agroecológica

Aurélio Marcos Silveira de Freitas

Resumo: Concepção é um modo de ver, de sentir ou de compreender algo. Este artigo apresenta uma
abordagem do conceito de posse nas diferentes vertentes, incluindo as teorias de Ihering e Savigny, bem
como, uma exposição sintética de diferentes concepções sobre a posse agrária, a posse civil e a posse
agroecológica.*

Palavras-chave: Posse agrária – Posse Civil – Posse Agroecológica – Concepções.

Sumário: 1. Introdução; 2. Breve abordagem sobre o conceito de posse e sua evolução histórica; 3. As
concepções sobre posse agrária, posse civil e posse agroecológica; 4. Considerações finais; Bibliografia.

1. INTRODUÇÃO.

Este artigo expõe o conceito de posse, conforme concepções que podem ser apresentadas como próprias
ou impróprias. Dentre as concepções próprias abordamos os aspectos agrário, cível e agroecológico. E
nas impróprias, concepções com significados sem grande importância técnica para o assunto ora
abordado. Além disto, este artigo apresenta uma rápida abordagem histórica sobre a posse enfatizando
as visões civilistas de Rudolf von Ihering e Friedrich Carl von Savigny.

Ademais, na análise deste prélio escrito não é enfatuado acrescer que este artigo não exaure o tema
proposto, até porque o assunto abordado mostra-se doutrinariamente denso e com muitas
peculiaridades que merecem uma dissertação mais amplificada. Entretanto cumpre seu desiderato no
sentido de que apresenta à comunidade acadêmica uma visão sistemática e argumentativa sobre as
diversas concepções sobre o fenômeno da posse na seara jurídica.

2. BREVE ABORDAGEM SOBRE O CONCEITO DE POSSE E SUA EVOLUÇÃO HISTÓRICA.

Existem importantes definições sobre o termo posse e sobre as quais precisamos inicialmente
mencionar, como ponto de partida para a compreensão do assunto ora abordado. Diante disto,
apresentaremos duas concepções, uma primária sobre a posse, isto é, equivocada e distante do cerne
temático abordado e outra concepções secundária, que pode ser subdividida em três concepções, a
saber, agrária, cível e agroecológica.

Na primeira concepção, a saber, imprópria, a posse apresenta-se no sentido gramatical; no sentido


administrativo e também nos sentidos esclarecidos por Fulgêncio(2000) e Diniz(2002).

No sentido gramatical, Houaiss(2006) ensina que o vocábulo posse significa o ato ou o efeito de se
apossar de alguma coisa; propriedade, domínio de fato exercido sobre uma coisa. É o estado de quem
possui uma coisa, de quem a detém como sua ou tem o gozo dela, conforme descreve os dicionaristas
modernos.

No sentido administrativo, Medauar(2011) apresenta-o com o significado de aptidão, capacidade de ser


investido ou assumir compromisso no serviço público, referindo-se ao início de suas atividades
administrativas. Significa aceitação de atribuições, responsabilidade e direitos do cargo, pelo nomeado,
efetuando-se por assinatura de um termo. Em geral, os estatutos concedem até trinta dias para o
nomeado tomar posse; por vezes, esse prazo é prorrogável, a pedido do interessado e a critério da
Administração.

Em Fulgêncio (2000), a palavra posse pode ser compreendida impropriadamente como sinônimo de
propriedade, de tradição, de compromisso de funcionário no qual se compromete a exercer sua função
com honra, ou como significado do exercício de um direito qualquer.

Em Maria Helena DINIZ (pág. 33-34, 2002), o termo posse pode ser compreendido equivocadamente
como sinônimo de domínio público, isto é, a possessão de um determinado país ou como a acepção de
poder sobre uma pessoa.
Por fim, na segunda concepção sobre o termo posse, aliás aquela que pode ser considerada a mais
apropriada, em face do núcleo temático deste artigo. Debate-se aqui, a natureza jurídica da posse na
seara cível, agrária e modernamente agroecológica. Surgem nesta última vertente, teorias jurídicas que
ganharam notoriedade histórica. Tais teorias foram abordadas por teóricos europeus, estudiosos do
direito romano, a saber, Rudolf von Ihering e Friedrich Carl von Savigny.

É adequado considerar que o tema sobre posse é bastante polêmico. Abordar o conceito de posse e sua
natureza jurídica, quer seja um fato ou um direito ocupa enorme espaço na seara jurídica. Savigny, por
exemplo, considerou a posse, ao mesmo tempo fato e direito. Por outro lado, Jhering a considerou um
direito. Vê-se portanto, compreensões distintas sobre o mesmo assunto.

Entretanto, também é importante considerar que antes do surgimento das teorias de Savigny e Jhering,
existe uma evolução histórica sobre o assunto, que ora é abordado sinteticamente. Antes das teorias do
século XVIII, a humanidade enxergava a posse do imóvel rural de maneira coletiva, mais amplicada e
social, ou seja, não havia uma compreensão capitalista sobre o imóvel rural. A mesma ideia servia para
a utilização da água potável e do próprio ar que se respira, pois eram produtos dos deuses pagãos ou
então da criação de um Deus cristão, criador de tudo e de todos, razão pela qual não deveriam ser
objeto de apropriação pelo seres humanos mortais.

Entretanto, almejando ir além destas primeiras acepções divinas sobre a terra, o ar e a água, o ser
humano começou a tratar da posse e compreendê-la através de concepções diferentes. É provável que o
primeiro documento legal que agasalhou a posse no intuito de vê-la inserida na propriedade tenha
origem no Código de Hamurabi, por volta do século XVIII a.C. Na lei das XII Tábuas, por influência dos
plebeus em Roma, também já havia um debate sobre a propriedade. Mas a partir do século XVII e
intensamente no século XVIII d.C, ganharam espaços nos cenários jurídicos e filosóficos debates
ardorosos sobre posse e propriedade, em destaque, no imóvel rural.

No Brasil, o ex-ministro do STF Moreira ALVES (pág. 208, 1997) chegou a afirmar que Savigny poderia ser
imortalizado pela obra publicada em 1803. E na opinição de VENOSA (pág, 41, 2002), a assunto sobre
posse pode ser considerado um tema bastante controvertido.

Na Europa, os cercamentos ou enclousure passaram a integrar o imóvel rural, fazendo surgir uma nova
compreensão sobre a relação da terra com o ser humano. Pode ser considerado um marco histórico
ocidental, para a compreensão do antigo sistema de produção agrário e sua passagem para o modo
capitalista.

No contexto desta mudança, particularmente nos campos ingleses, o sistema de produção feudal passa a
ser alterado para o modo de produção capitalista, revelando-se a gênese das alterações que serão
compreendidas como pilares da expansão comercial britânica. É importante esclarecer que os
cercamentos permitiram a migração de enormes levas de pessoas para os centros urbanos, em busca de
trabalhos nas recentes indústrias inglesas, bem como, incentivaram a vinda de colonos ingleses para o
novo mundo. Isto ocorreu porque tais pessoas passaram a ter dificuldade para o acesso à terra, gerando
conflitos agrários.

Ainda em terreno europeu, as teorias civilistas de renome, defendidas por Jhering e Savigny. Tais
teorias marcaram e ainda continuar em destaque no cenário jurídico. Ambos teóricos se serviram dos
conhecimentos deixados pelos romanos. Para Savigny, a posse deveria ser compreendida através de uma
teoria subjetiva, onde o corpus e o animus domini são os seus elementos primordiais ou indispensáveis.
Ausentando-se o animus existiria apenas a mera detenção da coisa.

Por outro lado, para Ihering, através da teoria objetiva, o animus perde sua importância, posto que, o
simples poder físico sobre a coisa, com a intenção de permanência sobre ela, é suficiente para
compreender que existe posse. Esta teoria de Ihering foi adotada por Clóvis Bevilácqua na redação do
antigo Código Civil de 1.916. Outrossim, em relação ao novel diploma civil (art. 1.196), há
questionamentos sobre a sua adoção plena. As divergências entre Savigny e Ihering permeiam a doutrina
civilista e embasam boas discussões doutrinárias.

No Brasil, embora considerado um país recente, a nossa evolução histórica também permitiu
compreender a importância da posse. Passando pelas capitanias hereditárias, às sesmarias, à lei de
terras, adentrando à fase monárquica até à fase republicana, o país sempre esteve em contato com
conflitos agrários que manejavam muito bem a questão da posse e da propriedade do imóvel rural. Até
hoje, em pleno 2011 ainda presenciamos mortes no campo em razão da questão agrária e ambiental.
Neste artigo, resgatamos o grande conflito agrário acontecido em Goiás, na região de Trombas e
Formoso, durante a década de 1.954 até meados de 1.964. Na época, no ano de 1956, a revista “O
cruzeiro” noticiou tal prélio escrevendo manchetes de destaque, tais como “corre sangue no planalto
central”. Brasília seria construída na região de Goiás e com isto, os jornalistas queriam apresentar para
o país, onde a futura capital e seus executivos estariam instalados.

Liderados por José Porfírio, camponeses vindos das mais diversas regiões, ocuparam as terras do norte
goiano, plantando, colhendo e sobretudo, sobrevivendo como posseiros. Não havia títulos de
propriedade das terras. Praticavam ali o que podemos denominar de posse agrária e quiçá posse
agroecológica.

Vê-se portanto, que inúmeros conflitos alicerçaram a evolução histórica e conceitual da posse e da
própria propriedade do imóvel rural. Daí, inúmeros pensadores modernos também trabalharem o tema
escrevendo obras para compreendê-la. Filósofos como John RAWLS[1] ganharam notoriedade no meio
acadêmico americano, ao argumentar abertamente sobre princípios de justiça.

A amalgamagem do instituto jurídico da posse, com a ideia do social, permitiram o fomento de ideias
sobre a igualdade na oportunidade de acesso à terra, em condições de plena equidade, dando ênfase à
ideia de justiça social. Por outro lado, outros pensadores também surgiram com suas ideias e
interpretações distintas, dentre os quais citamos Robert NOZICK[2] que defendia um raciocínio
contestador ao pensamento rawlsiano, ressaltando que o esforço individual não pode ser abalado no
sentido de permitir uma distribuição da propriedade, e que os mais afortunados deveriam compreender
e aceitar esta dita justiça social.

O Direito Civil nacional, embora permita a absorção da ideia de função social da propriedade, querendo
navegar no mar da justiça social, ainda assim, não conseguiu afastar o sentimento individualista e
formalista tão marcante nas relações privadas. A visão de Jhering (ou Ihering), que embora não seja
reconhecida como a primaz no diploma civil brasileiro, não provocou grandes mudanças na concepção
da posse.

Acreditamos que embora na posse civil esteja descrita no Código Civil/2002, em seu artigo 1.196, bem
como a tipificação da posse civil injusta seja caracterizada pela existência de vícios possessórios, tais
quais, a precariedade, a violência e a clandestinidade, também visualizamos um certo tom irônico sobre
o assunto (SILVEIRA, in a posse e sua repercussão social, 1998).

Destacamos que não queremos incentivar desrespeito ao diploma civilista. Entretanto, se posse justa é
aquela que não é violenta, clandestina e precária, a ocupação de um imóvel rural por camponeses
desempregados, famintos e desamparados pelo estado brasileiro merece ser enxergada com outros
olhos, ou será que justa seria a posse simplesmente porque existe um título documentando a
propriedade ? e ainda; Aliás em muitas ocasições, esta grande propriedade não consegue produzir ou
comprovar produção sustentável e adequada ? Sem dúvidas são questões que precisamos refletir.

3. AS CONCEPÇÕES SOBRE POSSE CIVIL, POSSE AGRÁRIA E POSSE AGROECOLÓGICA.

Concepção, portanto é um modo de ver, de sentir ou de compreender. No assunto em tela, a posse pode
ser compreendida em pelo menos três concepções distitntas. A realidade nos tem apresentado que
existe uma colisão entre a visão oficial ou a visão que tenta ser repassada para a sociedade como aquela
que é a correta, ou seja, a concepção do sistema político vigente e pela imprensa nacional. Entretanto,
não pretendendo ser prolixo na exposição, percebemos que a posse pode ser sinceramente
compreendida em três concepções ou três cenários jurídicos diferentes.

No primeiro cenário, a primeira concepção apresentada denomina-se posse civil (SANTIAGO, in teoria
subjetiva da posse,2004). Nesta há a necessidade de compreender que na teoria subjetivista, o animus
perde a sua importância, pois para Ihering, a noção de animus é inerente ao de corpus. Assim, o singelo
poder físico sobre a coisa com a intenção de permanência já é suficiente para a caracterização da
posse. Ademais, a posse civil pode sofrer questionamento sobre sua legitimidade e sobre sua ênfase na
individualidade, na possibilidade de posse indireta e na ausência de sentimento coletivo, social e
sustentável.

Já no segundo cenário, a segunda concepção enfatizada é chamada de posse agrária, aliás a mais
significativa em nosso estudo. Em sua ilustre obra, que antes foi talhada como dissertação de mestrado
em Direito Agrário, perante a faculdade de Direito da Universidade Federal de Goiás, o ilustre professor
Getúlio Targino de LIMA(pág.84, 1992) nos ensina que a posse agrária é o exercício direto, contínuo,
racional e pacífico, pelo possuidor, de atividades agrárias desempenhadas sobre os bens agrários que
integram a exploração rural a que se dedique, gerando a seu favor um direito de natureza real especial,
de variadas consequências jurídicas, e visando ao atendimento de suas necessidades e da humanidade.

Não obstante ao conceito acima, outro jus-agrarista de destaque também compreende a posse agrária
como aquela em que existe o exercício de atividade agrária, que garante o direito de manter-se no
imóvel rural (MIRANDA, 1988, pág. 125). Seu fundamento está no Estatuto da Terra (art.2 e art. 24). O
posseiro agrário é portanto o ser humano que está na terra para buscar dela sobrevivência. Seu intento
é plantar, colher e comer daquilo que a terra pode lhe dar.

Assim, destaca-se que uma grande distinção existe entre a posse civil e a posse agrária. Enquanto no
primeiro cenário, existe a possibilidade da posse ser indireta, isto é, por interposta pessoa, como só
acontece na posse civil, de outro lado, na posse agrária é necessária que o ser humano considerado o
verdadeiro posseiro esteja realmente na terra, usufruindo o que ela dá ou o que nela se pode plantar e
produzir. O ilustre professor Benedito Ferreira MARQUES (pág. 58, 2007) em bela síntese ensina que o
ponto de destaque para a caracterização da posse agrária é o exercício de atividades agrárias sobre o
imóvel. Isso explicaria o entendimento de que na classificação da posse agrária, não há lugar para a
chamada posse indireta, como ocorre no direito civil, sendo aliás o principal diferenciador entre as duas
categorias de posse sobre o imóvel rural.

Na posse civil, a posse indireta é a do possuidor indireto que cede o uso do bem a outrem. Assim, o
usufruto, o nu-proprietário tem a posse indireta, porque concedeu ao usufrutuário o direito de possuir,
conservando apenas a nua propriedade, ou seja, a substância da coisa. É, portanto, a de quem
temporariamente concedeu a outrem (possuidor direto) o exercício do direito de possuir a coisa,
enquanto durar a relação jurídica que o levou a isso. Extinta esta, readquire o possuidor a posse direta
(DINIZ, pág. 940, 2006).

E por fim, a terceira e última concepção é denominada de posse agroecológica, onde o fato
preponderante é a utilização sustentável da terra, pois para existir a posse é necessária a interação
saudável do posseiro com o meio ambiente (BENATTI, in posse coletiva da terra: um estudo jurídico
sobre o apossamento de seringueiros e quilombolas).

Esta última concepção adota a ideia do uso coletivo do imóvel rural e conseqüentemente dos recursos
naturais presentes. Assim, a prática do trabalho familiar, com base no agroextrativismo são
características bem significativas e marcantes deste cenário. Também é importante compreender que
na posse agroecológica, se materializa pelo somatório sustentável de três conjuntos, a saber, a casa, a
roça e a mata ou cerrado ou águas.

A casa é o espaço físico familiar utilizado como moradia, onde também se realizam tarefas domésticas,
o cridouro de aves, suínos e bovinos para o sustento próprio. Em alguns locais ainda existem os engenho
para a fabricação da rapadura e da aguardente, bem como, as casas de farinha, que obviamente
desempenham o papel importante na torragem deste produto.

A roça é o espaço físico onde o posseiro agroecológico desenvolve atividades de plantio, que precisam
ser de subsistência. O modo de produção capitalista não deve ser aplicado neste tipo de posse.

E por fim, a mata ou cerrado brasileiro ou águas, onde o posseiro e sua família, desenvolvem atividades
extrativistas, para colher frutos, castanhas e peixes para a sobrevivência da família. Enfim, a posse
agroecológica é dinâmica e pode ser até mesmo exemplificada pelo indígena brasileiro, posto que,
ocorre sobre a terra, mas respeita e sustenta o meio ambiente, criando uma relação saudável entre o
posseiro e o seu ambiente natural. Ela é de uso comum, não há cercamentos. Seus atos são exercidos
sobre a terra, isto é, sobre o próprio imóvel rural e não sobre os direitos ou propriedades alheias.Não há
grilagem de terras e muito menos a geração de conflitos agrários.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.

Nesse conjunto de argumentações apresentamos brevemente o conceito de posse e sua evolução


histórica. Enfatizamos as vertentes conceituais de posse, como próprias e impróprias, mas também
apresentamos uma síntese histórica sobre os grandes debates teóricos perpetrados na Europa
intensamente, a partir do século XVIII. Ressaltamos as teorias de Ihering e de Savigny para a
compreensão da posse como fenônemo jurídico substancial no direito civil.

Destacamos também, as concepções sobre a posse, em três cenários bem distitnos, a saber, a posse
civil, a posse agrária e a posse agroecológica. A posse civil, caracteríza-se pelo alicerce no Código
Civil/2002, podendo inclusive permitir a posse indireta do imóvel rural. Já a posse agrária, diferencia-se
pelo aspecto direto, em que o posseiro necessita estar realmente fixado na terra, para nela produzir e
retirar o seu sustento. O posseiro agrário consegue realizar a função social na terra. E por fim, a posse
agroecológica caracteriza-se pela sustentabilidade e o bom manejo entre a produção agrária e a
preservação do meio ambiente. Visualiza-se muito bem o somatório de casa, roça e mata.

Enfim, visualizar concepções sobre posse ajuda-nos a compreender que o camponês posseiro pode
enfrentar cenários jurídicos diferentes, conforme a atividade desenvolvida no imóvel rural. Logo, a
noção de defesa da posse deve passar também, pelo conhecimento de qual tipo de posse está sendo
exercida na terra, pelo modo peculiar e distinto de vida de cada homem ou família.

Bibliografia.
- ALVES, José Carlos Moreira. Posse, vol: I: evolução histórica. Rio de Janeiro. Ed. Forense, 1997.
-BENATTI, José Heder. In : Posse coletiva da terra: um estudo jurídico sobre o apossamento de
seringueiros e quilombolas. Disponível em: “www.daleth.cjf.jus.br/revista/.../artigo07.htm. Acesso em
27 de maio de 2011.
-DINIZ, Maria Helena. Código Civil Anotado. São Paulo. Ed. Saraiva. 2006
-DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro, 4º vol. São Paulo. 17ª edição. Ed. Saraiva. 2002.
-FULGÊNCIO, Tito. Da posse e das Ações Possessórias, vol.I: teoria legal – prática. 9ª ed. Rio de Janeiro.
Ed. Forense, 2000.
-HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro. Ed. Objetiva. 2006.
-LIMA, Getúlio Targino de. A posse agrária sobre o imóvel rural. São Paulo. Ed. Saraiva.1992.
- MARQUES, Benedito Ferreira. Direito Agrário para concursos. 2ª ed. revista e atualizada, Goiânia-GO.
Ed. AB. 2007.
-MEDAUAR, Odete. Direito Administrativo Moderno. 15ª edição, revista, atualizada e ampliada. São
Paulo. Ed. Revista dos Tribunais. 2011.
- MIRANDA, Alcir Gursen de. A Figura Jurídica do Posseiro. Belém-PR. CEJUP, 1988.
- SILVEIRA, Júlio Moreira da. In: A posse e sua repercussão social. Disponível em: “www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n...Acesso em 27 de maio de 2011.
- SANTIAGO, Mariana Ribeiro. in: Teoria subjetiva da posse. Jus Navigandi, Teresina, ano 9. N. 320, 23
de maio 2004. Disponível em: http://jus.uol.com.br/revista/texto/5277. Acesso em 25 de maio de
2011.
- VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil, vol. 5: direitos reais, 2ª ed. São Paulo. Ed. Atlas, 2002.
Notas:
* Artigo orientado pelo Prof. Dr. Sérgio Matheus Garcez, Doutor em Direito Civil pela USP. Professor
Adjunto Doutor de D. Civil da Fac. Direito da Univ. Federal de Goiás. Regente do Programa de Mestrado
em Direito Agrário da UFG. Líder do Grupo de Pesquisa Direito Agrário Contemporâneo: direitos da
sustentabilidade do solo; Linha 1: Contratos Agrários – CNPQ-UFG. Coordenador do NEDECIV – Núcleo de
Estudos de D. Civil, Família e Saúde – UFG.
[1] John Rawls, filósofo norte-americano, que publicou em 1971 a obra intitulada “A Theory of Justice”,
onde aborda princípios da justiça, tais como igualdade de oportunidade no acesso à terra e às condições
de vida. Seu trabalho foi aplaudido porque dá ênfase à ideia de justiça social.
[2] Robert Nozick publicou sua obra em 1974, intitulada de “Anarquia, Estado e Utopia” de 1.974 foi
uma contestação libertária ao pensamento rawlsiano.

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