Você está na página 1de 13

Lipídeo: Uma família de compostos solutos em solventes orgânicos, mas não em água.

Os lipídeos incluem os triglicerídeos (gorduras e óleos), fosfolipídeos e esteróis.

Colesterol: Um membro do grupo dos lipídeos, da classe do esteróis; uma substância


macia, cerosa, fabricada pelo corpo para diversas finalidades e também encontrada em
alimentos de origem animal.

Gorduras: Lípideos que são sólidos em temperatura ambiente (25 graus)

Óleos: Lipídeos que são líquidos em temperatura ambiente (25 graus)

Doenças cardiovasculares (DCV): Doenças do coração e vasos sanguíneos; também


chamada de doença cardíaca coronariana (DCC). As duas formas mais comuns de DCV
são aterosclerose e hipertensão.

Triglicerídeos: Uma das três classes principais de lipídeos da dieta e a principal forma
de gordura dos alimentos. Um triglicerídeo é constituído por três unidades de ácidos
graxos e uma unidade de glicerol. Os triglicerídeos também são chamados de
triacilgliceróis.

Fosfolipídeos: Uma das três classes principais de lipídeos da dieta. Esses lipídeos são
semelhantes aos triglicerídeos, mas cada um tem um ácido contendo fósforo no lugar de
um dos ácidos graxos. Os fosfolipídeos estão presentes em todas as membranas
celulares.

Lecitina: Um fosfolipídeo fabricado pelo fígado e também encontrado em muitos


alimentos; o principal constituinte das membranas celulares.

Esteróis: Uma das três classes principais de lipídeos da dieta. Os esteróis têm uma
estrutura semelhante à do colesterol.

Ácidos graxos essenciais: Ácidos graxos que o corpo necessita mas não é capaz de
fabricar em quantidades suficientes para satisfazer as necessidades fisiológicas.

As gorduras promovem a maior parte da energia necessária para realizar grande parte do
trabalho do organismo, especialmente trabalho muscular.

Glicogênio retém muita água e, como resultado, é muito volumoso e pesado. No entanto
gorduras se acumulam sem água.

 Os lipídeos não apenas servem como reservas de energia, como também


amortecem os órgãos vitais, protegem o corpo de extremos de temperatura,
transportam os nutrientes lipossolúveis, servem como matéria-prima e provêem
o principal material do qual são feitas as membranas celulares.

Saciedade: Sensação de plenitude ou satisfação que as pessoas experimentam após


refeições.
A gordura retarda a digestão e ajuda sustentar a sensação de plenitude até a próxima
refeição. Carboidratos e proteínas também, mas em tempos diferentes. Gordura envia
sinais fracos de plenitude e carboidrato e proteína atuam mais depressa (sinais fortes).

 Os lipídeos fornecem mais energia por grama que os carboidratos e as proteínas,


intensificam o aroma e o sabor dos alimentos, e contribuem para a saciedade, ou
a sensação de plenitude após uma refeição.

Ácidos graxos: Ácidos orgânicos compostos de cadeias de carbono de vários


comprimentos. Cada ácido graxo possui uma extremidade ácida e hidrogênios ligados a
todos os átomos de carbono da cadeia.

Glicerol: Um composto orgânico, com três carbonos de comprimento, que tem interesse
aqui porque serve como estrutura para os triglicerídeos.

Ácidos graxos de cadeia mais curta ou os mais insaturados são mais moles e derretem
mais facilmente.

 O corpo combina três ácidos graxos com um glicerol para formar um


triglicerídeo, sua forma de armazenamento de gordura. Os ácidos graxos
presentes no alimento influenciam a composição das gorduras no organismo.

Ácido graxo saturado: Um ácido graxo com o número máximo possível de átomos de
hidrogênio (não possui nenhum ponto de insaturação). Uma gordura saturada é um
triglicerídeo que contém três ácidos graxos saturados.

Ponto de insaturação: O local em uma molécula onde a ligação é tal que átomos de
hidrogênio adicionais podem facilmente ser fixados.

Ácido graxo insaturado: Um ácido graxo que tem alguns átomos de hidrogênio
faltando e tem um ou mais pontos de insaturação. Uma gordura insaturada é um
triglicerídeo que contém um ou mais ácidos graxos insaturados.

Ácido graxo monoinsaturado: Um ácido graxo que contém um ponto de insaturação.

Ácido graxo poliinsaturado (PUFA): Um ácido graxo com dois ou mais pontos de
insaturação.

Gorduras Saturadas: Triglicerídeos nos quais a maioria dos ácidos graxos são
saturados.

Gorduras Monoinsaturadas: Triglicerídeos nos quais a maioria dos ácidos graxos


possuem um ponto de insaturação (são monoinsaturados).

Gorduras Poliinsaturadas: Triglicerídeos nos quais a maioria dos ácidos graxos


possuem dois ou mais pontos de insaturação (são poli-insaturados).
Saturação se refere ao número de hidrogênios que uma cadeia de ácido graxo está
retendo. Ácidos graxos de vegetais e de peixe, onde faltam um ponto de hidrogênio são
monoinsaturado. O grau de saturação afeta a temperatura a qual a gordura derrete.

Existem ácidos graxos que desobedecem à regra. O óleo de coco é mais saturado que o
do creme de leite. O óleo de palma é altamente saturado.

 Os ácidos graxos são cadeias de carbono ricas em energia que podem ser
saturadas (preenchidas com hidrogênios), monoinsaturadas (com um ponto de
insaturação) ou poli-insaturadas (com mais de um ponto de insaturação). O grau
de saturação dos ácidos graxos em uma gordura determina a maciez ou rigidez
desta.

Emulsificante: Uma substância que se mistura com gordura e com água, e dispersa
permanentemente a gordura na água, formando uma emulsão.

Emulsificação: O processo de misturar lipídeo com água pela adição de um


emulsificante.

Bile: Um emulsificante fabricado pelo fígado a partir do colesterol e armazenado na


vesícula biliar. A bile não digere as gorduras como o fazem as enzimas, mas as
emulsifica de tal modo que as enzimas nos líquidos aquosos possam entrar em contato
com elas e separar os ácidos graxos do glicerol para absorção.

O fosfolipídeo é uma molécula de glicerol com dois ácidos graxos ligados, no lugar do
terceiro, uma molécula de fósforo. Serve como emulsificante.

Esteróis são macromoléculas complexas, anéis interconectados de átomos de carbono


com cadeias laterais de carbono, hidrogênio e oxigênio ligadas. Colesterol serve como
máteria prima para fabricar bile. Outros esteróis são a vitamina D (fabricada a partir do
colesterol) e diversos hormônios importantes, chamados hormônios esteroides.

O colesterol é um esterol importante para estrutura do cérebro e moléculas nervosas. Tal


como a lecitina, fabricada pelo organismo, não é um nutriente essencial. O colesterol
também é parte principal das placas que estreitam as artérias nos casos de aterosclerose.

 Os fosfolipídeos, incluindo a lecitina, desempenham papeis-chaves nas


membranas celulares; os esteróis desempenham papéis na formação da bile, da
vitamina D, dos hormônios sexuais e de outros compostos importantes.

Monoglicerídeos: Produtos da digestão dos lipídeos: consistem em moléculas de


glicerol com um ácido graxo ligado.

Pessoas que se submeteram à remoção de sua vesícula biliar precisam reduzir a ingestão
de gordura, porque elas não são mais capazes de armazenar a bile e liberá-la às
refeições. O sistema só é capaz de lidar com um pouco de gordura de cada vez.
Quilomícrons: Aglomerados formados quando lipídeos de uma refeição são
combinados com proteínas transportadoras da mucosa intestinal. Os quilomícrons
transportam a gordura da dieta, através dos líquidos do organismo, para o fígado e
outros tecidos.

Lipoproteínas: Aglomerados de lipídeos associados com proteína, que servem como


veículos de transporte para os lipídeos no sangue e na linfa. As principais classes de
lipoproteínas são os quilomícrons, as VLDL, as LDL e as HDL.

Lipoproteínas de baixíssima densidade (VLDL): Lipoproteínas que transportam


triglicerídeos e outros lipídeos do fígado para vários tecidos do organismo.

 No estômago, as gorduras separam-se dos outros componentes alimentares. No


intestino delgado, a bile emulsifica as gorduras, as enzimas as digerem e as
células intestinais as absorvem. Os pequenos lipídeos podem viajar isolados no
sangue após a absorção, mas os grandes lipídeos têm de ser incorporados aos
quilomícrons para transporte.

Gorduras viajam no sangue sendo passageiros das lipoproteínas. Os monoglicerídeos e


ácidos graxos de cadeia longa são demasiados grandes para serem liberados diretamente
na corrente sanguínea.

Lipoproteínas de baixa densidade (LDL): Lipoproteínas que transportam lipídeos do


fígado para outros tecidos, como o músculo e o tecido adiposo; contêm uma grande
concentração de colesterol.

Lipoproteínas de alta densidade (HDL): Lipoproteínas que levam o colesterol dos


sítios de armazenamento de volta ao fígado, para desmantelamento e eliminação;
contêm uma grande concentração de proteína.

LDL e HDL são fabricadas no fígado. HDL transportam muitos fosfolipídeos.

HDL carregam lipídeos nosangue, mas as LDL são maiores, mais leves e mais cheias de
lipídeo; as HDL são menores, mais densas e carregadas com mais proteínas. As LDL
distribuem triglicerídeos e colesterol do fígado aos tecidos; as HDL varrem os excessos
de colesterol e fosfolipídeos dos tecidos e os retornam ao fígado para destinação.

 O sangue e outros fluídos corporais são aquosos, de modo que as gorduras


necessitam de veículos especiais de transporte para carrega-las por todo o corpo
em meio a esses líquidos. As principais lipoproteínas são os quilomícrons,
VLDL, LDL e HDL.

No interior do trato digestório: bile emulsifica gordura, tornando-a disponível para ação
enzimática. As enzimas quebram os triglicerídeos em ácidos graxos livres, glicerol e
monoglicerídeos.

Na mucosa intestinal: as partes são absorvidas pelas vilosidades intestinais. Os grandes


fragmentos lipídicos,como monoglicerídeos e ácidos graxos de cadeia longa, são
reconvertidos em triglicerídeos e combinados com proteína, formando quilomícrons que
viajam nos vasos linfáticos. As pequenas partículas lipídicas, como glicerol e ácidos
graxos de cadeia curta, são suficientemente pequenas para entrar diretamente na
corrente sanguínea.

A maneira de usar o estoque de gordura para obter energia é criando uma demanda de
energia nos tecidos pela diminuição da ingestão de energia alimentar e aumentar o gasto
de energia do corpo.

Carboidrato deve estar sempre disponível. Sem carboidrato, ocorrerá cetose e produtos
de decomposição incompleta de gordura (cetonas) aparecerão no sangue e na urina.

O organismo armazena mais calorias a partir da gordura que do carboidrato.

Da glicose à gordura: A glicose é decomposta em fragmentos; os fragmentos podem


prover energia imediata para os tecidos; ou se os tecidos não necessitarem de mais
energia, os fragmentos podem ser remontados, não como glicose mas como cadeias de
ácidos graxos.

 Quando o combustível está baixo, o organismo recorre ao seu estoque de


gordura para obter energia. É necessário glicose para a degradação completa da
gordura; sem carboidrato, ocorrerá cetose.

A maioria das gorduras saturadas da dieta (triglicerídeos) eleva o colesterol sanguíneo


mais do que o colesterol o faz. Ter hipercolesterolemia é um indicador de risco para
DCV. O principal fator alimentar associado à hipercolesterolemia é a alta ingestão de
gordura saturada. O colesterol dietético traz apenas uma contribuição secundária.

A genética modificar um pouco a capacidade de todos de lidar com o colesterol da dieta.


A maioria das pessoas pode comer quantidade limitadas de ovos, fígado e outros
alimentos que contêm colesterol sem medo de desenvolver hipercolesterolemia.

 Uma distinção importante: não é a ingestão de colesterol alimentar mas a


ingestão de gordura saturada o principal fator dietético que aumenta o colesterol
sanguíneo. Hipercolesterolemia é um fator de risco para doenças
cardiovasculares. Retirar a gordura do alimento diminui a quantidade de calorias
e, muitas vezes, também a de gordura saturada.

Oxidação: Interação de um composto com oxigênio, neste caso, um efeito danoso por
uma forma quimicamente reativa de oxigênio.

Antioxidante: Um composto que protege outros compostos do oxigênio reagindo ele


mesmo com o oxigênio.

Ácido linoleico e ácido linolênico: Ácidos graxos poli-insaturados que são nutrientes
essenciais aos seres humanos.
Hipercolesterolemia significa risco de doença cardíaca. É quando o colesterol está sendo
transportado nas LDL para ser depositado nos tecidos corporais.

Mínimo de 35 miligramas de HDL por decilitro de sangue ou plasma associa-se a um


baixo risco de ataque cardíaco. Outra regra é que o colesterol sanguíneo não deve ser
maior que cerca de 4 vezes o HDL.

É melhor reduzir a gordura total e também substituir a gordura saturada por gordura
monoinsaturada ou poli-insaturada.

Nutrientes antioxidantes retardam a oxidação da LDL.

As pessoas também podem aumentar as concentrações de HDL por meio de exercícios.


Exercícios também promovem: músculos do coração e artéria mais fortes, composição
corporal saudável com baixo risco de doença cardíaca, redução da pressão arterial,
melhor resposta a insulina, melhor circulação sanguínea nos músculos cardíacos, maior
volume cardíaco.

 As medidas dietéticas para reduzir as concentrações de LDL no sangue


envolvem reduzir a gordura saturada e substituí-la por gorduras monoinsaturadas
e poli-insaturadas. Algumas pessoas devem também reduzir a ingestão de
colesterol. Os alimentos que contêm colesterol são nutritivos, mas convém
consumi-los com moderação.

Ácido graxo ômega-6: Um ácido graxo poliinsaturado, com a primeira dupla ligação
situada a 6 carbonos da ponta da cadeia. Também chamado de ácido graxo n-6. O ácido
linoleico é um exemplo.

Ácidos graxos essenciais são encontrados em pequenas quantidades nos óleos vegetais e
em peixes de águas frias. Servem como matéria-prima para o organismo fabricar
substâncias semelhantes a hormônios que regulam: pressão arterial, coagulação
sanguínea, lipídeos do sangue, resposta imunológica, resposta inflamatória à lesões e
infecções, dentre outros.

Quando a dieta é deficiente em todos os ácidos graxos poli-insaturados, aparecem


sintomas de infertilidade, anormalidade dermatológicas e problemas nos rins e fígado;
em crianças, o atraso do crescimento. Mas estes problemas são raros a não ser quando
induzidos intencionalmente em dietas inadequadas.

Omega-6 desempenha papel ativo no funcionamento do organismo, papel crítico nas


membranas celulares e protege as células do corpo.

Omega-3 explica o porque dos povos da Groenlândia e Alasca, apesar da dieta rica em
gordura, terem uma taxa de mortalidade por doenças cardíacas tão baixa; pois comem
peixes e outros seres marinhos.

EPA e DHA (dois ácidos ômega-3) são relacionados ao raciocínio, córtex cerebral,
centro da visão e são necessários para o desenvolvimento normal desses órgãos. São
convertidos em substâncias semelhantes a hormônios que afetam o coração e a função
imunológica.

Ácido graxo ômega-3: Um ácido graxo poliinsaturado com a primeira dupla ligação
situada a 3 carbonos da ponta da cadeia. Também chamado ácido graxo n-3. O ácido
linolênico é um exemplo.

EPA, DHA: ácido eicosapentaenoico, ácido docosaexaenoico; ácidos graxos ômega-3


elaborados a partir do ácido linolênico presente nos tecidos de peixes.

Não há recomendações oficiais da ingestão de ômega-3. Dieta norte-americana é


deficiente neste nutriente. O recomendado é consumir 2 ou 3 vezes peixe por semana.A
relação entre ácidos graxos ômega-3 e 6 deve ser de 1 para 4.

Comprar e tomar suplementos de óleo de peixe não é recomendado. Embora existam


evidências consistentes a respeito de prevenção de doenças cardíacas, as outras
declarações são baseadas apenas em pesquisas preliminares inconclusivas.
Superdosagens de óleo de peixe podem não ser seguras.

São os lipídeos mais vulneráveis ao dano por oxidação, aumento do dano celular
oxidativo. Altas doses de vitamina E podem prevenir o dano, mas cientistas estão
investigando as quantidades.

Pesquisas indicam aumento no número e tamanho de tumores em ratos alimentados com


óleo de peixe quando comparados com os que não foram alimentados. Estes
suplementos foram feitos da pele e fígado dos peixes, que podem ter acumulado
concentrações tóxicas de pesticidas, metais pesados e outros contaminantes dos
oceanos, possivelmente ainda mais concentrados em forma de pílula. Porém mesmo
sem contaminação, o óleo de peixe contêm naturalmente altas concentrações das duas
vitaminas potencialmente mais tóxicas, A e D.

 Dois ácidos graxos poli-insaturados, o ácido linoleico (ácido ômega-6) e ácido


linolênico (ácido ômega-3), são nutrientes usados para fabricar substâncias
semelhantes a hormônios, proeminentes no cérebro e retina que realizam muitas
outras funções. A família ômega-6 inclui o ácido linoleico; óleos de sementes
são fontes ricas. A família ômega-3 inclui o ácido linolênico, o EPA e o DHA.
Os óleos de peixes são fontes ricas destes ácidos.

Hidrogenação: O processo de adicionar hidrogênio aos ácidos graxos insaturados para


tornar a gordura mais sólida e resistente a alteração química da oxidação.

Ponto de fumaça: A temperatura na qual a gordura libera um gás acre de cor azul.

Óleos vegetais geralmente são menos saturados que as gorduras animais. Se a escolha
for por um alimento industrializado, no entanto, esta segurança é questionável.

A hidrogenação faz com que as gorduras permaneçam mais frescas por mais tempo e
também altera suas propriedades físicas.
Quando os pontos insaturados dos óleos dos alimentos são oxidados, os óleos tornam-se
rançosos e o alimento fica com sabor “alterado”. Óleos de cozinha devem ser guardados
em recipientes bem fechados, sem contato com o ar.

À medida que os óleos recebem hidrogênio, endurecem. O produto resultado é mais


saturado e cremoso que o óleo original. Também é mais resistente ao dano oxidativo ou
à decomposição por altas temperaturas de cozimento.

Uma vez hidrogenados, os óleos deixam de ser insaturados e perdem os aspectos


benéficos à saúde que possuíam. Existe uma alternativa de proteger o óleo adicionando
um conservante químico (tipo BHA e BHT).

As pastas de amendoim feitas sem gordura hidrogenada, chamadas naturais, separam-se


em camadas de óleo de amendoim que precisam ser misturados antes de usar.

As margarinas que contém óleo líquido como primeiro ingrediente listado no rótulo são,
de modo geral, as mais poli-insaturadas, em especial, as feitas de óleos altamente
insaturados, como de açafrão ou canola. As margarinas que são vendidas em potes ou
em bisnagas ou rotuladas “cremosas” são às vezes, menos saturadas que as variedades
em barra.

 Os óleos vegetais tornam-se mais saturados quando são hidrogenados. As


gorduras hidrogenadas resistem melhor a rancificação, têm textura mais firme e
tem um ponto de fumaça mais elevado que os óleos insaturados.

Ácidos trans-graxos: Ácidos graxos com forma química incomum que podem se
formar quando óleos poli-insaturados são hidrogenados.

Estanol Éster: Composto pertencente à família de lipídeos dos esteróis, derivados de


plantas e que demonstraram experimentalmente reduzir o colesterol sanguíneo quando
consumidos no lugar de outras gorduras em uma dieta pobre em gordura.

Ácidos trans-graxos podem elevar colesterol LDL e reduzir o benéfico HDL. Quando
ácidos graxos ômega-3 são transformados em trans-graxos pelo processamento, o
consumidor não obtém nenhum dos seus benefícios.

A maioria das margarinas e virtualmente todas as gorduras utilizadas para fazer massas
são feitas, em grande parte, de gorduras hidrogenadas, são saturadas e contém
quantidades substanciais de ácidos trans-graxos (até 40%). Algumas margarinas, no
entanto, especialmente cremosas ou líquidas, são feitas de óleos não hidrogenados.

Quando óleos (mas não óleos hidrogenados) são o primeiro ingrediente da lista em um
rótulo de margarina, essa margarina é pobre em ácidos trans-graxos e gordura saturada.

Um ingrediente recém aprovado (estanol ester) reduz colesterol sanguíneo quando


consumido como parte de uma dieta pobre em gordura. Pois não é reconhecido pelo
intestino e por isso não é absorvido, além de bloquear ação do colesterol. Porém o preço
é 3 a 4 vezes mais alto.
Fast-food, salgadinhos tipo batatas chips, assados e outros alimentos comercialmente
preparados são ricos em gordura, contendo até 50% de ácidos trans-graxos.

 O processo de hidrogenação cria ácidos trans-graxos. Os ácidos trans-graxos


atuam no organismo de modo ligeiramente parecido com as gorduras saturadas.

A maioria das pessoas tem de aprender a reconhecer as gorduras nos alimentos e reduzir
sua ingestão.

Existem substitutos de gorduras e gorduras artificias. Dentre estas ultimas, os


fabricantes podem: adicionar água ou incorporar ar nos alimentos, adicionar leite
desnatado aos alimentos cremosos, usar carnes magras e proteína de soja para substituir
carnes gordurosas e assar alimentos em vez de fritá-los. Uso de fibra, açúcares ou
proteína também substituem gordura em alguns alimentos.

OLESTRA: uma gordura artificial não calórica feita de sacarose e ácidos graxos; antes
chamada poliéster de sacarose.

- Apresenta alguma semelhança com a gordura comum. É uma molécula central do


carboidrato sacarose à qual até oito moléculas de ácidos graxos estão ligados.

- Enzimas digestivas não reconhecem a forma da molécula do olestra e assim, não são
capazes de separar os ácidos graxos da sacarose. Todo o olestra consumido em uma
refeição permanece indigerido e passa intacto pelo sistema digestório.

- É a mais bem sucedida das gorduras artificiais. Podendo ser aquecida a temperaturas
de fritura, sem se decompor; efetua todas as funções da gordura em bolos, massas de
torta e outros assados. Apesar do sabor residual, tem gosto de gordura.

- Empresa que inventou estou sua segurança por duas décadas. O olestra pode causar
desconforto digestório e perda de nutrientes e fitoquímicos. Em algumas pessoas, a
presença do olestra indigerível no intestino grosso pode potencialmente causar diarreia,
flatulência, cólica e uma necessidade urgente de defecar; pode também escorregar pelas
fezes e vazar incontrolavelmente do ânus produzindo manchas amareladas e fétidas na
roupa.

- Olestra inibe absorção de vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K). Para compensar esse
efeito o olestra é enriquecido com estas vitaminas.

- Efeito de fitoquímicos benéficos à saúde dos alimentos como carotenos. Estudo


recente mostrou que 3 gramas de olestra por dia reduziram (em 40%) as concentrações
sanguíneas de licopeno, um fitoquímico considerado capaz de defender o corpo contra
algumas formas de câncer.

 As carnes respondem por uma grande proporção da gordura oculta na dieta de


muitas pessoas. A maioria das pessoas consome carne em porções maiores que
as recomendadas.
 A escolhe entre produtos de leite integral e desnatado pode fazer uma grande
diferença no conteúdo de gordura de uma dieta.
 A gordura de pães e cereais pode muito bem estar escondida. Os consumidores
precisam aprender que os alimentos desse grupo também contém gorduras.

Dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA): 70% dos


adolescentes homens comem fora de casa todos os dias; 57% de todos os norte-
americanos, e 40% dos americanos com mais de 60 anos de idade, comem fora de
casa diariamente; os alimentos consumidos fora são mais ricos em gordura, gordura
saturada e colesterol, e mais pobres em vitaminas e minerais, do que as refeições
consumidas em casa.

CONTROVÉRSIA: ÁLCOOL E NUTRIÇÃO

- Os norte-americanos consomem de 6 a 10% da sua ingestão diária em álcool.

- Se tomado com moderação o álcool desinibe e encoraja interações sociais,


sensação agradável de euforia. Mas pode causar problemas como alcoolismo, dirigir
embriagado, brigas, violência e desgaste de autoestima.

- Mulheres são mais suscetíveis ao álcool que os homens.

- Álcool é uma classe de compostos químicos terminados em –ol (ex: glicerol).


Atuam como solvente de lipídeos, matam e desnaturam estruturas proteicas. E pode
promover armazenamento de gordura, particularmente na área abdominal.

- Drinque: 14 gramas de etanol puro. Equivale a: uma taça de vinho; 300 ml de


cooler de vinho; 1 lata de cerveja; 35 ml de bebida alcoólica forte.

- Pode reduzir riscos de doenças cardíacas com pessoas a mais de 60 anos. Mas
mostra também forte correlação com mortalidade por derrame, possivelmente por
causa da pressão arterial elevada.

- Vinho tinto: alto conteúdo de potássio no suco de uva pode reduzir a hipertensão
arterial, podendo o suco de uva ser mais adequado que o vinho. Vinho contém
fenóis e outros fitoquímicos que podem agir como antioxidantes que protegem o
sistema cardiovascular contra lesões oxidativas. O próprio álcool pode criar estresse
oxidativo lesivo aos tecidos do fígado e do pâncreas. O vinho sem álcool e suco de
uvas vermelhas contém fitoquímicos semelhantes aos do vinho mas não aumentam
estresse oxidativo. O vinho pode aumentar apetite, e em pessoas com idade mais
avançada, melhora disposição, estimula interação social, promove sono repousante.

- Moléculas do álcool são capazes de difundir-se através das paredes do estômago e


atingir o cérebro em questão de minutos. Etanol é considerado uma toxina.

- Se beber com estômago cheio, as moléculas de álcool tem menos probabilidade de


tocar nas paredes do estômago e difundir-se através delas, de modo que o álcool
atinja o cérebro de modo mais gradual do que estômago vazio.
- O álcool no cérebro pode sedar os nervos inibidores permitindo aos nervos
excitadores assumir o controle, mas esse efeito é temporário. Álcool atua como
depressor. Células cerebrais são sensíveis a exposição excessiva de álcool, podendo
diminuir o cérebro mesmo em pessoas que bebem apenas moderadamente. Beber
além da capacidade de recuperar-se por períodos prolongados podem causar dano
severo e irreversível à visão, memória, capacidade de aprendizado e outras funções.
Além disso, o álcool deprime a produção de hormônio antidiurético pelo cérebro,
levando a perda de água e sede.

- Bebedores inteligentes alternam entre álcool e outra bebida. A água perdida leva
minerais importantes, como magnésio, potássio, cálcio e zinco.

- Os capilares do trato digestório transportam o sangue, carregado de álcool para o


fígado, capacitando-o para remover substâncias tóxicas antes que elas alcancem
outros órgãos, como o coração e o cérebro.

- O fígado mantém dois conjuntos de mecanismos para metabolizar o álcool: a


enzima álcool desidrogenase (ADH) e um conjunto de enzimas conhecidas como
SMOE, o restante é excretado pela respiração e urina.

- Pesquisas mostram que os alcoólatras fabricam menos ADH gástrico do que as


outras pessoas, e que as mulheres fabricam menos que os homens. Mulheres
absorvem cerca de 1/3 mais álcool que os homens.

- Leva cerca de uma hora e meia para organismo metabolizar um drinque.

- O fígado acelera sua síntese de ácidos graxos. A primeira fase de deterioração


(esteatose hepática) interfere na distribuição de nutrientes de oxigênio aos
hepatócitos. A segunda fase de deterioração (fibrose) é reversível. Na cirrose
(terceira fase) as células do fígado se endurecem, ficam de cor alaranjada e perdem
sua função para sempre. A síntese de algumas proteínas importantes do sistema
imunológico torna-se mais lenta; a síntese de lipoproteínas acelera-se aumentando
os níveis sanguíneos de triglicerídes e HDL. Além disso o álcool em excesso
sobrecarrega o organismo interferindo no metabolismo normal do ácido úrico
podendo causar gota.

- Evidências mostram que o álcool pode suprimir o hormônio reprodutivo masculino


testosterona levando a redução dos tecidos muscular e ósseo, alterações da
imunidade, anormalidades da próstata e uma diminuição da capacidade reprodutiva.

- A ressaca é uma forma branda de abstinência. A pior forma é o delírio com


tremores graves, que representam perigo de morte e exige tratamento médico. A
desidratação do cérebro, efeitos tóxicos dos congêneres, formaldeído são possíveis
causas.

- Quando uma grávida toma um drinque, seu feto também o ingere em questão de
minutos, porém o organismo do feto é indefeso contra os efeitos.
- O alcoolismo torna provável o desenvolvimento de doenças cardíacas. O coração
de um alcóolatra mostra-se muito aumentado e pesa duas vezes mais que um
coração normal.

- Álcool ataca células cerebrais diretamente. Pode causar também câncer de mama,
boca, garganta, esôfago, reto e pulmões; além de parecer promover o avanço do
câncer.

- Outros efeitos: diabetes, úlceras, hepatite não viral, doença do músculo cardíaco,
depressão psicológica grave, lesões nos rins, bexiga, próstata e pâncreas; erupções e
ulceras na pele; resposta imunológica prejudicada; deterioração dos testículos e
glândulas supra-renais; feminilização e impotência sexual em homens; doença
cerebral e lesão do SNC; memória e equilíbrio prejudicados; desnutrição;
deterioração óssea e osteroporose; risco aumentado de morte por todas as causas.

- O índivíduo não recebe nenhum valor nutricional em troca. Além de atrapalhar


metabolismo de nutrientes de cada tecido.

- O corpo expele ativamente folato de todos os sítios de ação. A toxicidade do álcool


não consegue recuperar seu próprio folato e deixa escapar qualquer folato do
alimento.

Você também pode gostar