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Rotação de Culturas

Profª. Flavia Fontana Fernandes


Prof. Rogério Oliveira de Sousa
Grandes Ciclos de Monocultivo
Mandioca, Arroz de sequeiro, cacau, café,
Cana-de-açúcar, arroz irrigado, trigo/soja

Aumento dos custos de produção


Conceitos Básicos
• Monocultura – uma só espécie cultivada
ao longo do tempo
Rotação de Culturas -
• Sucessão de Culturas - variação das
Introdução
espécies apenas no tempo

• Rotação de Culturas - variação das


espécies no tempo e no espaço
Princípios

• Evitar plantas da mesma família botânica (pragas e


doenças)

• Alternar espécies com diferentes sistemas radiculares e


exigências nutricionais

• Usar espécies com diferentes hábitos de crescimento


(fertilidade, proteção do solo, controle de plantas
espontâneas)

• Alternar espécies que exigem a mesma mão de obra,


equipamentos agrícolas e instalações em estações
diferentes
Possíveis Vantagens

• Diminuição de doenças, pragas e plantas espontâneas

• Manutenção e/ou melhoria da fertilidade e estrutura do


solo (ciclagem de nutrientes)

• Diminuição da erosão

• Aumento da estabilidade e da produtividade (qualidade)

• Melhor aproveitamento do parque de máquinas e da mão


de obra

• Diversificação de renda na propriedade


Desvantagens

• Áreas sem exploração econômica ou


desvantajosa

• Exige melhor gerenciamento

• Preço das sementes de plantas de


cobertura
Relação com Rendimento
Ano
Sistema de Rotação
1991 1992 1993 1994 1995 Média
--------------------- kg/ha ---------------------
1
Monocultura de trigo 2.925 b 3.083 b 956 d 2.490 c 2.238 d 2.238 b
2
Um inverno sem trigo 3.685 a 4.968 a 2.359 ab 3.434 ab 3.063 ab 3.502 a
3
Dois invernos sem trigo 3.927 a 4.782 a 2.304 ab 3.496 ab 2.504 cd 3.403 a
4
Três invernos sem trigo 3.874 a 5.204 a 2.633 a 3.479 ab 2.954 abc 3.629 a
Efeitos
Dois invernosde sistemas
sem e dois de rotação de culturas no rendimento
5
com
de trigo
grão de trigo, em 1991, 1992
3.789 a 4.980 a e 1993,
2.587 cultivar
ab 3.220 b BR bc
2.805 23, e3.476 a
1º ano
2.986 b 4.963 a 2.177 bc 3.566 a 2.758 bc 3.290 a
em
2º ano1994 e 1995, cultivar EMBRAPA 16. Passo Fundo, RS
http://www.cnpt.embrapa.br/biblio/p_co02t3.htm
Três invernos sem e dois
com trigo 6
3.967 a 4.768 a 2.714 a 3.481 ab 2.853 abc 3.557 a
1º ano
3.680 a 5.320 a 1.828 c 3.512 a 3.299 a 3.528 a
2º ano
Média 3.604 4.758 2.195 3.335 2.809 3.340
C.V.(%) 8 7 12 5 9 -
** ** ** ** **
F de tratamentos 7 14 14 14 5 10**

1
Monocultura trigo/soja.
2
Monocultura trigo/soja, de 1987 a 1989, e trigo/soja e ervilhaca/milho, de 1990 a 1995.
3
Trigo/soja, aveia branca e ervilhaca/milho.
4
Trigo/soja, girassol ou aveia preta/soja, aveia branca/soja e ervilhaca/milho.
5
Trigo/soja, trigo/soja, aveia branca e ervilhaca/milho
6
Trigo/soja, trigo/soja, girassol ou aveia preta/soja, aveia branca/soja e ervilhaca/milho.
Médias seguidas da mesma letra, na vertical, não apresentam diferenças sigificativas, ao nível de
5% de probabilidade, pelo teste de Duncan.
** = nível de significância de 1%.
Efeitos de sistemas de rotação de culturas na severidade de
doenças de raízes do trigo, em 1993, cultivar BR 23, e em
1994 e 1995, cultivar EMBRAPA 16. Passo Fundo, RS
Ano
Sistema de Rotação
1993 1994 1995 Média
------------------%------------------
1
Monocultura de trigo 41 a 45 a 63 a 50 a
2
Um inverno sem trigo 13 b 9 bc 17 c 13 b

Relação com Doenças


3
Dois invernos sem trigo 15 b 5c 9d 10 b
4
Três invernos sem trigo 16 b 5c 8d 10 b
5
Dois invernos sem e dois com trigo
1º ano 14 b 15 bc 10 cd 13 b
2º ano 14 b 8b 27 b 16 b
6
Três invernos sem e dois com trigo
1º ano 14 b 10 bc 11 cd 12 b
2º ano 23 b 9 bc 26 b 19 b
Média 19 13 21 18
C.V.(%) 19 23 15 -
F de tratamentos 6 ** 13 ** 29 ** 15 **
CONTROLE de Doenças
• Controle eficiente – parasitas necrotróficos
mal-do-pé do trigo
• Não controla parasitas biotróficos
ferrugem
• Difícil controle –
agentes com estruturas infectivas livres
• Habitantes naturais do solo
Rizoctonia, Fusarium...
• Atenção para hospedeiros alternativos
Cancro da haste: soja, tremoço azul
Esclerotinea: girassol, soja, canola, nabo forrageiro,...
Relação com Pragas
Coró-das-pastagens:

ciclo anual

Rotação de Culturas -
Introdução
Pragas
• Espécies não hospedeiras na rotação -
tamanduá ou bicudo não ataca gramíneas
• Plantio Direto – pragas de solo –
nematóides
• Dano relacionado à biologia da praga -
Diloboderus abderus, vaquinha
• Cuidado com plantas de cobertura -
Vaquinha (Diabrotica speciosa) – ervilhaca e feijão
Relação com Plantas Concorrentes

Rotação de
Rotação de culturas =
Culturas -
Introdução
Rotação de Herbicidas, jogar com
disponibilidade de N, cobertura morta, cuidado
com “sementes de má qualidade”...
Relação com NUTRIENTES

Rotação de Culturas -
• Nitrogênio
• Ciclagem deIntrodução
matéria orgânica (MOS)
e FBN
• Carbono orgânico do solo
4,0

3,72
3,5

3,62

3,27
3,0

3,03

3,03
N total (Mg ha )

2,76
-1

2,71
2,5

2,63

2,55
2,20
2,0

Início do experimento
1,5
SN CN SN CN SN CN SN CN

1,0 Campo Nativo

A+V/M+C
A+V/M+C

A/M
A/M
0,5

0,0
1969 1985 PC PD
1998

Figura 7. Efeito de sistemas de preparo de solo, sistemas de cultura e da adubação


nitrogenada nos estoques de carbono (a) e nitrogênio (b) de um Argissolo
Vermelho (0-17,5 cm) no Sul do Brasil. PC=preparo convencional, PD=plantio
direto, A=aveia, V=ervilhaca, M=milho, C=caupi. Fonte: Lovato (2001).
RELEMBRANDO...
Princípios da RC
• Evitar plantas da mesma família botânica (pragas e
doenças)
• Alternar espécies com diferentes sistemas radiculares
e exigências nutricionais
• Usar espécies com diferentes hábitos de crescimento
(fertilidade, proteção do solo, controle de plantas
espontâneas)
• Alternar espécies que exijam a mesma mão de obra,
equipamentos agrícolas e instalações em épocas
diferentes
http://www.cnpso.embrapa.br/producaosojaPR/rotacao.htm
Zoneamento
para
Cevada
(RS)
EXEMPLO - 2 anos

SOJA - ERVILHACA – MILHO – AVEIA PRETA

VERÃO INVERNO
MILHO
Ano I SOJA
AVEIA PRETA
ERVILHACA
PELUDA

Ano II

Ano III
EXEMPLO - 4 anos
MILHO AVEIA PRETA SOJA TRIGO
SOJA Aveia+ ervilhaca MILHO TREMOÇO

VERÃO INVERNO

Ano I

Ano II

Ano III

Ano IV
EXEMPLO - rotação de 4 anos

MILHO AVEIA PRETA SOJA TRIGO


SOJA Aveia+ ervilhaca MILHO TREMOÇO

VERÃO INVERNO

Ano I

Ano II

Ano III

Ano IV
Integração lavoura-pecuária

Pastejo x Formação de cobertura

Pisoteio x Compactação
Ao Trabalho!!!!
Evolução dos Teores de Matéria Orgânica do Solo
(MOS)
Experimento em Dourados - MS
Pastagem/lavoura
PC
Pastagem
SPD permanente

Área: 28 ha
Variável: Matéria Orgânica do Solo (g kg-1)
Grade de amostragem 30m x 30m
Dados tratados com SIG (Spring)
Latossolo vermelho distroférrico típico argiloso
Dourados,MS
Salton, J.C. Matéria orgânica e agregação do solo em rotação lavoura – pastagem em
Ambiente tropical. Porto Alegre, UFRGS, (Doutorado, Tese), 158 f., il., 2005.
Evolução dos Teores de Matéria Orgânica do Solo
(MOS)
Experimento em Dourados - MS
Pastagem/lavoura
PC
Pastagem
SPD permanente

Área: 28 ha
Variável: Matéria Orgânica do Solo (g kg-1)
Grade de amostragem 30m x 30m
Dados tratados com SIG (Spring)
Latossolo vermelho distroférrico típico argiloso
Dourados,MS
Salton, J.C. Matéria orgânica e agregação do solo em rotação lavoura – pastagem em
Ambiente tropical. Porto Alegre, UFRGS, (Doutorado, Tese), 158 f., il., 2005.
Evolução dos Teores de Matéria Orgânica do Solo
(MOS)
Experimento em Dourados - MS
Pastagem/lavoura
PC
Pastagem
SPD permanente

Área: 28 ha
Variável: Matéria Orgânica do Solo (g kg-1)
Grade de amostragem 30m x 30m
Dados tratados com SIG (Spring)
Latossolo vermelho distroférrico típico argiloso
Dourados,MS
Salton, J.C. Matéria orgânica e agregação do solo em rotação lavoura – pastagem em
Ambiente tropical. Porto Alegre, UFRGS, (Doutorado, Tese), 158 f., il., 2005.

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