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Projeto de Instalação
Memória Descritiva
ATERRO DE RESÍDUOS NÃO PERIGOSOS
Índice
Projeto de Instalação
Memória Descritiva
ÍNDICE GERAL
PEÇAS ESCRITAS
PEÇAS DESENHADAS
1-1
Índice
ÍNDICE DE PORMENOR
Pág.
1.INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 1
1.1. Finalidade da Pretensão ......................................................................................... 1
1.2. Enquadramento Legal ............................................................................................ 1
1.3. Apresentação da Empresa ..................................................................................... 2
1.4. Identificação da Empresa/Instalações .................................................................... 3
1.5. Técnico Responsável pelas Operações ................................................................. 4
2.DEPOSIÇÃO DE RESÍDUOS....................................................................................... 6
2.1. Bases de Dimensionamento e Plano de Intervenção ............................................. 6
2.2. Conceção/Modelação do Aterro ............................................................................. 7
3.CONCEÇÃO DO ATERRO........................................................................................... 8
3.1. Conceção Global .................................................................................................... 8
3.2. Plano de Intervenção no Terreno ........................................................................... 8
3.3. Preparação do Terreno........................................................................................... 9
3.4. Resumo ................................................................................................................ 10
4.CARACTERÍSTICAS GEOLÓGICAS, GEOTÉCNICAS E HIDROGEOLÓGICAS DO
LOCAL ........................................................................................................................... 14
4.1. Caracterização Geológica e Geotécnica .............................................................. 14
4.1.1. Enquadramento Regional ...................................................................................................... 14
4.1.2. Zona de Intervenção .............................................................................................................. 14
4.1.3. Reconhecimento Geológico e Geotécnico ............................................................................ 15
4.2. Caracterização Hidrogeológica............................................................................. 17
4.2.1. Enquadramento Regional ...................................................................................................... 17
4.2.2. Zona de Intervenção .............................................................................................................. 18
4.3. Síntese da Caracterização Geológica, Geotécnica e Hidrogeológica do Local .... 20
5.SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO DO ATERRO ................................................. 21
5.1. Sistema de Impermeabilização ............................................................................. 21
6.SISTEMAS DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS E LIXIVIADOS ......................... 24
6.1. Sistema de Drenagem e Captação/Elevação Lixiviados ...................................... 24
6.2. Sistema de Drenagem de Águas Pluviais............................................................. 25
7.DRENAGEM E TRATAMENTO DE BIOGÁS ............................................................. 27
7.1. Sistema de Controlo e Drenagem do Biogás........................................................ 27
7.2. Valorização Energética do Biogás ........................................................................ 28
7.2.1. Descrição do equipamento .................................................................................................... 29
7.2.2. Ciclo de Tratamento .............................................................................................................. 30
7.2.3. Sistema de Produção de Energia Eléctrica ........................................................................... 32
7.2.4. Tocha ..................................................................................................................................... 33
7.3. Modo de Funcionamento do Equipamento ........................................................... 33
7.4. Recuperação dos Resíduos ................................................................................. 34
8.PLANO DE EXPLORAÇÃO DO ATERRO.................................................................. 35
1-2
Índice
1-3
Índice
1-4
Índice
ÍNDICE DE FIGURAS
Pág.
Figura 1. Localização da instalação ......................................................................................5
Figura 2. Unidade de Valorização de Biogás ....................................................................................28
Figura 3. Estrutura metálica ....................................................................................41
Figura 4. Unidade de valorização de Resíduos/Edifício Administrativo ................................................42
Figura 8. Unidade de Tratamento de Lixiviados ....................................................................................48
Figura 9. Localização dos piezómetros ....................................................................................63
Figura 7. Localização da plataforma de pré-compostagem ..................................................................93
1-5
Índice
ÍNDICE DE TABELAS
Pág.
1-6
Índice
1-7
Introdução
1. INTRODUÇÃO
O CITRI propõe-se a ampliar a capacidade da célula C, cuja volumetria atual é de 1 280 463
m3, para uma volumetria de 1 822 563 m3 correspondente a uma capacidade total para a
deposição de 1876 773 t de resíduos não perigosos. Esta alteração permitirá atribuir à célula
C uma vida útil de mais cerca de 11 anos (incluindo o ano 2019), tendo em conta a receção
média de 100 000 t/ano de resíduos, o que corresponde ao encerramento em 2029.
.
1.2. Enquadramento Legal
Este projeto foi elaborado tendo presente a Lei-Quadro das Emissões Industriais, o Decreto-
lei n.º 127/2013, de 30 de agosto. No âmbito da deposição de resíduos em aterro foram tidos
em conta os requisitos estabelecidos no Decreto-lei n.º 183/2009, de 10 de agosto.
Introdução
No que respeita às instalações de apoio teve-se em conta legislação de âmbito diverso como
seja o RJUE ou no domínio da segurança contra incêndios ou ainda de segurança e saúde
no trabalho.
Além das instalações acima referidas existem ainda as seguintes instalações auxiliares:
Portaria
Báscula
Unidade de lavagem de rodados
Área de manutenção (Oficina)
Área de armazenagem externa
Introdução
Instalações Administrativas
Posto de Transformação (PT)
Estação Meteorológica
Central de Incêndio
Unidade de Valorização de Biogás
Posto de Abastecimento de Combustível
O aterro encontra-se licenciado, pela CCDR, para o exercício da atividade nos termos do
Decreto-lei n.º 183/2009, de 10 de agosto, sendo detentor do Alvará n.º 02/2018. A atividade
da UVR encontra-se regulada pelo TUA 612 de 2018. O CITRI possui ainda a Licença
Ambiental n.º714/0.1/2018 e a Licença de Utilização n.º 22/09, de 06 de fevereiro, atualizada
a 11 de Julho de 2013 emitida pela Câmara Municipal de Setúbal, ao abrigo do Decreto-lei
n.º 555/99, de 16 de dezembro e subsequentes alterações.
Introdução
Web: www.blueotter-group.pt
e-mail: citri@blueotter.pt
NIF: P 504 472 046
CAE principal: 38 212 “Recolha e Tratamento de Outros Resíduos”
CAE secundário: 38211 “Tratamento e Eliminação de Resíduos Inertes”
CAE secundário: 38321 “Valorização de Resíduos Metálicos”
CAE secundário: 38322 “Valorização de Resíduos Não Metálicos”
(Decreto-lei n.º381/2007, de 29 de Julho).
Deposição de Resíduos
Deposição de Resíduos
2. DEPOSIÇÃO DE RESÍDUOS
A célula C, abrangida pelo presente projeto, é enquadrada, a Sul, pela unidade de valorização
de resíduos e a lagoa de lixiviados, a Oeste e Noroeste pela via de acesso e pela zona das
instalações de apoio, e a Nordeste e Este pelos limites do loteamento que, respetivamente,
confrontam com uma zona verde de proteção e com o espaço industrial da fábrica da Portucel
de Setúbal.
A célula C, com a ampliação prevista, abrange uma área global de cerca de 8,2 + 1,65 ha.
O projeto tem por objetivo a ampliação da capacidade da célula C com capacidade atual para
a deposição de 1 876 773 t de resíduos não perigosos.
A capacidade de encaixe de resíduos da célula C deverá assim ser de 1 822 563 m3. Como
terras de cobertura são utilizados os resíduos de construção e demolição e outros materiais
inertes rececionados.
Deposição de Resíduos
(1)
Inclui resíduos e terras de cobertura
(2)
Considera-se a densidade de resíduos em aterro de 1,1 t/m3
(3)
Considera-se que a quantidade de resíduos não perigosos, recebida anualmente na instalação, é de 100 000 t
A zona disponibilizada para o aterro, apresentada na Figura 1, abrange uma área global de
cerca de 10 ha.
Conceção do Aterro
3. CONCEÇÃO DO ATERRO
Em termos espaciais, foi definida uma zona para a ampliação da célula de deposição de
resíduos não perigosos, de forma a permitir um aumento de capacidade em 542 100 m3,
capaz de receber, anualmente, 100 000 t de resíduos não perigosos, durante11 anos (2019-
2029), tendo em conta o levantamento disponível no final de 2018.
O projeto tem por objetivo a ampliação da célula C existente, otimizando as áreas disponíveis,
de forma a conferir um acréscimo de capacidade ao aterro em exploração e,
consequentemente, a aumentar a sua vida útil.
A ampliação será realizada em zonas adjacentes a célula C, designadamente nas zonas Sul
e Nascente da célula.
Conceção do Aterro
Como já referido, foi considerada a construção de uma única célula de resíduos (célula C),
mas, dentro desta, estabeleceram-se duas sub-células (sub-células C1 e C2), delimitadas
por uma banqueta de separação, com o objetivo de isolar os respetivos caudais de águas
lixiviantes e, assim, permitir que a sub-célula, ainda não explorada, não contribua para o
caudal de águas lixiviantes a tratar.
Assim, na sub-célula C1 o enchimento efetua-se desde a cota média de fundo de +7,00 até
à cota máxima de +47,00; na sub-célula C2 o enchimento faz-se desde a cota média de fundo
de +6,95 até à cota máxima de +47,00.
Conceção do Aterro
Note-se que o CITRI utiliza RCD e materiais inertes na cobertura dos resíduos recorrendo ao
depósito de terras apenas quando necessário.
3.4. Resumo
10
Conceção do Aterro
11
Conceção do Aterro
12
Conceção do Aterro
13
Esta unidade é enquadrada por terrenos mais antigos, onde se registam as altitudes mais
elevadas e os relevos mais vigorosos, destacando-se a Este e a Sul as formações do Maciço
Antigo, e a Oeste, a Orla Sedimentar Secundária, correspondente à Serra da Arrábida.
Trata-se de uma área que apresenta grande regularidade em consonância com a constituição
litológica, com relevo pouco acentuado, linhas de água pouco entalhadas e de vales abertos
com vertentes simétricas. As cotas do terreno natural variam entre 2 e 21 m.
A orientação geral das pequenas linhas de água, de carácter sazonal e abrangidas pelo
aterro é de S-N e E-W, com encostas suaves e apresentando inclinações em regra inferiores
a 15º.
14
De acordo com sondagens efetuadas no local, está-se em presença das seguintes unidades
lito estratigráficas:
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Nos trechos de cotas mais baixas, essencialmente associadas aos vales, ocorrem
acumulações de areias dunares (Ad), constituídas por areias médias a finas, sem finos e com
1-3 m de desenvolvimento vertical. Os ensaios com DPSH realizados nesta unidade
propiciaram valores de qd maioritariamente compreendidos entre 3 MPa e 15 MPa. A
amostragem processada laboratorialmente, e que reflete a constituição das areias de duna
mais superficiais, referenciou sobretudo os níveis enquadrados no grupo SP-SM da
classificação Unificada e no grupo A-1-b(0) do sistema AASTHO.
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A área em análise inclui-se na Bacia Sedimentar do Tejo e Sado. Esta unidade foi afetada
por importantes movimentos orogénicos, que provocaram o seu afundamento ao longo das
linhas de debilidade estrutural do soco. Esta zona, na qual já se tinham depositado os
sedimentos do mesozóico, foi coberta por materiais continentais oligocénicos, aos quais se
sobrepuseram os produzidos durante a transgressão aquitano-burdigaliana. Posteriormente,
no Helveciano, começou uma regressão, que se prolongou até ao Miocénico superior.
Simultaneamente, com as formações marinhas depositadas na zona submersa, formaram-
se, na parte continental da bacia, sedimentos fluvio-continentais e lacustres. Este facto
explica que, nesta bacia, sedimentos com a mesma idade tenham fácies distintas e,
consequentemente, com características hidrogeológicas diferentes.
Na bacia do Baixo Tejo e Sado identificam-se dois sistemas aquíferos com ligações
hidráulicas, limitados inferiormente pelas formações margosas do Aquitano-Burdigaliano e
pelos terrenos do Oligocénico-Cretácico.
Os valores dos parâmetros hidráulicos dos aquíferos cativos são elevados, registando-se
rendimentos específicos da ordem dos 3 a 8 l/s.m, existindo captações com caudais variando
entre 40 a 100 l/s. Os valores da transmissividade são da ordem de 10-2 m/s2 e os
coeficientes de armazenamento variam entre 3x10-4 e 7x10-4.
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A espessura deste aquífero é variável e por vezes difícil de definir, não ultrapassando
normalmente os 120 m, nas zonas de maior profundidade.
Os valores dos parâmetros hidráulicos são muito variáveis. As aluviões do baixo Tejo
apresentam valores de 1,5x10-2 a 3x10-2 m/s2 para a transmissividade e de 10-2 a 10-3 para o
coeficiente de armazenamento.
• Pliocénico
A permeabilidade, com valores compreendidos entre k=10-3 cm/s a 10-4 cm/s, foi
calculada a partir dos caudais específicos e ensaios de bombagem das captações
que drenam estas formações, verificando-se que não apresentam um potencial de
exploração adequado a grandes consumos, podendo-se considerar como um
aquífero pobre.
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Quanto à velocidade do fluxo, foi calculada com base na relação de Darcy, tendo-se
chegado a valores compreendidos entre 1 m/dia e 0,4 m/dia, com gradiente
hidráulico da ordem de 0,1, função da litologia considerada, com direção de
percolação aproximadamente de ENE para WSW. Poderá ainda existir uma
componente SSW da mesma ordem de grandeza.
• Miocénico
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Do ponto de vista hidrogeológico, a área situa-se na Bacia Sedimentar do Tejo e Sado, para
a qual está estimada uma produtividade média de 500 m3/km2.dia.
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Sistema de Impermeabilização
De acordo com este diploma, a camada de solo subjacente ao aterro deve constituir uma
barreira de segurança passiva durante a fase de exploração e até completa estabilização dos
resíduos devendo garantir, tanto quanto possível, a prevenção da poluição dos solos, das
águas subterrâneas e de superfície pelos resíduos e lixiviados. A barreira de segurança
passiva deve ser constituída por uma formação geológica de baixa permeabilidade e
espessura adequada, de acordo com as especificações indicadas a seguir.
A base e os taludes do aterro devem consistir numa camada mineral que satisfaça as
condições de permeabilidade e espessura de efeito combinado, em termos de proteção do
solo e das águas subterrâneas e de superfície, pelo menos equivalente à que resulta das
condições indicadas na Tabela III.
Tabela III. Barreira geológica
Resíduos Resíduos não Resíduos
Categoria do aterro
inertes perigosos perigosos
Coeficiente de permeabilidade (K, m/s) ≤ 1 x 10-7 ≤ 1 x 10-9 ≤ 1 x 10-9
Espessura (m) ≥1m ≥1m ≥5m
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Sistema de Impermeabilização
No que respeita ao sistema de proteção ambiental ativo, será estabelecida uma barreira de
impermeabilização artificial constituída por uma geomembrana ou dispositivo equivalente.
Assim, o sistema de impermeabilização inferior da base e taludes das células para resíduos
não perigosos é constituído, de baixo para cima, pelos seguintes materiais (ver Desenho C-
110-C-01).
Na base:
– Camada geológica de material argiloso, com 0,5 m de espessura e condutividade
hidráulica de 1x10-9 m/s;
– Geocompósito bentonítico (5x10-11 m/s);
– Geomembrana de PEAD de 2 mm de espessura, protegida superiormente por
geotêxtil de 270 g/m2;
– Camada mineral de drenagem, com 0,5 m de espessura, sendo constituída por
0,10 m de areia, na base e 0,40 m de brita não calcária 5/15, no topo.
Nos taludes:
– Camada geológica de material argiloso, com 0,5 m de espessura e condutividade
hidráulica de 1x10-9 m/s;
– Geocompósito bentonítico (5x10-11 m/s);
– Geomembrana de PEAD de 2 mm de espessura, protegida superiormente por
geotêxtil de 270 g/m2;
– Geocompósito de drenagem com geotêxtil de 300 g/m2, resistente aos UV, na face
superior.
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Sistema de Impermeabilização
O geotêxtil de 270 g/m2 colocado superiormente à geomembrana tem como função principal
a proteção da geomembrana contra o punçoamento provocado pelos materiais que
constituem a camada drenante de fundo das células e que se lhe sobrepõe.
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Este sistema ao permitir a remoção dos lixiviados que se acumulam na base do aterro, reduz
a carga hidráulica sobre o sistema de impermeabilização, contribuindo, portanto, para a
minimização de fugas de lixiviados através do mesmo.
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O poço de bombagem terá altura útil de 5,24 m e diâmetro interno de 2 m, permitindo uma
banda de controlo, entre nível baixo (de paragem das bombas) e nível alto (de arranque das
bombas) equivalente a 2,5 m3 de lixiviado.
As bombas a usar no novo poço de bombagem (2x100%) deverão ser submersíveis, de eixo
vertical, com corpo e impulsores em ferro fundido, veio em aço inox AISI 403, equipadas com
camisa de arrefecimento, caudal nominal de 40 m3/h e altura manométrica máxima 25 mca,
incluindo pé de acoplamento rápido, guias e suporte de guias, corrente, quadro elétrico de
comando e controlo, 3 (três) interruptores de nível do tipo boia e todos os acessórios.
O projeto da célula C tinha incorporado uma linha de água existente, com orientação W-E,
que drenava para o curso de água principal e, deste, para o esteiro de Praias do Sado.
O leito da referida linha de água tinha sido objeto de relocalização, no âmbito do projeto inicial
da célula C, de acordo com as orientações da CCDR-LVT sobre a matéria, à data.
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A contenção das infiltrações na massa de resíduos, após selagem, será realizada por um
perfil de selagem, descrito no Volume II, que inclui, entre outras, uma camada de drenagem,
a qual, para além de cumprir com a respetiva função hidráulica de drenagem das águas
pluviais, concorrerá para melhorar a estabilidade da massa de resíduos e dos taludes criados.
As águas que não se infiltram serão conduzidas ao exterior da zona de intervenção por um
sistema de drenagem superficial apropriado, que se descreve igualmente no Volume II.
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Os cálculos efetuados apontam para uma produção de biogás máxima de 46,0 Nm3/h.
Considerando que cada dreno executado permite a criação de uma depressão para onde o
gás terá migração preferencial e que o seu raio de influência eficaz atinge cerca de 30 m,
tinha-se considerado, na célula C existente, a instalação de 16 drenos.
Quando toda a célula C estiver selada, o sistema de ventilação passivo será substituído por
um sistema de drenagem ativo, constituído por tubos drenantes a instalar em maior número,
acoplados a cabeças de regulação que, através de uma rede de coletores, ligarão à unidade
de valorização de biogás que, atualmente recebe o biogás gerados nas células A e B, já
seladas e uma parte dos drenos instalados na célula C. Na unidade de queima, realiza-se a
queima controlada do biogás.
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A aspiração do biogás através dos drenos e rede de coletores é realizada pelo conjunto de
compressores.
O conjunto moto-gerador utilizado tem interligação com a rede do SEP – Sistema Elétrico de
Serviço Público, através do ponto de interligação.
Após a selagem da célula C esta unidade receberá também o biogás para valorizar.
A energia elétrica é entregue à rede elétrica nacional mediante uma cabine de interface em
média tensão com o gestor local.
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1. Poços de captação;
2. Estações de regulação;
3. Condutos;
4. Estação de extração.
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A rede de drenagem é constituída por tubos de PEAD, para gás, com Ø 200 mm.
Para a escolha do sistema de drenagem e a sua regulação foram tidos em conta os seguintes
aspetos:
A estação de extração foi dimensionada com base no caudal de gás previsto, na quantidade
e distância dos poços e nas perdas de carga da rede de captação. É constituída da seguinte
maneira:
- descarregadores de condensação de PEAD;
- um separador ciclónico de condensação para cada entrada;
- filtros para retenção de pó (para salvaguardar o ventilador e os motores);
- dois ventiladores (um a funcionar e o outro de reserva) reguláveis mediante um
inversor.
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7.2.3.1. Analisador
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O grupo de geração é instalado num apropriado contentor de metal, com suporte autónomo
e dotado de isolamento acústico e térmico, no qual se encontra alojado o quadro elétrico e o
quadro de comandos do grupo.
O sistema de pós combustão é constituído por uma câmara de combustão dupla. Os gases
são aquecidos, aquando a introdução na câmara, por resistências elétricas e durante a
combustão é utilizado uma proporção de biogás para manter a temperatura. Após a oxidação
são enviados à segunda câmara de combustão onde arrefecem e são emitidos para a
atmosfera a uma temperatura de cerca de 510 °C. A cada 3~5 minutos uma válvula inverte a
ordem do fluxo do gás, enquanto o sistema estiver a operar. A alternância da passagem pelas
duas câmaras possibilita poupar energia e manter a eficiência do processo.
Em caso de paragem temporária do motor, em que o biogás não possa ser queimado, o
mesmo é encaminhado para uma tocha de emergência, que se acende automaticamente.
7.2.4. Tocha
O equipamento funciona sete dias por semana e 24 horas por dia, cerca de 8.000 horas por
ano.
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Gás combustível
Metano mín. 30% vol.
Características dos resíduos
H2S máx. 1,5% vol.
P.C.I. mín. 12.500 kJ/Nm3
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O aterro foi concebido de forma a sofrer uma exploração faseada e sequencial, assente na
constituição de duas sub-células de deposição de resíduos, a explorar em sequência.
A divisão do aterro em duas sub-células, teve por objetivo uma minimização da contribuição
pluvial na produção de águas lixiviantes, limitando essa contribuição à que é originada na
sub-célula em exploração, em cada momento.
A divisão em sub-células tem, ainda, o mérito de permitir uma gestão mais sistematizada e
racional do aterro.
As duas sub-células são delimitadas pelos taludes periféricos do aterro, por um dique de
contenção (banqueta de encosto), a Este e por um septo central que separa as duas sub-
células entre si.
A exploração iniciou-se pela sub-célula C2, tendo ao fim de 5 anos se iniciado a exploração
da sub-célula C1. No final da exploração, proceder-se-á a uma renaturalização do terreno,
conferindo-lhe uma forma final devidamente integrada na zona envolvente natural, com
pendentes que permitam a drenagem das águas pluviais para as zonas circundantes.
Os lixiviados são bombeados diretamente dos poços de junção e bombagem (PJC1 e PJC2
e futuro PJC), por meio de bombas submersíveis (PC1 e PC2 e futuro PC) e condutas
flexíveis.
A ligação das condutas de lixiviado flexíveis à conduta elevatória fixa que conduz os lixiviados
à lagoa de regularização é feita nas caixas de válvulas CxC.
A conceção geral do aterro foi desenvolvida na base da solução tradicional de descarga dos
resíduos, junto à frente de trabalho, diretamente a partir das viaturas de transporte.
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Para a quantidade anual de 100 000 t, o sector diário tem a dimensão aproximada de
20x10x2 m.
O recobrimento diário com terras ou materiais inertes destina-se a eliminar eventuais vetores
de insalubridade, a diminuir o risco de incêndio, a melhorar o aspeto estético do aterro e a
limitar as infiltrações a partir da superfície. O respeito por esta prática é da maior importância
para uma boa exploração do aterro.
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Em cada uma das células, o primeiro estrato do enchimento é constituído pelo conjunto dos
sectores diários, que se encostam lateralmente, de forma sucessiva, ao longo de toda a área
a ser utilizada, até a preencher na totalidade.
Concluído o 1º estrato, em toda a área, passa-se à execução de novo estrato superior, com
uma espessura de 2 m, com uma sequência de subzonas como descrito atrás.
O acesso à frente de trabalho faz-se através de vias de serviço constituídas dentro da célula
em curso de exploração. Para a construção das vias de serviço recorre-se a materiais inertes
provenientes das atividades de construção e demolição ou outros resíduos similares.
Quando o estrato compactado e recoberto com terras ocupar toda a área da célula de
deposição, a circulação das viaturas far-se-á diretamente sobre caminhos de serviço
estabelecidos sobre o estrato assim formado.
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para passar a ser um sistema gravítico até um poço de bombagem localizado no exterior da
célula, de onde o lixiviado e enviado para lagoas de regularização.
O poço de bombagem terá altura útil de 5,24 m e diâmetro interno de 2 m, permitindo uma
banda de controlo, entre nível baixo (de paragem das bombas) e nível alto (de arranque das
bombas) equivalente a 2,5 m3 de lixiviado.
As normas e regras gerais seguidas na construção dos estratos de resíduos que, no seu
conjunto, e, de acordo com a sequência descrita para as diferentes zonas de enchimento,
promovem a modelação espacial do aterro, são:
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Instalações de Apoio
9. INSTALAÇÕES DE APOIO
9.1. Introdução
Nesta plataforma das instalações de apoio, existe também a ETAL (unidade de tratamento
por osmose inversa), a lagoa de regularização II, o reservatório de concentrado, a lagoa de
efluente tratado e a central de bombagem da rede de água de incêndio, bem como as redes
de água de abastecimento, de águas residuais e de água de incêndio existentes na zona a
manter. Nesta zona foi ainda instalado o posto de abastecimento de combustível.
9.2. Oficina
A oficina tem uma área em planta de 200 m2. Os acessos são garantidos por dois portões
de fole, com 5,0 m de largura, e por uma porta. As paredes exteriores são de alvenaria
rebocada e pintada até uma altura de 2,5 m, seguindo-se um revestimento em chapa lacada
dupla, até à cumeeira e remates. A cobertura é também em painel duplo de chapa lacada e
chapa translúcida nas zonas de iluminação.
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Instalações de Apoio
O edifício é totalmente aberto, quer nos seus alçados principais, quer nas suas empenas.
Para revestimento da cobertura foi prevista a utilização de chapa lacada simples com
espessura de 0,60 mm.
Os montantes da estrutura expostos são envolvidos em betão até uma altura de 1,50 m de
modo a garantir a sua proteção durante as manobras de parqueamento.
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Instalações de Apoio
A comunicação entre pisos é efetuada por uma escada, que interliga verticalmente os três
pisos, que funciona, também, como saída de evacuação de emergência.
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Instalações de Apoio
A instalação é composta pelo reservatório propriamente dito, por uma bacia de retenção,
uma zona de abastecimento e enchimento, um equipamento (eletrobomba) para
abastecimento e um separador de hidrocarbonetos.
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Infraestruturas
10. INFRAESTRUTURAS
Nas instalações existem duas redes distintas para consumo de água, a rede de água
potável, proveniente da rede municipal, e a rede de água industrial, proveniente da lagoa de
águas residuais tratadas.
A rede de água industrial alimenta também a rede de incêndio existente no interior das
instalações. A rede de incêndio permite dar resposta a situações de emergência tendo em
conta o risco de incêndio que as atividades de armazenamento e gestão de resíduos
acarretam.
A rede de distribuição de água potável abastece todos os consumidores das várias unidades
dentro das instalações.
Nas células, a rede de água de incêndio desenvolve-se em forma de anel, fechando a rede
de água de incêndio, entre um ponto na plataforma das instalações de apoio e um ponto
junto à unidade de valorização de resíduos.
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Infraestruturas
Para efeito de dimensionamento da rede, considerou-se o caudal, por hidrante, de 4,2 l/s.
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As águas de lixiviação são produzidas como resultado da percolação das águas pluviais
através dos resíduos e subsequente extração/dissolução de materiais presentes, e da perda
de água (humidade), resultante da compressão que as camadas de resíduos exercem umas
sobre as outras.
Parâmetro Valor
pH 7-8
Condutividade (mS/cm) 20-40
SST (mg/l) 500-2000
CQO (mg O2/l) 7000-11000
CBO5 (mg O2/l) 750-1700
Hidrocarbonetos totais (mg/l) 1-9
Fenóis (mg/l C6H5OH) 0,1-5
Apos a ampliação, continuarão a ser produzidos lixiviados com características idênticas aos
que são produzidos atualmente.
46
Com base nas estimativas de caudal realizadas no âmbito do projeto da célula C, estima-se,
apos a ampliação, a produção de lixiviados, em final de exploração, que se apresenta na
Tabela VII.
Tabela VII. Produção de lixiviados, após ampliação
Os lixiviados são enviados, por conduta elevatória, à unidade de tratamento por osmose
inversa (ETAL), existente.
A ETAL é composta por duas lagoas de regularização em série, a primeira localizada junto
ao aterro e a segunda localizada junto dos restantes órgãos constituintes da ETAL: filtro
metálico, filtro de areia, seguido de microfiltração, duas etapas de tratamento por osmose
inversa e uma lagoa de armazenagem de efluente tratado (permeado).
Antes da unidade de osmose inversa, existe um filtro metálico, que efetua uma pré-filtração
das partículas em suspensão de maior dimensão.
47
A ETAL recebe, não só os lixiviados gerados na célula C, mas também os lixiviados gerados
nas células A e B, entretanto seladas, e as águas residuais geradas na Unidade de
Valorização de Resíduos e nas instalações de apoio.
Estima-se que, nessas circunstâncias, o caudal médio de lixiviado conjunto das duas células
não exceda o valor de 0,5 m3/h, valor que ocorre atualmente no aterro do CITRI após períodos
prolongados sem precipitação.
O caudal máximo estimado de lixiviado será, assim, no futuro, com a célula C em exploração,
de 5,1 m3/h (caudal médio nos meses chuvosos no final da exploração da célula C), acrescido
de 0,2 m3/h (células seladas), isto é, 5,3 m3/h, valor que se traduz num caudal diário de 120
m3/dia, abaixo da capacidade de tratamento da ETAL (140 m3/dia).
48
a) O resíduo figura numa lista de resíduos para os quais não são requeridos ensaios,
conforme estabelecido na parte B do presente anexo;
b) Todas as informações necessárias para a caracterização básica do resíduo são
conhecidas e estão devidamente justificadas de modo a satisfazer plenamente a entidade
licenciadora;
c) O resíduo pertence a uma tipologia de resíduos para os quais é impraticável a
realização de ensaios ou não se dispõe de procedimento de ensaios ou critérios de
admissão apropriados ou é aplicável uma legislação derrogatória. Tal deverá ser
devidamente justificado e documentado, incluindo os motivos pelos quais o resíduo é
considerado admissível em determinada classe de aterro.
49
Considera-se que apenas serão encaminhados para o aterro os resíduos que obedecerem
aos critérios de admissão para resíduos não perigosos do DL n 183/2009, de 10 de agosto
que estabelece normas aplicáveis à instalação, exploração, encerramento e manutenção
pós-encerramento de aterros.
De acordo com o referido diploma, e tratando-se de um aterro para resíduos não perigosos,
os resíduos admissíveis são aqueles não abrangidos pela legislação de resíduos perigosos
e não assinalados na lista europeia de resíduos (Decisão da Comissão n.º 2014/955/EU, de
18 de Dezembro) como perigosos.
Previamente à deposição dos resíduos em aterro devem-se conhecer, de forma o mais exata
possível, as suas propriedades gerais, a sua composição, lixiviabilidade e comportamento a
longo prazo.
Tabela VIII. Critérios de admissão para resíduos não perigosos(1) – Valores limites de lixiviação
Classe de aterros
Componente
Não perigosos (1)
Arsénio mg/kg ms 5
Bário mg/kg ms 100
Cádmio mg/kg ms 2
Crómio total mg/kg ms 20
Cobre mg/kg ms 50
Mercúrio mg/kg ms 0,5
Molibdénio mg/kg ms 10
Níquel mg/kg ms 10
Chumbo mg/kg ms 10
Antimónio mg/kg ms 0,7
Selénio mg/kg ms 0,5
Zinco mg/kg ms 50
Cloreto (b) mg/kg ms 50 000
Fluoreto mg/kg ms 250
Sulfato (b) mg/kg ms 20 000
50
Classe de aterros
Componente
Não perigosos (1)
COD (Carbono Orgânico dissolvido) mg/kg ms 1000 (a)
SDT (Sólidos Dissolvidos Totais) (b) mg/kg ms 60 000
(1) Fonte: Tabela nº 4 do Anexo IV do Decreto-lei no 183/2009;
(a) Sempre que o aterro for especialmente destinado à admissão de resíduos orgânicos, este valor
poderá ser ultrapassado. Também poderá ser ultrapassado sempre que se tratar de um resíduo que não
seja susceptível de fermentar.
(b) Os valores para SDT podem ser utilizados em alternativa aos valores para o sulfato e o cloreto.
Tabela IX. Critérios de admissão para resíduos granulares(1) – Valores limites de lixiviação
Classe de aterros
Componente
Não perigosos (1)
Arsénio mg/kg ms 2
Bário mg/kg ms 100
Cádmio mg/kg ms 1
Crómio total mg/kg ms 10
Cobre mg/kg ms 50
Mercúrio mg/kg ms 0,2
Molibdénio mg/kg ms 10
Níquel mg/kg ms 10
Chumbo mg/kg ms 10
Antimónio mg/kg ms 0,7
Selénio mg/kg ms 0,5
Zinco mg/kg ms 50
Cloreto (b) mg/kg ms 50 000
Fluoreto mg/kg ms 250
Sulfato (b) mg/kg ms 20 000
COD (Carbono Orgânico dissolvido) mg/kg ms 800 (a)
SDT (Sólidos Dissolvidos Totais) (b) mg/kg ms 60 000
(1) Fonte: Tabela nº 5, Anexo IV do Decreto-lei no 183/2009;
(a) Sempre que o aterro for especialmente destinado à admissão de resíduos orgânicos, este valor
poderá ser ultrapassado. Também poderá ser ultrapassado sempre que se tratar de um resíduo que não
seja suscetível de fermentar.
(b) Os valores para SDT podem ser utilizados em alternativa aos valores para o sulfato e o cloreto.
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Tabela X. Critérios de admissão para resíduos granulares perigosos (1) – Outros valores limite
Classe de aterros
Componente
Não perigosos
COT % 5
pH - Mínimo 6
CNA (capacidade de neutralização de
- Tem de ser avaliado
ácidos)
(1) Fonte: Tabela nº 6, Anexo IV do Decreto-Lei no 183/2009;
(a) Se este valor for ultrapassado, a entidade licenciadora pode admitir um valor limite superior, desde que
seja respeitado o valor limite de COD de 800 mg/kg com L/S = 10 l/kg ao pH do próprio material ou a um pH
entre 7,5 e 8,0.
(b) De acordo com a EN 15364.
De acordo com o artigo 35.º do DL n.º 183/2009, a admissão dos resíduos nos aterros fica
sujeita aos seguintes procedimentos:
52
De acordo com o Anexo IV do DL n.º 183/2009, devem ser respeitados os seguintes critérios
de admissão de um determinado resíduo em aterro:
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Para a deposição, num determinado aterro, de um resíduo não incluído na lista de resíduos
admitidos naquela classe de aterro e ou na lista de resíduos constante da licença, o operador
deve apresentar um pedido à autoridade competente, a qual poderá conceder uma
autorização, a título excecional, mediante processo de admissão estabelecido pela mesma.
55
56
13.3. Registos
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Um relatório síntese do registo anual das alterações topográficas deve ser integrado no
Relatório Ambiental Anual (RAA) a enviar à APA no âmbito da Licença Ambiental da
instalação existente.
A informação acima descrita deve ser enviada à CCDR e constar do RAA, nos termos da
licença ambiental em vigor na instalação existente.
58
A informação acima descrita deverá igualmente ser enviada à CCDR e constar do RAA, nos
termos da licença ambiental em vigor na instalação existente.
A informação acima descrita deve ser enviada à CCDR e constar do RAA, nos termos da
licença ambiental em vigor na instalação existente
13.7. Gases
13.7.1. Aterro
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A informação acima descrita deverá ser enviada semestralmente à CCDR e constar do RAA,
nos termos da licença ambiental em vigor na instalação existente.
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61
A informação acima descrita deve ser enviada à CCDR e constar do RAA, nos termos da
licença ambiental em vigor na instalação existente.
62
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Tabela XI. Monitorização e Valores Máximos Admissíveis (VMA) da descarga das águas residuais
(Fonte: Licença de Descarga)
pH - 5,5 – 9.5
Temperatura ºC 30
Cor Mg Pt-Co/L 2000
CBO5 (20ºC) mg/L O2 2000
CQO mg/L O2 15000
SST mg/L 1500
Condutividade (20ºC) mS/cm 46
Cloretos totais mg/L Cl 12 000
Cloro residual disponível mg/L Cl2 1,0
Alumínio total mg/L Al 10
Arsénio total mg/L As 1,0
Boro total mg/L B 12
Cádmio total mg/L Cd 0,2
Chumbo total mg/L Pb 1,0
Cianetos totais mg/L CN 0,5
Cobre total mg/L Cu 1,0
Crómio hexavalente mg/L Cr (VI) 1,0
Crómio trivalente mg/L (III) 2,0
Crómio total mg/L Cr 2,0
Estanho total mg/L Sn 2,0
Ferro total mg/L Fe 10
Manganês mg/L Mn 2,0
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65
A informação acima descrita deve ser enviada à CCDR e constar do RAA, nos termos da
licença ambiental em vigor na instalação existente.
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• Organização da segurança;
• Estrutura funcional das intervenções;
• Recursos internos e externos;
• Meios materiais existentes nas instalações;
• Medidas gerais de prevenção;
• Plano de evacuação;
• Programa de formação e treino.
Os riscos de contaminação dos solos e das águas subterrâneas estão associados a falhas
do sistema de impermeabilização das células que constituem o aterro controlado.
67
Para avaliar o comportamento do sistema é utilizada a rede de vigilância e controlo das águas
subterrâneas existente, que contempla piezómetros na zona de influência da nova célula,
para recolha de amostras.
Os riscos de incêndio ou explosão são reduzidos, já que não são admitidos resíduos
inflamáveis para deposição no aterro controlado.
68
No entanto, como alguns quantitativos contêm componentes com teores em matéria orgânica
biodegradável, a sua deposição em condições de ausência de oxigénio e na presença de
humidade, implica a formação de gases resultantes da biodecomposição daqueles materiais.
Nestas circunstâncias, foi previsto o controlo da migração de gases e a sua captação, através
de drenos passivos, com raios de influência de 30 m.
Outros riscos para a saúde pública incluem a proliferação de insetos, aves ou roedores, a
formação de odores ou a intrusão de pessoas estranhas ao local.
Dada a natureza dos resíduos a depositar no aterro controlado, não se prevê a proliferação
de insetos, aves ou roedores. Não obstante existe um controlo de roedores na instalação
realizada por entidade externa.
Para além disso, os resíduos são cobertos diariamente com terras, pelo que são minimizados
os odores resultantes da sua deposição, bem como o seu arrastamento pelo vento.
69
Chama-se a atenção para o facto da instalação em questão receber resíduos não perigosos,
o que à partida configura um quadro de reduzida perigosidade em termos do seu
manuseamento.
Tendo em conta que as atividades descritas neste projeto envolvem perigos e riscos para os
operadores, é mantida atualizada a avaliação de perigos e riscos, para os vários postos de
trabalho existentes e a serem criados.
O CITRI procura minimizar os riscos identificados para os diversos postos de trabalho através
das medidas de prevenção e de proteção coletiva e individual.
70
Em condições normais, as operações abrangidas pelo projeto serão atividades seguras para
os operadores não representando um elevado nível de risco. Não obstante foram
identificados alguns riscos inerentes às operações.
71
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Como medidas de proteção coletiva há que referir que os equipamentos a utilizar possuem
marcação CE, o que oferece confiança sobre as características de construção e de operação
no que respeita a condições de segurança.
73
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Como tal, é necessário agir de uma forma cautelosa e prudente, dado que existem muitos
acidentes causados por origens elétricas, capazes de causar a morte do trabalhador.
Nesta operação, o operador ou analista está sujeito a contactos diretos e indiretos com o
material residual, sólido ou líquido, pelo que é necessário agir com prudência a fim de evitar
infeções ou contaminações, protegendo-se a si e aos restantes trabalhadores que com ele
trabalham.
14.3.4. Socorrismo
75
Quando alguém se corta, sangra porque a pressão sanguínea força o sangue a sair. No caso
de hemorragia arterial, o sangue vermelho vivo sai ao ritmo dos batimentos cardíacos; no
caso da hemorragia se dar numa veia, o sangue é vermelho escuro e sai com menor pressão.
Primeiros socorros
− Deixar sangrar durante alguns segundos, verificar que não ficam corpos estranhos
no golpe, lavar com água corrente e sabão, e desinfetar no final. Proteger a ferida
com um penso;
− Se ficar algum corpo estranho no interior da ferida, coloque um pedaço de gaze sobre
e/ou à volta do corpo estranho, sem fazer pressão. Coloque um penso e segure-o
com uma ligadura, sem fazer pressão sobre o objeto estranho;
− Se houver uma grande hemorragia, fazer um garrote com um pano ou mesmo com
as mãos folgando-o de 5 em 5 minutos, até ao seu estancamento.
14.3.4.2. Eletrocussões
Primeiros socorros
− Desligar a corrente elétrica;
− Se não for possível desligar a corrente ou demorar muito tempo, separar o acidentado
da fonte de energia com a ajuda de materiais secos e isolantes;
− Verificar se o acidentado está ou não inconsciente, e se estiver deve abrir-lhe a via
respiratória;
− Caso o acidentado tenha queimaduras, coloque um penso esterilizado ou uma
compressa gordurosa, de tecido compacto.
14.3.4.3. Queimaduras
As queimaduras podem classificar-se de acordo com as causas da lesão. Estas podem ser
queimaduras secas (chamas, cigarros, equipamentos elétricos de aquecimento),
queimaduras por agentes químicos (substâncias ácidas ou alcalinas), queimaduras por
corrente elétrica (a corrente elétrica e a iluminação geram calor que pode provocar
queimaduras) e queimaduras por radiação (raios solares e a luz refletida por superfícies
brilhantes).
Primeiros socorros
− Coloque a zona lesionada sob água corrente durante pelo menos 10 minutos;
76
Uma fratura é um osso partido ou estalado. Apesar da sua parte exterior ser dura, o osso
pode estalar ou mesmo partir se levar uma pancada, se for torcido ou se for submetido a uma
grande pressão.
Primeiros socorros
− Imobilize o membro fraturado com talas. As talas mais naturais são o próprio corpo
do acidentado. Para imobilizar uma fratura, deve impedir-se todo o movimento na
articulação acima e abaixo à fratura. Utilize talas e ligaduras improvisadas;
− Coloque a vítima na posição mais confortável possível;
− As ligaduras devem estar suficientemente apertadas para evitar movimentos, mas
não ao ponto de interferirem na circulação ou provocarem dor. Verifique a circulação
regularmente;
− Se possível, eleve a zona lesionada, depois de imobilizada, para minimizar o
desconforto, a hemorragia (caso exista) e o inchaço;
− Se a fratura for exposta, controle primeiro a hemorragia por compressão manual
indireta e aplique cuidadosamente uma gaze sobre a ferida, antes de imobilizar o
membro fraturado;
− Se a lesão for uma entorse coloque uma compressa fria, ou gelo, para diminuir o
inchaço.
77
primeiros socorros para que as funções vitais do acidentado se mantenham o mais estáveis
possível.
− Deite o sinistrado de costas, numa superfície dura. Ajoelhe-se ao lado dele, virado
para o tórax. Exponha o tórax e localize a ponta do esterno e bordos inferiores das
costelas;
− Em seguida, coloque uma mão sobre a outra, entrelaçando os dedos;
− Mantenha os braços estendidos na vertical e comprima a metade inferior do esterno
(cerca de 4 a 5 cm). Alivie a pressão. Faça 15 compressões à média de 80 por minuto;
− Interrompa a CCE e reabra a via aérea. Faça duas insuflações pela ventilação boca
a boca;
− Prossiga com mais 15 compressões, seguidas de duas insuflações, verificando a
pulsação de 3 em 3 minutos;
− Logo que o coração recomece a bater, pare imediatamente a CCE. Prossiga com a
ventilação boca a boca até que a vítima recupere a sua ventilação normal.
78
Tal como referido são mantidas as medidas de prevenção e de proteção contra os riscos de
incêndio.
Assim, desde a fase inicial de conceção, foram integradas no projeto todas as disposições
regulamentares que permitem alcançar os seguintes objetivos:
Nas instalações do CITRI existe uma rede do Serviço de Incêndio (SI), abastecida pela Lagoa
de Armazenagem do Permeado, que em alternativa pode conter água da rede (Tabela XVI).
A central de bombagem da rede de incêndio é constituída por:
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Encontra-se também instalada uma rede de extintores de diversas classes nos vários pontos
da instalação de acordo com as necessidades, classificação e tipologias das zonas.
No CITRI existem ainda outros meios disponíveis que permitem uma intervenção eficaz em
caso de incêndio designadamente,
Numa ótica de parceria e entreajuda, o CITRI, pode também contar com alguns meios
mobilizáveis, das Unidades Industriais vizinhas.
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14.4.2. Sinalização
Vestuário
- Casaco impermeável com colete e forro incluído;
- Camisola de lã;
- Camisa de manga curta;
- Calças com refletores;
- Calças jardineiras;
- Colete;
- Bata de algodão com refletores;
- Fato de macaco para os operadores da manutenção;
- T-shirt e polo de manga curta;
- Fato de oleado.
Equipamento de proteção
- Botas com biqueira e palmilha de aço;
- Botas galochas com biqueira e palmilha de aço;
- Colete refletor;
- Boné com proteção mecânica;
- Luvas de nitrilo;
- Luvas anti corte;
- Óculos com proteção UV;
- Máscaras de poeiras;
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- Auriculares.
Todos os trabalhadores que utilizem farda possuem um cacifo duplo nos respetivos
balneários. A farda dos trabalhadores da área operacional é lavada e mudada três vezes por
semana por empresa especializada para o efeito. Os trabalhadores do laboratório têm
também à sua disposição EPI como sejam batas, luvas e máscaras de proteção. As batas
são mudadas uma vez por semana e encaminhadas para limpeza em empresa especializada
para o efeito.
Os serviços médicos de todos os funcionários são assegurados são assegurados por uma
entidade externa com a qual o CITRI estabeleceu um contrato, a Previmed.
14.6.1.1. Vacinação
14.7. Refeitório
As refeições dos colaboradores do CITRI são distribuídas no refeitório do Grupo Sapec, por
uma empresa certificada, localizado dentro do Parque Industrial Sapec Bay.
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15.1.1. Impermeabilização
Atingidas as cotas máximas definidas será efetuada a selagem do aterro com o seguinte
perfil (de baixo para cima):
O perfil de selagem (Desenho C-170-C-01) será executado nas plataformas e taludes dos
estratos de cada uma das sub-células assim que se atingirem as cotas de selagem definidas.
Assim, a inclinação a promover nas plataformas superiores será de 2-3% (por forma a
minimizar a formação de bolsas devido aos assentamentos), quer longitudinalmente quer
transversalmente, e as cristas e as cavas dos taludes serão adoçadas.
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Esta última fração da precipitação será conduzida, ao longo do plano de selagem, pela
camada mineral drenante, sendo o caudal drenado descarregado em dreno-coletor, a instalar
no pé-de-talude. Este dreno será interrompido por caixa de visita para evacuação para o
exterior da zona das células.
A restituição ao meio será efetuada através de dois elementos já construídos, as caixas CVS3
e CVS4 e respetivas bocas de descarga.
Os caudais totais nos pontos de descarga CVS3 e CVS4 são de 0,45 m3/s e 0,42 m3/s,
respetivamente.
A intervenção que se propõe para o terreno onde está implantado o aterro de resíduos não
perigosos visa essencialmente a integração paisagística do local de projeto, quer na fase de
exploração, quer após a sua desativação (selagem).
Assim propõe-se:
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A aplicação será efetuada logo após a selagem e aplicação de terras. Esta sementeira será
feita em todas as zonas de talude bem como na envolvente do aterro até ao limite da
vedação, devendo evitar-se que a faixa semeada tenha um contorno retilíneo.
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86
Após a selagem definitiva do aterro e num prazo não superior a três meses, a entidade
licenciada deverá entregar à autoridade competente uma planta topográfica pormenorizada
do local de implantação em formato digital, à escala de 1:1000, com indicação dos seguintes
elementos:
– O perímetro da cobertura final e o conjunto das instalações existentes no local:
vedação exterior, bacia de recolha dos lixiviados, sistema de drenagem das
águas pluviais, etc.
– A posição exata dos dispositivos de controlo: piezómetros, sistema de
drenagem e tratamento dos gases e dos lixiviados, marcos topográficos para
controlar os potenciais assentamentos, etc.
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No final da fase de manutenção após encerramento, o operador terá que elaborar um relatório
de viabilidade para a desativação definitiva da instalação, a apresentar à APA, para
aprovação.
16.1.1. Relatórios
O operador do aterro deverá apresentar à autoridade competente, uma vez por ano, um
relatório de síntese sobre o estado do aterro após o seu encerramento, com especificação
das operações de manutenção e dos resultados dos controlos realizados no decorrer do ano
anterior.
16.2. Controlo
16.2.1. Lixiviados
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16.2.3. Gases
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16.2.5. Assentamentos
A informação acima descrita deverá ser enviada à CCDR e constar do RAA, nos termos da
licença ambiental em vigor na instalação existente
16.3. Manutenção
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17.1. Introdução
As águas residuais geradas nesta plataforma serão encaminhadas para a rede geral de
lixiviados, uma vez que ficará situada no topo da sub-célula C1.
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17.2.1. Armazenagem
O produto obtido será armazenado na plataforma em zona distinta até à sua utilização. Caso
a utilização seja para cobertura de resíduos na célula o produto estabilizado será
transportado para junto das frentes de receção e armazenado em pilhas juntamente com
outras terras de cobertura.
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