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Amanda Fernandes- Turma XX

anatomia Radiológica do Tórax e

Análise das Imagens Torácicas

Modo de fazer uma radiografia Imagem: Tubo de raio X que transforma energia
elétrica em raio X e calor. Quando aciona o aparelho, os
O aparelho básico de RX é composto pela fonte (ampola), elétrons percorrem um caminho, saltam do cátodo e
mesa e a coluna para a obtenção da imagem com vão para o ânodo, gerando a energia. O aparelho deve
paciente em pé (mesa e coluna são os anteparos). ser refrigerado a todo momento, pois gera calor.

Os anteparos captam a sombra obtida através da


passagem dos Raios-X pelo corpo do paciente.
Radiografia Antero Posterior AP
O paciente fica de frente para a fonte de RX e de costas
Hoje, a imagem é digitalizada ou com um anteparo que
para o anteparo. O raio chega pela parte anterior do
é passado por uma leitora que manda a imagem para o
corpo e sai pela parte posterior, deixando a sombra no
computador.
anteparo.

QUANTO MAIOR A DISTÂNCIA DO OBJETO É muito importante lembrar de marcar qual o lado direito
AO ANTEPARO (MAIS PRÓXIMO DA FONTE (que é o lado esquerdo de quem está vendo).
DE RAIO X), MAIOR A MAGNIFICAÇÃO
Pede para o paciente respirar fundo, segurar o ar e ficar
(SOMBRA) E MENOR NITIDEZ
quietinho.

OBS: O ideal é o terceiro exemplo, com menor


magnificação (sombra) e maior nitidez da imagem. No RX
de tórax, o paciente fica em pé, com pelo menos 1,80 m
de distância da fonte. Ou seja, o ideal é: mais longe da
fonte e mais perto do anteparo. Imagem: RX AP de tórax.

Radiografia Póstero Anterior PA


É a mais usada, pois o coração fica mais próximo possível
do anteparo, deixando a imagem mais nítida e com
menos sombra.
O paciente fica de costas para a fonte de RX e de frente
para o anteparo. O queixo do paciente fica fora do
campo, os ombros ficam forçados em direção ao
anteparo, a fim de tirar as escápulas do campo pulmonar
evitar confusões entre a margem da escápula e a linha
da pleura visceral.
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Lembrar de marcar o lado direito do paciente (que é o Não existe confusão com direita e esquerda. As
lado esquerdo do examinador). classificações são conforme os parâmetros: anterior e
posterior.
Pedir para respirar fundo, segurar o ar e ficar quietinho.
O paciente fica de lado e posiciona as mãos na cabeça.

Imagem: A distância entre o tubo e o filme é de 1,80


metros (convenvional). Define-se a área de exposição,
os raios saem do tubo, atravessam o paciente e Densidades radiográficas básicas
sensibilizam o filme.

Quanto mais RX passar, mais escura a imagem, e vice-


versa. O gás é mais escuro pois suas moléculas são
afastadas, passando muito RX. O cálcio é mais claro pois
suas moléculas são bem juntinhas, passando pouco RX.
Pode-se ter uma densidade maior do que a do cálcio, em
objetos metálicos (próteses, placas etc).
Imagem: RX PA de tórax. O coração fica invertido em
relação ao RX AP. Por convenção, ninguém olha a radiografia como a
imagem anterior. O lado direito SEMPRE estará do
Lembrar que o RX pega uma imagem tridimensional meu lado esquerdo.
(3D) e transforma em uma imagem bidimensional (2D).
Isso quer dizer que a informação do tórax está toda
condensada, tendo vantagens e desvantagens (perda de ENTÃO COMO SABER O QUE É AP E O QUE É
informação, em especial a profundidade no AP e PA e PA?
a largura no perfil)
Via de regra, não dá para saber. Por isso, é
importante marcar o lado direito do paciente.
OBS: NA INSPIRAÇÃO IDEAL > NO MÍNIMO, 5 A 6
COSTELAS ANTERIORES E 9 COSTELAS
POSTERIORES.
Exemplos normais
Radiografia Perfil Pessoas normais podem ter diferenças fisiológicas entre
Pode olhar tanto com a parte anterior do corpo do si, cada uma com suas particularidades. Os RX dificilmente
paciente para a esquerda do observador, ou para a direita serão idênticos.
do observador.
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Imagem: Todas as radiografias acima são normais, cada


uma com suas variações fisiológicas.

Requisitos técnicos mínimos Imagem: Radiografia com identificação no local correto


e dados do paciente, devidamente centralizada, com
1. Identificação no local correto? Importante para escápula direita no campo, seios costofrênicos visíveis,
identificação da lateralidade regime/ exposição adequados e inspiração adequada.
2. Confere com os dados do paciente? No mínimo,
iniciais do nome, número do prontuário e data
3. Radiografia centralizada? Os parâmetros são:
• Distância entre as margens mediais das
clavículas e as apófises espinhosas das
vértebras dorsais
4. Escápulas no campo? Fazer manobra com não
na cintura e forçar ombros em direção ao
anteparo para tiras as escápulas do campo
5. Aparecem os seios costofrênicos? Quando não
Imagem: Exemplo de radiografia descentralizada.
aparece, podemos perder a caracterização de

6.
derrames pleurais,
Regime foi adequado? Medida de MAS e KV Anatomia radiográfica normal do
(quantidade de radiação; em paciente obeso, a
radiação deve ser maior). Na exposição/ regime
tórax
adequados, acima do arco aórtico os corpos O ideal é que sempre tenhamos 2 radiografias com
vertebrais são bem delimitado e, abaixo, mal incidências diferentes ( 1 PA, preferencialmente e 1 perfil).
delimitados.
7. Foi realizada inspiração profunda? Importante Devemos seguir um roteiro que começa observando a
para expor maior quantidade de parênquima imagem de fora para dentro:
pulmonar, aumentar espaço entre marcas Partes moles e ossos:
vasculares, permitindo maior observação de
possíveis lesões. Na inspiração adequada, deve- Sempre comparar um lado com o outro, simetricamente.
se ter, no mínimo, 5-6 arcos anteriores e 9 Observar contornos das mamas (paciente feminina ou
posteriores. paciente masculino com ginecomastia), musculatura.
Observar clavículas, escápulas (quando paciente tem
Situações em que se faz expiração:
limitação de movimentos; no normal, o paciente faz
• Pesquisa de pneumotórax abdução, de modo que as escápulas não aparecem),
• Avaliação do diafragma (motilidade) úmero, coluna (no RX de tórax, não aparece com muitos
• Corpo estranho em brônquio detalhes) e arcos costais (12).
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A coluna vertebral é melhor vista no perfil, mas há


técnicas específicas melhores. O foco aqui são as
estruturas torácicas.
Nos ossos, é importante avaliar se existem lesões
neoplásicas (metástases).

Observar se faltam estruturas na parede torácica, como


na Síndrome de Poland (paciente não tem músculo
peitoral).

Além disso, observar o formato do tórax, que pode ser


pectus escavatum e pectus carinatum. O pectus
escavatum pode ser leve, mas também pode ser tão
acentuada que comprime o coração.

Bolha gástrica:
É o ar dentro do estômago. Aparece como uma mancha
escura, a esquerda da linha mediana (esquerda da
radiografia, mas minha direita).
É vista tanto no AP e PA e no perfil.
Na criança, a bolha gástrica não tem nível líquido (criança
deitada) e é maior/dilatado, pois tem mais ar (criança
Quanto as partes moles, observar as sombras mamárias agitada, chorando).
e implantes mamários (pode gerar falsa sensação de
aumento da transluscência da base pulmonar) Diafragma:
É um músculo com centro tendíneo.
Quando não tem a mama (mastectomia, síndrome
de Poland), o pulmão fica mais transparente. Possui 2 cúpulas (cúpula frênica direita e esquerda). Em
geral (maioria das pessoas), a cúpula direita é mais alta
que a cúpula frênica esquerda (pois o coração tá apoiado
na esquerda, deixando-a mais baixa), na radiografia AP ou
PA.
Caso a cúpula frênica esquerda esteja mais alta que a
direita, deve-se considerar esse achado como anormal
(pode ser um caso de coração invertido).
As cúpulas devem ser convexas. Quando retificadas, é
Imagem: F, neoplasia mamária. Mastectomia esquerda. sinal de hiperinsuflação pulmonar.
Metástases pulmorares. No perfil, a cúpula frênica direita é observada em toda
sua extensão (desde a parede posterior do tórax até a
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parede anterior) e a cúpula frênica direita é observada


apenas na altura do coração.
Pode-se usar as técnicas de imagem para verificar a
função do diafragma. No RX, o paciente expira e inspira
profundamente e observa-se o padrão da
movimentação do diafragma.

Imagem: Paciente com linfoma de Hodgkin e paralisia


diafragmática.
Deve-se diferenciar a paralisia diafragmática da
eventração diafragmática. Na eventração, a parte
tendínea do diafragma fica frágil e o diafragma sobe. É
importante lembrar que não há rotura do diafragma, ele
apenas subiu.

O diafragma pode ter lobulações (“montanhas”), mas


essas estruturas também aparecem em condições
patológicas, como o timoma. Suspeitar que seja Seios costofrênicos:
patológico quando há irregularidades e acometimentos
São os ângulos formados entre o diafragma e a parede
pleurais.
torácica. É um ângulo bem agudo, em situações normais.
Quando o seio está preenchido, forma um ângulo de 90º.
Assim, é um sinal de derrame pleural quando o paciente
está em pé (ortostase).
Os seios costofrênicos são os locais mais comuns de
acúmulo de líquido. Os recessos costofrênicos que mais
acumulam líquido são:

• Recesso costofrênico laterais direito e


esquerdo
• Recesso costofrênico anterior
• Recesso costofrênico posterior: É o
Além das lobulações, pode-se observar paralisia mais sensível para detectar derrame
diafragmática, com assimetria na altura das cúpulas pleura, pois é o mais baixo.
diafragmáticas. • Recessos cardiofrênicos
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• Posterior: Estruturas neurais, gordura, cadeias


linfáticas, parte do esôfago, corpos vertebrais e
algumas veias. É delimitado pela coluna.
OBS: Principais lesões do mediastino posterior são as
lesões neurogênicas.

• Vascular: Dentro do saco pericárdico, incluindo


coração e vasos da base

As linhas referenciais do mediastino são:


1. Tronco braquicefálico, artéria subclávia direita,
veia braquicefálica e veia jugular
2. Veia cava superior
3. Parede lateral do átrio direito
4. Parede inferior do ventrículo direito
5. Parede lateral do ventrículo esquerdo
6. Aurícula esquerda
Imagem: F, 52 anos. Tuberculose pleural em 7. Tronco da artéria pulmonar
tratamento. Derrame pleural à esquerda (seio 8. Arco aórtico
costofrênico obliterado). 9. Artéria subclávia esquerda, veia braquicefálica
esquerda, veia jugular esquerda
Para um derrame aparecer na radiografia, tem que 10. Ramos interlobais descendentes das artérias
ter, no mínimo, 300mL de líquido. pulmonares

Mediastino:
O mediastino é a estrutura central do tórax, que contem
coração, grandes vasos, linfonodos, traqueia, brônquios,
esôfago, nervos (vagos, frênico, laríngeo recorrente),
vasos linfáticos.
O RX de perfil do mediastino é dividido em:
As linhas referenciais no perfil são:
• Anterior e superior: timo, linfonodos, gordura,
tireoide 1. Parede superior da aorta
2. Artéria subclávia esquerda
OBS: 4Ts das lesões do mediastino anterior e superior:
3. Brônquio fonte esquerdo
Tireoide, Teratoma (Lesões de linhagem germinativa),
4. Parede anterior do ventrículo esquerdo
Timoma, Terrível linfoma
5. Parede posterior do átrio esquerdo
• Médio: coração, grandes vasos, esôfago,
traqueia, brônquios principais, gordura e
linfonodos
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No perfil, seguindo o trajeto da traqueia, a primeira


bolinha preta que aparece é o brônquio fonte
esquerdo.

Coração e vasos da base:

Lembrar que existem variações anatômicas e


biotipo. Pacientes mais altos, possuem o coração
em forma de gota. Pacientes mais baixos, possuem
coração mais arredondado. No entanto,
independente do biotipo, o índice cardiotorácico
deve estar preservado.

O contorno direito do coração é feito por:

• Veia cava superior


• Átrio direito Imagem: Em pacientes mais velhos, em que a aorta se
O contorno esquerdo do coração é feito por: alonga, é possível ver esse arco formado pelas partes da
aorta (aorta ascendente, arco aórtico e aorta
• Aorta: Observar que ela continua, para baixo descendente).
(aorta descendente)
Devemos avaliar índice cardiotorácico, que é uma medida
• Tronco pulmonar: Pouco proeminente
que relaciona o tamanho da parede torácica e o tamanho
• Ventrículo esquerdo
do coração. É uma medida de realização simples, mas só
O contorno anterior do coração feito por: dá informações globais e não informações de aumento
específicos de câmaras. Além disso, não diferencia
• Ventrículo direito
coração de pericárdio. Portanto, em casos de derrame
O contorno posterior do coração é feito por: pericárdico, há aumento, mas não necessariamente do
coração.
• Átrio esquerdo
A+B deve ser menor ou igual do que C (hemitórax)
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Imagem: M, 40 anos. Miocardiopatia chagásica. Índice


cardiotorácico aumentado.
Além disso, deve-se avaliar se a morfologia cardíaca está
preservada.
Dependendo do biotipo, podemos ter paciente com mais
ou menos gordura envolvendo o coração. Devemos
saber que existe o coxim adiposo epipericárdico à direita Imagem: Veia cava superior (seta laranja); Aorta (seta
e à esquerda. Esse coxim não deve contado no índice amarela); Tronco artéria pulmonar (seta verde).
cardiotorácico e é melhor visualizado no perfil. Esôfago:
Sem contraste, o esôfago não é aparente.

Quanto aos vasos da base, precisamos checar:

• Aorta:
❖ Ateromatose aórtica: Aorta alongada e
com paredes calcificadas Hilos:
São “fios” que ligam os pulmões ao mediastino. Nesses
hilos temos: brônquios, artérias e veias pulmonares,
linfonodos, vasos linfáticos, nervos etc. Os ramos que
enxergamos com mais facilidade são os ramos
interlobares descendentes das artérias pulmonares
principais.
O hilo direito, em geral, é mais baixo que o hilo esquerdo.
• Veia casa superior
O aspecto do hilo é mal delimitado, mal definido.
• Tronco artéria pulmonar
❖ Sinais de hipertensão pulmonar: O Os vasos pulmonares confluem para os hilos.
tronco da artéria pulmonar deixa de ser
convexo e fica concavo. São comuns bolinhas próximos aos hilos, que são vasos
vistos de topo (visto de cima).
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Quanto ao hilo, devemos perguntar duas coisas: Traqueia e brônquios principais:

• Altura hilar está preservada? O normal é estar A traqueia é vista porque está preenchida por gás. É
bem no meio dos pulmões uma estrutura centralizada e projetada sobre a coluna.
• Densidade hilar está preservada? Se conseguir
É menos claro, mas também dá para ver a carina
observar os contornos, está perservada
(bifurcação) e os brônquios principais.

Pulmões:
O pulmão direito possui 3 lobos (superior, médio e
inferior). As fissuras que dividem esses lobos são a oblíqua
(maiorzona) e a horizontal.
Essas cissuras, servem como barreira. As lesões, em
geral, são limitadas pelas cissuras.
O lobo superior esquerdo é dividido em lobo superior e
língula (lobo funcional, mesmo que não divido por fissura).
Eventualmente, devido variações anatômicas, pode existir
fissura dividindo o lobo superior da língula.

Imagem: M, 40 anos. Tuberculosa pulmonar prévia.


Observa-se que a altura do hilo está mais pra cima. A
tuberculose gerou alterações cicatriciais, deslocando os
hilos cranialmente.

Imagem: Pulmão direito em RX perfil, seus lobos e suas


fissuras/cissuras.
Imagem: F, 59 anos. Dispnéia de evolução insidiosa.
Sarcoidose. A densidade hilar está alterada, não sendo
possível observar os contornos vasculares do hilo.
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Imagem: Cissura horizontal em RX PA. Fica próximo do


Sempre vai precisar de um perfil para diferenciar
7º arco costal.
lobo médio (mais anterior) e lobo inferior direito
O pulmão esquerdo possui apenas 2 lobos (superior e (mais posterior).
inferior) e 1 fissura: oblíqua.
Lobo superior esquerdo: Se projeta sobre quase todo o
hemitórax esquerdo, no RX PA. No perfil, projeta-se
acima da cissura oblíqua.

Imagem: RX perfil de pulmão esquerdo com seus lobos


e sua fisurra. Lobo inferior esquerdo: Ocupa 2/3 inferiores do
hemitórax esquerdo no RX PA.
Lobo superior direito: É delimitado pela cissura horizontal.
Ocupa metade superior do pulmão no RX PA. No perfil,
ocupa 2/3 antero-superior.

Além dos lobos e fissuras, é importante observar se os


campos pulmonares estão com volume preservado e
simétricos. Para observar o volume devemos nos atentar
Lobo médio: É UMA ESTRUTURA ANTERIOR. Tem às cúpulas do diafragma, à posição do mediastino e os
contato com o contorno direito do coração no RX PA. espaços intercostais.
Ocupa metade inferior do pulmão no RX PA. No perfil,
Quando tem perda pulmonar, a cúpula diafragmática do
tem configuração de triângulo, com vértice posterior.
lado acometido sobe, o mediastino desvia para o lado
acometido e os espaços intercostais reduzem.

Lobo inferior direito: É UMA ESTRUTURA POSTERIOR.


Ocupa 2/3 inferior do pulmão direito. Estende até abaixo
do diafragma, no RX PA. Há uma superposição com o
lobo superior. No perfil, também é um triangulo, com
vértice anterior.
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Imagem: F, 55 anos, carcinoma broncogênico.


Nitidamente, há diferença simétrica entre um pulmão e
outro. Um carcinoma broncogênico invadiu o brônquio e
gerou atelectasia, reduzindo o volume pulmonar
esquerdo.
Devemos também avaliar se a transparência pulmonar
está presente e simétrica. Olhar de modo comparativo
os lobos inferiores, médios e inferiores.
Imagem: M, 25 anos. Insuficiência renal aguda. Observa-
se, na figura esquerda, muitos vasos na periferia,
deixando de estar concentrados mais perto do
mediastino. Nesse caso, o paciente estava congesto. Na
figura direita, após alguns dias, houve melhora.
No perfil, devemos avaliar nos campos pulmonares se:

• Espaço retroesternal livre (Em crianças, esse


espaço é preenchido pelo timo)
• Espaço retrocardíaco livre
Imagem: M, 20 anos, tose e febre. Pneumonia lobar. • Gradiente descendente da coluna vertebral: De
Alteração na transprarência pulmonar no lobo médio cima para baixo, diminui a densidade dos corpos
direito (opacidade alveolar). vertebrais (Degradê normal).
Avalia também o revestimento pleural, que é a interface
do parênquima pulmonar com a parede torácica. A linha
deve ser lisa e regular.

DEGRADÊ NORMAL: No perfil, existe um degradê


Imagem: M, 63 anos. Avaliação de timoma. Lobulações normal. Começa mais branco na parte superior e
na pleura (setas). vai escurecendo conforme desce.
Avalia também o padrão de vascularização pulmonar. O
padrão de vascularização deve estar preservado: vasos Segmentos pulmonares (brônquios):
de maior calibre na parte mais central e vasos mais
Possuímos 10 segmentos pulmonares do lado direito e 8
fininhos na periferia pulmonar.
segmentos pulmonares do lado esquerdo:
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5. Objeto em parede torácica anterior à direita da


linha média:

Localizando um objeto no tórax 6. Objeto extra-torácico posterior à esquerda da


linha média:
1. Objeto em lobo superior direito:

2. Objeto em lobo superior esquerdo: 7. Objeto no coração:

8. Objeto na coluna:
3. Objeto em lobo inferior direito:

4. Objeto em lobo médio:


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Considerações importantes do tórax ROTEIRO SISTEMÁTICO DO RX DE TÓRAX


(PEDRO ERNESTO)
infantil 1. Checar dados dos pacientes: Nome, idade, sexo,
data do exame.
• O timo ocupa grande parte do mediastino
anterior (possui formato quadrangular). Com o 2. Checar história clínica e exame físico.
passar do tempo, o timo fica triangular, melhor e
3. Qualidade do exame: posicionamento, técnica,
mais liposubstituído.
penetração, inspiração adequada.
• A silhueta cardio-tímica ocupa relativamente mais
espaço dentro do tórax que no adulto 4. Partes moles e Ossos: Costelas, corpos
• A carina é projetada em posição mais alta que vertebrais, mamas, tecido subcutâneo
em indivíduos mais velhos
5. Bolha gástrica
6. Diafragma: Altura diafragmática
7. Seios costofrênicos: Ângulo agudo, sem
obliteração
8. Mediastino: Bordas mediastinais
9. Hilos pulmonares: Densidade e altura hilar
10. Esôfago (Se tiver contraste)
11. Traqueia
12. Brônquios-fonte
13. Coração e vasos: índice cárdio-torácico,
conformação cardíaca, aorta, tronco pulmonar,
Imagem: As figuras trazem morfologias normais do timo. veia cava inferior
À esquerda, timo com sinal da caravela portuguesa. À
14. ROTEIRO
Pulmões:SISTEMÁTICO
Volume e simetria,
DO RX DE transparência
TÓRAX
direita, timo som sinal da onda (garantindo que está
pulmonar, linha pleural
(PEDRO e vascularização
PAULO)
tudo normal, e o timo está com superfície mole).
1. Checar dados dos pacientes: Nome, idade, sexo,
data do exame.
2. Campos pulmonares: Volume, simetria,
transparência, linha pleural, vascularização
3. Hilos e mediastino: Densidade e altura hilar,
bordas mediastinais, traqueia, brônquios-fonte
4. Coração: Índice cárdio-torácico, conformação
cardíaca
5. Vasos da base: Aorta, tronco da artéria
pulmonar, veia cava superior
6. Seios costofrênicos e diafragma: Altura das
cúpulas, seios costofrênicos em ângulo agudo
7. Ossos e partes moles: Costelas, corpos
vertebrais, mamas, tecido subcutâneo
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