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Saúde do Adulto – Pneumologia – Turma XXVII – Letícia Costa Leite

Estudo radiológico do tórax -Raio 2.4. Penetração -> item relacionado apenas
ao RX convencional -> quantidade adequada
X simples: de intensidade da radiação para que não
queime a foto ou se a foto acabou saindo mais
Esse resumo + Revise
escuro -> no digital isso não tem porque a
 Método simples e barato para a prática clínica máquina faz isso automaticamente, regulando
 Menos radiação que TC corretamente a intensidade do raio.

Diferenças entre 2 tipos de raio X: Posicionamento:


1- Filme convencional:  Póstero-anterior (PA) e perfil são
a. Fácil manuseio: a imagem é impressa considerados padrão = sempre será, mas
b. Alta sensibilidade deve ser solicitada no pedido médico -> ele é
c. Boa uniformidade muito mais nítido avaliar as estruturas do
d. Baixo custo que o AP
e. Informação diagnóstica limitada o PA: o raio segue das costas até o
pequena variação de exposição anterior, sendo que a parte anterior do
2- Digital: paciente está encostada na chapa
a. Resolução superior das imagens o Perfil: geralmente a lateral esquerda
b. Pode ser armazenada e transmitida está encostada na chapa e os raios
c. Apresentam um maior custo atravessam do lado direito para o
d. Dose de radiação um pouco mais esquerdo
elevada, se comparada ao raio x  Antero-posterior (AP): geralmente quando o
tradicional paciente não consegue ficar em pé (coma,
etc), em que as costas do paciente estão na
Metodologia de avaliação: chapa e os raios vem da direção antero para
posterior
 Ambiente adequado: negatoscópio ou sala  Decúbito lateral com raios horizontais: é o
mais escura posicionamento ideal para investigar derrame
 Luminosidade adequada pleural.
 Lembrar que a avaliação ocular é limitada,  Oblíqua anterior: visualização das costelas
sendo necessário a prática esquematizada a ou arcos costais. Ele é semelhante ao perfil,
fim de impedir erros mas posicionado de maneira mais
 Técnica adequada verticalmente.
 Análise global, segmentar e comparativa  Ápico-lordótica: visualização maias
(campos pulmonares) adequadas ápices pulmonares. Antigamente
era usado para investigar lesões de
Regras IMPORTANTES PARA ANÁLISE DE RAIO
tuberculose, hoje usando menos, apenas com
X:
suspeita de lesão.
1. Etiqueta de identificação com ETIQUETA
Qual o raio X “normal”? quais indicações para o
IMPRESSA na direita do paciente: o raio x
AP?
deve ser identificado, caso contrário, o raio x
deve ser eliminado -> relacionado com o Observação: independente se o raio X for PA ou AP,
convencional a imagem recebida sempre será a esquerda do
2. Itens da técnica: médico é a direita do paciente -> NÃO INVERTER -> o
mesmo acontece com o Raio X de perfil: pra trás da
2.1. Posicionamento PA ou AP: póstero-
imagem é o lado direito e o mais próximo da visão é o
anterior ou anteroposterior:
lado esquerdo.
Para descobrir se é PA > escápula fora dos
campos pulmonares e/ou bolha gástrica Raio X centrado:
2.2. Centralização: CENTRADA -> ver se ele Centrar o raio X, tentando localizar entre as duas
está centrado ou rodado clavículas, com a mesma distância ao meio do raio x,
que equivale bem ao centro da vértebra.
2.3. ins ou expirado -> o pulmão é mais bem
visualizado quando o paciente está na Observação: geralmente o processo vertebral está
inspiração. Exceções a regra podem solicitar bem no centro do raio x.
que o paciente esteja expirado.
O raio X rodado vai estar mais longe do meio do raio X
-> se afastou mais para a direita está rodado para a
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direita e vice-versa -> nesses casos, as estruturas  Inadequado: quando está muito penetrado, dá
sobrepõem as detrás, dessa forma, pode inviabilizar a para ver nitidamente todas as vértebras,
análise -> claro que se deve tentar analisar também se sobressaindo até a estrutura do coração.
o paciente apresenta alguma alteração estrutural.
Observação: o raio x digital é sempre adequado,
porque a máquina regula.

Análise das estruturas:


É necessário descrever tudo que se vê:

 Partes moles
 Arcabouço ósseo
 Mediastino:
Inspiração ou expiração: o Pulmão: guardar no final porque é o
mais importante
 Inspiração: nota-se os pulmões mais limpos
o Carina
devido à maior expansão pulmonar. Ademias,
o Botão (arco) aórtico
no inspirado, quantidade de pulmão passível
o Hilos pulmonares
de análise é maior.
o Contar as costelas da frente (são as o Área cardíaca
mais difíceis de contar): são as mais  Começar de fora pra dentro e de cima para
apagadas, já que os raios chegam baixo: traqueia, carina, aorta, hilos
mais nas posteriores (PA): as costelas pulmonares, coração
anteriores são as curvadas para baixo  Cúpulas diafragmáticas
e menos retas  Seios costo-frênicos
 TÉCNICA CORRETA: pulmão  Parênquima pulmonar
inspirado: 7 arcos costais
anteriores na região do Partes moles:
pulmão, sendo que o 7º deve Deve-se perceber se há alguma alteração, como ar,
passar no meio da cúpula corpo estranho, etc. Caso tudo esteja normal, deve-se
diafragmática. dizer que as partes moles não apresentam alterações.
 De 8 a 9 arcos costais
posteriores (mais retas), caso  Tecido subcutâneo com ar tem ele vazado de
queira contar por elas, mas dentro para fora, proveniente do pulmão,
não é o mais preferível como suspeitando de pneumotórax.

Descrição: “PARTES MOLES SEM ALTERAÇÕES”

Arcabouço ósseo:
Observar:

 Clavículas
 Costelas
 Colunas

Anotar a normalidade ou anormalidades (fraturas,


desvios, ausência e números a mais de costelas etc)

Penetração: Mediastino:
TÉCNICA CORRETA: Em uma penetração adequada Área entre os pulmões, delimitada pelas pleuras. Pode
de um raio-x convencional, nota-se apenas de 4 a 5 ser dividido pela profundidade do tórax na imagem de
vértebras da coluna. Caso observa-se mais do que perfil.
isso, o raio-x está muito penetrado. Já no digital, todas • Traqueia – deve estar mais escura, por ser repleta
as estruturas são muito bem destacadas, observando de ar. Coincide com o local da coluna. Deve-se
toda a coluna vertebral. descrevê-la como visível e centralizada.
 Pouco penetrado: menos que 3 vertebras • Carina – deve-se descrevê-la como visível
 Normal: apenas de 4 a 5 vértebras
• Arco aórtico – protuberância mais clara que surge
no lado esquerdo do paciente -> o diâmetro do arco da
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Aorta não pode ser mais que o dobro do diâmetro da
coluna -> se estiver mais, a Aorta está alargada

Deve ser descrito quanto a seu tamanho (deve possui


um diâmetro de até no máximo 2x do diâmetro da
coluna). Caso esse diâmetro esteja maior do que o
esperado, diz-se que a aorta está alargada.

• Hilos pulmonares – são estruturas esbranquiçadas


nos pulmões, vasos que ligam o pulmão e o coração.
No lado esquerdo do pulmão, os vasos devem realizar
uma curvatura por meio das estruturas dessa região,  Cúpulas diafragmáticas: elas devem ter uma
sendo normal ver o hilo mais elevado. Deve-se avaliar pequena curva côncava para cima.
o tamanho desses hilos, que deve ser de, Normalmente quando o paciente está
aproximadamente, 2 dedos de diâmetro. inspirado, a direita é um pouco mais elevada
que a esquerda, porque o coração pesa na
cúpula da esquerda.
 Seio costofrenico
 Pulmões: dividir o tórax em 3, a fim de fazer
uma análise comparativa e segmentada,
sempre comparando o lado E com o D.

Normal: “HILOS SEM ALTERAÇÕOES”

• Área cardíaca – deve-se avaliar o tamanho do


coração de acordo com o índice cardiotorácico, que
diz que o maior diâmetro do coração não deve
ultrapassar mais da metade do diâmetro do tórax.

O maior diâmetro cardíaco não pode ser mais que a


metade do tamanho do mediastino (de um arco costal
da pele até o outro arco costal)!!
 Descrever os seios costofrânicos quando
normal ou livres, e alterados
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Treino: Alterações patológicas:
FAZER A DESCRIÇÃO DO SEGUINTE RAIO-X:
1. Opacidades:
Ela é mais branca. É um termo genérico. Elas
indicam um mesmo tipo de densidade.

1.1. Opacidade alveolar: é um tipo de lesão, emq


eu dentro dela tem um sinal de broncograma
aéreo (são brônquios que são visualizados
entre tecidos mais denso. Esse tecido mais
denso se dá porque em casos de infecções
com produção de células, catarro nos
alvéolos, deixando-os opacos, o que dá nome
à donça). A doença mais comum é a
pneumonia!

No exemplo, a base pulmonar D está mais


opaca que a E.
 Da para descrever em que lobo está, se no
médio ou inferior -> no médio apaga o
contorno cardíaco e no lobo inferior está atrás,
Segmentação pulmonar:
não cobrindo o contorno cardíaco ->no caso
do exemplo, está no lobo inferior -> quando
em dúvida, solicitar o raio x em perfil.
1.2. Nódulos: Ela é mais delimitada bem
delimitada, normalmente ovalada e
homogênea, sem broncograma aéreo e de
tamanho de, no máximo 3 cm. Pode surgir por
neoplasia, tuberculose, corpo estranho etc.
O perfil ajuda em identificar ser está no
pulmão ou na pele.

Não descrever LOBO MÉDIO E “DIREITO”, porque


existe apenas um lobo

 Terço médio do tórax não é semelhante ao


lobo médio

Lembrar posicionamento dos lobos quanto


anatomia para saber diferenciar no raio x.
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1.3. Massas: apresentam opacidade bem dizer que indivíduos de baixa estatura têm
delimitada, homogênea ou heterogênea, sem incapacidade pulmonar.
broncograma aéreo e maior que 3 cm.
Pode acontecer por doença como câncer, Após o máximo, a função pulmonar permanece
doença única, pneumocoliose. estável até os 35 anos e apartir de então, a função
pulmonar tem uma perda considerada fisiológica
ao longo da vida.

Obs: Em termos de força, indivíduos que treinam e


que usam anabolizante podem acabar por ter um
pequeno acréscimo de volume pulmonar e por
consequência da função pulmonar.

Obs2: O pulmão não é um tecido regenerativo.

VEF1: volume expiratório forçado => ele cai em


média 28 ml/ao no homem e 21ml/ no sexo feminino.
Exemplo importante: Problemas clínicos da função pulmonar: dessa
forma entramos em acordo que fatores externos
podem ACELERAR A PERDA DA FUNÇÃO
PULMONAR.

- Cigarro, cachimbo, charuto etc.: os fumantes são


suscetíveis a perda funcional em média de 60 ml/ano.
Isso significa que pacientes fumantes ao
realizarem a espirometria, mesmo sem doenças
pulmonares como DPOC e enfisema, o resultado
dará inferior. Ou seja, a espirometria será
Opacidade alveolar no lobo SUPERIOR E. semelhante a uma pessoa décadas mais velha que
ela.

Espirometria: Utilidade:
Esse resumo + revise + one note
 Diagnóstico
 Definição de tratamento
Introdução:  Avaliação da progressão da doença
A palavra vem do latim, que significa respirar e  Investigação: pacientes com tosse crônica,
“metrum” que significa medida. Apesar de ser um dispneia e chiado. Todos esses devem fazer a
exame simples e não invasivo, pode ser complexo espirometria, porque são causas muito
a depender do paciente. comuns de dispneia na prática clínica são
DPOC, asma, insuficiência cardíaca e4tc.
O médico ou o técnico deve orientar o paciente a
colaborar corretamente.  Pré operatório: as complicações pulmonares
pós cirúrgica geralmente são pulmonares.
 TODO INDIVÍDUO QUE FOI OU AINDA É,
Conceitos: COM MAIS DE 45 ANOS, DEVEM FAZER O
FUNÇÃO PULMONAR: os pulmões têm o tamanho EXAME AO MENOS UMA VEZ NA VIDA:
proporcional ao tamanho do tórax do indivíduo. Isso é importante porque há muito
subdiagnóstico de DPOC, não sendo tratada e
A função pulmonar, portanto, ao longo do crescimento,
consequentemente têm um prognóstico pior.
a função vai aumentar, uma vez que o organismo
cresce e consequentemente a sua caixa torácica, cuja
principal fase de crescimento está na faixa etária dos 6 Validade do exame:
aos 14 anos.  O pico de fluxo é precoce, com esforço inicial
satisfatório
Ela atinge função pulmonar em valores máximos aos
 Paciente deve soprar o aparelho no mínimo 6
20 e 25 anos, ficando estável nessa idade.
segundos, com um ideal de 8 segundos. Em
 Quanto maior a estatura do indivíduo, algumas doenças,
maior a função pulmonar, mas não quer  O platô deve ser observado corretamente
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Classificação dos distúrbios: b. < LIN= obstrução = distúrbio
obstrutivo. Nessas situações, fazer o
A espirometria avalia distúrbios ventilatórios que são seguinte item:
classificados em: i. Avaliar o valor de VEF1
1. Restritivo isolado para quantificar
2. Obstrutivo obstrução quando relação
3. Obstrutivo com capacidade vital reduzido está alterada: usar o quadro
4. Misto ou combinado= OBSTRUÇÃO + de classificação = esse passo
RESTRIÇÃO mede o quanto está obstruído.
5. Inespecífico

Interpretação: 3. Avaliar valor de CVF: quantificar quando


São 3 parâmetros que irão ajudar o médico a alterado!
interpretar: a. CDF>80%= normal
b. CDF<80%= possui um distúrbio
 CVF: Capacidade Vital forçada. É a restritivo = deve-se avaliar o grau de
quantidade que o pulmão consegue expelir de restrição do distúrbio: leve, moderada
ar. Ela é calculada por: toda a quantidade de ou severa. O CDF diminui quando a o
ar que u indivíduo consegue colocar para fora volume residual aumenta ou a
MENOS o volume residual, que sempre fica quantidade de ar que sai diminui.
dentro dos pulmões que impedem que eles Exemplo de doenças: fibrose
colabem. pulmonar.
o Valor de referência: > ou = a 80% do i. Avalia-se CVF% - VEF1%:
predito -> é um valor que deve ser de 1. <25: DISTÚRBIO
um indivíduo com determinada faixa OBSTRUTIVO com
etária, estatura etc. que é espirado em aprisionamento aéreo
mmédia da população. (obstrução pura)
 VEF1: é o volume expiratório do primeiro 2. <12: distúrbio misto
segundo que equivale a
 VEF1/CVF: é uma relação entre o volume e o
volume espirado no primeiro segundo que é 4. Avaliar resposta a broncodilatador: é dado
Em torno de 70 a 80% da CVF é eliminada medicamento ao paciente e realizado
no primeiro segundo em condições novamente a espirometria com o objetivo de
normais. comparar os resultados. Deve-se comparar o
Para cada indivíduo dessa forma, tem-se um VEF1 antes e depois ou CVF antes e depois
LIM (limite inferior de Normalidade de cada Obs:
indivíduo): a. Aumento > ou = a 200 ml no pós em
o Valor de referência > ou = LIN: o relação ao pré- e > ou = a 12% de
mínimo esperado para o paciente aumento = resposta positiva: (ambos
deve ser estabelecido a partir desse devem estar alterados) deve existir
limite inferior de cada indivíduo. restrição/obstrução que responde aos
Obs: algumas máquinas não broncodilatadores = COM RESPOSTA
fornecem o LIN na tabela. Nesses BRONCODILATADORA
casos, deve-se considerar o LIN > ou b. Continua igual: é uma obstrução que
= a 0,7 ou 70%. não responde a broncodilatador =
o < LIN= obstrução. SEM RESPOSTA
BRONCODILATADORA
Importante: reparar que a os valores encontrados na
espirometria Observação: Os passos devem ser realizados
obrigatoriamente e nessa mesma ordem.
Roteiro da Espirometria:
A sequência é obrigatória.
Exemplos:
1. Ver a validade do exame
2. Achar a relação VEF1/CDF:
a. > ou = LIN = normal = NÃO TEM
OBSTRUÇÃO
Força mínima
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Aula: asma
Ver resumo Gabriela + anotações Miui (mapa mental)

Aula DPOC:
Esse resumo + GOLD pocket pdf

Epidemiologia:
Em meados de 2000, o estudo platino, na tentativa de
avaliar a prevalência de DPOC na América Latina,
realizou a espirometria em pacientes com mais de 40
anos e selecionou indivíduos com relação VEF1/CVF
abaixo de 0,7. Foi visto que São Paulo apresentava
uma prevalência de 15,8%, sendo a maioria homens.
Assim como na asma, que se utiliza do GINA, o DPOC
se utiliza do GOLD, um instrumento que colhe as
informações sobre epidemiologia, diagnósticos e
Avaliar força: deve ser ao menos mais da metade dos estudos sobre essa doença.
quadradinhos totais.
Conclusão: Ainda há subdiagnóstico de DPOC, já
que muitos sintomas aparecem de forma tardia e
ainda sim muitos pacientes não procuram o
serviço médico.

Definição para o DPOC no GOLD: é uma doença


comum, prevenível e tratável, que apresenta
sintomas persistentes e limitação ao fluxo aéreo
(obstrução), causado por anormalidades na via aérea
e/ou no alvéolo, geralmente causado por lesões de
gases e partículas nocivas.

SINTOMAS PERSISTENTES: geralmente


essa doença é confundida com outras
doenças pulmonares. PRINCIPAIS SINAIS E
SINTOMAS:

o Dispneia
o Tosse produtiva ou improdutiva

 Diferença entre asma e DPOC – não


confundir!! Lembrar que a asma não
apresenta sintomas persistentes, mas em
crises, as quais podem acontecer todo dia.
Também lembrar que na asma há uma
inflamação e no DPOC tem uma diferença na
Como fazer o laudo: estrutura das vias aéreas e alvéolos. História
clínica é muito importante para diferenciar
A partir dos parâmetros colocar os distúrbios e se
os dois, uma vez que a asma é
reage ou não com broncodilatadores.
diagnosticada pela clínica, já a DPOC é
Em caso de parâmetros normais, registrar que a diagnosticada é com exames.
espirometria está normal.
Observação: a genética influencia em menos de 5%
É possível colocar observações, como “o paciente não dos casos -> dessa forma, é considerada uma doença
foi colaborativo” ou “o paciente apresentou forte majoritariamente prevenível.
dispneia durante o exame”.
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Fatores de risco: Fisiopatologia:
 Tabagismo
 Ambiental
 Ocupacional

Tabagismo:
90% dos pacientes com DPOC tem o hábito do
tabagismo.

 Cigarro convencional
 Cigarro eletrônico
 Nargilé: além disso, o nargillé pode estar
relacionado a transmissão de infecções

Observação: o cigarro eletrônico tem sido uma maior


realidade, o qual possui o mesmo pico ou maior de
nicotina do que o cigarro convencional.
Acontece hiperplasia e espessamento das vias
Ambiental: aéreas de maneira permanente (mudança
Principalmente relacionado com a queima de estrutural), a qual limita o fluxo aéreo
biomassa. -> aprisionamento do ar e hiperinsuflação do pulmão -
> o pulmão perde a capacidade de troca de ar ->
 Fogão de lenha dispneia permanente e progressiva.
 Fumaça de fábricas
 Poluição indoor e outdoor  Espessamento da mucosa
 Acúmulo de muco -> paciente pode
apresentar estertores bolhosos;
subcrepitantes
Ocupacional:
Relacionado ao local que o indivíduo está inserido, Devido a essa incapacidade permanente, mas o
sendo trabalho ou local de moradia (cidade grande). paciente fica impossibilitado de realizar atividades
físicas, gerando o descondicionamento físico, que
 Trabalhadores de fábricas culmina na aceleração da progressão da doença
 Cidades grandes: sobretudo no frio, quando -> redução da qualidade de vida do paciente ->
há concentração de gases nocivos na QUANTO MANOS EXERCÍCIO, PIOR A QUALIDADE
troposfera (atmosfera que está em contato DE VIDA E QUANTO PIOR A QUALIDADE DE VIDA,
com seres vivos). MENOR A TOLERÂNCIA AO ORGANISMO.

Outros: Quadro clínico:


Fatores individuais podem culminar como fator de
risco:

 Infecções
 Asma
 Bronquite crônica
 Qualquer fator que tenha limitado o
crescimento normal do pulmão durante a
infância e gestação.

Alguns fenótipos característicos:


São alguns subgrupos, mas não são todos os
pacientes que se manifestam fenotipicamente esses
dois subgrupos.
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Observação: esse é mais grave, porque o coração já
está acometido – COR PULMONALE é a condição em
que o coração acaba por ficar sobrecarregado e
acontece um extravasamento do sangue nos capilares
alveolares, podendo notar um paciente com estertores
finos;crepitantes na ausculta pulmonar.

Exames radiológicos:

 Mais escuro por ter mais ar -> pulmão


São pacientes que tem mais enfisema (mais problema hiperinsuflado
nos alvéolos).  Coração estreito ou em gota: porque o pulmão
está hiperinsuflado (+ do que 7 costelas
Observação - puffer: é chamado de soprador porque
anteriores contadas na inspiração)
ele força a musculatura dele para a expiração, por isso
 Alargamento do antero-posterior em relação
eles tem muita tiragem – lembrar da paciente com
ao latero-lateral
retração de fúrcula evidente durante o estágio do
promove.  Coluna de ar retroesternal: vista no esterno.
No indivíduo normal, atrás do esterno, nota-se
Observação - pink: é chamado de róseo porque ele uma pequena área escura. No DPOC, quanto
faz mais poliglobulia (aumento de hemácias) precoce mais hiperinsuflação e, consequentemente,
relacionado aos outros pacientes com DPOC. Além alargamento anteroposterior, maior essa área.
disso, porque ele não fica hipocorado.

Exacerbações agudas:
São observados pela CLÍNICA – QUANDO HÁ PIORA
DOS SINTOMAS. Elas não estão necessariamente
relacionadas com a classificação da DPOC, mas sim
com a classificação do GOLD, que visa melhorar o
tratamento de pacientes que tem uma DPOC mais
grave e com mais exacerbações.

PIORA = exacerbação: quando os sinais estão


ultrapassando o suportável.

É nesse momento que grande parte dos pacientes


acabam por falecer. Por isso a importância de
manter a condição do paciente com DPOC estável,
mesmo que ele tenha sintomas leves.

Algumas consequências da exacerbasção da


DPOC: Podem ocorrer diante de infecções,
pneumotórax (geralmente espontâneo devido à
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hiperinsuflação) , TEP (pacientes com DPOC, como Classificação da dispneia:
não se movimentam muito pela falta de ar,
apresentam maiores chances de TEP),
descompensação cardíaca e deterioração da própria
doença. Assim, pode-se dizer que existe um outro
fenótipo de DPOC, conhecido como fenótipo
exacerbador. De acordo com esse fenótipo, uma
exacerbação sempre aumentará a possibilidade de
uma outra exacerbação (quanto mais exacerbação,
maior a chance de continuar tendo). Dessa forma, o
importante é evitar que uma exacerbação ocorra. É
caracterizada pela presença de dois dos seguintes
itens:

Ø piora aguda da dispneia


Ø 0 – Falta de ar diante de exercícios físicos fortes.
Ø Piora da secreção ou da tosse
Ø 1 – Falta de ar quando acelera o passo ou sobe
Ø Alteração da coloração da secreção escadas ou ladeiras.

Diagnóstico de DPOC: Ø 2 – Falta de ar quando anda normal. Apresenta um


andar mais demorado do que o normal.
DIANGÓSTICO É CONFIRMADO COM A
ESPIROMETRIA: Laudo: quadro clínico com relação Ø 3 – Muita falta de ar ao andar 100 metros ou poucos
VEF1/CVF pós broncodilatador menor que 0,7. minutos no plano.
Depois disso, classificar a doença avaliando o VEF1. Ø 4 – Falta de ar em atividades básicas, como para se
vestir e tomar banho.

Classificação dos sintomas e exacerbação:


Não leva em conta a função pulmonar. É ELA QUE
INDICARÁ O TRATAMENTO!

Ø A – Poucos sintoma (MRC 0 ou 1) e poucas


exacerbações.

Ø B – Muitos sintomas (MRC maior ou igual a 2) e


poucas exacerbações.

Ø C - Poucos sintoma (MRC 0 ou 1) e muitas


exacerbações.

Ø D - Muitos sintomas (MRC maior ou igual a 2) e


Observação: a exacerbação não está relacionada muitas exacerbações.
com a classificação. Por isso, é importante avaliar
também aqueles pacientes que exacerbam mais. Classificação final do GOLD:
VALOR DA ESPIROMETRIA + ABCD
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CAT é um questionário realizado para pacientes com D – Paciente muito grave, podendo iniciar o
DPOC. tratamento com?

 LAMA ou
Tratamento:  LAMA + LABA ou
 LABA + corticoide inalatório (exacerba muito =
Não medicamentoso: muita resposta inflamatória)
 Retirada do tabagismo: há redução no
+ broncodilatador para alívio em todos os
decréscimo da curva.
equemas em todos os esquemas terapêuticos
 Atividade física: visa aumentar a qualidade de
vida **INDICAÇÕES PARA O USO DE CORTICOIDES
 Vacinação: infecções virais, preveníveis, são INALATÓRIOS EM CASO DE DPOC – APENAS EM
motivos de exacerbação do DPOC PACIENTS COM CLASSIFICAÇÃO D: apenas se o
 Oxigenoterapia prolongada domiciliar: para indivíduo tem eosinófilos > ou = a 300 no
que ela seja possibilitada, é necessário que o hemograma, muitas infecções ou asma, muito
paciente esteja estável. histórico de hospitalizações.
Indicação: A indicação depende da troca
gasosa do paciente, sendo necessário uma
PO2 menor ou igual a 55mmHg (pela
gasometria) ou uma saturação menor ou igual
a 89% (oxímetro): menor a isso, células
cerebrais e cardíacas morrem por falta de
oxigenação, por isso tem-se esse critério
como indicação a oxigenoterapia em casa. Em
indivíduos com DPOC e cor pulmonare, essa
indicação pode ser feita com PO2 menor que
60mmHg ou saturação menor ou igual a 89%.
Tempo: O tempo de uso ideal é de 24 horas,
mas o utilizado atualmente é de, no mínimo,
15 horas por dia

Medicamentoso:

A – Broncodilatador quando apresenta sintomas ->


inicialmente não precisa dar medicação fixa,
apenas em momentos que o paciente sente os
sintomas.

B – Paciente com pouco risco de morte, mas com


muito sintoma. Por causa disso, deve-se administrar
uma medicação contínua, podendo esta ser ou um
betabloqueador de longa ação (LABA) ou um
anticolinérgico de longa ação (LAMA) -> professor
Willian disse que caso não funciona um LABA, pode
associar LAMA (que nesse caso não é considerado de
alívio -> um medicamento de uso fixo, podendo ser
LABA ou LAMA + broncodilatador para alívio

C – Paciente possui muito risco de morte, mas pouco


sintomas. Deve-se administrar um LAMA -> começar
com LAMA contínuo + broncodilatador para alívio

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