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Saúde do Adulto I – Cardiologia – Letícia Costa Leite – TURMA XXVII B

Semiologia da Cardiologia: E esse ciclo, nota-se uma linha azul, que demonstra a
pressão intraventricular esquerda de acordo com o
introdução ciclo cardíaco e duas linhas acinzentadas, uma
embaixo, que mostra a pressão intratrial e uma em
Esse resumo + resumo Gabi + “Revise”
cima, que mostra a pressão da aorta.
Observação: todo pulso arterial tem incisura de
Num primeiro momento, nota-se que ambas pressões
dicrótica, que coincide com o componente aórtico da
das câmaras cardíacas estão baixas, sinalizando a
segunda bulha.
diástole. Conforme o ciclo segue, há um crossover
Incisura dicrótica: A incisura ocorre na curva de entre a linha acinzentada da pressão atrial e a linha
pressão aórtica quando a valva aórtica se fecha. Ela é azul da pressão ventricular, demonstrando o
causada pelo breve período de fluxo sanguíneo fechamento das válvulas atrioventriculares (B1 -
retrógrado, imediatamente antes do fechamento sístole), mais especificamente da válvula mitral. Após
valvar, seguido pela cessação abrupta desse refluxo. esse momento, há uma subida importante dentro da
cavidade esquerda, dando início à sístole. Entre o
fechamento da valva mitral e a abertura da valva
aórtica, existe o período de contração isovolumétrica,
no qual, com ambas as valvas fechadas, a pressão
cresce subitamente e o volume não se altera. Essa
pressão aumenta até que ultrapasse a pressão
diastólica da aorta (80mmHg), quando a válvula
aórtica abre e a ejeção ventricular se inicia. As
pressões aórtica e ventricular permanecem
semelhantes por um curto período, até que a pressão
ventricular diminui, caindo abaixo da aórtica.

Nesse momento, a válvula aórtica se fecha, fazendo


com que o fluxo que estava indo para a circulação
sistêmica volte e colida com ela, exercendo a segunda
bulha cardíaca (B2). Nesse momento, a pressão
ventricular começa a cair abruptamente e, até que
ocorra a abertura da valva mitral, o enchimento
O responsável por abrir a válvula aórtica é o período isovolumétrico ocorre (há alteração da pressão, mas
de contração isovolumétrica. não do volume). Quando a pressão do átrio ultrapassa
a do ventrículo, a valva mitral abre, possibilitando a
O período de relaxamento isovolumétrico está
liberação passiva de 70% do seu conteúdo no
relacionado com a abertura da valva mitral e
ventrículo. -> reparar que durante a sístole, a valva
tricúspide, desabando sangue do átrio esquerdo para
aórtica fecha primeiro antes da valva mitral abrir.
dentro do ventrículo esquerdo.

Perguntas: quais as fases da diástole?

1- Relaxamento isovolumétrico
2- Enchimento ventricular rápido
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3- Enchimento ventricular lento = diástase  Intensidade (amplitude)


 Variabilidade dessa intendidade**
Quais as fisiopatologias da B3 e B4
 Desdobramento
Ambas significam disfunção ventricular  Localização da máxima intensidade
 Efeito da respiração
B3: disfunção sistólica do VE, já que este está “frouxo
e não consegue impulsionar o sangue, porque o VE **Por que a bradicardia (maior a diástole) aumenta
mais se assemelha a uma bexiga murcha = Choque tem hiperfonese de bulha?
de volume das colunas de sangue na coluna passiva
que acaba por acontecer na diástole, mas se trata de Porque há mais tempo para o enchimento dos
um problema sistólico = galope protodiastólico ou ventrículos, e assim, precisa de mais força para a
ritmo de galope de terceira bulha. ejeção, necessitando de maior performance do
coração.
B4: disfunção diastólica do VE, pela perda de
complacência e hipertrofia concêntrica do VE= o
ventrículo E não consegue relaxar de forma adequada,
devido a algum acometimento que tira a sua
complacência = a bulha é devido a ao enrijecimento
da fase passiva da diástole -> telediastólico.

Componentes do ciclo cardíaco:


B1 ou TUM: produzida pelas valvas atrioventriculares,
mitral e tricúspide -> o componente mais importante
para o som é o mitral, já que tem maior pressão
exercida para o lado esquerdo pelo VE.

 É produzido pela súbita desaceleração da


coluna sanguínea que estava seguindo em
direção aos átrios devido ao fechamento das
válvulas mitral e tricúspide, principalmente da
mitral (devido à maior pressão exercida no
lado esquerdo do coração).
 Ela depende dos 3 fatores:
o distância entre os folhetos e o anel
valvar no início da contração,
o mobilidade das cúspides valvares: Pergunta: qual imagem indica diástole e sístole? Por
quanto maior a mobilidade, maior a B1 quê?
(hiperfonese SIIIM): por isso que B2:
pacientes bradicardicos têm
hiperfonese de B1 porque a valva  É dependente do fechamento das valvas
abre/fecha mais semilunares, porém é produzido pela súbita
o taxa de elevação da pressão desaceleração da coluna líquida em contato
ventricular: quanto maior a pressão com as cúspides valvares ocluídas -> quem
ventricular, maior a B1 faz o barulho é o batimento da coluna de
sangue com a valva fechada.
PS: a válvula mitral fecha-se ligeiramente antes do
que a válvula tricúspide, devido à maior pressão Semiologia:
exercida no lado esquerdo do coração. Em pessoas
 É mais bem auscultado no 2º espaço
com bloqueio do ramo direito esse retardamento da
intercostal direito (foco aórtico) e foco aórtico
válvula tricúspide se acentua, possibilitando um
acessório
desdobramento de B1. Do contrário, no bloqueio do
 Pedir para o paciente encher o peito, pode
ramo esquerdo a B1 é única -> é importante saber
aparecer o desdobramento fisiológico da
qual fecha antes de qual porque assim dá para usar o
segunda bulha
raciocínio lógico do bloqueio e se vai desdobrar as
bulhas ou não.

O que devemos checar na B1?


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Exemplo: estenose aórtica severa aumenta o tempo


de ejeção do sangue, uma vez em que há dificuldade
da passagem do sangue. O que pode acontecer é que
Desdobramento de segunda bulha: demora tanto a ejeção, que a válvula pulmonar, nessa
patologia, acaba fechando antes.

Desdobramento paradoxal: é o desdobramento que


da segunda bulha que desaparece apenas durante a
inspiração, que antes estava desdobrada -> tudo que
aumentar o tempo de ejeção ventricular:

 bloqueio de ramo E
 WPW com pré-excitação direita
 Extra-sítoles oriundas do VD.

Ruídos anormais do ciclo cardíaco:


Continuar daqui (flash e estudo)

1. CLICK valvar aórtico:


Definição: click é um ruído agudo que ocorre pela
inversão da cúpula da valva. Portanto, o click valvar
aórtico ocorre quando há uma inversão da cúpula da
valva aórtica, que normalmente está virado para o
ventrículo -> ele acontece antes da válvula aórtica
Desdobramento largo = É o desdobramento
abrir -> é um barulho PROTO sistólico (depois de B1) -
patológico auscultado tanto na inspiração quanto na
> ele acaba herniando para dentro da Aorta ao invés
expiração, sendo que as patologias que a geram são
de ficar no ventrículo porque houve uma mudança na
diversas. Exemplo: estenose pulmonar porque separa
sua estrutura, fazendo esse click -> INDICA
mais ainda ele da valva aórtica (a qual bate primeiro
PROLAPSO DA VALVA.
do que a pulmonar).
Cúpula: as válvulas não são retas, mas
 Estenose pulmonar
apresentam uma parte encurvada, chamada
 Bloqueio eletromecânico do VD (ramo direito): de cúpula. Valvas cardíacas - Anatomia e
as seguintes patologias achem como bloqueio relevância clínica | Kenhub
do ramo direito:
o bloqueio troncular do ramo direito Ele é um ruído protosistólico (TUM cli TA),
o WPW com pré-excitação de VE pois quando o sangue sai do ventrículo e vai
o marca-passo implantado no VE para a aorta, ele “empurra” a valva aórtica,
o extra sistolia ventricular oriunda do VE mas como ela está deficiente, ela retorna,
 redução no tempo de ejeção do VE: fazendo barulho. Ele surge em estenoses
relacionado ao rápido esvaziamento por aórticas não severas (nas severas há
presença de um escape calcificação da valva)
o regurgitação mitral severa Quando há a vascularização do coração? Acontece
(insuficiência) ao contrário do resto do corpo, logo, diástole, porque
o comunicação intraventricular durante a sístole tudo está contraído.
desdobramento largo e FIXO: ocorre quando não se O que ele significa? ele é considerado um critério de
consegue detectar variação entre ins/expiração benignidade, porque significa que, por exemplo, a
(<30ms). Em crianças e adolescentes a causa mais estenose aórtica, não está totalmente grave porque
comum é comunicação interatrial: deixa de fazer barulho quando a valva está muito
calcificada.
 o sangue passa do AE para AD, e como o
sangue que volta é arterial, o paciente não  Quando se é escutado um click, deve-se
fica cianótico. Caso não seja diagnosticado e procurar patologia
tratado, pode evoluir para caso mais grave de
cianose e já será tarde para iniciar o Estenose das valvas aórtica e valva mitral são as
tratamento -> nesses casos é fixo porque tem mais comuns que geram o click.
mais sangue do lado direito das câmaras
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Estalido de abertura das valvas Sopro da estenose mitral: Descrescendo e depois


crescendo devido a essa alteração de volume no
atrioventriculares: começo (grande quantidade de volume sanguíneo) e
 Click valvar mitral: é um ruido de alta no final (fechamento dos átrios).
frequência, mesosistólico, melhor audível no
ápex, pode ser único ou múltiplo, ocorrendo
no momento de tensão máxima do folheto
valvar, a sua posição na sístole pode variar
consideravelmente com algumas manobras:
o Posição ortostática: click se aproxima
de B1
o Posição deitada: click se afasta de B1

Questão de prova: em um fonocardiograma, a


identificação da patologia devido ao ruído
anormal.

Pode ser confundido com desdobramento de


segunda bulha.

Focos cardíacos na ausculta cardíaca:

Ocorre na abertura das valvas atrioventriculares,


configurando um ruído de alta frequência e
protodiastólico. Ele ocorre em pacientes com estenose
mitral ou tricuspídea – o mais comum é a estenose
Importâncias do estalido de abertura para a
mitral - uma vez que nesses casos a pressão atrial
avaliação.
aumenta fazendo com que a valva, antes de abrir,
retraia (inversão da cúpula), causando o ruído (TUM  Quanto mais próximo de B2 o estalido de
TA TA RR). É bastante importante analisar a distância abertura, mais grave, uma vez que quanto
do estalito de abertura até a 2º bulha cardíaca, já que, mais volume, mais antecipa o click a B2.
quanto menor essa distância, mais grave é a  AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE: A ausência
estenose. Isso ocorre, pois quanto maior a estenose do estalido de abertura em um paciente
(mais estreito o buraco), maior a pressão no átrio com estenose mitral, mais grave a
esquerdo, e mais rápida a abertura da valva (pressão condição.
ventricular não diminui muito).
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Atrito pericárdico: 4ª bulhas:


Descrição: como se fosse um ruído de rasgando um B4: disfunção diastólica do VE = o ventrículo E não
papel. consegue relaxar de forma adequada, devido a algum
acometimento que tira a sua complacência,
Importância: INDICATIVO DE PERICARDITE dependendo a contração atrial, e também choque das
AGUDA, pois é específico, não necessitando de mais colunas de sangue pela redução da capacidade em
nenhum exame para confirmação do mesmo, porém, o receber sangue= a bulha é devido a ao enrijecimento
fato de não o encontrar, não significa o paciente não da fase passiva da diástole (telediástole).
ter ainda pericardite! -> pacientes com histórico de dor
no peito, IVAS (infecções de vias aéreas superiores)  Está relacionada com o enchimento rápido
prévia. Geralmente a história evolui a partir desse ativo da contração atrial -> isso significa que
IVAs que melhora e depois aparece essa dor no peito. pacientes que têm fibrilação atrial não tem
mecanismo para formação da contração atrial.
 Especificidade
 Sensibilidade Pergunta de prova: paciente com uma complacência
 O atrito pericárdico está presente em torno de grave, na hora que o átrio contrair, a quarta bulha
70% dos casos de pericardite acontece no início, meio ou final?
 A tendência é continuar com derrame
No início, ficando mais audível
pericárdico, que posteriormente pode seguir
para um tamponamento cardíaco
 Quanto mais audível a B4, mais grave a perda
o Tamponamento cardíaco: é a
de complacência OU quanto mais afastada de
compressão do coração devido ao B1, mais grave OU quanto mais curto o
acúmulo de fluido no pericárdio. intervalo P-B4, mais severa é a perda de
 A primeira cavidade a complacência
colabar é o átrio direito, já
que é a que tem menor Quarta bulha pode ser palpável: na hora que contrai,
pressão o choque de coluna líquida da uma distensão e assim,
é possível palpá-la (TEÓRICO).
É importante auscultá-lo em apneia, para diferenciá-lo
do atrito pleural. Muitas vezes é suficiente para fechar
o diagnóstico de pericardite e mesmo com derrame Duplo galope:
razoável pode persistir. A pericardite é uma Quando B3 e B4 presentes concomitantemente.
inflamação, muitas vezes viral, da capa que reveste o
coração. No raio-x, observa-se um coração em Ambos são sistólicos, sendo diferenciados apenas
moringa (esborrachado). pela

A ausculta deve ser realizada com o paciente


inclinado para frente e em apneia.
Sopros cardíacos
Observação: a língula (parte do pulmão) está na
frente do coração.
Sopros cardíacos:
O que devemos saber:
 Ver aula de pericardite (infectologia)
 Fase do ciclo cardíaco:
B3 / terceira bulha: o Sistólico
o Diastólico
B3: disfunção sistólica do VE = Choque de volume
 Duração:
das colunas de sangue na coluna passiva = galope
o Proto
protodiastólico ou ritmo de galope de terceira bulha.
o Meso
 A contração inadequada deixa sobre mais o Tele
líquido e assim sobra maior quantidade de o Holo
volume e assim acontece o choque entra as o Contínuo: é um sopro em maquinaria,
colunas. não sendo auscultado a B2. Ele
geralmente está presente em crianças
Técnica: É um som de baixa frequência, sendo
com comunicação intreratrial.
necessária a utilização da campânula. O paciente
o Sístole diastólico: B2 consegue ser
deve estar em decúbito lateral esquerdo.
ausculta.
 Na maioria das vezes indica PD2VE (pressão  Frequência
diastólica final)  Timbre: é a sensação de tentar localizar de
onde apareceu.
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 Intensidade: varia de I a VI cruzes. b. Baixa frequência: grave. Exemplo:


estenose mitral -> os sopros graves
são auscultados com as
campânulas.
4. Timbre: nem sempre é avaliado, mas diz
respeito ao som do sopro. Tem sopro mais
piante, outro mais musical, outro mais rude.
5. Intensidade: é a quantificação da som dos
sopros.

Com frêmito, a intensidade é de 4 cruzes


no mínimo
 Localização: área do foco auscultado.
 Irradiação
 Resposta às manobras (ausculta dinâmica):
são várias manobras possíveis que irão 6. Localização: é a área em que se melhor
diminuir ou aumentar o sopro. Elas não caem ausculta o sopro.
em prova na maioria das vezes (apenas casos 7. Irradiação: o sopro pode se irradiar para
mais importantes) porque eles não são outros locais de ausculta.
logísticas. 8. Respostas às manobras: é uma ausculta
dinâmica. Dentre elas, temos as seguintes
manobras:
PRÓXMA AULA – COMO a. Handgrip: aumenta a resistência
AVALIAR O SOPRO CARDÍACO periférica.
b. Manobra de valsalva: expiração
1. Identificar a fase do ciclo cardíaco: localizar forçada. Ler mais afundo sobre a
a primeira bulha cardíaca (B1) que fisiologia dessa manobra, porque
corresponde a sístole, a partir da palpação do teoricamente ela é cobrada em provas
pulso radial. A partir de então, localizar o de residência.
sopro. c. Squatting: paciente é colocado em
a. Sopros sistólicos cócoras. Ele aumenta o retorno
b. Sopros diastólicos venoso.
c. Sopros sístole-diastólicos acontecem Exemplo: Em pacientes com prolapso
tanto na sístole quanto na diástole, de valva mitral, causa um retardo do
que é o caso da estenose mitral. prolapso, distanciando-o mais de B1 e
2. Identificar a duração do sopro: é o quanto da assim, tornando-o telesistólico.
fase do ciclo cardíaco que o sopro ocupa. A d. Rivero-carvalho: inspiração forçada
partir deles pode ser colocado os prefixos e para diferenciar a insuficiência
sufixos: tricúspide da insuficiência mitral ->
a. Proto pede-se para o paciente inspirar
b. Meso profundamente e segurar,
c. Tele promovendo o aumento do RV e
d. Holo diminuição da pressão intratorácica
IMPORTANTE: quanto mais grave o sopro, para entrada de ar, o que leva a um
mais tempo ele dura!!! maior fluxo de sangue para o VD ->
3. Frequência: é um componente do som do ELE AUMENTA O SOPRO DA
sopro. TRICUSPIDE E DIMINUI O SOPRO
a. Alta frequência: Agudo. Exemplo: em DA MITRAL.
casos de estenose aórtica.
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IMPORTANTE: TODOS OS RUIDOS DO CORAÇÃO Click aórtico e prolapso:


DIREITO AUMENTAM COM A INSPIRAÇÃO
PROFUNDA, EXCETO O CLICK DE EJEÇÃO Click valvar mitral (prolapso de valva mitral) – ruído de
PULMONAR. Isso acontece porque as pressões do alta frequência (auscultado com diafragma do
VD são menores do que as do Esquerdo, logo, na estetoscópio) que ocorre geralmente em posição
contração isovolumétrica, a valva já está invertida e, mesosistólica, no momento de tensão máxima do
assim, ela não se clica com a expiração -> O CLICK folheto valvar, ou seja, logo após o fechamento da
DE EJEÇÃO VALVAR PULMONAR É O ÚNICO válvula mitral. É melhor audível no ápex, podendo ser
RUÍDO QUE NÃO AUMENTA, MAS SOME!! único ou múltiplo. Para diferenciá-lo de um click
aórtico, deve-se realizar algumas manobras que
Obs: logisticamente, não se cobra as manobras de alteram a sua posição na sístole (não alteram o click
mudança de sopro para provas práticas de residência. aórtico):

i. Posição ortostática – click aproxima-se de B1.


Tipos de sopros: As paredes do coração aproximam-se,
 Estenose aórtica /pulmonar facilitando o prolapso.
 Insuficiência mitral/tricúspide ii. Posição deitada – click afasta-se de B1. As
paredes do coração afastam-se, dificultando o
prolapso.
1. Estenose aórtica: iii. Posição de cócoras – click afasta-se ainda
ECG: o eletro tende a ter uma posteriorização do mais de B1 (fica mais tele).
vetor, devido a tendência a hipertrofia do VE.
Prolapsos incompetentes são aqueles nos quais além
de ocorrer uma retração da cúpula, há também um
vazamento do sangue devido ao mal fechamento da
valva. Nesses casos, um sopro pode aparecer.

Características:

 Atualmente, o tratamento utilizado mimetiza


uma vida normal
 SOPRO SISTÓLICO em DIAMANTE
o Pulso parvus e tardus: demora para
Estenose pulmonar:
chegar ao pulso devido a dificuldade Sopro sistólico em diamante (sopro de barreira),
de ejeção provocada pela estenose caracterizado por um início baixo, com piora e
aórtica. subsequente melhora (vai aumentando e depois
 Hipertrofia concêntrica -> redução da diminui), semelhante ao da estenose aórtica. Pode
complacência -> B4 -> Angina (dor torácica) causar uma sobrecarga ventricular direita, desviando o
por demanda de oxigênio eixo elétrico do QRS para a direita.
 Aumento do tempo de ejeção -> a válvula De acordo com a sua gravidade, esse sopro vai cada
aórtica fecha depois do que deveria -> vez se afastando mais do fechamento da valva aórtica,
desdobramento paradoxal de B2 devido ao aumento do tempo de ejeção do ventrículo
direito, podendo causar desdobramento largo e
Insuficiência mitral: constante.
 Sistólico: é a dificuldade de fechamento da
valva mitral e assim, retorno
(REGURGITAÇÃO) do sangue do ventrículo
para o átrio.
o SOPRO REGURGITATIVO
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Insuficiência tricúspide:
 Sopro sistólico

Como estudar essa parte? Pensar logicamente


como os sopros são gerados por essas patologias,
a partir da fase do ciclo, diferenciando estenose de
insuficiência e como essas patologias desviam o
vetor do ECG.

O que é a estenose mitral relativa e o sopro de


Austin Flint Murmus? É quando há insuficiência
aórtica, responsável pelo acumulo de sangue no
VE, impedindo que a valva mitral abra (sorpo
Austin Flint) -> dessa forma tem 2 sopros
diferentes.

fazer mapa mental de sopros.

O que é o sopro de Graham Stell? É a insuficiência


pulmonar secundária a hipertensão na artéria
pulmonar. Ele é comum no DPOC grave!!!

O que é a síndrome de Lutembacher? é


caracterizada por uma CA associada a uma estenose
mitral (Streptococcus beta hemolítico do grupo A),
causando um aumento da pressão ventricular e, com
isso, uma evolução precoce da síndrome de
eisenmenger, ou seja, uma evolução precoce da
hipertensão pulmonar associada à inversão de fluxo e
à cianose

Aula hipertensão arterial sistêmica:


Resumo GABI + One Note

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