TRABALHO CARDÍACO: FASE I (A->B): FASE DE ENCHIMENTO
VENTRICULAR. Nessa fase o ventrículo (nesse
- Trabalho sistólico do coração: é a energia que o caso o esquerdo) está em diástole recebendo coração converte em trabalho a cada batimento ao sangue, logo a valva AV abre, enquanto a bombear sangue para as artérias. semi-lunar está fechada. Para encher significa que o ventrículo apresenta uma baixa pressão. O volume final do ventrículo é denominado volume diastólico final. FASE II (B->C): FASE DE CONTRAÇÃO ISOVOLUMÉTRICA: ventrículo se encontra em sístole, acumulando pressão até que ela seja superior a da artéria para que a valva semi- lunar se abra, logo, se ela ainda está fechada, a pressão aumenta, mas o volume permanece inalterado. Quando chega em aproximadamente 80mmHg, a valva semi- lunar (nesse caso aórtica) se abre. FASE III (C->D): FASE DE EJEÇÃO A energia potencial (PE) representa o trabalho VENTRICULAR: valva aórtica se abre, adicional que poderia ser realizado na contração permitindo que o sangue saia do ventrículo ventricular, se houvesse esvaziamento total da para a artéria. Com isso, o volume ventricular câmara. diminui. Durante essa fase a pressão ventricular continua aumentando, uma vez - Nesse gráfico é possível observar a pressão sistólica que o ventrículo continua se contraindo. e a diastólica (do ventrículo esquerdo!! No direito FASE IV (D->A): FASE DE RELAXAMENTO esses valores são menores). ISOVOLUMÉTRICO: artéria já recebeu sange, ->Na diastólica percebemos que até 150ml a pressão é estando com alta pressão, logo permite o baixa, fazendo com que o sangue flua facilmente do fechamento da valva semi-lunar. Nesse átrio para o ventrículo, porem acima desse valor a período a valva AV também esta fechada, pressão se eleva, em parte devido ao tecido fibroso fazendo com que o volume do ventrículo não cardíaco que não se distenderá mais e em parte se altere. A pressão nele diminui, ate que seja porque o pericárdio que envolve o coração está em atingido o nível de pressão diastólica, quando seu limite. a valva AV se abre, permitindo o influxo de sangue. ATENÇÃO: percebe-se que nessa fase -> Já a sistólica se eleva com baixo volume sanguíneo, ainda sobre um pouco de sangue no atingindo seu máximo até 150-170ml. Volumes acima ventrículo (cerca de 50ml) denominado desse valor distendem demais a musculatura cardíaca, volume sistólico final. dificultando a interação da actina e miosina. ATENÇÃO: quando o coração bombeia muito sangue a - A área da parte vermelha do gráfico indica o área do gráfico se alarga. Ela se distende muito para a trabalho realizado. direita, já que o ventrículo se enche com mais sangue na diástole e se eleva mais, pois o ventrículo se contrai com maior pressão.
CONCEITOS DE PRÉ-CARGA E PÓS-CARGA:
PRÉ-CARGA: é a energia gerada pela distensão
do ventrículo ao receber sangue. PÓS-CARGA: é a energia gerada para vencer a pressão arterial. MECANISMO DE FRANK-STARLING: é a Já esse outro gráfico compara o trabalho normal capacidade intrínseca de o coração se adaptar (marrom) com um novo. Nesse novo, é possível a volumes crescentes de afluxo sanguíneo. observar maior força de contração (por estimulação Quanto mais sangue chega mais distende a simpática), o que leva a um maior debito sistólico parede do ventrículo, com isso maior será a (volume de sangue ejetado na sístole) e com isso um força de contração e mais sengue será menor volume sistólico final (volume de sangue que bombeado. Ou seja, tem relação com o ficou no ventrículo). volume de sangue venoso (sangue que chega ao coração pelas veias). QUAL A EXPLICAÇÃO DO MECANISMO DE FRANK-STARLING? Quanto mias distendido o miocárdio ficar maior será a interação entre os filamentos de actina e miosina.
Nesse gráfico observamos um aumento da pós-carga.
Com isso, se precisa de mais energia para vencer a pressão arterial, menor será o volume de sangue ejetado, tendo com isso um menor débito sistólico e um maior volume sistólico final.
ENERGIA QUÍMICA PARA A CONTRAÇÃO:
- 70% a 90% - metabolismo oxidativo de ac. Graxos.
Esse gráfico apresenta relação com o mecanismo de frank-starling, pois percebe-se que a pré-carga - 10% a 30% - outros nutrientes (lactato e glicose). aumentou devido ao aumento do volume sanguíneo - Intensidade (velocidade) do consumo de O2 é um venoso em 1 (enchimento ventricular). Com isso, o ótimo parâmetro para medir a energia. volume diastólico aumenta, aumentando a força de contração, fazendo com que o débito sistólico - A maior parte da energia química é convertida em (volume de sangue que sai do ventrículo) seja maior. calor.
COMPLACÊNCIA X ELASTICIDADE:
- Complacência: é a capacidade de suporte (logo, veias
possuem alta complacência).
> Quanto menor for a complacência mais rígido será o
ventrículo, com isso maior será a pressão diastólica final (já que ele distende menos). Consequentemente, menor será o volume diastólico (se distende menos vai comportar menos sangue) e menor será o volume sistólico final (se tem maior pressão ejeta mais sangue, logo sobrará menos no ventrículo ao final da sístole). Isso pode ocorrer em casos de hipertrofia ventricular. > Quanto maior for a complacência o contrário tanto pela força de ejeção quanto pelo mecanismo de ocorrerá, com isso maior será o volume diastólico e Frank-Starling. Ao inibir o sistema nervoso simpático o maior será o volume sistólico final. Isso ocorre na contrário ocorre. insuficiência cardíaca congestiva sem espessamento - ESTÍMULOS PARASSIMPÁTICOS (VAGAL): diminui da parede ventricular. frequência cardíaca e a força de contração. As fibras vagais estão dispersas em grande parte pelos átrios e em menor parte nos ventrículos, onde geralmente ocorre a geração da força de contração. Esse fato explica o porquê de a estimulação vagal reduzir a frequência cardíaca e não diminuir de modo acentuado a força de contração.
ALGUMAS PATOLOGIAS CARDÍACAS:
HIPERTROFIA VENTRICULAR ESQUERDA:
aumento na massa e espessura do ventrículo, o que pode ser normal (atletas ou idosos) ou - Elasticidade: é a capacidade de se estender e voltar patológico. É decorrente de aumento crônico ao seu tamanho (logo, artérias possuem alta de pré ou pós-carga. A complacência diminui, elasticidade). o volume sistólico final aumenta e o volume de ejeção diminui. REGULAÇÃO DO BOMBEAMENTO CARDÍACO: ESTENOSE AÓRTICA: é necessária mais -> REGULAÇÃO INTRÍNSECA: pressão pera ejeção pelo aumento da resistência de saída de sangue pelo ventrículo. * Mecanismo de Frank-Starling. Ocorre a diminuição do volume de ejeção e aumento do volume sistólico final. * Reflexo de Brainbridge: aumento da frequência REGURGITAÇÃO MITRAL: não existe cardíaca por distensão do nodo AS. regurgitação isovolumétrica, pois o sangue -> REGULAÇÃO EXTRÍNSECA: retorna para o átrio, o aumento do volume diastólico final aumenta, mas apenas parte * Retorno venoso. desse volume sai para aorta, outra parte retorna ao átrio. Muito mais força é gasta. * Sistema nervoso autônomo. CARDIOPATIA CONGESTIVA: o ventrículo se COMO? Ao aumentar o ventrículo também ocorrera dilata sem espessamento das paredes; não um aumento do átrio. Com isso, a distensão atrial consegue bombear sangue suficiente para a estimula o nodo sinusal, que ativa o sistema nervoso demanda metabólica; os volumes sistólicos e simpático a aumentar a frequência cardíaca (reflexo diastólicos finais aumentam; ESPVR e EDPVR de Brainbridge). O aumento da FC estimula o sistema se deslocam para direita. nervoso parassimpático, respondendo de modo a diminuir a frequência. É importante lembrar que o primeiro aumento da frequência serve para que ao bater mais o sangue possa ser expulso de modo mais eficiente do coração, diminuindo o ventrículo. Quando esse objetivo é alcançado a FC diminui, para que a homeostase possa ser atingida.
- ESTÍMULOS SIMPÁTICOS: aumentam a frequência
cardíaca, aumentam a força de contração cardíaca, aumentando portanto o volume ejetado e a pressão de ejeção. Logo, aumenta também o débito cardíaco,