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» o fluxo dentro dos vasos é laminar, de forma que o atrito ⤷ determinar onde se origina o sopro (epicentro) e
entre o sangue e as paredes do vaso não gera nenhum som. em quais outros lugares do tórax esse sopro pode ser
No entanto, quando por algum motivo esse fluxo passa a ser auscultado de forma menos intensa (irradiação)
turbilhonar, o choque das partículas entre si gera um som que » fase do ciclo:
chamamos de sopro.
⤷ os sopros podem ser sistólicos ou diastólicos e
estarem presentes em momentos específicos da fase do ciclo
em que se encontram, podendo ser holo (duram a fase toda),
» dilatação do trajeto: no aneurisma de aorta, por exemplo, o proto (início da fase), meso (no meio da fase) ou tele (final da
sangue sai do ventrículo pela válvula aórtica e, assim que fase) Exemplo: um sopro holosistólico é auscultado por toda
chega na porção dilatada da aorta, o sangue turbilhona, a fase da sístole, ou seja, dura de B1 até B2
gerando sopro.
» comportamento do sopro com manobra:
» comunicação entre um vaso de alta pressão e um de baixa
pressão: fístulas arteriovenosas que requerem diálise geram ⤷ existem sopros que podem se tornar mais intensos
turbilhonamento sanguíneo e, consequentemente, sopro. ou menos intensos com a realização de algumas manobras,
como as manobras de Handgrip Test e Rivero Carvallo,
» comunicação entre cavidades: melhor descritas adiante
⤷ comunicação interatrial (CIA) – um “furo” no
septo interatrial, formado por mal formação congênita ou
pós infarto, permite a comunicação entre o AD e AE, » estenose aórtica:
gerando sopro na passagem de sangue de um átrio para o
outro ⤷ epicentro – foco aórtico
⤷ comunicação interventricular (CIV) – seguindo a ⤷ irradiação – foco aórtico acessório e fúrcula
mesma lógica, um “furo” no septo interventricular, formado
por mal formação congênita ou pós-infarto, permite a ⤷ fase do ciclo cardíaco – sístole (a válvula aórtica
comunicação entre VE e VD. Sabendo que o VE é uma deveria estar aberta na sístole, se há falha na abertura dessa
câmera de maior pressão, quando o sangue passa de VE para válvula na sístole, portanto é um sopro sistólico)
VD, de menor pressão, o fluxo turbilhona, gerando sopro ⤷ Handgrip Test – manobra para sopros de coração
esquerdo, na qual pedimos para o paciente apertar um objeto
com toda a força. Com isso, a resistência vascular periférica
» sopro por estenose valvar: estenose valvar é um defeito na (RVP) do paciente vai aumentar, fazendo uma força contrária
abertura de uma válvula. Quando uma válvula não se abre à de ejeção, diminuindo o volume a ser ejetado do VE para
adequadamente, o sangue que antes passava laminar, agora a aorta e consequentemente diminuindo a intensidade do
passa com dificuldade por uma válvula que não está aberta sopro de estenose aórtica
como deveria, gerando um fluxo turbilhonar e, » insuficiência mitral:
consequentemente, sopro.
⤷ epicentro – foco mitral
» sopro por insuficiência valvar: insuficiência valvar é um
defeito no fechamento de uma válvula. Quando uma válvula ⤷ irradiação – região axilar
não se fecha adequadamente, isso permite que parte do
sangue retorne através dela quando não deveria retornar. ⤷ fase do ciclo cardíaco – sístole (a válvula mitral
Esse fluxo regurgitante, então, gera um sopro. deveria estar fechada na sístole, se há falha no fechamento
dessa válvula na sístole, portanto é um sopro sistólico)
⤷ Handgrip Test – aumenta a intensidade do sopro
» intensidade: de insuficiência mitral
» exemplo:
⤷ insuficiência pulmonar: RCR em 3T, com B3 de
VD e sopro diastólico em foco pulmonar.