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FISIOLOGIA CARDÍACA

Contratilidade: a bomba cardíaca

2 Ventrículos e 2 Átrios – o sangue nas cavidades não se misturam

Miocárdio: elemento contrátil

Válvulas: função de porta, permitem que o sangue saia, mas não volte

Sistema elétrico: sistema responsável pelo automatismo

PRINCÍPIOS DA FISIOLOGIA CARDÍACA

 Automatismo (cronotropismo): capacidade de o coração gerar seus próprios estímulos elétricos


 Condutibilidade (dromotropismo): condução do processo de ativação elétrica por todo o miocárdio, numa
sequência sistematicamente estabelecida
 Excitabilidade (batmotropismo): é a capacidade que o miocárdio tem de reagir, fisiologicamente, quando
estimulado, reação esta que se estende por todo o órgão
 Contratilidade (inotropismo): é a propriedade que tem o coração de se contrair ativamente como um todo
único, uma vez estimulada toda a sua musculatura, o que resulta no fenômeno da contração sistólica
 Distensibilidade (lusitropismo): capacidade de relaxamento global que tem o coração, uma vez cessada sua
estimulação elétrica, o que determina o fenômeno do relaxamento diastólico

Células musculares cardíacas – fibras rápidas – potencial de repouso

Laura Maria Turma 99


Por que ocorre o platô?

 No músculo cardíaco, o potencial de ação é originado pela abertura de canais de dois tipos:
o Os mesmos canais de sódio rápidos, como nos músculos esqueléticos e,
o Um grupo completamente diferente de canais, os canais de cálcio lentos que também são referidos como
canais de cálcio-sódio
o Essa segunda população de canais difere dos canais de sódio rápidos por serem mais lentos para se abrir
e, mais importante, por continuarem abertos por vários décimos de segundo
o Durante esse tempo, grande quantidade de íons cálcio e sódio penetra nas fibras miocárdicas através
desses canais mantendo o período de despolarização prolongado, causando o platô do potencial de ação
o Além disso, os íons cálcio, entrando durante a fase do platô, ativam o processo da contração muscular
 Imediatamente após o início do potencial de ação, a permeabilidade da membrana celular miocárdica aos íons
potássio diminui, aproximadamente, por cinco vezes
o A redução da permeabilidade ao potássio diminui a saída dos íons potássio com carga positiva durante o
platô do potencial de ação e, assim, impede o retorno rápido do potencial de ação para o nível basal
o Quando os canais de cálcio-sódio se fecham a permeabilidade da membrana para os íons potássio
aumenta rapidamente, essa perda rápida de potássio do interior da fibra provoca o retorno imediato do
potencial de membrana da fibra a seu nível de repouso, encerrando, assim, o potencial de ação

Laura Maria Turma 99


 Nó sinusal: aglomerado de células, está situado na parede lateral superior do átrio direito, próximo à
abertura da veia cava superior, o potencial de ação se difunde desse ponto, rapidamente, por ambos os
átrios e, depois, através do feixe A-V, para os ventrículos
o Em virtude dessa disposição especial do sistema de condução ocorre o retardo de mais 0,1 segundo
na passagem do impulso cardíaco dos átrios para os ventrículos
o Isso permite que os átrios se contraiam antes da contração ventricular
 Nó AV: tem um delay para que os átrios e ventrículos fiquem relaxados e contraídos em momentos diferentes

O MIOCÁRDIO

 Sincício: células que se unem, o miocárdio forma um sincício de muitas células musculares cardíacas, no qual
as células estão tão interconectadas que, quando uma delas é excitada, o potencial de ação se espalha para
todas, propagando-se de célula a célula pela treliça de interconexões
o O coração é composto por dois sincícios: o sincício atrial, que forma as paredes dos dois átrios, e o
sincício ventricular, que forma as paredes dos ventrículos
o Essa divisão do músculo cardíaco em dois sincícios funcionais permite que os átrios se contraiam
pouco antes da contração ventricular, o que é importante para a eficiência do bombeamento
cardíaco
 Discos intercalares: junções comunicantes permeáveis aos íons

CONTRATILIDADE – “A BOMBA CARDÍACA”

 4 cavidades que não se comunicam diretamente (somente na fase embrionária e fetal)


 Válvulas são uma estrutura fibrosa que se ancoram no anel fibroso
 Durante a contração as valvas atrioventriculares se fecham e as semilunares se abrem
 As valvas atrioventriculares têm uma movimentação passiva, se abrem e fecham de acordo com o gradiente
de concentração

CICLO CARDÍACO – Princípios Básicos

 O sangue flui espontaneamente das câmaras de maior para menor pressão


 75% do sangue flui diretamente dos átrios para os ventrículos antes da contração atrial

Laura Maria Turma 99


 Na fase final da diástole ocorre a despolarização do átrio e ele faz uma última contração para empurrar o
resto do sangue
 O sistema esquerdo tem uma pressão mais alta do que o sistema direito (o ventrículo direito é mais fino do
que o esquerdo)
 A pressão na aorta é igual ao do ventrículo esquerdo quando a valva aórtica estiver aberta, quando quase
todo o sangue já tiver passado pela valva a pressão começa a regredir e fecha a valva aórtica, a pressão final
da aorta diminui um pouco (80-100)
 As coronárias são os únicos vasos que se enchem durante a diástole
 Existe um momento que há a contração, mas o volume não se altera, a valva aórtica ainda está fechada– fase
de contração isovolumétrica
 Fase de relaxamento isovolumétrico: quando a diástole já começou, mas a valva mitral ainda não se abriu e a
valva aórtica ainda está fechada

ENCHIMENTO DOS VENTRÍCULOS

 Durante a sístole o sangue vai se acumular nos átrios porque as valvas atrioventriculares estarão fechadas
 Quando a sístole chega ao final, os valores das pressões nos ventrículos diminuem, enquanto nos átrios estão
elevadas
 Isso faz com que as valvas atrioventriculares se abram e o sangue corre para os ventrículos imediatamente,
esse é o período de enchimento rápido ventricular, que ocorre durante o primeiro terço da diástole
 No segundo terço da diástole uma pequena quantidade de sangue flui para os ventrículos
 No último terço da diástole, os átrios se contraem, dando um impulso adicional para os ventrículos, isso
corresponde à 20% do enchimento ventricular em cada ciclo

ESVAZIAMENTO VENTRICULAR DURANTE A SÍSTOLE

1. Período de Contração Isovolumétrica


 Após o início da sístole a pressão ventricular sobe rapidamente, isso faz com que as valvas A-V se fechem
 É necessário mais 0,02 a 0,03s para que o ventrículo gere pressão suficiente para fazer com que as valvas
semilunares se abram
 Então, durante esse período os ventrículos estão se contraindo, mas não ocorre esvaziamento
2. Período de Ejeção
 Quando a pressão no ventrículo esquerdo aumenta um pouco mais de 80mmHg e no ventrículo direito
pouco acima a 8mmHg, a pressão ventricular força a abertura das valvas semilunares
 70% do esvaziamento ocorre no primeiro terço do período de ejeção (período de ejeção rápida)
 E os outros 30% ocorrem nos outros dois terços desse período (período de ejeção lenta)
3. Período de Relaxamento Isovolumétrico
 Ao final da sístole o relaxamento ventricular começa de modo repentino, diminuindo as pressões
intraventriculares rapidamente
 As altas pressões nas artérias aórtica e pulmonar fazem com que as valvas semilunares se fechem
 Durante mais 0,03 a 0,06s o músculo ventricular continua a relaxar mesmo que o volume não se altere
(período de relaxamento isovolumétrico)
 Durante esse período, as pressões intraventriculares diminuem rapidamente, fazer com que os ventrículos
voltem às suas pressões diastólicas
 É então que as valvas A-V se abrem e iniciam um novo ciclo

MECÂNICA CARDÍACA

 A mecânica cardíaca permite a geração de um débito cardíaco adequado


 Débito Cardíaco: frequência cardíaca X volume sistólico (4-6 l/min)
 4800ml/min= 80 bpm x 60ml
Laura Maria Turma 99
 Ao invés de aumentar a frequência o coração aumenta o volume sistólico para poupar o consumo energético,
o coração fica dilatado
 Índice Cardíaco= débito cardíaco/área de superfície corpórea (l/min/m2)
o Acima de 2.2 é bom

FRAÇÃO DE EJEÇÃO

 Durante a diástole o volume dos ventrículos aumenta de 110 a 120 ml, esse volume é o Volume Diastólico
Final (VDF)
 À medida que os ventrículos se esvaziam durante a sístole, o volume diminui aproximadamente 70ml, esse é
chamado de Débito Sistólico (DS)
 A quantidade restante em cada ventrículo, de 40 a 50ml, é chamado de Volume Sistólico Final (VSF)
 A fração do volume final diastólico que é ejetada é denominada Fração de Ejeção, que corresponde
aproximadamente 60%
 Volume sistólico= VDF – VSF
 Pré-carga: = volemia, carga que está para chegar ao coração, traz uma pressão
o Pode ser influenciado pela quantidade de sangue represado nas veias
o Quanto maior o estiramento, maior a contração até um limite fisiológico a partir do qual existe uma
piora ventricular
 Pós-carga: impede o coração de mandar o sangue para fora
o Obstrução ao fluxo
o Resistência vascular
o Vasomotricidade
 Contratilidade: capacidade de contrair o musculo
o É variável
o Quanto mais o músculo é distendido durante seu enchimento, maior a força de contração

Laura Maria Turma 99

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