Você está na página 1de 6

Natália Alencar SOI 1

Ciclo Cardíaco
 Corresponde a todos os eventos -> pressão ventricular aumenta -> abertura
elétricos e mecânicos que ocorrem das valvas semilunares
durante um batimento cardíaco.
-> ejeção do sangue dos ventrículos para as
EVENTOS ELÉTRICOS artérias -> Pressão dos ventrículos diminui

 Os eventos elétricos são o potencial de -> diástole ventricular e atrial


ação do Nó Sinoatrial (SA) e das fibras
-> pressão dos ventrículos for menor que a
musculares.
pressão das artérias -> fechamento das
 Durante a despolarização, as fibras
valvas semilunares
cardíacas contraem.
 Durante a repolarização, as fibras -> Relaxamento isovolumétrico (todas as
cardíacas relaxam. valvas fechadas e sem alteração de vol.
 Contração = Sístole Sanguíneo)
 Relaxamento = Diástole
-> chegada do sangue pelas VCS e VCI
 São os eventos elétricos que permitem
os períodos de relaxamento e contração -> aumento da pressão atrial -> abertura
do musculo atrial e ventricular. das valvas AV

EVENTOS MECÂNICOS -> ciclo se repete

 Etapas do ciclo cardíaco

-> Geração do potencial de ação

-> propagação pelas fibras atriais -> sístole


atrial

-> sangue bombeado para os ventrículos

-> enchimento ventricular -> Aumento da


pressão ventricular

-> valvas AV se fecham -> Diástole Atrial


e Sístole Ventricular

-> Antes de ocorrer a sístole ventricular


acontece a Contração Isovolumétrica
(contração sem que ocorra alteração do
vol. Sanguíneo e todas as valvas estão
fechadas)
Natália Alencar SOI 1

Sístole Atrial
Enchimento
Atrial

Enchiment
o
Ventricula

Relaxamento
Isovolumétri
Diástole
co
Atrial
Contração
Ejeção Isovolumétri
ventricular ca

Sístole
ventricular

1. Enchimento Ventricular Rápido -> As valvas AV acabam de abrir e ocorre um


enchimento rápido de sangue.
2. Enchimento Ventricular Lento -> O sangue das VCS, VCI e VP fluem diretamente dos
átrios para os ventrículos, assim, depende da velocidade do sangue que chega aos átrios.
3. Contração Isovolumétrica -> Todas as valvas (AV e semilunares) estão fechadas e não
ocorre alteração do volume sanguíneo.
4. Ejeção Ventricular Rápida -> As valvas semilunares acabam de abrir e ocorre uma ejeção
rápida de sangue.
5. Ejeção Lenta -> Os ventrículos começam a relaxar, tornando a ejeção mais lenta.
6. Relaxamento Isovolumétrico -> As valvas (AV e semilunares) estão fechadas e os átrios e
ventrículos se encontram relaxados, além disso, não ocorre alteração do volume
sanguíneo.
Natália Alencar SOI 1

DIAGRMA DE WIGGERS

 Apresenta uma relação entre os eventos elétricos e mecânicos do ciclo cardíaco.


Natália Alencar SOI 1

DIAGRAMA PRESSÃO X VOLUME

 Representa a variação de pressão e volume do ventrículo esquerdo durante as fases do


ciclo cardíaco.
 A -> abertura da valva mitra -> enchimento do ventrículo -> Pressão aumenta
 B -> fechamento da valva mitral -> Contração Isovolumétrica -> Pressão ventricular
aumenta
 C -> abertura da valva aórtica -> Pressão ventricular aumenta -> ejeção de sangue pela
aorta -> queda de volume ventricular -> queda da pressão ventricular
 D -> Fechamento da valva aórtica -> pressão e volume do ventrículo caem (diástole) ->
relaxamento isovolumétrico -> recomeça o ciclo

B/1 -> Fechamento da valva


mitral

C/2 -> Abertura da valva


aórtica

D/3 -> Fechamento da valva


aórtica

 Volume diastólico final (VDF) -> VS = VDF – VSF


volume de sangue no ventrículo antes
VS = 125 – 50
de ocorrer a sístole (no diagrama é
125ml). VS = 75ml
 Volume sistólico final (VSF) ->
volume de sangue no ventrículo que  Fração de ejeção -> fração que
sobra após a ejeção ventricular (no representa a quantidade de sangue
diagrama é igual a 50ml). ejetado pelo ventrículo.
 O ventrículo não ejeta todo o sangue, 125ml – 100%
sempre sobra um pouco no final de 75ml – x
cada ejeção ventricular. X = 60% de sangue ejetado
 Volume sistólico (VS) -> quantidade  A alça pressão-volume pode variar de
total de sangue ejetado pelo ventrículo, acordo com as curvas da pressão
sendo possível ser calculado. sistólica e diastólica, obtidas
experimentalmente.

DÉBITO CARDÍACO (DC)  Frequência cardíaca (Fc) -> número de


vezes que o coração bate por minuto.
 Quantidade de sangue ejetado por
minuto pelo ventrículo.
Natália Alencar SOI 1

 Se o coração bate 68x (n° exemplo) por fibras ventriculares para abrir as valvas
minuto, conseguimos calcular o DC. semilunares.

DC = VS x Fc -> Se a pressão da artéria aórtica for maior,


mesmo com a pressão ventricular elevada,
DC = 75ml x 68bpm as valvas semilunares fecham mais cedo,
DC = 5100ml/min ocorrendo uma maior quantidade de
volume sistólico final (VSF).
 Se a Fc ou o VS foram alterados, o DC
também se altera (os valores são -> Aumentou a pressão aórtica, aumenta a
proporcionais). pós-carga.
 Se o VS aumentar, o DC aumenta ou se -> A pós-carga tende a aumentar se a
o VS diminuir, o DC diminui. pressão arterial aumentar.
 Se a Fc aumentar, o DC aumenta ou se
a Fc diminuir, o DC diminui.  Contratilidade cardíaca

PRÉ-CARGA, PÓS-CARGA E -> consegue alterar o VS mesmo a pré-


CONTRATILIDADE CARDÍACA carga e pós-carga continuarem estáveis.

 Podem alterar o VDF e VSF, assim, -> Capacidade de contração cardíaca em


alterando o VS. uma determinada pré-carga e pós-carga.
 Para regular o VS é necessário regular -> Se a contratilidade aumenta mais sangue
o VDF e VSF. é ejetado, assim, aumenta o VS.
 Pré-carga
-> O que determina o aumento da
-> Pressão aplicada sobre as fibras contratilidade cardíaca é a quantidade de
musculares cardíacas antes do início da cálcio que entra na célula e se liga com a
contração ventricular. troponina C.
-> Compara com a pressão ventricular ao -> Quanto mais cálcio mais força para que
final da diástole (Pressão diastólica final). ocorra o dobramento da miosina.
-> A pressão diastólica final é determinada -> O que determina a Contratilidade é o
pelo volume diastólico final (VDF). sistema nervoso autônomo simpático, que
libera adrenalina nas fibras musculares e
 Pós-carga
nas glândulas suprarrenais.
-> Pressão aplicada sobre as fibras
-> A entrada de norepinefrina e epinefrina
musculares cardíacas ventriculares durante
por meio do ligamento do receptor beta-
e após a contração ventricular.
adrenérgico da célula resulta em um maior
-> Pode ser comparada a pressão sistólica. aumento de entrada de cálcio pelos canais
L, aumento saída de cálcio dos retículos
-> Depende da pressão das artérias aórtica sarcoplasmáticos (maior força de
e pulmonar, quanto maior a pressão nas contração), aumenta a função da bomba de
artérias, maior pressão será feita pelas cálcio e diminui o tempo de atuação entre a
Natália Alencar SOI 1

miosina e actina (aumenta a velocidade de a força desenvolvida e maior será o


contração durante o aumento da Fc). volume sistólico.
 Os sarcômeros iniciam com um
-> A noradrenalina/norepinefrina
comprimento menor que o ideal, assim,
aumentam o débito cardíaco (aumenta a Fc
quanto maior o volume diastólico final,
e o VS).
maior a pré-carga, dessa forma, os
sarcômeros aumentam de tamanho até
LEI DE FRANK STARLING
chegarem no seu comprimento ideal.
 Capacidade que o coração tem de ejetar  Com o aumento do comprimento dos
a quantidade de sangue que retorna sarcômeros, maior força será aplicada
pelas veias cavas superior e inferior. durante a contração ventricular e maior
 O coração consegue se adaptar ao será a pós-carga.
volume de sangue que chega.  Quanto maior for o retorno venoso ->
 Quanto maior por o volume diastólico maior será o comprimento dos
final ou a pré-carga (pressão diastólica sarcômeros -> maior tensão durante a
final), mais as fibras cardíacas serão contração -> maior volume sistólico ->
estiradas, e quanto maior o aumento do débito cardíaco (isso
comprimento dessas fibras, maior será ocorre até os sarcômeros alcançarem o
seu comprimento ideal).

Você também pode gostar