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CAPITULO I

I – Introdução

A boa organização, gestão de documentos e arquivos constituem um dos elementos fundamentais


para o sucesso de qualquer instituição, quer seja Púbica ou Privada.

Na Administração Publica Moçambicana, o processo de gestão de documentos e arquivos


conheceu uma nova pagina com a aprovação das Estratégias para a Gestão de documentos e
Arquivo do Estado, em Outubro de 2007.

Com efeito, em resultados da implementação da Estratégia, várias acções foram levadas a cabo,
com o destaque para aprovação do Sistema Nacional do Estado (SNAE) e os seus instrumentos
de operacionalização, o Plano de Classificação e a Tabela de Temporalidade de Documentos das
Actividades meio e o Classificador de Informações Classificadas.

Através deste trabalho o grupo pretende compreender a importância da gestão documental na


Administração Publica Moçambicana.

O mesmo compreende a seguinte estrutura: no primeiro capítulo, temos a introdução, que


comporta os objectivos e a metodologia usada para a materialização deste trabalho. No segundo
capitulo, fez-se o quadro conceptual onde se apresentam alguns conceitos inerentes ao tema,
seguindo se a análise do processo de gestão documental. No terceiro capitula temos a informação
sobre a introdução á gestão de documentos Técnicos de arquivos; Classificação de documentos;
Natureza dos documentos para alem do sistema Nacional de Arquivo do Estado (SNAE). No
quarto e último Capitulo temos a conclusão e as fontes Bibliográficas (Bibliografia).

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1. 4 Objectivo Geral

 Compreender a importância da gestão documental nas organizações.

Objectivos Específicos

 Identificar a natureza e classificação de documentos;

 Caracterizar o Sistema Nacional de Arquivo do Estado (SNAE);

 Indicar os princípios teóricos e metodológicos de gestão de documentação arquivística.

1.5 Metodologia

Para a elaboração deste trabalho o grupo recorreu ao estudo e consulta do manual do módulo
Comunicação efectiva leccionado pelo ISAP, consultas a legislação relacionada ao tema.

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CAPITULO II
2 – Quadro Teórico

2.1 Definição de Conceitos Básicos


Documento – é toda a informação registada em suporte material, susceptível de ser utilizada
para consulta, estudo, prova e pesquisa, pois comprovam factos, fenómenos, formas de vida e
pensamento do homem numa determinada época e lugar (Monteiro, 2005:3).

Documentação – conjunto de documentos ou serviços de colecta, processamento técnicos,


disseminação de informação e documentos.

Registo e controlo – conjunto de tarefas que corresponde ao recebimento e á movimentação de


processos e expediente de qualquer origem e sua expedição.

Classificação – organização de documentos de um arquivo ou coleccao de acordo com um plano


de classificação.

Plano de Classificação de Documentos – esquema elaborado a partir do estudo das estruturas e


funções da instituição e análise do arquivo por ela produzido pelo qual se desatribuem os
documentos em classe, de acordo com técnicas de arquivamento específico.

Tabela de Temporalidade – Instrumento de destinação, aprovado pela autoridade competente,


que determina prazos e condições de guarda, tendo em vista a transferência, recolhimento ou
eliminação de documentos.

Avaliação – processo de análise de documentos de arquivo, que estabelece sua destinação de


acordo com os valores que lhe são atribuídos.

Documento de arquivo – é todo aquele que é produzido ou recebido por uma pessoa física ou
jurídica, pública ou privada, no exercício das suas actividades e que constitua elemento de prova
ou informação (Monteiro, 2005:3).

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Gestão de Documentos – conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes às
actividades de produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento de documentos nas fases
correntes e intermediárias, visando a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente
(Monteiro, 2005:8).

Arquivo – conjunto de documentos produzidos e ou recebidos por órgãos públicos, instituições


de carácter público, entidades privadas e pessoas físicas, no decurso das suas actividades,
qualquer que seja o suporte de informação (Monteiro, 2005:6).
Arquivo corrente - conjunto de documentos em tramitação ou não, que pelo seu valor primário
é objecto de consultas frequentes pela entidade que o produziu, a quem compete a sua
administração.
Arquivo intermediário – conjunto de documentos originários de arquivos correntes, que guarda
destinação e com uso pouco frequente.
Arquivo permanente - conjunto de documentos preservados em caracter definitivo em função
de seu uso.
Arquivo Público – Conjunto de documentos produzidos ou recebidos por órgão públicos e
também os produzidos ou recebidos por entidades privadas encarregados de serviços públicos
(Monteiro, 2005:6).

Arquivo do Estado - Conjunto de documentos de qualquer época e forma que independente da


natureza ou do suporte da informação, são acumulados e conservados em razão do seu valor ao
longo das actividades de pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, para servir de
referência, prova, informação ou fonte de pesquisa (Monteiro, 2005:6).

Arquivos Privados - conjunto de documentos produzidos ou recebidos por pessoas físicas ou


jurídicas, em decorrência das suas actividades (pessoais ou institucionais) Ex. Arquivos
eclesiásticos, Empresariais (Monteiro, 2005:6).

Sistema de arquivos – conjunto de elementos (entidades, meios e procedimentos) que


funcionam de modo articulado, tendo em vista a gestão dos documentos produzidos ou recebidos
por um organismo no exercício das suas actividades (Imprensa Nacional, 2007:9)

Código é conjunto de símbolos, normalmente, letras ou números que mediante uma conexão
representam dado

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CAPITULO III
3. Introdução á gestão de documental numa organização

3.1 Gestão de documentos – conjunto de documentos de operações e procedimentos técnicos


referentes a produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento de documentos, em fase de
arquivo corrente e intermediário, visando a sua eliminação ou o seu reconhecimento para a
guarda permanente.

A Gestão de documentos é importante numa organização porque quando bem definido


permite uma melhor gestão de documentos manuseados tanto no arquivo corrente, intermediário
como a sua destinação final que pode ser a eliminação ou o arquivamento permanente.

A arrumação de documentos por assuntos, na Administração Pública, permite a fácil recuperação


da informação e a preservação da memória institucional, parte do património do Estado.

3.1.1 Fases da Gestão de Documentos

A gestão de documentos compreende as seguintes fases: Produção, Utilização e destinação.

Fase de Produção de documentos – que implica optimizar a criação, evitando-se a produção de


documentos não essenciais, diminuindo o volume a ser manuseado, controlado, arquivado e
eliminado, garantindo assim, o uso adequado dos recursos de reprografia e de automação;

Fase de utilização de documentos - que se caracteriza pelo emprego de métodos de controlo


relacionados com as actividades de protocolo e as técnicas específicas para classificação,
organização e elaboração de instrumentos de recuperação da informação e desenvolve-se também
a implantação do sistema de arquivos; e

Fases de destinação de documentos - que abrange as actividades de análise, selecção e fixação


de prazos de guarda de documentos (decisão pela eliminação, reprografia ou reconhecimento)
(Monteiro, 2005:9).

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3.1.2 Vantagens da implantação de programas de gestão documental

Economia de espaço, pessoal, equipamento e tempo; Maior e melhor colaboração entre


arquivistas e administradores; Racionalização da guarda e preservação dos acervos documentais;

Resposta imediata e precisa às questões impostas pela administração; Garantia de recolha aos
arquivos permanentes dos documentos que devem ser conservados definitivamente para fins de
informação, testemunho e pesquisa científica; e Uso adequado da micrográfica, processamento
automatizado de dados e outras técnicas avançadas de gestão de informação (Monteiro, 2005:10).

3.1.3 Problemas resultantes da ausência da gestão documental:

Produção maciça e descontrolada de documentos e a consequente perda de informações úteis, ou


morosidade e ineficiência na sua recuperação; Insegurança na tomada de decisões político-
administrativas; Ausência da promoção de valores culturais, de identidade e memória nacionais,
da cidadania, defesa de direitos fundamentais do Estado e da sociedade civil; Inexistência de
critérios de classificação, selecção, avaliação, transferência e recolha de arquivos; Tratamento de
documentos não orientado por métodos e técnicas adequadas; e Falta de padronização de
procedimentos e de terminologia nos arquivos públicos.

3.1.4 Gestão de Documentos nos Arquivos correntes

Os arquivos correntes são por definição o conjunto de documentos, em tramitação ou não, mas
que pela razão do seu valor primário (legal, fiscal e administrativo) constituem objecto de
consulta frequente pela entidade que os produziu ou os recebeu. Neste contexto, estes arquivos
são regra geral constituídos por documentos que ainda tramitam nos órgãos, ou seja por
documentos assuntos que ainda não têm desfecho, sendo por isso que o seu tratamento requer
uma atenção muito especial.
A gestão de documentos na fase corrente implica um conjunto de procedimentos e operações
técnicas que entre outros aspectos visam aumentar a eficácia administrativa e garantir a
recuperação rápida da informação.

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A gestão de documentos nos arquivos correntes envolve uma série de actividades que podem se
resumir em actividades de:
Protocolo, sabendo que o protocolo é o conjunto de operações visando o controlo dos
documentos que ainda tramitam no órgão de modo a assegurar a imediata localização e
recuperação dos mesmos, garantindo o acesso à informação, inclui o recebimento e classificação,
registo e movimento.
Recebimento e classificação – é uma operação que implica receber os documentos procedentes
de outras entidades ou remetidos por pessoas físicas e efectuar a separação dos mesmos quanto
aos seguintes aspectos:
Efectua-se a separação de documentos recebidos em oficial, ostensivo, sigilosos e particular,
consistindo em: i) abrir documentos de natureza ostensiva analisando-os e verificando a possível
existência de antecedentes e fazer a respectiva juntada; ii) não havendo antecedentes, classificá-
los de acordo com o assunto tratado; iii) determinado o assunto, deve-se escolher a categoria de
classificação e o respectivo código numérico de referência;

Registo, autuação e controle de tramitação (movimento) – pôr na capa do processo, o carimbo


de protocolo (nº e data de entrada), anotar o código de classificação e resumo do assunto e
proceder à distribuição às unidades administrativas destinatárias, obedecendo as seguintes
rotinas: i) elaborar a ficha de protocolo em três vias, indicando o número do protocolo, data de
entrada, origem, espécie, nº e data de documento, código e resumo do assunto e data da 1ª
distribuição; ii) a primeira via, será arquivada em ordem numérica, classe cronológica (nº de
processo e ano actuação), a segunda em ordem alfabética, e a terceira via, em ordem alfabética
pela referência/assunto; iii) encaminhar os documentos aos sectores a que se destinam,
acompanhados por uma guia elaborada em duas vias; iv) receber dos vários sectores as 1ªs vias
das guias de encaminhamento utilizadas, para fins de actualização de dados, controle de
tramitação e informação sobre os despachos e localização dos documentos

Expedição, devendo: i) verificar não falta folhas e anexos; ii) numerar e datar a correspondência
no original e nas cópias; iii) prepara os envelopes; e iv) expedir o original e encaminhar as cópias
ao sector de Arquivo.

Arquivamento - que compreende as seguintes etapas: i) inspecção – que consiste em proceder a


leitura do último despacho, verificando se o documento se destina ao arquivo ou se deverá

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obedecer a uma rotina de trâmite preestabelecido; ii) análise – que consiste em determinar sobre
que codificação deverá ter arquivado o documento e que referencias cruzadas será necessária; iii)
ordenação – que consiste em dispor os documentos de acordo com a codificação, separando-os
por guias de ordenação (fichas) em classificadores; iv) arquivamento – que consiste em inferir o
documento na unidade de arquivamento pré-estabelecida, evitando o arquivamento inadequado
que dificulta a localização do documento

Empréstimo e Consulta – que é a retirada do documento do arquivo para a consulta de


terceiros, fornecimentos de informações ou para a realização de juntadas, devendo utilizar guia-
fora em substituição de documento, indicando para quem foi emprestado, a data e sector ou a que
outro processo foi juntado;

Destinação - que é determinada com base nos instrumentos de destinação (tabela de


temporalidade e lista de eliminação), isto é, actos normativos elaborados pelas comissões de
análise, nos quais são fixadas as directrizes quanto ao tempo de guarda dos documentos.

3.2 Técnicas de Arquivamento

As técnicas de arquivamento são determinadas pela natureza dos documentos a serem arquivados
e pela estrutura da organização, pois cada ramo de actividade exige uma técnica diferente e
adequado às suas finalidades.

As técnicas de arquivamento dividem-se em duas classes ou em dois grupos Básicos e


Padronizados.

Básicos:

 Alfabético: refere se aquele técnicas de arquivo cuja recuperação da informação é o


nome e, a modalidade para ordenação dos documentos é alfabética ou alfa numera;

 Geográfico: designam se aqueles técnicas cuja elemento principal para a recuperação da


informação é o local por exemplo, cidade, província, pais, etc.

 Numérico: e aquele que permite a recuperação da informação por numero do documento


e pode ser: simples, Cronológico Decimal, (números e data).

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 Ideográfico/assunto: refere se aquelas técnicas cujo elemento para recuperação da
informação forem o assunto, e, pode ser alfabético (enciclopédicos, dicionários)

Padronizados:

Variedex, tomáticos. Soundex, mnemónico e rôneo

Estas técnicas pertencem a dois grandes sistemas, nomeadamente Directo (quando a busca de
documento e feito directamente no local onde se encontra guardado) e indirecto ( aquele em que
para se localizar o documento, e preciso antes consultar um índice ou um código).

As técnicas usadas na Administração Pública Moçambicana é Ideográfico ou assunto, a luz do


Decreto 36/2007, de 27 de Agosto.

3.3 - Classificação de documentos


Os documentos classificam se em três grupos nomeadamente: género Espécie e Assunto

Quanto ao género podem ser: Textuais; Cartográficos; Iconográficos; Sonoros; Micrográficos;


Informáticos;

Quanto à espécie, os documentos podem ser:

 Actos normativos – Ex: medida provisória, decreto, estatuto, regimento, regulamento,


resolução, portaria, ordem de serviço, instrução normativa, decisão, despacho decisório:

 Actos enunciativos – Ex: parecer, relatório, voto, despacho interlocutório;

 Actos de assentamento Ex: apostilas, acta, termo, auto de infracção;

 Actos comprobatórios – Ex: translado, certidão, atestado, cópia autêntica ou idêntica);

 Acto de ajuste, Ex, convénio, contrato, transacção, termo, ajuste, etc.;

 Actos de correspondência Ex: aviso, ofício, carta, memorando, mensagem, edital,


intimação, exposição de motivos, notificação, telegrama, telefax, alvará, e-mail;

Quanto à natureza do assunto - podem ser: ostensivos e sigilosos

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 Ostensivos – é dada aos documentos cuja divulgação não prejudica a instituição,
podendo ser do domínio publico

 Sigilosos estes por sua natureza, devem ser de conhecimento restrito e podem assumir
quatro graus:

 Ultrassecreto Ex: Política governamental de alto nível e segredo de Estado


(negociações para alianças políticas e militares; planos de guerra; descoberta e
experiências científicas de valor excepcional; informações sobre política
estrangeira de alto nível);

 Secreto –Ex: planos, programas e medidas governamentais; os assuntos extraídos


da matéria de ultrassecreto que, sem comprometer o excepcional grau de sigilo da
matéria original, necessitam de maior difusão,

 Confidenciais – exemplo: radiofrequência de importância especial ou aquelas que


devam ser usualmente trocadas; cartas, fotografias aéreas e negativos que
indiquem instalações consideradas importantes para a segurança nacional;

 Reservado – Ex: parte dos planos, programas e projectos e suas respectivas


ordens de execução; cartas e fotografias aéreas e negativos que indiquem
instalações importantes.

3.4 Natureza de documentos

A natureza do documento é caracterizada por assunto na Administração Pública Moçambicana.

3.5. Sistema Nacional de Arquivo do Estado (SNAE)


O Sistema Nacional de Arquivo do Estado foi aprovado pelo Decreto 36/2007, de 27 de
Agosto.

O SNAE aplica-se aos órgãos e instituições da Administração Pública nomeadamente Órgãos


centrais e locais do aparelho do estado e instituições subordinadas ou dependentes, institutos

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públicos de investigação científica e as demais instituição autónomas tuteladas pelos órgãos do
Estado, bem como os órgãos e instituições

3.5.1 Objetivos do SNAE


Os principais Objectivos do Sistema Nacional de Arquivo do Estado (SNAE) são:

 Harmonizar as diversas fases da gestão de documentos;

 Organizar de forma dinâmica e articulada, as actividades de gestão de documentos e


arquivo nos órgãos do Estado;

 Assegurar a protecção e preservação dos documentos gerados e recebidos no exercício de


funções dos órgãos e instituições públicas e privadas, revistados de valores
administrativos, históricos e científicos;

 Facilitar o acesso público ao património arquivístico nacional de acordo com as


necessidades de informação, respeitando o desposto nas normas do segredo do Estado e
de mais leis que regem o acesso de informação

 Integrar e coordenar as actividades de gestão de documentos de arquivos;

 Articular com os demais sistemas que actuam directa ou indirectamente na gestão do


património documental e arquivístico do Estado moçambicano;

 Assegurar a eliminação de documentos que não tenham valor administrativo, fiscal,

3.5.2 Órgãos e suas funções


O Sistema Nacional de arquivo do estado integra os seguintes órgãos:

 Órgão Director Central, representado pelo Ministério da Função Pública;

 Órgãos Centrais, representados pelas instituições do nível central;

 Órgãos Provinciais, representados pelas instituições do nível provincial;

 Órgãos Distritais, representado pelas instituições do nível distrital;

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 Órgão de gestão de gestão de arquivos permanentes, representado pelo Arquivo Histórico
de Moçambique (AHM).

3.5.2.1 Funções dos órgãos de SNAE

Os órgãos de Sistema nacional de Arquivos do estado têm as seguintes funções:

Dirigir e coordenar centralmente as actividades de gestão de documentos desenvolvidas pelos


órgãos centrais, provinciais e distritais do SNAE; Coordenar a implantação do sistema
nacional do arquivo do Estado; Normar e orientar tecnicamente as actividades de gestão de
documentos de arquivo; Implementar o Sistema Nacional do Arquivo do Estado; Coordenar a
aplicação dos planos de classificação e tabelas de temporalidade de documentos em
articulação com os outros órgãos de SNAE; Supervisionar a aplicação e o emprego de
normas técnicas e tecnologias de gestão de documentos de arquivo; Gerir os documentos na
fase permanente; Assessorar o Órgão Director Central do SNAE; e participar na elaboração
de normas técnicas de gestão de documentos entre outras.

3.5.2.2 Instrumentos de operacionalização

Os Instrumentos de operacionalização do SNAE são:

O plano de classificação e tabela de temporalidade de documentos de aquivo das


actividades – meio; o Plano de classificação e tabela de documentos de arquivo das
actividades – fim; e o Classificador de informações classificadas.

Plano de Classificação de Documentos de Arquivo - instrumento de trabalho utilizado para


classificar todo e qualquer documento produzido ou recebido por um órgão no exercício de suas
funções e actividades.

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Tabela de Temporalidade de Documentos de Arquivo - instrumento arquivístico, resultante da
avaliação que tem por objectivo definir prazos de guarda e destinação de documentos com vista a
garantir o acesso á informação.

Classificador de Informações Classificadas – instrumento usado para atribuição do grau de


sigilo, de acordo com as regras do sistema de informação em vigor na administração Publica.

A classificação de documentos por assunto é utilizada com objectivo de agrupar os documentos


sob o mesmo tema, como forma de agilizar sua recuperação e facilitar as tarefas arquivísticas
relacionadas com a avaliação, selecção, eliminação, transferência, recolha e acesso a esses
documentos.

No código de classificação, as funções, actividades, espécies e tipos documentais genericamente


denominados assuntos, encontram-se hierarquicamente distribuídos de acordo com as funções e
as actividades desempenhadas pelo órgão, partindo-se sempre do geral para o particular.

As classes 000 e 900 correspondem as actividades-meio, aquelas qua são comuns em todos os
órgãos e instituições publicas e que servem de apoio para a prossecução das actividades
especificas e cada instituição.

A Classe 000, referente aos assuntos de Administração Geral e a classe 900 aos Assuntos
Diversos.

As classes 100 a 800 foram deixadas vagas para serem preenchidas pelos assuntos das
actividades – fim de cada sector.

Dentro das classes temos as subclasses, grupos e subgrupos.

Exemplos das Subclasses da classe 000

Classe 000 Adminidtracao Geral

Subclasse 010- Organização e funcionamento (criação, estruturação, funcionamento e


organização interna do órgão);

020- Recursos Humanos (direitos e obrigações dos funcionários em serviço no órgão,


de acordo com a legislação vigente);

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030- Orçamento (previsão e execução orçamental);

040- Património (bens patrimoniais móveis, imóveis, pertencentes ao órgão);

050- Documentação e informação (documentos arquivísticos do órgão);  

070- Vaga; 080- Vaga (possíveis expansões e inserção de documentos referentes à


Administração Geral);

090- Outros assuntos referentes à Administração Geral

Exemplo de grupos e Subgrupos

Subclasse 030 Orçamento

Grupo 031 Orçamento do Estado

Subgrupo 031.2 Execução Orçamental

Subgrupos 031.21 Receitas

Subgrupo 031.22 despesas

Exemplos de uso do Plano de Classificação e da Tabela de Temporalidade

Um documento referente ao Quadro de Pessoal é classificado segundo o Plano de Classificacao,


pelo código 021.2

Este documento fica no Arquivo Corrente 5 anos, fica no Arquivo Intermediário 5anos, e o seu
destino final é a guarda permanente.

Outro exemplo

Um documento referente a despesas é classificado segundo o Plano de Classificacao , pelo


código 032.22.

Este documento fica no Arquivo Corrente até a aprovação das contas, no Arquivo
intermediário fica 5 anos após a aprovação das contas, e o seu destino final é a eliminação.

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CAPITULO V

Conclusão

A gestão de documentos é uma actividade consequente da existência do Homem moderno, que


no exercício das suas funções aos vários domínios, é levado a emitir ou receber uma grande
quantidade de informações, registadas em suporte material, tais como: livros, relatórios,
correspondência, revista, jornal, fotografia, selo, filme, disco, fita-magnética, flash, entre outros.

O grupo conclui que o processo de gestão de documento na organização quando bem definido
permite uma melhor gestão de documentos manuseados tanto no arquivo corrente, intermediário
como a sua destinação final que pode ser a eliminação ou o arquivamento permanente.
A arrumação de documentos por assuntos, na Administração Pública, permite a fácil recuperação
da informação e a preservação da memória institucional, parte do património do Estado.

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VI - Referências Bibliográficas

 Estratégia para Gestão documental e Arquivo do Estado. ( 2006) Autoridade Nacional da Função
Pública, Maputo

 Matsinhe (2006) Importância da História da Gestão de Documentos, Informação e Arquivos.


Fase actual da elaboração do Plano Nacional de Classificação de Documentos (Texto de Apoio),
Maputo.

 Monteiro, E.A. (2005) Introdução à Gestão de documentos (Texto de Apoio), Maputo, AHM

 Decreto nº36 (2007), de 27 de Agosto, Altera o Sistema Nacional de Arquivos criado pelo
Decreto nº35/92 de 26 de Outubro

 Diploma Ministerial nº30 (2008) de 30 de Abril, Aprova a metodologia para a elaboração de


Planos de Classificação e Tabelas de Temporalidade de documentos das actividades – Fim

 Diploma Ministerial nº31 (2008), de 30 de Abril, Aprova as Normas de avaliação e eliminação de


documentos da Administração Pública.

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INDECE
CAPITULO I...................................................................................................................................................1
I – Introdução..............................................................................................................................................1
Objectivo Geral........................................................................................................................................2
Objectivos Específicos.............................................................................................................................2
Metodologia............................................................................................................................................2
CAPITULO II..................................................................................................................................................3
2 – Quadro Teórico..................................................................................................................................3
2.1 Definição de Conceitos Básicos..........................................................................................................3
CAPITULO III.................................................................................................................................................5
3. Introdução á gestão de documental numa organização......................................................................5
3.1 Gestão de documentos..................................................................................................................5
3.1.1 Fases da Gestão de Documentos................................................................................................5
3.1.2 Vantagens da implantação de programas de gestão documental..............................................6
3.1.3 Problemas resultantes da ausência da gestão documental:.......................................................6
3.1.4 Gestão de Documentos nos Arquivos correntes.........................................................................6
3.2 Técnicas de Arquivamento.............................................................................................................8
3.3 - Classificação de documentos.......................................................................................................9
3.4 Natureza de documentos............................................................................................................10
3.5. Sistema Nacional de Arquivo do Estado (SNAE)..............................................................................10
3.5.1 Objetivos do SNAE.......................................................................................................................11
3.5.2 Órgãos e suas funções..................................................................................................................11
3.5.2.1 Funções dos órgãos de SNAE.................................................................................................12
3.5.2.2 Instrumentos de operacionalização.......................................................................................12
CAPITULO V...............................................................................................................................................15
Conclusão..................................................................................................................................................15
VI - Referências Bibliográficas.................................................................................................................16

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