Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
normas e procedimentos
Preliminares
·i'
1 Trabalho bas'eado no relatório que a Comissão por mim presidida apresentou à
Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, em 2000. A versão final da
norma ainda não foi editada.
2 DURANTI, Luciana. Toe concept of appraisal and archival theory. The Amerlcan
2
Nas instituições de grande porte ou de macroestrutura, a CPA poderá
contar com subcomissão(ões) sob sua coordenação e subordinação
técnica.
Compete à CPA:
3
■ elaborar a tabela de temporalidade, as listas de eliminação
•
(quando for o caso) e o relatório final dos trabalhos,
apresentando-os à autorid~de que instituiu a Comissão4 ;
• providenciar a divulgação q.a tabela5 ;
• orientar a aplicação da tabela, quando necessàrio;
■ revisar periodicamente a tabela, tendo em vista a produção
ou supressão de documentos e alterações na estrutura
organizacional da entidade.;
• criar Subcomissão(ões) de Avaliação;
• orientar tecnicamente a(s) Subcomissão(ões),
acompanhando seu desempenho;
• convocar os membros efetivos e eventuais para reuniões;
• elaborar instruções de funcionamento da CPA (reuniões,
periodicidade, local, horàrio etc).
Tabela de temporalidade
4
Em se tratando de documentos públiCos ou identificados como de interesse
público, os resultados dos trabalhos da Comissão devem ser também
encaminhados para aprovação da instituição arquivística pública em sua específica
esfera de competência.
5
Em se tratando de instituições públi.cas, a divulgação deverá ocorrer por
intermédio de ato legal a ser publicado 'ha imprensa oficial ou, na inexistência
desta, em outro veículo de divulgação local.
4
couJuntos documentais ;
Produzidos e recebidos pela instituição, são definidos a partir de
suas estruturas organizacionais; funções e atividades (plano de
classificação), referencial para arquivamento e avaliação.
prazos de guarda
Trata-se do registro do tempo de arquivamento dos documentos
nas fases corrente e intermediária. O prazo estabelecido para
essas fases relaciona-se ao período em que o documento ainda é
necessário à administração, sçndo consultado com maior ou
menor freqüência. ·
As vias e cópias de documentos podem ter prazos de guarda e
destinação diferentes daqueles estabelecidos para os respectivos
originais.
O prazo de guarda deve ser indicado, de preferência, em anos.
Pode, no entanto, em caráter excepcional, ser expresso a partir de
uma ação concreta. que deverá necessariamente ocorrer em
relação a determinado coajunto documental. Recomenda-se que
tal ação seja definida de forma objetiva e direta.
É fundamental para a correta aplicação dos prazos estabelecidos
na Tabela de Temporalidade a adoção de um critério para início da
contagem do tempo de guarda dos documentos, que pode ser
determinada a partir das seguintes datas:
• da produção do documento;
• do "arquive-se";
• do cumprimento de uma decisão administrativa ou
judicial;
• do término da vigência de uma ação;
• da prescrição;
• do ato que declara extinto um direito (data de decadência
do direito).
A guarda de alguns documentos pode ainda estar prevista em
rotinas de trabalho.
destinação final
Após o cumprimento dos prazos de guarda nas fases corrente e
intermediária, é indicada a destinação final: eliminaçao ou
guarda pennanente.
observações
Dentre as informações complementares, necessárias à correta
aplicação da tabela, incluem-se: justificativa, orientação quanto
à alteração do suporte da informação e aspectos elucidativos
quanto à destinação dos documentos, segundo a
particularidade dos conjuntos avaliados.
5
Estágio em que deve ser realizada a avaliação
6
ausência dessa unidade, a escolha recairá sobre a que for
responsável pela guarda da documentação a ser avaliada);
• convocação da Comissão 'Permanente de Avaliação da
instituição ou, ainda, em casos excepcionais, para atender a
situações de emergência, constituição de comissão específica,
denominada Comissão Extraordinária de Avaliação de
Documentos6 ;
• visita da Comissão ao(s) local(is) em que se encontram
depositados os documentos, para que seja verificada a extensão
e complexidade do trabalho a.ser executado;
• limpeza e organização mínima do(s) ambiente(s) em que se
encontram os documentos· (providenciadas pela unidade
responsável pela avaliação);
• definição das estratêgias a serem adotadas, tendo em vista o
porte dos órgãos envolvidos;
• realização de entrevistas com agentes conhecedores do
funcionamento das atividades-meio e fün, visando à coleta de
dados preliminares sobre os documentos relacionados com as
funções da instituição, como' base para as fases seguintes do
processo de avaliação;
• formação de equipe - constituída oficialmente e composta por
servidores do arquivo e/ou da unidade responsável pelos
documentos objeto da avaliação, podendo ser, também,
integrada por pessoal de outras unidades7 - para identificação
dos documentos e posterior cumprimento das determinações
da Comissão;
• identificação dos documentos· a serem avaliados, considerando,
entre outros aspectos:
• unidade orgânica detentora dos documentos a serem
avaliados (denominação, endereço, telefone e nome do
titular) e órgão(s) a que :está subordinada;
• legislação que regulam.enta as atividades desenvolvidas
pela unidade detentora 'da documentação analisada;
• grau de heterogeneidade ou concentração de tipos
documentais;
• conjuntos documentais existentes: tipos documentais
(espécies / atividades f' funções) 8 , datas-limite, volume9 ,
6
Do ato oficial de constituição devem co~star a composição, a competência e o
frazo para a conclusão dos trabalhos.
Essa equipe, que atuará sob a coordenação do titular da unidade responsável pela
avaliação, será treinada e supervisionada pela Comissão. Os funcionârios
selecionados devem ter capacidade para cumprir as instruções ministradas pelo
treinamento e, também, não ter impedimentos para o desempenho das tarefas
inerentes ao trato fisico de grandes voluffies de documentação acumulada. Se o
volume de trabalho assim o exigir, poderá ~er constituída mais de uma equipe.
8
Nesse processo é importante a coleta de amostras que possant fund8.lllentar as
decisões da Comissão.
9
Na aplicação dos formulários, por equipe treinada e supervisionada, torna~se
necessário fornecer aos agentes desse encargo orientação sobre a
quantificação/mensuração dos documentos. Para a documentação textual,
7
e
ocorrência de consultas por mês e/ ou ano (estabelecendo
•
parâmetros quando não houver dados precisos), estado
de conservação, acondicionamento, ocorrência de
avaliação anterior, existência de instrumentos para
recuperação da informação e reprodução dos documentos
por meio de microfilmagem;
• estabelecimento de prazos de guarda e destinação;
■ elaboração de Relatório de destinaçao de documentaçao
acumulada sem tratamento· arquivtstico, contemplando os
seguintes elementos:
• objetivos do relatório;
• indicação dos conjuntos documentais identificados
(conteúdo, datas-limite, freqüência de consulta etc.);
• proposta de destinação;,
■ observações (dados complementares sobre critérios de
classificação, eliminação, instrumentos de busca,
legislação etc.).
DEFINIÇÕES
recomenda-se que a quantificação seja feità em metros lineares, tendo como base o
comprimento das prateleiras das estantes e/ ou a profundidade das gavetas dos
arquivos. Caso haja documentação amontoada, faz-se uma metragem cúbica das
pilhas de documentos (comprimento X al°:Jra X largura), seguida da conversão da
medida encontrada para metros lineares, que é feita com base em tabela
internacional, multiplicando-se os metros cúbicos pela média 12. No tocante à
documentação iconográfica, cartográfica, : filmográfica, sonora e micrográfica, a
quantificação será feita por peça ou unida~e de arquivamento.
8
Ciclo vital dos documentos - Sucessão de fases por que podem
• passar os documentos de arquivo, desde o momento em que são
criados até a sua destinação final.
Comissão de Avaliação - Grupo multidisciplinar encarregado da
avaliação de documentos de um arquivo.
Decadência - Extinção de um direito, em conseqüência da revogação
do termo legal que o fundamentava:
Destinação - Encaminhamento dos documentos, a partir da
avaliação, para guarda (temporária ou permanente) ou eliminação.
Documento em fase corrente - Aquele em curso ou que, mesmo
sem movimentação, mantém interesse administrativo e é objeto de
consultas freqüentes.
Documento em fase intermediária - Aquele que, embora detenha
interesse administrativo, não é mais objeto de consultas freqüentes,
devendo cumprir prazo de guarda temporária para posterior
eliminação ou recolhimento.
Documento de guarda permanente - Aquele que, por manter seu
potencial de uso para a instituição e/ou a sociedade, deve ser
preservado.
Lista de eliminação sumária - ·: Instrumento de destinação que,
aprovado pela autoridade competente, relaciona documentos cuja
eliminação sumária seja recomendável.
Plano de classificação - Esquema no qual os documentos de arquivo
são distribuídos em classes .correspondentes às estruturas
organizacionais, funções e/ou atividades da instituição.
Prazo de guarda - Intervalo de tempo durante o qual os documentos
são mantidos no arquivo corrente e-no intermediário.
Prescrição - Condição pela qual se extinguem prazos para aquisição
ou perda de direitos.
Recolhimento - Entrada de documentos em arquivos permanentes.
Seleção - Separação fisica dos conjuntos documentais com vistas ao
cumprimento de sua destinação.
Suporte - Material sobre o qual as mformações são registradas.
Tabela de temporalidade - Instrumento de destinação que, aprovado
pela autoridade competente, .detehnina prazos para transferência,
recolhimento e eliminação de documentos.
Termo de eliminação - Registro que comprova ter sido efetivada a
eliminação de um determinado conjunto de documentos.
Transferência - Passagem de documentos do arquivo corrente para o
arquivo intermediário.
Valoração - Procedimento pelo qual se identificam os valores
primários e secundários - dos documentos de arquivo.
Vigência - Condição pela qual permanecem efetivos e vãlidos os
encargos e disposições contidos nos documentos.