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1. Introdução
A gestão de documentos é um processo arquivístico que, com menor custo e maior efciência
e efcácia, busca intervir no ciclo de vida dos documentos, visando reduzir, seletiva e
racionalmente, a massa documental a proporções manipuláveis até que a ela tenha destinação
fnal (expurgo ou recolhimento aos arquivos permanentes). Para isso, adota-se um conjunto de
procedimentos e operações técnicas, visando à racionalização do planejamento, capacitação,
promoção, controle, fluxo, tramitação, uso, avaliação, seleção, organização, arquivamento,
manutenção, disponibilização, acesso e conservação dos documentos nas fases corrente e
intermediária, reduzindo-se, assim, as incertezas que rondam o processo de avaliação que
prioriza os aspectos qualitativos dos documentos (BERNARDES, 1998; BRASIL, 1985,
1993, 2001, 2004a; INDOLFO, 2007; JARDIM, 1987; NÚÑEZ FERNÁNDEZ, 1999).
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2. Documento
Segundo Guinchat e Menou (1994), documento é o suporte material do saber e da memória
da
humanidade. De acordo com o Dicionário de Terminologia Arquivística (2005), documento é
toda a informação registada em um suporte material (papel, fia, disco óptico, etc.) utilizada
para consulta, estudo, prova, pesquisa, pois comprova factos, fenómenos, formas de vida e
pensamentos do homem numa determinada época. Chiavenato (2003), considera informação
o
conhecimento disponível para uso imediato e que permite orientar a acção, ou reduzir a
margem de incerteza que cerca as decisões quotidianas.
3. Arquivo
O ciclo vital dos documentos é definido como uma sucessão de fases por que passam os
documentos (corrente, intermediária, permanente), desde que são produzidos até sua
destinação final (eliminação ou guarda permanente) (BRASIL, 2004a).
5. Gestão de documentos
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e da própria organização de arquivo nas fases correntes, intermediária até a guarda
permanente ou eliminação. Deste modo, a classificação e avaliação dos documentos de
arquivo são vistos como elementos fundamentais para a organização, recuperação e
destinação adequado dos documentos.
Assim, a gestão de documentos é um processo arquivístico que busca intervir nas fases que
compõem o ciclo vital dos documentos determinando o tempo necessário de permanência nas
fases de arquivamento (corrente e intermediária) até que seja dada a destinação final
(eliminação ou guarda permanente), para que se possa alcançar a eficácia, eficiência a menor
custo na gestão de documentos e arquivos. Tal intervenção tanto é impulsionada por motivos
ligados à praticidade, agilidade, imediatismo ou economia (SILVA et al., 1999) como
também é resultado de um processo avaliativo, fundamentado em estratégias de avaliação
documental, que pode levar em conta diversos critérios atrelados à balizas confáveis para
identificação da presença de valor primário e/ou secundário dos documentos. Tudo isso
permite a aplicação da teoria das três idades na intervenção do ciclo vital dos documentos
6. Avaliação de Documentos
As informações necessárias para preencher os campos da Tabela de Temporalidade serão
obtidas por meio da avaliação de documentos. Trata-se de um trabalho multidisciplinar que
consiste em identificar valores (primário e secundário) para os documentos e analisar seu
ciclo de vida, com vista a estabelecer sua temporalidade e destinação final que poderá ser a
guarda permanente ou eliminação.
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7. Identificação dos Valores
Valor primário – decorre da razão pela qual o documento foi gerado pelo órgão ou
instituição, no exercício de suas actividades, destacando-se o valor administrativo, fiscal e
legal.
Valor secundário – alguns documentos, mesmo depois de esgotado seu valor primário
continuam tendo relevância probatória, informativa, ou histórica e, portanto tornam-se
importantes fontes de pesquisa, tanto para a Administração Pública quanto para o cidadão.
Ciclo de vida de documentos na administração pública Moçambicana
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8. Ciclo vital dos documentos. Teoria das três idades
O ciclo de vida dos documentos é o elemento que forma o pano de fundo para as intervenções
arquivísticas e divide os arquivos de acordo com as fases ativa, semiativa e inativa dos
documentos denominando-os, respectivamente: corrente, intermediário e permanente ou de 1ª
idade, 2ª idade e 3ª idade, respectivamente.
A definição das idades ou etapas do ciclo de vida está intimamente ligada a identificação
dos valores primário e secundário dos documentos, conceito que já trabalhamos
anteriormente. Conceitualmente podemos definir as etapas do ciclo vital dos documentos
como:
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9. Conclusão
Sob a ótica da gestão de documentos, questionou-se acerca das conceções que fundamentam
as diferentes fases que representam o ciclo vital dos documentos e a teoria das três idades.
Tais questionamentos passaram pela representação de que o ciclo vital compreende o
intervalo que vai desde a gestação, passando pela vida (valor primário), e chega à morte, ou à
vida eterna (valor secundário). Já a teoria das três idades é representada pelas fases
estipuladas para o trânsito dos documentos nos arquivos corrente, intermediário e
permanente. Daí, não se pode concordar que a literatura apresente a seguinte terminologia:
“três idades, ou ciclo vital.
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10. Referencias Bibliográficas
BERNARDES, Ieda Pimenta. Como avaliar documentos de arquivo. São Paulo: Arquivo
do Estado, 1998.