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Curso Básico de Vela

Av Agenor Couto de Magalhães, 310 Cj 09 – São Paulo SP – Cep 05174-000


Tels: 11 2589-2913 com 11 98457-3879 mobile – Email: flashclubesp@gmail.com
Introdução ao Curso Básico de Vela
É com muita alegria que o Flash Clube convida você a subir a bordo do nosso Curso Básico
de Vela.
No iatismo, adultos e crianças de 8 a 80 anos têm a oportunidade de apreciar a vela como
atividade de lazer e também como esporte.
Mais do que uma visão comercial, o Estaleiro Craftec, em parceria com a Sailorcraft, trouxe
para o mercado o Flash Clube com o objetivo de tornar a atividade náutica mais organizada, popular
e acessível.
Com iniciativas como essas, mais pessoas descobrem essa prática herdada de nossos
antepassados e que nos proporciona um fabuloso contato com a natureza, nos levando a desbravar
nossos mares, rios e represas.
A você aluno, associado e a migo, que inicia agora seus primeiros bordos, desejamos:
Bons Ventos!

Este material é dedicado aos alunos do Curso Básico de Vela do Flash Clube. As
informações apresentadas a seguir devem ser complementadas com as orientações do instrutor.

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Sumário
O Vento ......................................................................................................................................4
Iatismo - Vela .............................................................................................................................4
Barcos – Classes ........................................................................................................................5
Partes do Barco .........................................................................................................................6
Casco ......................................................................................................................................6
Leme .......................................................................................................................................7
Bolina .....................................................................................................................................8
Mastro, Retranca e Vela .......................................................................................................8
Navegando .................................................................................................................................9
Porque o barco anda pra frente, se o vento vem pelo lado? ............................................10
Direções ................................................................................................................................10
Mudança de Direção ...........................................................................................................11
Contra-Vento ...................................................................................................................11
Vento em Popa .................................................................................................................12
Través ...............................................................................................................................12
Escora ou Contra-Peso ...................................................................................................13
Ajustando Vela com a Direção .....................................................................................13
Orçar ................................................................................................................................14
Arribar.............................................................................................................................14
Bordo................................................................................................................................14
Jibe ...................................................................................................................................15
E se o barco virar? .................................................................................................................15
Alguns passos para a desvirar um veleiro de pequeno porte: .....................................16
Parando seu Barco .................................................................................................................16
Recomendações Importantes ................................................................................................17

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O Vento
Na meteorologia (ciência que se dedica ao estudo dos fenômenos atmosféricos) se define
vento como ar em movimento tanto vertical como horizontal. Os movimentos verticais do ar
denominados “correntes de convecção” caracterizam os fenômenos atmosféricos locais como a
formação de nuvens de tempestade. Por isso, mesmo que as formações de tempestade não sejam
fenômenos tão frequentes assim, a regra número um para uma velejada segura é sempre consultar os
boletins meteorológicos antes de uma saída.

Os movimentos horizontais do ar são os ventos propriamente ditos, que se formam devido a


diferenças de temperatura que ocorrem devido a um aquecimento desigual em regiões relativamente
próximas. Nesta situação as massas de ar quente tendem a subir e o seu lugar é ocupado por
massas de ar dos arredores, provocando um diferencial de pressão e consequentemente a locomoção
do ar, ou seja a formação do vento.

Com este fenômeno o velejador utiliza a força dos ventos para locomover sua embarcação.
Apesar de enfrentar raramente situações de calmaria (falta de vento) o vento ainda é considerado um
combustível abundante e, sobretudo, gratuito!

Iatismo - Vela
O iatismo é um esporte náutico, praticado com barcos à vela, que competem em regatas,
podendo, igualmente, ser utilizados para competições e para navegação de recreio (lazer).

A origem do iatismo presume-se ter ocorrido na Holanda, apesar de ter sido a Inglaterra o
primeiro país a instituir tal prática como modalidade esportiva.

No Brasil o esporte teve início com a inauguração do 1º Iate clube, o Yatch


Clube Brasileiro, fundado no Rio de janeiro em 1906.

Com o desenvolvimento técnico do esporte com o passar do tempo, surgiram às


regulamentações e com elas as divisões em classes.

As classes de barcos a vela subdividem a modalidade de acordo com as características de


cada barco, como: porte, número de velas, número de tripulantes, design do casco, etc.

Figura 1- Flash 165

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Barcos – Classes
As classes mais utilizadas para o início na navegação à vela são atualmente:

Optimist: É uma Classe desenvolvida para crianças entre 07 e 15 anos. É a única Classe que apresenta limite
de idade, pois seu projeto é de um barco de pequeno porte visando à segurança dos jovens velejadores. Suas
características como: peso, tamanho e formato do casco são ideais para quem ainda está se desenvolvendo
fisicamente:

Holder: Foi projetado de tal modo, que permite atender aos diferentes biótipos de velejadores, independente de
peso, estatura e idade. Velejadores entre 13 e 60 anos podem velejar lado a lado. É o barco ideal para fase de
treinamento para a criança que sai da classe Optimist, ainda sem o peso e envergadura ideal para enfrentar, por
exemplo, uma classe olímpica, principalmente se a sua opção for um barco para um tripulante. Ótimo também
para iniciar a fase de aprendizagem para aqueles que começam a prática deste esporte já na fase adulta.

Dingue: Seu projeto privilegia o conforto e a segurança do velejador. A forma de seu casco garante um barco
estável que transmite confiança ao iniciante. Para garantir uma segurança ainda maior, blocos de isopor,
devidamente revestidos são acomodados em seu interior tornando-o insubmergível até sob a hipótese de haver
perfuração do casco. Uma das maiores vantagens que o Dingue oferece às escolas de vela está em permitir que
embarquem, por exemplo, dois alunos e o instrutor, facilitando o aprendizado:

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Laser: O laser é um barco de classe olímpica, a mais popular do mundo. Foi inventado nos anos 70 pelos
canadenses Bruce Kirby e Ian Bruce para ser uma embarcação fácil de transportar e fácil de ser tripulada por uma
única pessoa.
Tornou-se uma classe olímpica nos Jogos de 1996 em Atlanta. O primeiro campeão olímpico foi o brasileiro
Robert Scheidt, que com suas conquistas ajudou a popularizar ainda mais a classe. É considerado um barco bem
veloz que confere emoção em suas velejadas por ter a caracteristica de planar em ventos fortes.
A classe laser é subdividida em 3 sub- classes de acordo com o tamanho da área de vela, o que permite a velejada
a tripulantes de pesos variados:
• Laser Standard (olímpica masculina) - 7.06 m2 de área de vela e é desenhado para ser velejado por um
iatista forte de 70 a 80 kg;
• Laser Radial (olímpica feminina) - área de vela menor com 5.76 m2; suplantou as embarcações tipo
Europa para o evento feminino de vela nos Jogos Olímpicos;
• Laser 4.7 - transitória do Optimist para a Radial ou Standard.

Partes do Barco
Casco
Construído geralmente de madeira, metal ou fibra de vidro, o casco é a parte principal de uma
embarcação e deve ter como principal característica a flutuabilidade. O casco de uma embarcação flutua devido
ao “Principio de Arquimedes”, ou seja, quando seu peso é igual ao peso do liquido que ela desloca.
Esse fenômeno é conhecido como empuxo.

E
Você pode observar na figura acima onde P – representa o peso da embarcação sobre a água e E – o
empuxo, ou seja, a resistência que a água deslocada pela embarcação exerce no seu casco.

Para garantir a flutuação do barco em caso de alagamento ou para que a água não preencha todo o
casco em caso de uma virada ou emborcada, os cascos possuem câmaras de ar. Em barcos das classes Holder
e Dingue, existem compartimentos estanques internos constituídos na fabricação do casco. Já no optimist são
usados compartimentos infláveis chamados “salsichões”.

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O casco de uma embarcação é formado por partes como mostram as ilustrações a seguir:

O formato afilado da proa, bem como o formato reto da popa faz com que a embarcação se mova no
sentido popa  proa, ou seja que ela se mova normalmente para frente ou vante.

A figura anterior mostra uma visão superior de um casco (Classe Holder), no qual se destacam algumas
de suas partes principais:
1 – Proa;
2 – Popa;
3 – Bordos;
4 – Copo de Mastro;
5 – Deck;
6 – Alça de Escora;
7 – Caixa de Bolina.

Leme
O leme é um equipamento que controla a direção no barco. Tem função semelhante a do volante em
um automóvel. Sendo um fato curioso de se ressaltar é que se colocarmos o leme para bombordo (esquerda)
da embarcação, a mesma se deslocará com a proa para boreste (direita), o mesmo se da quando colocamos o
leme para Boreste e o barco responde para Bombordo.

As partes que compõem um leme simples são:

Folha: lâmina de fibra, metal ou fibra de vidro, com aspecto semelhante ao de uma quilha que faz o
contato com a água. É a parte onde a água exerce resistência para dar direção a embarcação.

Caixa: Estrutura construída geralmente de metal, dotada de ferragens que fixam o leme na popa da
embarcação. Permite a mobilidade do leme de um lado e de outro.

Cana: Estrutura cilíndrica ou elíptica que se projeta para dentro do barco sendo responsável pela
movimentação do leme de um lado para o outro. Quando se usa uma roda de leme a atuação é semelhante ao
volante de um automóvel, mas o uso da cana do leme é bem diferente e é sempre feito no sentido contrário
relativamente ao lado para onde queremos virar.

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Extensão: é um prolongamento da cana que permite que o velejador controle o leme mesmo
estando distante do mesmo, ou em posição de escora, direcionando o barco com precisão e conforto.

O tipo de leme apresentado na figura anterior é utilizado na maioria dos veleiros de pequeno porte,
inclusive nas classes Laser, Holder, Dingue e Optimist.

Bolina
Equipamento que evita a deriva lateral quando o barco navega em contra- vento ou em través. Ela
exerce resistência a água permitindo o movimento da embarcação para frente.
No ventos de popa a bolina não tem influência no sentido da navegação e é normalmente levantada
pelo velejador para diminuir o seu contato com a água e assim diminuir o atrito. Em ventos fortes em popa
não é recomendado levantar toda a bolina, pois a embarcação perde estabilidade dificultando o equilíbrio do
velejador.

Quando um barco capota ou emborca, a bolina é um equipamento fundamental para auxiliar o


velejador a desvirar a embarcação.

Mastro, Retranca e Vela


Os mastros e retrancas são estruturas metálicas, geralmente de alumínio, responsáveis pela armação
da vela. O mastro fica em posição vertical para dar formato e sustentação a vela e a retranca se posiciona de
forma horizontal sendo a estrutura que auxilia a movimentação da vela de um lado para o outro e se afastando
ou se aproximando do casco.
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A vela é considerada o motor do barco, onde a força necessária para movimentar a embarcação
é gerada pela resistência a força do vento.
É importante lembrar que um barco só obtém seu melhor desempenho quando as velas são bem
reguladas pelo velejador!

A vela tem formato triangular, e suas partes mais externas recebem denominações:

• Testa - que é fixada ao mastro;


• Esteira – que é fixada a retranca e;
• Valuma – que liga o topo do mastro à ponta externa da retranca formando uma curva. Na
valuma geralmente existem bolsas onde se introduzem as talas que são “varetas” que
permitem que a valuma mantenha-se esticada e a vela não tome um aspecto enrugado. Os
barcos de pequeno porte geralmente possuem 3 talas.

Para cada tipo de vento a vela deve ser ajustada através de regulagens:

Cunninghan – Estica ou alivia a testa da vela. Esta situada próxima a base do mastro.
Burro – São reduções presas a retranca e a base do mastro que permitem regular a valuma, esticando
ou folgando.
Esteira – Reduções que permitem caçar ou folgar a esteira da vela, permitindo regular a vela de forma
que ela fique mais “chata” ao caçar a regulagem e mais “gorda” ao folgá-la.

Navegando

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Ao iniciar uma velejada você notará que sua vela não “trabalhará” quando não estiver “cheia de vento”.

Você observará isso quando o vento passa igualmente pelos dois lados da vela e não enche um dos dois
lados. Nesta situação dizemos que a vela está batendo ou panejando, portanto, VELA PANEJANDO = VELA
VAZIA!

Quando você colocar o LEME nas ferragens que o prendem na popa, a BOLINA na caixa de bolina e puxar a
ESCOTA para que a vela fique completamente cheia, você notará que o barco começará a andar pra frente.
Observe que o vento que move a embarcação para frente vem pelo lado.

A) Barco com vela panejando B) Barco com vela cheia

Porque o barco anda pra frente, se o vento vem pelo lado?

Ao navegarmos em través e contra-vento (veja a seguir em Direções) poderemos notar que


recebemos o vento pelo lado da embarcação. Mas porque o barco se locomove para a frente e não para o lado?

Após encher a vela notaremos que o leme guiará o barco e a bolina servirá para manter a direção não
deixando o barco “escorregar”, ou seja, andar de lado. Isso acontece porque, no momento em que o vento
exerce sua força sobre a vela a bolina exerce uma força de resistência na água impedindo o movimento lateral.
O barco então irá se locomover com a proa, que por ser mais fina do que a popa oferece menor resistência na
água.

Direções

Guiando o barco com o LEME teremos um RUMO.

RUMO é o a DIREÇÃO que o barco segue quando se desloca.

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Uma embarcação à vela tem a capacidade de navegar em praticamente todas as direções aproveitando
o vento em posições variáveis como ilustra a figura.

Podemos velejar contra, perpendicularmente e a favor do vento, chamamos essas principais posições de
navegação respectivamente de contra-vento, través e vento em popa.

Mudança de Direção

Você já sabe que o leme guia o barco. Para mudar de direção basta mudar a posição da cana do leme. Observe
que a proa do barco se desloca sempre na direção contrária àquela em que se vira a cana do leme.

Contra-Vento

No contra vento a vela deve permanecer toda caçada e completamente cheia. Você deve se
aproximar ao máximo da direção do vento e deve ter bolina toda abaixada.

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Se o barco durante a navegada ficar com a proa totalmente na direção do vento mantenha a calma e
mova a cana do leme para um dos lados com a vela caçada. Acerte o rumo novamente e retome o
contra-vento. Evite sempre movimentos bruscos no leme!

Observando a figura acima você notará que a posição do meio, com a proa apontando em direção ao
vento, a vela permanece vazia porque o vento passa pelos dois lados. Desta forma o barco não navega.
Observe então as posições das extremidades da figura onde se pode notar que a proa está ligeiramente
afastada da direção do vento e as velas cheias. Desta forma você conseguirá navegar em contra-vento.

No contra-vento é importante que se tenha cuidado para não colocar a proa apontando na direção do
vento e também para não afasta-la demais, deve haver um equilíbrio de forma que a vela permaneça
cheia com a proa o mais próxima possível da direção do vento.

Vento em Popa

No vento em popa a vela fica completamente aberta e o barco recebe o vento no sentido popa –
proa. Como o barco é empurrado pelo vento a bolina não é necessária para esta navegação sendo
possível retira-la parcialmente (suspende-la) da água para reduzir o atrito e ganhar maior velocidade.

Deve-se ter cuidado ao suspender a bolina em ventos fortes ou com mar agitado, pois nestas situações
a bolina pode ajudar no equilíbrio evitando uma capotagem.

Través

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O través é uma direção intermediária, situada entre o contra-vento e o vento em popa, onde o
barco recebe o vento de lado. Ao velejar em través é importante haver um bom ajuste da vela, não a deixando
panejar e também não a caçando demais.

Escora ou Contra-Peso

Para equilibrar o barco deve-se mover o corpo para dentro e para fora do barco de acordo com a
intensidade do vento. Quando sentados na borda com o corpo pra fora do barco, em caso de ventos fortes e
moderados, devemos ter os pés colocados nas tiras chamadas alças de escora. Que são feitas de um material
bastante resistente e presas no cockpit do barco.
Em casos de ventos fracos as vezes não é necessário nem sentar na borda do barco. Podemos sentar
no fundo do barco para facilitar o equilíbrio e ângulo de inclinação adequado para uma boa navegação.

Ajustando Vela com a Direção

A medida que você muda a direção do seu barco o posicionamento da vela deve acompanhar essa
mudança.

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A medida que você aproxima sua proa da linha do vento você deve caçar a escota (aproximando a
vela do barco). Quando se afasta da linha do vento você
deve folgá-la (afastando a vela do barco).

Caçar = puxar a escota. Folgar = soltar a escota.

Orçar

Orçar é aproximar a proa da embarcação da linha do vento empurrando o conjunto formado pela
extensão e cana de leme.

Observe este barco orçando na figura acima. Para que a proa se aproxime
da direção do vento o leme é colocado para a direção oposta (empurrando a extensão e cana do
leme)

Arribar

Arribar é afastar a proa da embarcação da linha do vento puxando o conjunto extensão e cana de
leme.

Na figura acima o barco arribando afasta a proa da direção do vento. Ao contrário de orçar, o
velejador puxa para o seu lado a extensão e cana de leme.

Bordo

É uma manobra realizada em contra-vento onde o barco passa com a proa pela linha do vento (rumo
de onde o vento vem). Assim antes da manobra a vela deve estar cheia de um lado, esvaziando-se durante a

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manobra e enchendo-se novamente do outro lado. Para executar um bordo você deve empurrar a cana do
leme. Assim a proa do barco irá orçar e aproximar-se da linha do vento.

Normalmente o velejador está sentado no bordo do lado contrario a vela e durante a manobra o
conjunto vela e retranca muda de lado, fazendo com que o velejador também mude de bordo.

Jibe

É uma manobra executada geralmente em vento em popa que possibilita a inversão de lado do
conjunto vela e retranca.
Ao navegar em popa para executar o jibe puxe a cana de leme
(arribando), então você mudará ligeiramente o rumo, a retranca passará rapidamente sobre sua
cabeça (nesta manobra tenha cuidado!) Abaixe-se, logo a vela ira encher do outro lado e a manobra estará
completa.
Para auxiliar esta manobra o velejador pode caçar um pouco a escota
(para que a vela não demore para passar para o outro lado) e em seguida deve-se soltar a escota
novamente.

E se o barco virar?

O barco pode virar quando a força exercida na vela for maior que o contra peso ou por falta de
equilíbrio. Se o barco virou nade poupando seu fôlego, mas não deixe com que ele se afaste. Se o barco
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estiver de lado suba na bolina usando seu peso para ele voltar. Se ele estiver de boca para baixo pise nas
extremidades das bordas do casco, suba nele, segure a bolina e coloque seu peso com cuidado para trás (para
evitar uma quebra de mastro se este estiver tocando o fundo de areia ou lodo). Tendo o barco desvirado suba
pelo lado contrário ao da vela para evitar uma nova capotagem.

Alguns passos para a desvirar um veleiro de pequeno porte:

Capotagem parcial (barco de lado com vela parcialmente submersa)

1- Mantenha o barco próximo de você, se ele derivar um pouco nade para sua direção e segure-o
2- Retome o fôlego em caso de cansaço. As vezes um velejador pode
capotar depois de uma longa velejado ou de um esforço prolongado.
3- Tente colocar o barco com a proa para o vento. Essa medida fará com que a capotagem exija uma
força menor do velejador.
4- Posicione-se próximo a bolina e use seu peso para força-la de cima para baixo como se fosse
subir nela.
5- Segure a borda do barco e puxe para baixo.
6- Com ele descapotado suba e certifique-se que todos os equipamentos estão ok. Retome o fôlego
se necessário e continue a velejada.

Capotagem total- Barco emborcado (de boca para baixo com a vela totalmente submersa)

1. Com o barco de boca para baixo pise nas bordas e segure a bolina
2. Jogue seu peso para trás segurando a bolina
3. Certifique-se de que o barco esteja contra o vento e que o mastro não esteja enterrado na areia
ou lodo (em caso de lugares rasos). Caso o barco se encontre nessa situação force devagar com seu peso
para trás para não haver danos no mastro ou para que o barco não ande enquanto tenta desvira-lo.

A figura acima mostra um velejador utilizando a bolina para desvirar o barco.

Parando seu Barco

Se você estiver em contra vento ou través para parar seu barco você deve apenas folgar sua escota,
então a vela abrirá e ficará vazia. Se você estiver na escora lembre-se de voltar mais para o interior do barco
pois ao tirar a pressão da vela o barco pode inclinar para o lado onde está sentado o velejador.
Se a decisão de parar for tomada em vento em popa você deve apenas orçar o barco lentamente até
que a vela paneje e o barco pare por completo.

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Recomendações Importantes

• SEMPRE que for velejar, você deve vestir o COLETE SALVA- VIDAS.
• Utilize roupas adequadas para a velejada. De preferência que sequem rápido e que não
encharquem. Em caso de tempo
chuvoso utilize capas de tempo e se a sua velejada for de monotipo em dias de vento forte use uma
bermuda talada
para proteger a coxa durante a escora.
• Lembre-se de consultar os boletins meteorológicos antes da velejada para saber das
possibilidades de entrada de ventos fortes.
• Leve consigo sempre cabos de reserva para qualquer
emergência (se você quebrar um leme pode conserta-lo provisoriamente amarrando-o)
• Como velejar é um esporte você gastará energias, então leve sempre um alimento como, por
exemplo, chocolates, barras
energéticas etc.
• Leve sempre uma garrafa de água e a deixe bem fixada para evitar a perda em caso de uma
capotagem.
• De acordo com as condições do tempo leve utilize a roupa adequada para velejar. Em caso
de dias frios utilize capas de tempo ou roupas de neoprene para evitar a perda de calor.
• Faça sempre a revisão do material do seu barco antes de cada velejado ou com uma boa
periodicidade em relação a sua
freqüência de uso.
• Antes de sair pra longas velejadas comunique alguém em terra para sua maior segurança .

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