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Antonieta Medeiros 118

A dor no trabalho de parto


“Parir é dor e criar é amor”

“Nascido sem dor, criado sem amor”

“A dor ensina a parir”

“O que é duro de passar é doce de lembrar”

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Causas fisiológicas da dor no
trabalho de parto
 Dilatação cervical
 Isquémia das fibras musculares
 Estiramento dos tecidos perineais e pavimento
pélvico
 Tracção dos ligamentos uterinos

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Localização da dor no TP

Fonte: Lowdermilk e Perry, 2008


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Factores que influenciam a reacção
à dor
 Cultura
 Medo, ansiedade, informação
 catecolaminas
• Eleva-se a tensão muscular
• Diminui a eficácia das contracções
• Aumenta o desconforto
• Ciclo de ansiedade crescente
• Atrasar a progressão do TP
 Preparação para o parto
 Apoio, ambiente
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Controlo da dor no TP
 Controlo não farmacológico
 Suporte contínuo
 Movimento da mãe e mudanças de posição
 Técnicas de respiração e relaxamento
 Hidroterapia
 Toque e massagem
 Estimulação nervosa eléctrica transcutânea
 Aromaterapia
 Outros métodos (acupunctura; acupressura)

 Controlo farmacológico
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Estimulação nervosa eléctrica
transcutânea

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Controlo farmacológico da dor


no trabalho de parto
 Medicamentos sistémicos via IM ou IV (narcóticos;
sedantes e tranquilizantes)
 Anestésicos por inalação
 Analgesia e anestesia regional
 Anestesia geral

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Anestesia e analgesia
 Anestesia – abolição da dor através da interrupção
dos impulsos nervosos para o cérebro. Há perda
total da capacidade sensorial seja de tipo regional
como na anestesia epidural ou de forma central no
cérebro como ocorre na anestesia geral.

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Anestesia e analgesia
 Analgesia – atenuação leve a moderada do
funcionamento do sistema nervoso central. Há alívio
da sensação de dor ou verifica-se um aumento do
limiar de percepção de dor. Não há perda de
consciência. O funcionamento dos órgãos vitais não
fica comprometido. O utente tem funcionamento
motor completo e voluntário.

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Analgesia e anestesia regional
Epidural
O objectivo é introduzir anestésico local no
espaço epidural o qual, mediante a difusão
às fibras nervosas circulantes, interrompe
temporariamente a transmissão normal dos
impulsos dolorosos provenientes das áreas
pélvicas.

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Vantagens
 Único que elimina completamente a dor (na maior
parte das mulheres)
 Alívio do desconforto do trabalho de parto
 Num parto por cesariana favorece a relação precoce
mãe / filho
 Baixa a tensão arterial, podendo ser útil em mulheres
com hipertensão induzida pela gravidez

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Desvantagens
 Contra indicado em utentes com problemas de
coagulação
 Pode provocar hipotensão
 Algumas mães consideram que a experiência do
nascimento não é real e não se torna tão gratificante
 Maior duração do 2º estádio
 Maior incidência de partos por fórceps e ventosa
 Cefaleias
 Prurido materno
 Intervenções maternas associadas

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Desvantagens
 Alterações na eliminação durante e após o parto
 Risco de febre materna
 Bebé  risco de colheita de sangue, de internamento e
de antibioterapia
 Alterar o comportamento do bebé comparado com os
bebés não medicados
 Aumenta o risco de icterícia do RN
 Paragem dos músculos respiratórios da parturiente
(raríssimo)

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Raquianestesia
(espaço subaracnoideu)

 Mais utilizado nas cesarianas que a epidural


 Administração rápida e fácil
 Hipotensão repentina
 Cefaleias mais intensas que na epidural

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Intervenção de Enfermagem no
Bloqueio Regional
 Preparação para o bloqueio:
 Explicar o procedimento e esclarecer as
suas dúvidas
 Explicar vantagens e desvantagens
 Canalização de veia
 Ter material de reanimação preparado

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Intervenção de Enfermagem no
Bloqueio Regional
 Preparação para o bloqueio:
 Estimular a micção
 Vigilância do bem estar materno fetal
 Avaliação dos sinais vitais
 Posicionamento da utente
 Preparação do material

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Material
 Bata esterilizada
 Taça esterilizada com anti-séptico
 2 campos (1 com janela)
 Seringa de 10 cm
 Compressas esterilizadas
 Anestésico local
 Soro fisiológico
 Cateter da epidural
 Agulha S.C. e I.M.
 Pele plástica
 Adesivo
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Intervenção de Enfermagem no
Bloqueio Regional
Administração do bloqueio
 Diminuir ou parar a administração de
ocitocina
 Ajudar a utente a manter o
posicionamento adequado
 Colabora com o anestesista para a
manutenção de uma técnica asséptica
correcta
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Intervenção de Enfermagem no
Bloqueio Regional
 Manutenção do bloqueio
 Alternar os decúbitos laterais
 Manutenção da vigilância do bem estar
materno fetal
 Vigilância da mãe para detectar sinais
de complicações
 Vigilância de sinais vitais de 15/15’
 Rotular a seringa
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Intervenção de Enfermagem no
Bloqueio Regional
 Manutenção do bloqueio
 Valorizar as queixas da parturiente
 Promover o conforto e bem estar da parturiente
 Vigilância do progresso do trabalho de parto
 Verificar globo vesical
 Registos
 Retirar o cateter e verificar a integridade do
mesmo

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Fonte: Lowdermilk e Perry, 2008


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