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Artes Integradas

UNIDADE 03
As Dimensões do Conhecimento
As Dimensões do
Conhecimento
• As dimensões do conhecimento são citadas na Base Nacional
Comum Curricular (BNCC) como diretrizes que respeitam o
potencial do aluno, tendo como o objetivo a exploração dos
saberes, o fazer e o pensar em campos conceituais enquanto
potência.

• As dimensões (que veremos a seguir) são processos do


conhecimento que envolvem habilidades, elas são articuladas
entre si e as formas de compreensão dos alunos assim como o
currículo e projetos políticos pedagógicos estabelecidos.
Criação – Fazer Artístico

• A primeira dimensão do conhecimento em que a BNCC


propõe que o educador desenvolva a habilidade de
investigação e análise, através do fazer artístico.
“Como os sujeitos criam, produzem e constroem” (BNCC, p.192)
• É uma atitude intencional do próprio educador que é a
investigação do processo criador do artista, este por sua vez,
também é o próprio indivíduo/ aluno.
• Exploração: poéticas de materialidades, ideias, escolhas
estéticas, sensações, sentimentos, desejos, interpretação e
leitura de mundo.
Prática – Processo de criação
• Assim desenvolvemos no aluno novas impressões com
compreensões do espaço (escola) que estão e que vivem,
assim com as diversas experiências e manifestações artísticas
e culturais conhecidas e vividas por eles.
Crítica – Ação e Pensamento
Propositivo
• São vastas as definições da palavra crítica, mas o que tange o
ensino de Arte podemos utilizar a definição que a crítica é
uma atividade que examina e avalia minuciosamente as
manifestações e fenômenos artísticos, e é este o foco da
segunda dimensão na BNCC.
• Para a sustentação do conhecimento a formulação de
hipóteses fazem parte do processo e ensino e aprendizagem.
A consolidação e desenvolvimento – que é contínuo - do
mesmo acontece a partir das novas compreensões dos
espaços, relações vivenciadas, experiências culturais vividas e
conhecidas.
Prática – Pensamento Propositivo = protagonismo e
interdependência intelectual e cultural
“Articula ação e pensamento propositivo, envolvendo aspectos
estéticos, políticos, históricos, filosóficos, sociais, econômicos e
culturais. ” (BNCC, p.192)
Estesia – Experiência Sensível

• Essa terceira dimensão trabalha o desenvolver da percepção


da sensibilidade do sujeito enquanto ser que vivencia e se
conecta com a sensibilidade individual e coletiva.
• De acordo com a BNCC o corpo em sua totalidade é uma
somatória de emoção, percepção, intuição, sensibilidade e
intelecto. Assim existem várias formas de conhecer a si
mesmo, o outro e o mundo; uma delas é a experiência
estética desde a materialidade, processo até o produto final.
• Solange Utuari diz que o ser humano precisa estar disponível
para a poesia, estando aberto ao sentir e as experiências
estéticas e estesias, dimensão primordial no processo do
ensino da Arte nos espaços escolares, envolvendo a cognição,
emoção e a memória, já que a experiência estética acontece
no estado de estesia.
O sentir e o Significar
Expressão – Criação Subjetiva

• Estamos na quarta dimensão do


conhecimento eu envolve a exteriorização e
manifestação das criações subjetivas do
aluno.
• A expressão só acontece com a investigação e
compreensão de como o individual e o
coletivo se manifestam em suas criações.
• Nessa dimensão do conhecimento o mais
importante é propor situações de
aprendizagem históricas e contemporâneas,
afim de propor uma segurança em suas
experiências artísticas, as enxergar como
potência e utilizar linguagens e elementos
para a construção de novos vocabulários.

Utilizar elementos próprios de cada linguagem


artística e posteriormente articular entre si.
Fruição – Sensibilize-se

• A quinta dimensão do conhecimento tem o foco


na sensibilização, em que o indivíduo pode se
deleitar ou estranhar manifestações e expressões
artísticas no estado de fruição.
• O artista ele é um propositor e também,
intuitivamente um provocador. Ao entrar em
contato com uma obra o ser humano pratica uma
análise com o seu repertório estético, a partir
deste processo ele entra em estado de fruição.

“Possibilita que vivam enquanto seres de cultura e


arte, identificando-se como produtores e/ou
apreciadores de arte” – Solange Utuari, 2018, p. 59
Fruição – Sensibilize-se

• [...] é utilizada a expressão ‘apreciação significativa’ para


referir-se a ações como: convivência, contato sensível,
observação, percepção, reconhecimento e experimentação
de leitura de elementos da arte. No entanto, o termo
priorizado é fruição: ‘o conjunto de conteúdos está articulado
dentro do contexto de ensino e aprendizagem em três eixos
norteadores: a produção, a fruição e a reflexão’. Mais
adiante, diz o documento: ‘a fruição refere-se à apreciação
significativa de arte e do universo a ela relacionado. Tal ação
contempla a fruição da produção dos alunos e da produção
histórico social em sua diversidade’ (ROSSI, 2003, p. 19).
Fruição – Sensibilize-se

• O trabalho do professor é possibilitar


diversas obras em linguagens distintas que
possam desenvolver o interesse e o
sentimento de pertencimento do aluno.
Assim, os próximos processos de fruição
serão mais intensos, complexos em sua
magnitude de informações estéticas
desenvolvendo as habilidades e
competências da leitura, reconhecimento
das culturas e o refletir criticamente sobre
os fenômenos artísticos históricos e
contemporâneos

“O estado de fruição está ligado ao


pertencimento, se me sinto parte eu sou e
estou. ” – Akadiná Mawakana, 2020
Reflexão – Pensar de modo
Artístico
• A sexta e última dimensão do conhecimento está
inteiramente ligada ao potencial do pensar artístico, crítico e
reflexivo. O ser humano possui uma potencialidade dentro de
si que é o aprendizado, cada um utilizando seus processos e
respeitando o seu tempo interno e externo.
• Fato é que no ensino da arte o pensar de modo artístico e
estético tem a capacidade de desenvolver as fruições e
conexões interculturais.
Reflexão – Pensar de modo
Artístico
• A educação pela arte se faz ao compreendermos a magnitude
das dimensões do conhecimento a partir da BNCC, que deixa
claro as experiências, e os processos criativo, artísticos e
culturais estarem em constante movimentação na
contemporaneidade, o que nos leva ao aprender a aprender.

• Aprender a Aprender: Eu
aprendo com as vivências e
o movimento de perceber,
analisar, interpretar e se
posicionar diante das
produções e manifestações
artístico culturais.
Pratique Já!
• REVISTA GEART - Abordagens triangulares: reflexões sobre a
aprendizagem triangular da arte
• https://seer.ufrgs.br/gearte/search/search?simpleQuery=Abo
rdagens+triangulares%3A+reflex%C3%B5es+sobre+a+aprendi
zagem+triangular+da+arte&searchField=query

• Ditado de Linhas – Arte na Sala de


Aula com Professora Sol
• https://www.youtube.com/watch?
v=JuktPXIXPcQ&feature=emb_title
Bibliografia
Bibliografia

• Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular:


educação é a base. Brasília, DF, 2017. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_11
0518_versaofinal_site.pdf Acesso em: 19 dez. 2020.
• Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular:
educação é a base, Ensino Médio. Brasília, DF, 2017. Disponível
em:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view
=download&alias=85121-bncc-ensino-
medio&category_slug=abril-2018-pdf&Itemid=30192 Acesso
em: 19 dez. 2020.
• Equipe educacional da Editora (FTD). BNCC na prática. – 1ª
Edição, São Paulo, 2018.
Bibliografia

• BARBOSA, Ana Mae; CUNHA, Fernanda Pereira da (Org.).


Abordagem Triangular no Ensino das Artes e Culturas Visuais.
São Paulo: Cortez, 2010.
• PILLAR, Analice Dutra (Org.). A educação do olhar no ensino das
artes. 3a. Porto Alegre: Mediação, 2003. ROSSI, Maria Helena
Wagner. Imagens que falam: leitura da arte na escola. 2a. ed.
Porto Alegre: Mediação, 2003.
• ROSSI, Maria Helena Wagner. Imagens que falam: leitura da
arte na escola. 2a. ed. Porto Alegre: Mediação, 2003.

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