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O pecado da tristeza
Para quem crê no amor de Deus, há sempre algo de nocivo em alimentar a tristeza e
mendigar o amor dos outros com vitimismos e ressentimentos. Mas, afinal de contas,
toda tristeza é má?
Descubra, nesta nova aula, como usar o luto e a dor a seu favor e não se deixar arrastar
pela doença paralisante da tristeza.
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O mesmo ocorre com a tristeza. Pode ser que, por razões físicas – o
cérebro não esteja produzindo serotonina como deveria, por exemplo –,
uma pessoa caia em tristeza, sem que sequer se dê conta de que está
triste. É quando ela toma consciência de seu estado e age
deliberadamente para alimentá-lo, que acontece o pecado. Por isso, São
Paulo escreve, em sua Carta aos Filipenses: "Alegrai-vos sempre no
Senhor!" (Fl 4, 4). De fato, para quem crê no amor de Deus, há sempre
algo de malsão em entristecer-se propositalmente e mendigar o amor
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dos outros por meio de vitimismos.
Nem toda tristeza, porém, é má. Santo Tomás de Aquino define a paixão
da tristeza simplesmente como uma dor interior diante de um mal. Se
este mal é um mal verdadeiro, Tomás enxerga, com perspicácia, a
existência de uma tristeza boa. Diz ele:
"A tristeza tem utilidade, se é por causa de um mal a evitar. (...) Assim, a
tristeza do pecado é útil para o homem fugir do pecado, segundo diz o
Apóstolo, em 2 Cor 7, 9: 'Alegro-me não de que vocês estejam tristes, mas
de que vossa tristeza vos levou à penitência'." [3]
Por isso, São Paulo fala de duas tristezas (cf. 2 Cor 7, 10): uma que é
segundo a carne ("κόσμου λύπη", kosmou lipe) e uma que é segundo Deus
("Θεὸν λύπη", Teón lipe).
Noutro lugar, o Aquinate ainda fala sobre as espécies de tristeza [5],
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dentre as quais se destacam:
Referências
Bibliografia
uso