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18/07/2016 Fordismo 

e toyotismo: Suas principais características, com uma análise das precárias relações de trabalho | Artigos Jusbrasil

Jusbrasil ­ Artigos
18 de julho de 2016  

Fordismo e toyotismo: Suas principais características,
com uma análise das precárias relações de trabalho
Quando os lucros se sobrepõem aos trabalhadores
Publicado  por  Matheus  Ramos  ­  1  ano  atrás

RESUMO: O presente estudo tem por escopo a análise dos modelos de fabricação
fordista e toyotista, analisando as suas origens, formas de elaboração, principais pontos
positivos e negativos, fazendo uma observação acerca da transição do primeiro modelo
face ao segundo, a fim de demonstrar como se deu a aceitação do novo modelo de
produção frente as atuais condições vividas no pós Segunda Guerra Mundial, onde
víamos um Japão totalmente abalado e enfrentando uma grave crise financeira.
Verifica­se aqui, ainda, o formato de terceirização adotado pelo toyotismo com as suas
peculiaridades, bem como sua aplicabilidade no Brasil.

PALAVRAS­CHAVE: Taylorismo; Fordismo; Toyotismo; Terceirização; Condições de
trabalho dos funcionários;

1. INTRODUÇÃO

O fordismo constitui­se, basicamente, numa linha de montagem para gerar uma grande
produção que deveria ser consumida em massa. Cada função foi parcelada em unidades
muito menores, de modo que cada uma pudesse ser padronizada e acelerada. As peças
e os conjuntos montados passaram a ser movimentados por correias transportadoras
automáticas e as tarefas dos trabalhadores foram divididas em partes menores e
agilizadas.

Os países desenvolvidos aderiram parcialmente a esse método produtivo industrial,
sendo extremamente importante para a Consolidação da supremacia norte­americana
no século XX. No entanto, nem todos os países puderam ou optaram em aderir tal
modelo, os subdesenvolvidos, por exemplo, não se adequaram ao processo produtivo do
fordismo, uma vez que a sua população não obteve acesso ao consumo gerado pela
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indústria de produção em massa.

2. HISTÓRIA E DESENVOLVIMENTO DO FORDISMO, COM


BREVE RELATO ACERCA DO MODELO TAYLORISTA
Antes de se analisar o nascimento do modelo fordista, necessário se faz tecer algumas
considerações acerca do modelo taylorista, criado pelo engenheiro americano Frederick
W. Taylor (1856­1925)[1], que teria desenvolvido tal teoria a partir da observação dos
trabalhadores na indústria.

Taylor verificou que os trabalhadores deveriam ser organizados de forma hierarquizada
e sistematizada, isto é, cada um desenvolveria uma atividade específica no sistema
produtivo da indústria, ocorrendo, desta forma, a especialização do trabalhador naquela
determinada tarefa. Aqui, no modelo taylorista, cada trabalhador é monitorado segundo
o tempo de produção, devendo, ainda, cumprir sua tarefa no menor tempo possível, e,
os que se destacavam, receberiam prêmios por sua desenvoltura.

O modelo em análise sofreu muitas críticas com o seu decorrer, tendo em vista a
exploração do proletariado se “desdobrando” para cumprir o tempo que, diga­se, era
cronometrado.

Pois bem.

Analisado o modelo taylorista, passemos à análise do fordismo, observando, aqui, sua
forma de começo.

Henry Ford (1863­1947)[2], usando como parâmetro o modelo caracterizado como
taylorismo, desenvolveu, por sua vez, o sistema de organização do trabalho industrial
denominado fordismo. Sua principal característica, sem dúvida, foi a introdução das
linhas de montagem, nas quais cada operário ficava em um determinado local
realizando uma tarefa específica, enquanto o automóvel/produto fabricado se deslocava
pelo interior da fábrica em uma espécie de esteira. As máquinas acabavam ditando o
ritmo do trabalho. O funcionário da fábrica acabava se especializando em apenas um
etapa do processo produtivo, repetindo a mesma atividade durante toda a jornada de
trabalho.

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Verifica­se que Ford promovia a incitação da competição, bem como de gestão por
iniciativa dos trabalhadores, conforme abaixo:

Queremos completa responsabilidade individual [...] onde a responsabilidade se
acha fragmentada e dispersa por uma série de serviço, rodeados por sua vez de um
grupo de subtitulares, é realmente difícil encontrar alguém alguém que seja
realmente responsável [...] o jogo de empurra, que certamente nasceu nas empresas
de responsabilidade fragmentada [...] o espírito de competição leva para frente o
homem dotado de qualidades [...] não dispomos de postos ou cargos, e os homens de
valor criam por si mesmos as suas posições [...] A pessoa em questão vê­se de
repente num trabalho diverso com a particularidade de um aumento de salário
(Ford, 1967, pp. 74­76).

Insta ressaltar que antes do modelo desenvolvido por Henry Ford, a produção
automobilística era feita de forma manual e artesanal, passando a ser feita em massa,
revolucionando, desta maneira, a indústria automobilística. Essa linha de produção era
composta de uma esteira rolante que conduzia os automóveis, e cada um de seus
funcionários produzia uma parte de cada um dos veículos, sem precisar mover­se. Isto,
além de acelerar o processo, exigia menos capacitação dos funcionários, uma vez que só
precisavam ser treinados para executar uma única atividade, e não a montagem do
carro completa.

Outro fator importante a ser ressaltado é que por fabricar veículos em série, estes
acabavam sendo produzidos com menos qualidade, porém mais barato, fazendo com
que os veículos se tornassem mais acessíveis para o público.

E não é só. Preocupado em oferecer sua parcela de “responsabilidade social”, Ford criou
programas de educação instrumental promovido pela Escola Industrial Henry Ford, nos
moldes do que hoje conhecemos como trainee, vejamos:

Para nossa escola não se selecionam os rapazes porque sejam hábeis ou promissores.
Escolhem­se os necessitados de dinheiro e oportunidades [...] Outorgamos bolsas a fim
de que possam prover ao sustento de suas mães enquanto cursam a escola [...] todo o
trabalho executado na escola é adquirido pela nossa empresa e isto faz que a escola se
mantenha por si mesma, além de que acentua nos alunos o senso de responsabilidade.
(Ford, 1967, pp. 314­315).

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O modelo fordista alcançou o seu auge nas décadas de 1950 e 1960, neste período
diversas outras indústrias copiaram o seu modelo, como por exemplo, a General
Motors[3] e a Volkswagem[4] que, como concorrentes da Ford, cresceram buscando
aplicar os conceitos do fordismo.

Tal auge se deu no contexto de ascensão dos regimes democráticos nos EUA e Europa,
da implantação do Estado do bem­estar social e da expansão e acumulação acelerada de
capitais. De acordo com Hobsbawn (1995) esse período pode ser intitulado como a
“época de ouro” do capitalismo.

Os veículos, produzidos em massa, estavam obtendo uma saída significativa, trazendo
os lucros almejados pela administração do empresário Ford, como consequência da
rigidez e lógica presentes em seu modelo.

Tudo, então, estava indo de acordo com as expectativas dos apostadores do fordismo.
Contudo, durante o período de 1965 a 1973, a situação começou a mudar, já que o
fordismo começou a se demonstrar incapaz de dar conta das contradições inerentes ao
capitalismo. Essa incapacidade estava consubstanciada pela rigidez na totalidade do
padrão de acumulação vigente, nos investimentos, no sistema de produção em massa,
nos mercados de consumo e de trabalho e no Estado de bem estar social, que exigia
uma forte arrecadação a fim de se manter/garantir as políticas sociais.

A rigidez do trabalho – que antes era benefício ­, agora enfrentava grande resistência e
um poder sindical extremamente fortes, impedindo, deste modo, mudanças ou qualquer
tipo de flexibilização principalmente até 1973.

Sendo claro, nos anos 70 se caracterizou a crise do fordismo norte­americano. As
mobilizações que antes haviam movimentado as instituições de poder desde o final da
década de 60, rebelando­se contra aquele padrão de trabalho e de vida não
conseguiram impor outra medida. Nesta toada, o enfraquecimento/esgotamento da
resistência dos trabalhadores foi um fator importante para abrir caminho ao
movimento do Capital. Assim nos ensina Antunes:

Como resposta à sua própria crise, iniciou­se um processo de reorganização do
Capital e de seu sistema ideológico e político de dominação, cujos contornos mais
evidentes foram o advento do neoliberalismo, com a privatização do Estado, da qual
era a tchatcher­Reagam foi expressão mais forte; a isso se seguiu também um
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interno processo de reestruturação da produção e do trabalho, com vistas a adotar o
capital do instrumental necessário para tentar repor os patamares da expansão
anteriores. (Antunes, 2002, p. 31).

Buscando alternativas que dessem um novo dinamismo ao processo produtivo que dava
sinais de esgotamento, iniciou­se, para tanto, um grande processo de reorganização de
suas formas de dominação, tentando alcançar a gestão de recuperação de sua
hegemonia nas diversas esferas da sociabilidade. O que, até os dias atuais, não se
conseguiu mais.

Acerca do tema, importante colacionar o ensinamento do mestre Vitor Eduardo
Schincariol[5]:

A expressão crise do fordismo aventa à crise deste “regime de acumulação”, a partir
de 1973. No início daquela década, termina o grande ciclo de crescimento econômico
inaugurado após a segunda guerra mundial, alicerçado sobre as bases fordistas.
Com isto, suscitou­se novo debate sobre as raízes da crise do capitalismo e também
sobre seus próprios rumos, tal como no início do século XX. (O Brasil sob a crise do
fordismo, p. 16).

A crise do fordismo, então, como já alinhavado acentua­se em 1970, devido aos
seguintes fatores: 1) ganhos de produtividade decrescentes; 2) crises no ambiente de
trabalho (greves e conflitos); 3) crise do estado (redefinição do seu papel); 4)
competitividade do Japão; e 5) choque do petróleo de 1973.

Com a implantação do modelo fordista passou­se a ter novas oportunidades de
trabalho. Ford inovou nos salários pagos aos operários, oferecendo remuneração de
US$ 5,00 por dia, mais que dobrando o que era pago normalmente nas oficinas
metalúrgicas. A princípio, mais de dez mil trabalhadores aceitaram a proposta.

E mais, com o advento do fordismo o papel do controle moral do trabalhadores,
incluindo seus hábitos alimentares, de lazer, de consumo e, inclusive, de sua vida
sexual, passou a ter papel fundamental nos processos de controle e adequação à
produção. Ford enfatizava que o trabalhador deveria gastar o dinheiro recebido
racionalmente para manter sua força de trabalho e permitir a própria expansão do
modelo baseado na produção e consumo em massa. Daqui se vislumbra, por exemplo, o
controle sistemático ao consumo de álcool entre os trabalhadores.
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No entanto, nem mesmos os altos salários pagos pela Ford impediu o conflito explicito
entre capital e trabalho. Explico. Devido ao trabalho rotinizado, com poucas habilidades
manuais necessárias, o controle quase inexistente do trabalhador sobre o projeto, ritmo
e organização da produção levaram a uma grande rotatividade da força de trabalho.
Vemos, aqui, o grande problema de adaptar o trabalhador a sistema de trabalho
repetitivo, inexpressivo e degradado. Estava se suprimindo a dimensão intelectual do
trabalho operário, que era transferida para esferas da gerência científica, reduzindo­se a
uma tarefa mecânica.

Interessante mencionar aqui a sátira e crítica que o saudoso Charles Chaplin[6], em seu
clássico filme “tempos modernos”[7] (Modern Times, 1936) fez ao sistema de produção
Fordista, demostrando a inexpressividade do trabalhador frente ao sistema de produção
vigente.

Com isso, muitas foram as insatisfações dos trabalhadores com a rigidez desse modo de
produção, já que tal procedimento implicava na intensificação da jornada de trabalho
extenuante e na eliminação do saber do indivíduo como elemento constitutivo do
processo de trabalho. Antunes (2002) nos ensina que o taylorismo/fordismo realizava
uma forma de expropriação intensificada do operário, destituindo de qualquer
participação na organização do processo de trabalho, o que se resumia numa atividade
repetitiva e desprovida de sentido. Ao mesmo tempo, este operário era chamado
frequentemente para corrigir as deformações e enganos cometidos pela “gerência
científica” (3) e pelos quadros administrativos.

O Estado do bem­estar social[8] passou a buscar auxílio ao movimento sindical dos
trabalhadores junto ao patronato, bem como criações de políticas de proteção aos
trabalhadores para se tentar resolver o conflito latente entre capital e trabalho. Tentou­
se impor um trabalho cada vez mais rotinizado com aumento de salários, não se
mostrando, entretanto, suficiente para conter as manifestações contrárias ao sistema,
como as ocorridas principalmente na década de 1960.

Para Sennet (2001), o estabelecimento definitivo da rotina na vida dos trabalhadores foi
a marca distintiva da cultura que envolvia o fordismo, porém, contraditoriamente, o
tempo rotinizado tornara­se uma arena onde os trabalhadores podiam afirmar suas
próprias exigências, como no caso das negociações sindicais. Uma arena que dava
poder. Por outro lado, tornara­se uma conquista pessoal, na medida em que ao mesmo
tempo que poderia degradar, poderia também proteger. Poderia “decompor o trabalho,
mas também compor uma vida”, uma vez que permitia projetos de longo prazo e um
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planejamento para o futuro.

O capital, portanto, esperava trabalhadores que se adequassem aos postos de trabalho,
ao domínio técnico de sua função, com um elevado grau de conformismo. Deseja­se
trabalhador com perfil “burocrático”, isto é, aquele que se destacava como um bom
cumpridor de regras.

Os trabalhadores que se se encaixavam em tal modelo acabavam possuindo uma vida
profissional previsível e estável, longe da instabilidade de um mercado de trabalho não
regulamentado. Tinha um tempo quase que certo para o cumprimento de determinados
percursos da vida. Assim, a rotina e previsibilidade do trabalho se estendiam para a
vida pessoal dos operários.

3. HISTÓRIA E DESENVOLVIMENTO DO MODELO TOYOTISTA


Taiichi Ohno (1912­1990)[9] observando que o modelo desenvolvido por Henry Ford
encontrava­se sob grande crise, resolve desenvolver, após a 2ª Guerra Mundial, o
modelo de fabricação toyotista, através da fábrica Toyota. Urge ressaltar que temos,
nesse período, um Japão destruído em virtudes dos massacres desencadeados pela
guerra que acabará. Sua economia estava totalmente enfraquecida pelos abalos sofridos.
Não se podia, então, falar em produção em massa, tampouco consumo em massa.
Taiichi entendeu que precisava desenvolver um modelo que não se distanciasse da atual
conjuntura de seu país. Não se falava em desperdício e gastos exorbitantes, os materiais
em fluxo deveriam ser somente o necessário para atender à determinada encomenda,
dando lugar a uma fábrica mínima ou uma fábrica “enxuta”.

O presente modelo logo se espalhou pelo mundo. A ideia de produzir somente o
necessário, reduzindo os estoques (flexibilização da produção), produzindo em
pequenos lotes, com a máxima qualidade, trocando a padronização pela diversificação,
começará a atrair novos adeptos do método de fabricação toyotista.

O toyotismo logo detectou em que consistia os desperdícios nas fábricas montadoras,
sendo classificados da seguinte maneira: produção antes do tempo necessário, produção
maior do que o necessário, movimento humano (por isso o trabalho passou a ser em
grupos), espera, transporte, estoque e operações desnecessárias no processo de
manufatura.

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Nesse sentido, importante se faz colacionar a classificação clara e objetiva dada por
Eurenice Oliveira ao modelo toyotista, vejamos:

É o modelo de produção industrial que emprega o controle do desperdício, controle
da matéria prima, terceirização, mão­de­obra qualificada e multisetorial,
meritocracia e trabalho sob encomenda. Visando assim o aumento dos lucros com
menos investimentos por parte da matriz produtora. (OLIVEIRA, 2014).

Podemos observar, desse modo, que o modelo em questão buscou maior contenção de
despesa possível e, ainda, a possibilidade de trazer para o consumidor a chance de ter o
veículo do jeito que deseja, e não da padronização que perdurava à época.

4. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO TOYOTISMO.


Muitas são as características desse modelo, no entanto, irei colacionar as suas
principais, que são:

Implantação do sistema de qualidade total em todas as etapas de produção. Além
da alta qualidade dos produtos, busca­se evitar ao máximo o desperdício de
matérias­primas e tempo;
Uso do controle visual em todas as etapas de produção como forma de
acompanhar e controlar o processo produtivo;
Sistema flexível de mecanização, voltado para a produção somente do necessário,
evitando ao máximo o excedente. A produção deve ser ajustada a demanda do
mercado;
Mão­de­obra multifucional e bem qualificada. Os trabalhadores são educados,
treinados e qualificados para conhecer todos os processos de produção, podendo
atuar em várias áreas do sistema produtivo da empresa;
Aplicação do sistema Just in time, que significa, em tradução livre, “em cima da
hora”. Esse modelo funciona na combinação entre os sistemas de fornecimento de
matérias­primas, de produção e de venda. Assim, apenas a matéria­prima
necessária para a fabricação de uma quantidade predeterminada de mercadorias é
utilizada, que deve ser realizada em um prazo já estabelecido, geralmente muito
curto. Com a adoção desse sistema, as fábricas passaram a economizar dinheiro e
espaço na estocagem de matérias­primas e mercadorias, além de agilizar a
produção e a circulação;
Aplicação do Kanban (etiqueta ou cartão), tal método funcionava para programar

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a produção, de modo que o just in time se efetive;
Uso de pesquisas de mercado para adaptar os produtos às exigências do cliente; e
O team work (trabalho em equipe) que consistia em colocar os trabalhadores para
laborar em grupos, orientados por um líder. O objetivo é de ganhar tempo ou
eliminar os “tempos mortos”.

5. O TOYOTISMO E A FORMA DE TRABALHO


O toyotismo, no que concerne à forma de trabalho, baseia­se na intelectualização do
trabalho manual com novas tecnologias e novas demandas do mercado. O trabalhador,
que até então era orientado a executar a mesma tarefa, é exigido em atividades variadas
antes atribuídas a diversos setores da linha de produção. Aproveita­se ao máximo o
tempo de trabalho, com redução de postos. O trabalhador passa a ter domínio e torna­
se um empregado multifuncional.

Como anteriormente mencionado, o Japão enfrentava grande dificuldade financeira,
haja vista o pós­guerra. Portanto, sem aumentar o contingente de trabalhadores, houve
a melhoria na produção, conforme afirma Giovanni Alves (2007, p.185/186):

Temos salientando que o eixo central dos dispositivos organizacionais (e
instrumentais) do toyotismo, o “momento predominante” da reestruturação
produtiva, é a “captura” da subjetividade do trabalho indispensável para o
funcionamento dos dispositivos organizacionais do toyotismo (just­in­time/kanban,
kaizen, CCQ, etc.) que sustentam a grande empresa capitalista. Mais do que nunca,
o capital precisa do envolvimento do trabalhador nas tarefas da produção em
equipe ou nos jogos de palpites para aprimorar os procedimentos de produção. A
organização toyotista do trabalho capitalista possui maior densidade manipuladora
do que a organização fordista­taylorista. Não é apenas o “fazer” e o “saber”
operário que são capturados pela lógica do capital, mas sua disposição intelectual­
afetiva que é mobilizada para cooperar com a lógica da valorização.

Aqui, no toyotismo, os empregadores também se utilizavam de mecanismos de
convencimento da importância da dedicação cada vez maior em prol da empresa, o que
pode se tornar uma pressão para o trabalhador. Além disso, os trabalhadores criam
mecanismos de controle de qualidade como requisito para que os empregados, agora
denominados de “colaboradores”, mantenham­se nos postos e subam na carreira.

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A imposição da cultura de identificação ideológica dos trabalhadores com a empresa é
fundamental no modelo toyotista, a fim de que se obtenha a intensificação da prestação
de serviço, conforme nos ensina Ricardo Antunes (2001, p. 56):

O processo de produção de tipo toyotista, por meio dos team work, supõe portanto
uma intensificação da exploração do trabalho, quer pelo fato de os operários
trabalharem simultaneamente com várias máquinas diversificadas, quer pelo ritmo
e velocidade da cadeia produtiva dada pelo sistema de luzes. Ou seja, presencia­se
uma intensificação do ritmo produtivo dentro do mesmo tempo de trabalho ou até
mesmo quando este se reduz. Na fábrica Toyota, quando a luz está verde, o
funcionamento é normal; com a indicação da cor laranja atinge­se uma intensidade
máxima, e quando a luz vermelha aparece, é porque houve problemas, devendo­se
diminuir o ritmo produtivo. A apropriação das atividades intelectuais do trabalho,
que advém da introdução de maquinaria automatizada e informatizada, aliada à
intensificação do ritmo do processo de trabalho, configuraram um quadro
extremamente positivo para o capital, na retomada do ciclo de acumulação e na
recuperação da sua rentabilidade.

Desta feita, o aperfeiçoamento capitalista do modo de produção provocado pelo
toyotismo consegue aliar novas tecnologias ao trabalho desempenhado pelo obreiro,
trazendo maior exploração do trabalho humano e podendo causar prejuízos à saúde dos
empregados. A utilização dessas novas tecnologias e da técnica de trabalho flexibiliza a
noção de jornada e faz com que o trabalhador não tenha mais horário determinado a
cumprir. O empregado deve buscar atingir metas, sempre cada vez mais rigorosas,
mesmo que para isso precise se dedicar em prejuízo do descanso legal e do lazer, que,
em virtude das novas tecnologias e comunicação entre o empregador e empregado, este
último pode ser acessado a qualquer hora do dia, mesmo em local distante da sede da
empresa. Outra circunstância a ser mencionada, é que os trabalhadores perderam, de
certa forma, a sua estabilidade, ante o processo de produção toyotista privilegiar a
terceirização de alguns serviços relacionados a fabricação, contratando apenas aqueles
funcionários que mais se dedicavam para empresa.

Por estes motivos, verifica­se que o modelo toyotista, assim como o fordismo, também
causou malefícios ao trabalhador, fazendo­se valer a máxima que os empregadores, na
verdade, estão preocupados em seus lucros, nem que para isso haja um excesso na
exploração do proletariado. Neste sistema, podemos observar que as principais
consequências foram: descentralização e terceirização do sistema produtivo, redução do
proletariado fabril estável, superespecialização desgastante de trabalhadores, piora das
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condições de trabalho e sub contratação de trabalhadores.

Assim, em virtude de tais técnicas de organização laboral, juntamente à revolução das
comunicações, proporcionaram maiores lucros para as empresas, com redução de vida
do trabalhador. O empregado/colaborador é mais explorado na força de trabalho, com
destaque em países em que as garantias sociais são falhas. A redução do custo de
produção obtida no mundo contemporâneo baseia­se, desta forma, na diminuição da
proteção do trabalhador, sob argumento de que essa redução torna­se necessária para
superar crises econômicas.

Com efeito, temos observado que a jurisprudência tem ficado bastante sensível ao
avanço desse modelo, conforme podemos observar no julgado que segue:

[...] o fenômeno, cuja origem remonta ao Toyotismo, tinha por finalidade tornar a
empresa mais competitiva mediante concentração em sua atividade principal,
flexibilizando sua produção e possibilitando maior customização. Ela não pode,
todavia, ser utilizada como simples instrumento de redução de custos e precarização
das relações de trabalho e das garantias mínimas estatuídas em lei para proteção
do trabalhador, especialmente o empregado. (BRASIL, SÃO PAULO/SP. Tribunal
Regional do Trabalho 2ª Região, 2012, s. P.).

6. A TERCEIRIZAÇÃO: Conceito e Origem


Inicialmente, acerca da terceirização, cabe colacionar algumas considerações, sob a
ótica do Direito do Trabalho, Maurício Godinho Delgado define a terceirização como
“fenômeno pelo qual se associa a relação econômica de trabalho da relação
justrabalhista que lhe seria correspondente”. Carmem Carmino, por sua vez, aduz que
na terceirização os elementos típicos da relação de emprego são analisados de modo
mais flexível, a fim de permitir a delegação de certas atividades da empresa a terceiros.
Daí podemos dizer a terceirização integra o processo de “flexibilização do direito do
trabalho”. Para finalizar, José Catharino, possuidor de uma essência pragmática,
acrescenta que “terceirização é meio da empresa obter trabalho de quem não é seu
empregado, mas do fornecedor com quem contrata ter quem trabalhe para si, sem ser
empregado, é a razão básica da terceirização”.

A origem da terceirização evidenciasse a partir da Segunda Guerra Mundial com a
sobrecarga na demanda por armas. A indústria bélica passou a delegar serviços a

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terceiros para conseguir dar conta da enorme procura por armamentos. Tais
experiências deram ensejo à uma mudança do modelo de produção. Saímos do
fordismo, com a idéia de centralização de todas as etapas da produção sob um único
comando, e passamos para o toyotismo, com a desconcentração industrial, o
enxugamento das empresas, mantendo apenas o negócio principal, e o aparecimento de
novas empresas especializadas ou sistemistas, rodeando a empresa principal. A
empresa, então, com o advento da terceirização, passa a possuir o objetivo de
concentrar as suas forças na atividade principal/fim, estabelecendo maior
especialização, competitividade e lucratividade.

No Japão, berço do paradigma toyotista, a terceirização foi e ainda é a sua grande
motivação, onde ao lado das grandes empresas existem um número de pequenas
empresas que lhe prestam serviços. É bem verdade que no Japão os trabalhadores
permanentes e fixos das grandes empresas têm salários superiores aos trabalhadores
terceirizados, mas não tão distantes as faixas salariais vigentes para esses dois tipos de
trabalhadores.

No Brasil, a terceirização é vista com maus olhos, haja que aqui, na maiorias das vezes,
foi utilizada com o objetivo principal de se reduzir gastos, suprimindo, assim, alguns
direitos sociais e econômicos dos trabalhadores, do que, de fato, na concentração da
atividade­fim. Por isso, há grande repercussão doutrinária acerca do tema, fazendo com
que a jurisprudência se manifeste acerca das contradições existentes no presente
modelo, muitas vezes sendo duras em seus posicionamentos, buscando a efetivação dos
direitos trabalhistas, senão vejamos:

No Brasil, lamentavelmente – e desgraçadamente ­ a implantação do novo
paradigma (o toyotismo, isto é, a especialização flexível) tem ocorrido no âmbito de
uma reestruturação produtiva que se faz pari passu com um projeto nacional de
pós­modernização conservadora. Assim, do mesmo modo que antes – final da
primeira metade do século, durante a chamada Era Vargas – foi feito com o
paradigma tayolorista­fordista (especialização rígida), o que se faz agora é
novamente um sincretismo do pior, mediante a combinação do que se tem de pior no
paradigma arcaico com o que tem de pior no paradigma novo. Assim, mesmo antes
de – conscientemente – ser promovida a implantação do paradigma toyotista no
país, já se recorria à terceirização – mormente no setor de informática, segurança
privada, asseio e conservação – menos com a intenção de dedicar a empresa o
melhor de suas energias para a atividade­fim., e mais com o firme propósito de
reduzir custos pela via de redução de salários, alcançada esta, quase sempre,

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mediante a fuga às normas coletivas vigentes para a categoria profissional
preponderante na grande empresa terceirizante. Terceirizado o trabalhador,
artificialmente deixava ele de pertencer à categoria profissional dos demais
empregados da empresa terceirizante, e com isso deixava de ter acesso a todos os
direitos sociais e econômicos dos empregados diretos e permanentes. Em suma, no
Brasil a terceirização foi utilizada mais para reduzir custos reduzindo salários – e
desestruturando a organização dos trabalhadores em sindicatos – e menos para
liberar energia das empresas terceirizantes. Por isso a terceirização tem sido a mais
vulgarizada forma de promover a reestruturação produtiva brasileira, dela nenhum
ganho resultando para os trabalhadores, antes pelo contrário. (BRASIL,
BRASÍLIA/DF, Tribunal Superior do Trabalho, 2013).

[...] um novo modelo de produção, denominado “toyotismo”, que possui como ideias
centrais empresa enxuta, trabalho em equipe, produção adaptada à demanda,
trabalhador responsável por uma diversidade de tarefas (trabalhador “flexível” ou
‘adaptável” – e, com isto, empregável ­, isto é capaz de se adaptar a novas funções,
em oposição ao trabalhador preso a uma qualificação), transferência a terceiros de
parte de atividades da empresa ou trabalho em rede de empresas (este último
aspecto está diretamente relacionado com a diminuição de custos fixos, a
descentralização da produção e a especialização) e fuga à coerção do direito do
trabalho. É neste contexto que surge a “terceirização de serviços”, ou seja, uma
empresa (e, posteriormente, a própria Administração Pública. No Brasil, entre as
primeiras normas jurídicas a tratar da terceirização estão duas que se referem à
Administração Pública – art. 10, § 7º, do Decreto 200/67 e Lei nº. 5, 645/70)
transfere para terceiro, a responsabilidade pela produção de uma mercadoria ou
prestação de um serviço, cumprindo a este terceiro a contratação dos trabalhadores
necessários àquela produção ou prestação de serviços e, principalmente, adaptar­se
às necessidades do mercado. Trata­se da também denominada “flexibilização
externa”, que “supõe uma chamada organização do trabalho em rede, na qual
empresas “enxutas” encontram os recursos de que carecem por meio de abundante
subcontratação e de uma mão­de­obra maleável em termos de emprego (empregos
precários, temporários, trabalho autônomo), de horários flexíveis ou de jornada do
trabalho (tempo parcial, horários variáveis)”. (BRASIL, MINAS GERAIS/MG,
Tribunal Regional do Trabalho, 3ª Região, 2012, s. P.).

Assim, quanto a este tópico, podemos observar que a terceirização ainda tem seus
percalços, principalmente no que tange a sua aplicabilidade, pois, como já dito, algumas
empresas, infelizmente, veem a terceirização somente como uma forma de contenção de
despesas, e não na possibilidade de se concentrar tão somente em sua atividade­fim.
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Observa­se que não há nada que impeça a terceirização no ordenamento jurídico
brasileiro, devendo ocorrer, no entanto, nas chamadas atividades de apoio, acessórias
ou atividades­meio. Tratando­se de uma mudança que veio para ficar e mais cedo ou
mais tarde o Direito do Trabalho terá de refletir essa mudança, não se podendo apenas
olhar o que há de pior em tal modelo, mas, sim, tentando se fazer uma combinação do
que tem de melhor no paradigma arcaico com o que tem de melhor no sistema novo.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS.

Ante todo o estudado, podemos perceber que, apesar de algumas considerações
negativas, os modelos fordistas e toyotistas revolucionaram a forma de produção de
suas respectivas épocas, cada uma com sua peculiaridade. A primeira, visando o
consumo e a produção em massa, obteve resultados surpreendentes à época fazendo­se
com que surgisse muitos empregos, com altos salários, a fim de estimular os operários
a fazerem parte dos quadros de funcionários das fábricas de Henry Ford, no entanto, no
decorrer de sua história, esbarrou­se com uma estagnação no seu modo de fabricar,
bem como com uma grande insatisfação sindical, que veio a ocasionar uma forte crise
nos anos 70, responsável pela criação de novas formas de produção.

Observando que o modelo fordista encontrava­se sob violenta crise, e a atual
conjuntura do Japão, que acabará de ser “destruído” devido a 2ª Guerra Mundial, não
se podendo falar em produção e consumo em massa, Taiichi Ohno desenvolve o modelo
toyotista, buscando uma forma enxuta de produção, ou seja, evitar gastos e contratação
“desnecessária”, havendo, dentro outros, a terceirização das atividades meio, a fim de se
dedicar com exclusividade na atividade principal. Percebe­se, diante disso, que os
modelos estudados foram importantes e revolucionários em seus ideais, presentes, vale
dizer, com ou menos força, até os dias atuais. O trabalhador, infelizmente, nos dois
modelos, sofreu porque, embora havia a notícia de que seriam mais valorizados, na
prática houve sistemática exploração do proletariado, a fim de se angariar lucros para
os empregadores. Por isso que nos dias atuais, há tantas fontes de proteção ao
trabalhador, buscando­se no ordenamento jurídico brasileiro, na proteção dos seus
interesses sociais, colocando o empregado como “pessoa mais frágil” na relação jurídica
com o empregador.

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

http://matheusramosribeiro.jusbrasil.com.br/artigos/202589865/fordismo­e­toyotismo­suas­principais­caracteristicas­com­uma­analise­das­precarias­… 14/17
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TAYOLORISMO, fordismo. Disponível em:
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ANTUNES, Ricardo. Adeus ao Trabalho?: ensaio sobre as metamorfoses e a
centralidade no mundo do trabalho. São Paulo: Cortez, 2011.

ANTUNES, Ricardo. Adeus ao Trabalho?, Ensaio sobre as metamorfoses e a
centralidade do mundo do trabalho. São Paulo, Cortez Editora/ED. Unicamp, 1995.

SENNET, Richard. A corrosão do caráter: consequências pessoais do trabalho no novo
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Moderno. Rio de Janeiro: civilização brasileira, 1984.

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TOYOTISMO. Disponível em: http://www.infoescola.com/industria/toyotismo/,
Acessado em 19/06/2015.

BRASIL. Tribunal Regional do Trabalho 3ª Região. Recurso ordinário processo nº.
00845­2009­105­03­00­5, da 04º Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª
Região. Relator Desembargador Luiz Otávio Linhares Renault, 2009b. Disponível em
https://as1.trt3.jus.br/juris/detalhe.htm?conversationId=3207, consultado em
15/06/2015.

http://matheusramosribeiro.jusbrasil.com.br/artigos/202589865/fordismo­e­toyotismo­suas­principais­caracteristicas­com­uma­analise­das­precarias­… 15/17
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BRASIL. Tribunal Regional do Trabalho 3ª Região. Recurso ordinário processo nº
00971­2008­007­03­00­3, da 04ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª
Região. Relator Desembargador Luiz Otávio Linhares Renault, 2009a. Disponível em:
https://as1.trt3.jus.br/juris/detalhe.htm?conversationId=3207, consultado em
15/06/2015.

BRASIL. Tribunal Superior do Trabalho. Recurso de revista processo nº 806­
62.2013.5.08.0121, da 06ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho. Relatora Cilene
Ferreira Amaro Santos. Disponível em:
http://tst.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/24595801/agravo­de­instrumento­em­
recurso­de­revista­airr­19026220115100013­1902­6220115100013­tst/inteiro­teor­
112088650.

DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de direito do trabalho. 1ª ed. São Paulo: LTr,
2002, pág. 417.

CAMINO, Carmen. Direito individual do trabalho. 4ª ed. Porto Alegre: Síntese, 2003,
págs. 235­CATHARINO, José Martins. Neoliberalismo e Seqüela: privatização,
desregulação, flexibilização, terceirização. São Paulo: LTr, 1997, pág. 72.

TERCEIRIZAÇÃO, e a proteção jurídica do trabalhador, disponível em:
http://jus.com.br/artigos/6855/a­terceirizacaoea­proteçâo­juridica­do­trabalhador/2.
Acessado em: 20/06/2015.

[1] Frederick Winslow Taylor, nascido em 20 de março de 1856, na Filadélfia – EUA,
foi o idealizador do modelo taylorista, vindo a falecer em 21 de março de 1915, com 59
anos.

[2] Henry Ford, nascido em 30 de julho de 1863, em Springwells – EUA, empreendedor
de sucesso, fundador da Ford Motor Company, com a ideia de produção e consumo em
massa, vindo a falecer em 07 de abril de 1947, aos 83 anos.

[3] Montadora de veículos norte­americana, fundada em 1908, com sede na cidade de
Detroit – EUA, atualmente possuindo cerca de 212.000 empregados.
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[4] Indústria automobilística, fundada em 28 de maio de 1937, por Ferdinand Porsche,
com sede na cidade de Wolfsburg – Alemanha.

[5] Doutor em história econômica, pela Universidade de São Paulo, USP, Brasil, com
conceito CAPES 4.

[6] Charles Spencer Chaplin, nascido em 16 de abril de 1889, em Londres – Inglaterra,
foi ator, diretor, produtor, humorista, empresário, escritor, comediante, dançarino,
roteirista e músico britânico, vencedor dois Oscar Honorários, bem como outros
diversos prêmios, vindo a falecer em 25 de dezembro de 1977, aos 88 anos.

[7] É um filme de 1936, produzido e filmado nos Estados Unidos, do cineasta Charles
Chaplin, em que o seu famoso personagem “O Vagabundo” tenta sobreviver em meio ao
mundo industrializado. É considerado uma forte crítica ao capitalismo, stalinismo, nazi
fascismo, fordismo e ao imperialismo, bem como aos maus tratos que os empregados
passaram a receber durante a Revolução Industrial. [Grifo nosso].

[8] Estado de bem estar social, Estado de providencia ou Estado Social é um tipo de
organização política e econômica que coloca o Estado como agente da promoção social
e organizador da economia. Nesta orientação, o Estado é o agente regulamentador de
toda a vida e saúde social, política e econômica do pais em parceria com sindicatos e
empresas privadas, em níveis diferentes de acordo com o país em questão.

[9] Taiichi Ohno, nascido em 29 de fevereiro de1912, na cidade de Dalian – China,
formado em Engenharia Mecânica, desenvolveu o modelo toyotista, vindo a falecer em
28 de maio de 1990.

Disponível em:  http://matheusramosribeiro.jusbrasil.com.br/artigos/202589865/fordismo­e­toyotismo­suas­principais­
caracteristicas­com­uma­analise­das­precarias­relacoes­de­trabalho  

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