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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

FACULDADE DE CIENCIAS BIOLOGICAS E DE SAÚDE


CURSO DE ENFERMAGEM

LEYLANE SIMÕES GONÇALVES


MARIA EDUARDA MELLER
LUCIANE

PROJETO INTERDISCIPLINAR: SAÚDE COLETIVA


EQUIDADE NO ENSINO SUPERIOR

CURITIBA
2023
LEYLANE SIMÕES GONÇALVES
MARIA EDUARDA MELLER
LUCIANE

PROJETO INTERDISCIPLINAR: SAÚDE COLETIVA


EQUIDADE NO ENSINO SUPERIOR
Trabalho apresentado
no curso de Enfermagem da
Univercidade Tuiuti do Paraná.
Orientador: SANDRA MARIA DA SILVA LEITE

CURITIBA
2023
INTRODUÇÃO:

EQUIDADE NO ENSINO SUPERIOR

O tema equidade no ensino superior pede, antes de mais nada, saber o que
é equidade. Refere-se à distribuição justa de recursos, benefícios e oportunidades,
levando em consideração as diferenças individuais e as necessidades específicas
dos alunos. É um princípio que busca promover a justiça e a igualdade de
oportunidades no contexto educacional. A equidade busca garantir a imparcialidade
na distribuição de recursos e oportunidades no ambiente universitário. Isso implica
em considerar as particularidades e necessidades individuais dos alunos, a fim de
proporcionar a todos igualdades de acesso e condições adequadas para o
desenvolvimento acadêmico.
Para melhor entender o conceito de equidade é necessário analisar alguns
conceitos. É fundamental estabelecermos a diferença entre equidade e igualdade. A
igualdade se baseia no princípio da universalidade, isto é, propõe que todas as
pessoas sejam regidas pelas mesmas regras, com os mesmos deveres e direitos.
Enquanto que o conceito de equidade passa pela justiça social e se define bem com
a famosa expressão aristotélica: “Devemos tratar igualmente os iguais e
desigualmente os desiguais, na medida de sua desigualdade”. Ou seja, nem todos
partem do mesmo lugar e assim, é importante oferecer recursos que permitam a
equiparação para essas pessoas alcançarem as mesmas oportunidades que as
demais. Ou seja, deve-se dar mais para quem precisa de mais.
Assim, a igualdade é apenas um aspecto da equidade. Isso porque ela não
olha de maneira mais ampla e diversa para diferenças nas trajetórias familiares,
contextos territoriais, étnico-raciais, socioeconômicos, religiosos, características
individuais, identidades de gênero, de raça, de orientação sexual, entre outras. Por
outro lado, a equidade alia igualdade ao senso de justiça social, que é baseada na
ideia de equilíbrio entre os desiguais, reconhecendo as características e as
necessidades de cada indivíduo.
E, dentro deste contexto de diferenças, existem alguns marcadores sociais
que fazem com que a equidade se torne ainda mais difícil de se alcançar. Os
marcadores têm esse nome para designar determinadas características sociais em
uma pessoa. Existem marcadores como gênero, raça e classe, que são importantes
para destacar como os contextos influenciam a vida das pessoas a depender de
quem elas sejam, de qual é a cor de sua pele, se são mulheres ou homens.
Segundo Nilma Lino Gomes, educadora e ex-ministra das Mulheres,
Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, não é possível pensar em equidade sem
observar a questão racial. Ela afirma: “Para mim, a equidade na educação deveria
ser um caminho para que nós alcancemos uma educação democrática no sentido
pleno da palavra. E que isso implique uma mudança institucional no campo das
políticas educacionais, dos currículos, da relação professor-aluno, da formação
inicial e da formação continuada de professores.”
Segundo a Unesco, a equidade educacional pressupõe a preocupação com
a justiça ou com processos justos, de forma que a educação de todos os estudantes
seja considerada com a mesma importância. Para isso, busca-se conceder atenção
e delinear estratégias, conforme as necessidades específicas de cada grupo ou
indivíduo. Na educação, a procura por justiça social exige ações que removam os
obstáculos para que cada um alcance o seu potencial educacional. Neste caso, a
inclusão ocorre quando os indivíduos adquirem as competências essenciais para o
seu pleno desenvolvimento.
A educação é um direito fundamental de todo ser humano, inscrito em
normativas internacionais e nacionais, porém só é garantido efetivamente na
realização da aprendizagem. Estudos apontam a persistência de hiatos na
aprendizagem entre estudantes agrupados de acordo com determinadas
características individuais ou coletivas, como local de moradia, contexto social e
econômico no qual se desenvolvem, dentre outros. Além das diferenças na
aprendizagem, constata-se desigualdades em outros indicadores educacionais,
como acesso, nível de escolaridade alcançado, regularidade das trajetórias, dentre
outros aspectos que se apresentam consistentemente desfavoráveis para os
mesmos grupos.
É importante mencionar a noção de diversidade que remete à variedade de
formas de ser e estar no mundo que caracterizam a experiência humana. Somos
diferentes como seres biológicos e como seres sociais, pois as circunstâncias
biológicas, geográficas, históricas e culturais são distintas para os diferentes grupos
sociais. Assim, a diversidade é a própria expressão da humanidade, vez que está
relacionada às diferenças que são produzidas a partir do contexto em que somos
formados e aos pertencimentos, subjetividades e condições materiais que cercam a
nossa existência. Buscar equidade na educação passa por compreender diferentes
contextos da vida, tanto dentro quanto fora da escola. E a existência das
desigualdades, por vezes, aprofunda o fosso que separa as pessoas de um caminho
mais equitativo. Ou seja, a igualdade é apenas um aspecto da equidade. Isso
porque não olha de maneira mais ampla e diversa para diferenças a trajetórias
familiares, contextos territoriais, étnico-raciais, socioeconômicos, religiosos,
características individuais, identidades de gênero, de raça, de orientação sexual,
entre outras.

3. Como funciona a equidade?


a equidade funciona por meio da implementação de políticas e práticas que visam
reduzir as desigualdades e promover a inclusão no ambiente universitário. Isso pode
envolver a adoção de políticas de cotas, programas de assistência financeira,
adaptações curriculares e estruturais para alunos com necessidades especiais, além
de ações afirmativas que buscam garantir a igualdade de oportunidades para grupos
historicamente marginalizados.

4. O que a equidade defende?


a equidade defende a justiça social e a igualdade de oportunidades no contexto
universitário. Ela busca garantir que todos os alunos tenham acesso equitativo aos
recursos e benefícios educacionais, independentemente de sua origem
socioeconômica, raça, gênero, deficiências ou outras características pessoais. A
equidade valoriza a diversidade, promove a inclusão e busca superar as
desigualdades existentes, visando proporcionar a todos os estudantes as mesmas
chances de sucesso acadêmico e realização pessoal.

EDUCAÇÃO INCLUSIVA E ENSINO SUPERIOR


O marco histórico para Educação Inclusiva foi em 1994, com a Declaração de
Salamanca, na Espanha, durante a Conferência Mundial de Educação Especial da
UNESCO. A Declaração tem como princípio que os alunos com deficiência devem
estar no ensino regular e defende que todos os estudantes, independentemente da
dificuldade de aprendizagem ou deficiência, têm direito à educação inclusiva.
O Brasil afirmou esse compromisso ao se tornar signatário da Declaração de
Salamanca, porém no que concerne especificamente ao Ensino Superior, somente
no ano de 2003 foi sancionada a portaria número 3.284/2003.
A educação inclusiva, é responsabilidade das escolas fazer o reconhecimento e
atendimento das necessidades individuais dos estudantes, adaptando-se aos vários
estilos e ritmos de aprendizagem, de forma que a educação de qualidade seja para
todos através de currículos adaptados e adequados, de boa organização escolar, de
estratégias pedagógicas, de utilização de recursos e de cooperação com as
respectivas comunidades.
No Ensino Superior, a prática inclusiva é mais recente. Dados do Censo Escolar
2017, apontam um aumento de alunos com deficiência entre os anos de 2003 a
2013 cerca de 600% - de 5.078 estudantes passou para 29.221 em dez anos.
O ingresso do aluno com deficiência é um avanço no ensino superior, porém é
necessário observar que o fato de o aluno estar na sala de aula não significa,
necessariamente, a participação plena desse estudante no ambiente universitário e
a absorção dos conteúdos propostos. Para tanto, é necessário que a universidade
realize adaptações para que a inclusão seja efetiva, já que algumas instituições não
possuem um mapeamento do ingresso e permanência desse aluno e não oferecem
serviço de apoio, tornando-se assim um processo de exclusão.

OBJETIVO

METODOLOGIA

REFERENCIAS

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