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Estado, direito e política são interdependentes: o Estado visa a consecução

de um objetivo; a política se preocupa com a eficácias dos meios utilizados para


tal consecução e o direito, com a legalidade. É neste ponto que a teoria geral do
Estado se diferencia da ciência política, pois essa se preocupa apenas com a
eficácia dos meios, enquanto aquela enfatiza também a legalidade.
Aquele que detém o poder político deseja acima de tudo a obediência aos seus
comandos, mesmo que para isso precise utilizar a violência, daí a importância de
imputar ao Estado o máximo possível de juridicidade, para evitar a arbitrariedade.
Ao tomar decisões políticas, um governante precisa se atentar a três
dualismos:
NECESSIDADE X POSSIBILIDADE: é preciso estabelecer as necessidades do povo,
observando as condições de vida necessárias. Ademais, deve - se estabelecer a forma
como o Estado irá satisfazer essas necessidades, através das possibilidades
existentes.
INDIVIDUALIDADE X COLETIVIDADE: por ser o indivíduo irredutível, na qual
deriva a sociedade, é comum imaginar que os direitos individuais estejam acima dos
coletivos. No entanto, vale lembrar que a coletividade é a soma dos indivíduos.
Portanto, ao priorizar o individual, o governante poderá estar satisfazendo as
necessidades de poucas pessoas, em detrimento das demais.
LIBERDADE X AUTORIDADE: a consecução de um objetivo pelo Estado implica na
ordenação de seus indivíduos componentes, que por sua vez resulta na capacidade de
coagir. Portanto, se pensar na liberdade como um direito intocável, superior à
todos os demais e no qual nenhuma entidade deve interferir o mínimo possível, fica
difícil estabelecer a ordem. No entanto, ao estabelecer muitas restrições à
liberdade das pessoas, o Estado acaba se tornando um empecilho à consecução de um
direito fundamental da pessoa humana: a liberdade.

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