EXMO. SR. DR.

JUIZ DE DIREITO DA VARA DE FAMÍLIA DA

COMARCA DA [VERIFICAR COMPETÊNCIA]

GRERJ eletrônica nº [xxxxxxxxxxx-xx]

[ A U TO R A ] , [ q u a l i f i c a ç ã o ] (Doc. xx – RG/CPF/Comprovante de
Residência ), p o r s e u s a d v o g a d o s a b a i x o a s s i n a d o s ( D o c . x x - P r o c u r a ç ã o ) , c o m
fulcro nos artigos 1.694 e seguintes do Código Civil c/c a Lei n° 5.478/68, vem
propor

AÇÃO DE ALIMENTOS

em face de [RÉU], [qualificação], pelos fatos e fundamentos que passa a expor:

I - DOS FATOS

[RELATAR OS FATOS]

II - DO DIREITO

1. O princípio base da obrigação alimentar, conceituado pelo

binômio possibilidade-necessidade (artigo 1.695 do Código Civil) deve ser
interpretado com base no que dispõe o artigo 1.694, CC, in verbis:

A r t . 1 . 6 9 4 . P o d e m o s p ar e n t e s , o s c ô n j u g e s o u c o m p a n h e i r o s
p e d i r u n s a o s o u t r o s os a l i m e n t o s d e q u e n e c e s s i t e m p a r a v i v e r
de modo compatível com a sua condição social , inclusive para
a t e n d e r às n e c e s s i d a d e s d e s u a e d u c a ç ã o .
* * *

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Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende

n ã o t e m b e ns s u f i c i e n t e s , n e m p o d e p r o v e r , p e l o s e u t r a b a l h o , à
própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-
l o s , s e m d e s f a l q u e n o n e c e s s ár i o a o s e u s u s t e n t o .

2. Isto significa dizer que o Binômio deve alcançar a manutenção do

padrão de vida em que os alimentados foram inseridos pelo alimentante.

3. De acordo com Maria Berenice Dias, independente de quem seja o

alimentado, a manutenção deste padrão - dentro do Binômio - é dever do
alimentante, in verbis:

“A responsabilidade alimentar recebe, no Código Civil,

tratamento uniforme. Inexiste distinção de critérios para a
fixação do valor da pensão em decorrência da natureza do
vínculo obrigacional. Estão regulados de forma conjunta os
alimentos decorrentes dos vínculos de consanguinidade e
solidariedade, do poder familiar, do casamento e da união
estável. Os alimentos devem sempre permitir que o alimentado
viva de modo compatível com a sua condição social.”. (Maria
Berenice Dias, Manual de Direito das Famílias, 8 ed., Editora
Revista dos Tribunais, pag. 552)

4. Além de ser preciso aplicar o Binômio com base no padrão de vida

da alimentada, é imprescindível ao presente caso considerar os sinais
exteriores da riqueza do alimentante. As provas trazidas aos autos demonstram
que a Autora foi, durante anos, mantida em elevado padrão de vida. O
Alimentante possui confortabilíssima condição financeira para arcar os com os
alimentos pleiteados.

5. Em casos similares do Tribunal do Estado do Rio de Janeiro já

consolidou o posicionamento de que a verba alimentar deve atender o padrão de
vida anteriormente mantido e se basear nos sinais da riqueza do alimentante,
conforme o enunciado abaixo demonstra, in verbis:
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Alimentos. Evidentes sinais exteriores de riqueza do

alimentante, proprietário de vários imóveis e lanchas , cuja
aquisição ou manutenção não se compatibiliza com os
r e n d i m e n t o s d e c l a r a d o s . P e n s ã o f i x a d a e m f a v o r d o c ô n ju g e e
dos filhos menores que atendeu, ao binômio
necessidade/possibilidade. Confirmação da sentença, por seus
próprios fundamentos. (TJRJ, Ap nº 0002191-03.2002.8.19.0209
(2003.001.14969), Decima Sétima Câmara Cível, Rel .Des.
Fabricio Bandeira Filho, julgado em 07/08/2003)

6. Ademais, como é de notório conhecimento, n as ações de

a l i m e n t o s , o E x m o . M a g i s t r a d o d e v e , d e s d e l o g o , f i x a r os a l i m e n t o s
provisionais, nos temos do art. 4º da Lei 5.478/68:
 
A r t . 4 º . A o d e s p a c h ar o p e d i d o , o j u i z f i x a r á d e s d e l o g o
a l i m e n t o s p r o v i s ó r i o s a s e r em p a g o s p e l o d e v e d o r , s a l v o s e o
credor expressamente declarar que deles não necessita.

7.  Diante da urgência e importância do tema tratado na presente

demanda, é imperioso a fixação de alimentos provisórios para a Autora, sob
risco de dano irreparável à sobrevivência da mesma.
 
III - CONCLUSÃO

8. Diante do exposto, pede-se a V.Exa., com base nos elementos

trazidos a presente, que:

a. Conceda liminarmente em favor da Autora alimentos

provisórios no valor equivalente a [ xx] (xxx) salários mínimos
nacionais;

b. Julgue procedente o pedido da Autora, fixando alimentos

definitivos no valor equivalente a [ xx] (xxx) salários mínimos
nacionais;
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c. Mande proceder, após o deferimento da medida liminar, à

citação do Réu para, querendo, oferecer resposta à presente ação,
sob pena de se haver por confessados todos os fatos ora trazidos à
colação.

9. Protesta-se por todos os meios de provas em direito admitidos,

notadamente pelas provas documental suplementar, testemunhal e depoi -
mento pessoal do Réu, sob pena de confissão.

10. Para fins do artigo 39, inciso I, do Código de Processo Civil,

i n f o r m a m os p a t r o n o s q u e p os s u e m e n d e r e ç o p r o f i s s i o n a l n a [ e n d e r e ç o d o
advogado].

11. R e q u e r - s e , p o r f i m , a a n o t a ç ã o n a c a p a d os a u t os d o n o m e d o s
patronos dos autores, [Nome e OAB], a fim de possibilitar o
a c o m p a n h a m e n t o d as f u t u r a s i n t i m a ç õ e s m e d i a n t e p u b l i c a ç ã o n a I m p r e n s a
Oficial, sob pena de nulidade.

12. Dá-se à causa o valor de R$ [ xxxx] (xxxxxx).

Termos em que,
E. Deferimento.
Rio de Janeiro, [dia] de [mês] de [ano].

[Nome de Advogado ]
[Nº da OAB]