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ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL - ANDREA

16/02/2023

não tem nada a ver com coach

1 bimestre - material de divulgação informativo sobre Orientação profissional


(grupo)o q nos falamos para os estudantes de psico que está chegando agora: como uma
cartilha informativa ( falar dos estágios básico,falar sobre o sap,os alunos iniciantes em uma
fantasia do que irá ser maus nunca sabe a verdade o q é

2 bimestre- elaboração de projetos interventivos em O.P. (parte escrita ) e


apresentação prática (grupo) fazer uma orientação profissional trabalho em dupla (voltada
para área clínica. profissional e escolar)

síntese comentada/ criativa sobre os trabalhos apresentados

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livros: “A ESCOLHA PROFISSIONAL EM QUESTÃO” autores de Bock, Ana Mercês
Bahia, Amaral, Célia Maria Mota, Silva, Fabiano Fonseca da Silva, Laura Belluzzo de ...
“PENSANDO E VIVENDO A ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL” autora Helena Penna
Soares Lucchiari.

16/02/2023

Teorias em Orientação Profissional: p. 61 -

Teorias Psicológicas: preveem uma atuação concreta do indivíduo.-***feita por psicólogos, e podem
ser divididas em quatro correntes Teoria Traço-e-Fator; Teorias Psicodinâmicas; Teorias
Desenvolvimentistas e Teorias Decisionais.

Teorias Não Psicológicas: a escolha profissional está relacionada a fatores externos ao indivíduo.-
(socioeconômicos)***as escolhas profissionais não dependem somente das características pessoais os
fatores externos tb ajuda a escolha profissional. (teoria do acidente as pessoas chegam nas profissões
de modo meramente causal, à mercê das contingências).

Teorias Psicológicas: buscam na dinâmica dos indivíduos a compreensão sobre o fenômeno da


escolha profissional.

Orientação Vocacional Tradicional (Liberal): Fundamenta-se no princípio do liberalismo


(ideologia Liberal), isto é, aceita, sem questionamentos, três axiomas: os princípios da
individualidade, liberdade e igualdade de oportunidades. Nesta concepção “cada pessoa reúne em si
características que devem orientar sua escolha e que, se não são respeitadas, apontam para um
fracasso na vida do indivíduo” - teoria traço-e-fator (pag. 62).

Crítica à Orientação Profissional Tradicional: A partir da década de 70 do séc. XX, a escola sofre
críticas e passa a ser vista como reprodutora “do status quo” da sociedade dominante (Bourdie e
Passeron). Nesta perspectiva, a Orientação Vocacional Tradicional também sofre as mesmas críticas
no que diz respeito aos três axiomas da ideologia liberal pois defende a ideia de que as falhas são do
indivíduo e para saná-las é necessário habilitá-lo a realizar escolhas mais adequadas. “A escola
dissemina a ideologia da classe dominante e prepara a força de trabalho para ser explorada pelo
capital”.

Para Além da crítica: “... deve-se libertar a liberdade de decidir, compreender a liberdade como
superação dos determinismos.” Apontam para denúncia que o indivíduo possa escolher com razão, a
sua escolha profissional, dissimulando a sua história de vida e as contingências.

A orientação profissional tem história

A ideia de que um indivíduo escolhe sua ocupação ou profissão a partir de suas condições sociais e
suas habilidades, interesses, aptidões e dons (vocação) não é algo que sempre existiu, esta concepção
teve início quando se instalou o modelo de produção capitalista.

Sociedade feudal: a ocupação dos indivíduos era determinada pelos laços sanguíneos, vinha de berço
(“determinismo divino”).***quem nasceu na família de pobre sempre será pobre, quem nasceu rico
será rico

No capitalismo o indivíduo liberta-se dos laços de sangue, agora ele “pode tudo” desde que se esforce,
trabalhe e lute, tudo depende dele, seu destino está em suas mãos, é neste momento que a escolha
profissional se coloca em questão*** o indivíduo que tem q traçar o destino dele...

Será que a escolha profissional é a escolha mais importante na vida do indivíduo?


sim, dentro de uma sociedade capitalista e o trabalho q. irá te dar subsistência

Sociedade capitalista: ”identidade ocupacional”

Acumulação do capital por meio do trabalho;

Trabalho enquanto forma de subsistência;

Ideologia liberal;

A concepção de que o trabalho deve ser algo prazeroso.

“A construção de um futuro é resultado da combinação de uma série de fatores, dentre eles a escolha
de uma profissão. Assim podemos dizer que a escolha profissional - que é um momento de conflito e
por isso um momento difícil - é um fator importante, mas não exclusivo na construção de um futuro.”
(Bock, 2002, p. 310)*** precisamos de outras coisas, de uma família, as relações sociais e afetivas

Os fatores que influem na escolha profissional:

Mercado de trabalho;*** o mercado de trabalho é muito dinâmico

Importância Social x Prestígio x Remuneração;

Habilidades necessárias para o desempenho;

Grupo Social (Familiar e de Amigos)*** as vezes acontece indiretamente

Sexualização das Profissões.***algumas áreas direcionadas para um sexo. ex:engenharia da mais


homem , psicologia para as mulheres
caminhos para se chegar a profissão

- a escolarização e o vestibular

- Custo da formação

Escolha da profissão: escolher uma profissão significa um planejar para si um futuro/ ´´ O que quero
ser na vida) portanto, pode estar atrelado ao processo de construção da identidade do sujeito*** por
isso que se torna um momento importante.

- Elementos que compõem a escolha profissional;

- As expectativas em relação a si mesmo*** se o aluno acha que é capaz/ como o sujeito se vê

- Seus gastos, habilidades

- Profissão das pessoas que lhe são significativas***pode ser pessoas mais próximas, um profissional
que teve qdo criança;

- As imagens registradas em seu mundo interno relacionadas às profissões;

- A percepção que têm de suas condições materiais

- Seus limites, possibilidades e desejos tudo aquilo que deseja negar

tudo aquilo que deseja afirmar

satisfação pessoal x satisfação material

vocação e dom- uma mistificação da escolha

https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788553131327/pageid/0

O que é a Orientação Profissional? 23/02/2023

Na sociedade atual a escolha de uma profissão é uma necessidade;

Momento existencial na vida do jovem, também conhecido como segundo existencialismo


(descoberta de si mesmo);

Conflito entre as exigências/ expectativas familiares, sociais e pessoais.

O jovem escolhe ou não escolhe a profissão?

“Ele faz a escolha possível no momento, sem ter muita consciência das influências que sofre e,
principalmente, sem ter informações suficientes sobre a profissão que está escolhendo.” (Luchiari,
1993, pag. 12)

Considerando estes fatores, a proposta de trabalho da autora tem por objetivo facilitar o momento da
escolha para o jovem, auxiliando-o a compreender sua situação específica de vida na qual estão
inseridas as questões familiares, pessoais e sociais. A partir destas definições ele estaria mais apto a
definir a melhor escolha, ou seja, a escolha possível.

Uma nova proposta: a facilitação da escolha


O que significa facilitar a escolha?
Auxiliar a pensar; (questionar, indagar)

Coordenar o processo, já o desenvolvimento deste dependerá dos grupos e suas particularidades;***


ajudar no processo

Coordenar não significa orientar;*** não é a função do psicólogo direcionar

A decisão é do adolescente;*** a decisão é sempre do sujeito, tomar cuidado com falas que não são
neutras

Escolher é decidir;

Momentos a serem trabalhados:

1-O conhecimento de si mesmo:(obs: usa mais ou menos 10 sessão terapêutica)

quem sou (quem fui, quem sou, quem serei)*** a escolha do sujeito tem relação com a história de
vida.

Qual o meu projeto de vida?*** todo sujeito tem que ter projeto de vida, estar motivado por algo.Pois
é o desejo que movimenta a vida.

Como me vejo no futuro desempenhando meu trabalho?

expectativas da família x expectativas pessoais;

quais são os meus principais gostos, interesses e valores

2-A Escolha propriamente dita:

A escolha implica: decisão pessoal, deixar de lado tudo o que não é escolhido, fazer acontecer, isto é,
viabilizar a escolha.*** o borderline vive na expectativa do ideal de ego pq ele não atinge , ele
paralisa suas ações.

3- Conhecimento das profissões:*** seria o momento mais concreto

o que são, o que fazem. como fazem, onde fazem;

o mundo do trabalho dentro do sistema político-econômico vigente;*** o que o trabalho representa no


mundo capitalista, as leis trabalhistas para os jovens ter noção

as possibilidades de atuação: o mercado de trabalho;

visita a locais de trabalho, a cursos e laboratórios de pesquisa dentro das universidades

informações sobre currículos;*** como fazer um currículo

entrevistas com profissionais

Como pode ser feito o trabalho?

*** normalmente o trabalho é em grupo, que é potencializador, ajuda no processo de pensar, pode ser
feito individualmente, mas em grupo é mais enriquecedor, porque os pares, ocupa também o papel de
facilitador.
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o sujeito da orientação profissional 02/03/2023

A Orientação Profissional realiza-se, com maior frequência, em sujeitos que transitam pela
puberdade e adolescência.”

Puberdade: “etapa de importantes mudanças psicobiológicas, aparição da menarca e da produção de


células espermáticas, em meninas e meninos respectivamente, acompanhados do crescimento corporal
e dos caracteres sexuais secundários junto com as novas possibilidades mentais e a reconstrução da
identidade pessoal.”

Adolescência: “Crescer, chegar à maturidade. Ela implica o desprendimento da infância e a entrada


progressiva - às vezes sumamente lenta- no mundo e no papel de adulto. Este processo atinge e é
atingido pelos adultos e sociedade, assim como pelo momento histórico em que transcorre.”

As características que definem esta fase têm tido diversos significados, segundo a cultura e o
momento histórico:

Em sociedades não industrializadas: o reconhecimento de que o jovem encontra-se nesta fase se dá


por rituais de iniciações (os jovens são inseridos no mundo adulto e preparados para a atividade
sexual familiar

Nas sociedades em que crianças e adolescentes começam a trabalhar desde cedo e permanecem pouco
tempo nos estudos, o período da adolescência é encurtado, pois o jovem deve assumir desde cedo
responsabilidades referentes ao mundo dos adultos (assumir prematuramente família, a
paternidade…).

Quando os adolescentes podem dar continuidade aos estudos chegando à Universidade, a adolescência
se estende por este período, até que o jovem se torne independente financeira e afetivamente.

“O que condiciona a puberdade e adolescência não é o fator biológico, mas o sentido que se dá
ao papel adulto na sociedade de que se trata.” (p. 61)

A Adolescência provoca uma série de mudanças que implica em certos “lutos” que precisam ser
elaborados:

1.O Luto pelo corpo de criança: “As transformações corporais têm uma forte repercussão psíquica.
As mudanças rápidas e não harmônicas criam uma grande instabilidade psíquica, são vividas como
invasoras, incontroláveis e por isso causam angústia” (percepção distorcida do próprio corpo,
ambivalência em relação ao mesmo - sentimento de medo, despersonalização em contraposição a
sentimentos de onipotência).

2.Perda do papel e da identidade de criança: Tanto os meninos como as meninas sabiam claramente
a que aterem-se, o que era esperado deles e o que eles poderiam esperar dos adultos. Os papéis até
então estavam definidos. A entrada no mundo adulto obriga o adolescente a rever estes papéis (jogar,
aprender na escola, obedecer aos adultos, depender…).

“Os adolescentes deixam de comportar-se de acordo com o que é esperado e com normas
exteriores a si mesmos, para tentarem ser eles, mas isto só o conseguem como culminação de um
longo processo durante o qual oscilam entre progressão e regressão: aceitar o crescimento e
amadurecer pessoalmente ou voltar a condutas anteriores resistindo a mudanças e permanecendo
crianças. Em certas ocasiões, as condutas assumem traços maníacos: negar o crescimento, não
crescer nunca ou acelerá-lo de forma onipotente, ser grande de repente, atuando provocativamente,
negando a dor pelo passado perdido.” (p. 64)

3. Perda da relação infantil com os pais: A idealização em relação às figuras paternas entra em crise
na adolescência. Os pais são colocados em julgamento, passam-se a reconhecer suas falhas, seus
erros, seus limites.

“Os adolescentes desejam ser admitidos e tratados como iguais, consolidando-se como uma
personalidade ante os maiores. Em algumas circunstâncias, a necessidade de independência os faz
negar seus sentimentos ternos e afetuosos: preferem mostrar-se duros, rebeldes, críticos, antes que
correrem o risco de manter a submissão e dependência afetiva.” (p. 65)

O Pensamento do Jovem: o real subordina-se ao possível (pensamento hipotético-dedutivo), sendo


assim os adolescentes podem idealizar seus poderes e absolutizar seu pensamento (rigidez e
inflexibilidade de suas teorias e adesões ideológicas - onipotência do pensamento).

Momentos a serem trabalhados:

1. O conhecimento de si mesmo:

quem sou (quem fui, quem sou, quem serei)

Qual o meu projeto de vida?

Como me vejo no futuro desempenhando meu trabalho?

expectativas da família x expectativas pessoais;

quais são os meus principais gostos, interesses e valores

2. A Escolha propriamente dita:

A escolha implica: decisão pessoal, deixar de lado tudo o que não é escolhido, fazer acontecer, isto é,
viabilizar a escolha.

Como pode ser feito o trabalho?

O trabalho pode ser individual ou em grupo, este último tendo alcançado melhores resultados pois:

É próprio do adolescente o convívio em grupos e turmas e contribui para o processo de identificação


já que todos encontram-se no mesmo momento de vida;

há a possibilidade de compartilhar sentimentos, emoções, dúvidas, medos…

Cada participante do grupo é um facilitador.

Pode ser realizado de 8 a 10 encontros com duração de 1 hr a 2: 30 min aproximadamente.

O sujeito da orientação profissional

ADOLESCÊNCIA
Diferença entre Puberdade e Adolescência:

Puberdade: Processo biológico que se inicia em nosso meio entre os 9 e 14 anos aproximadamente e é
caracterizado pelo surgimento da atividade hormonal que desencadeará nos caracteres secundários.

Adolescência: Caracteriza-se basicamente por um fenômeno psicossocial, sendo assim, terá diferentes
peculiaridades conforme o contexto social, econômico e cultural em que o adolescente estará inserido.

Adolescência: Do latim ad (a, para) e olescer (crescer), significando apto para crescer (no sentido
físico e psíquico).

Adolescer/ Adoecer: em termos de sofrimento emocional, com as transformações biológicas e mentais


que acontecem nessa fase.

A adolescência é um fenômeno historicamente constituído. Nas sociedades ocidentais surge entre o


final da 1ª Guerra mundial e início da 2ª (1918-1939). Até então, passava-se da infância para a idade
adulta de forma breve através dos rituais de passagem.

A adolescência pode ser dividida em 3 momentos:

• Adolescência inicial (10 a 14 anos): é caracterizada, principalmente, pelas transformações


corporais e as alterações psíquicas derivadas destas.

•Adolescência Média (14 a 17 anos): tem como foco as questões relacionadas à sexualidade, em
especial, a passagem da bissexualidade para a heterossexualidade.

•Adolescência Final (17 aos 20 anos): Estabelecimento dos novos vínculos com os pais, a questão
profissional, a aceitação do novo corpo e dos processos psíquicos do mundo adulto.

Final da adolescência: Os critérios para se definir o final da adolescência também são bastante
variáveis:

Associação Psiquiátrica Americana (U.S.A., 1968):

1.Separação individuação dos pais;

2.Estabelecimento da identidade sexual;

3.Aceitação do trabalho como parte integrante do cotidiano de vida;

4.Construção de um sistema pessoal de valores morais;

5.Capacidade de relações duradouras e do amor sexual, terno e genital, nas relações heterossexuais

6.Regresso aos pais numa nova relação baseada numa igualdade relativa.

Luiz Carlos Osório (1992): define o fim da adolescência:

Estabelecimento de uma identidade sexual e possibilidade de estabelecer relações afetivas estáveis;

Capacidade de assumir compromissos profissionais e manter-se (“independência financeira”);

Aquisição de um sistema de valores pessoais (“moral própria”).


Relação de reciprocidade com a geração precedente (sobretudo com os pais). Em termos etários isso
aconteceria por volta dos 25 anos na classe média brasileira, com variações para mais ou para menos
de acordo com a realidade social e econômica do aluno.

Características da Adolescência:

-Redefinição da imagem corporal, propiciada na perda do corpo infantil e da consequente aquisição


do corpo adulto (em particular, dos caracteres secundários);

-Culminação do processo de separação/ individuação e substituição do vínculo de dependência


simbiótica com os pais da infância por relações objetais de autonomia plena;

-Elaboração dos lutos referentes à perda da condição infantil;

-Estabelecimento de uma escala de valores ou código de ética próprios;

-Busca de pautas de identificação no grupo de iguais;

-Estabelecimento de um padrão de luta e fuga no relacionamento com a geração precedente;

-Aceitação tácita dos ritos de iniciação como condição de ingresso no status de adulto e;

- Assunção de funções ou papéis sexuais auto-outorgados, ou seja, consoante com as inclinações


pessoais, independentemente das expectativas familiares e, eventualmente, até mesmo das imposições
biológicas do gênero a qual pertence (homossexuais).

Adolescência e o Corpo:

A relação do adolescente com seu corpo é um dos indícios de integridade e normalidade de sua
personalidade.

Como as transformações são vividas na adolescência?

De forma ambivalente, desejadas por um lado e por outro, vividas como uma ameaça e uma invasão.
Deste modo, cria-se um sentimento de impotência tendo em vista que essas transformações ocorrem à
revelia dos adolescentes.

Mecanismos Defensivos para lidar com as transformações da adolescência:

Refúgio regressivo no mundo interno, prejudicando o seu desenvolvimento cognitivo (diminuição da


capacidade simbólica);

Queixas hipocondríacas; *** é muito comum dores de cabeça e náusea

Distúrbios alimentares (anorexia, bulimia e obesidade) os quais poderão representar tentativas de


assumir ativamente (através do controle) as transformações que sofrem passivamente;

Roupas como “parte” do corpo.*** seria uma roupa que não mostra o corpo, seria roupas largas

Adolescência e Família:

Família patriarcal: reúne vários graus de parentesco, que se encontram próximos e, muitas vezes,
possuem relações econômicas.

Família nuclear: normalmente composta por pais e filho (s) onde ambos os pais trabalham e é comum
os filhos morarem fora de casa.
A relação da criança com a família é de total dependência, tendo em vista que esta nasce em condição
de total desamparo (físico e psíquico). No entanto, o grau de dependência dos filhos em relação aos
pais varia conforme a cultura, contudo a “independência emocional” é algo que nunca atingimos
totalmente.

Assim, a tarefa central da adolescência está na independização.

Independização:

Uma das tarefas principais da adolescência, consiste na transformação dos vínculos infantis com os
pais para um tipo de relacionamento mais maduro, de maior tolerância e, consequentemente, menor
idealização. Deste modo, para independizar o adolescente deverá “desvalorizar” os pais para amenizar
a culpa (se afastar sem perder muito).

Papel do país: servir de “moratória” para os filhos. E a capacidade desses para possibilitar esse
processo dependerá da forma como eles próprios vivenciaram o mesmo.

2 sentimentos que a adolescência desperta nos pais: inveja e projeção.****às vezes a escolha
profissional é fruto dessa expectativa dos pais nos adolescentes

Adolescência e Sexualidade:

Fase Genital (Freud): marca a passagem da bissexualidade infantil para a heterossexualidade.


Entretanto, a bissexualidade permanece, do ponto de vista psicológico, na nossa identidade adulta
com o predomínio do aspecto que corresponde à nossa identidade biológica.

Do ponto de vista emocional, a libido que havia sido sublimada e reprimida em relação às atividades
sexuais no período de latência, retorna seu interesse para as atividades sexuais propriamente ditas.

Reedição do Complexo de Édipo infantil, mas com peculiaridades próprias da adolescência, no caso,
o desenvolvimento puberal.

Agora o interesse se desloca do próprio corpo para o corpo do outro.

Maturidade afetiva: Consiste em percebermos que somos incompletos e que precisamos de um outro
para nos satisfazer (ferida narcísica).

As escolhas devem, progressivamente, se tornarem menos idealizadas (“Brincando posso dizer que,
com progressivo amadurecimento, abandonamos a ideia de ‘príncipe’ ou ‘princesa’ e aceitamos o
‘sapo’, indivíduo humano e, por conseguinte, imperfeito como nós.”) (Outeiral, 2008, pg. 20).

O “Normal” e o “Patológico” na Adolescência:

Há uma grande dificuldade para se definir o que é normal do que é patológico na adolescência.

Existem alguns “indicadores” para se definir essa questão:

1-Intensidade do sintoma;

2-Persistência ou transitoriedade do sintoma;

3-Significado regressivo do sintoma;

4-Poliformismo sintomático: quanto mais mecanismos de defesa o ego se utilizar, maior será a sua
capacidade integradora. (Variedade de sintomas provocados pela mesma doença ou lesão patológica.)
Adolescência Normal (Erik Erikson):

Busca de si mesmo e da identidade;

Tendência grupal;

Necessidade de intelectualizar e fantasiar;

Crises religiosas;

Deslocalização temporal;

Evolução sexual manifesta;

Atitude social reivindicatória;

Contradições sucessivas em todas as manifestações de conduta;

Separação progressiva dos pais;

Constantes flutuações do humor e o estado de ânimo.

Para se ter uma adequada avaliação do adolescentes devem ser exploradas as seguintes áreas:

Funcionamento em casa;

Relacionamento com os pais;

Funcionamento na escola e/ ou no trabalho;

Relacionamento com o grupo de iguais.**** com os pares

09/03/2023

EMEP - ( Escala de Maturidade para Escolha Profissional)

Maturidade Profissional ( Super, 1995): refere-se ao conjunto de comportamentos e atitudes que um


indivíduo deve empreender visando sua inserção no mundo profissional.** conjunto de
comportamento e atitudes

MATURIDADE = ESTÁDIOS DO DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL ( EXPLORAÇÃO -


DECLÍNIO).**** vai de quando você começa na carreira até quando termina

MATURIDADE PROFISSIONAL - super

- orientação para escola profissional


- Informação e Planejamento = mede especificidade dos programas, sabe da carreira, tem
informações especifica
- Coerência da Escolha **
- Cristalização dos Traços
- Pertinência da Escolha

MATURIDADE PROFISSIONAL - crites


- Competência, atitude
- Consistência
- Realismo

MATURIDADE PROFISSIONAL

ATITUDE FRENTE A ESCOLHA

determinação

responsabilidade

independência

CONHECIMENTOS NECESSÁRIOS ESCOLHA PROFISSIONAL-

autoconhecimento

conhecimento da realidade

16/03/23

O trabalho de Orientação Profissional pode ser desenvolvido em diferentes abordagens, tanto


individualmente como em grupo:

Abordagem Educacional

Abordagem Clínica

Abordagem Organizacional

Apesar de cada uma delas ter características próprias em relação aos referenciais teóricos e os
procedimentos técnicos, "têm em comum o fato de priorizarem a relação homem-trabalho, seja na
escolha dos estudos a seguir, dos conflitos que surgem no desempenho do papel profissional, ou no
que diz respeito à re-orientação ou planejamento de carreira." (pag. 25)

1.Tipo de trabalho realizado numa abordagem educacional:

Orientação para o trabalho:

A importância dos conteúdos aprendidos na sala de aula e sua relação com o futuro desempenho
profissional;

A relação homem-trabalho, enfatizando os interesses, valores, habilidades para o desempenho e


realização do trabalho. Também é importante discutir as relações de trabalho no mundo capitalista: o
desemprego, empregabilidade e os direitos dos trabalhadores;

A informação a respeito das profissões (onde atuar, o que fazer…). É importante a participação dos
pais neste momento;
Falar sobre o mercado de trabalho e as novas exigências para o ingresso neste: criatividade, trabalho
em equipe, capacidade de liderança, conhecimento de outros idiomas, informática, etc.

2. Orientação para o curso profissionalizante:

Prioriza a informação ocupacional/ educacional (o que são, quais são os cursos técnicos e onde cursá-
los);

Trabalhar a questão da escolha.

Informar sobre as modificações no mundo de trabalho e a valorização das profissões de nível técnico;

Trabalhar a questão do ingresso na faculdade e as reais possibilidades de trabalho para quem sai.

3. Orientação Profissional propriamente dita:

Trabalhar a questão da possibilidade de escolha e seus determinantes;

Informar sobre o mundo do trabalho e as possibilidades de formação profissional (cursos técnicos e


universidades);

Auxiliar para criar um clima de confiança entre o jovem, a família e os amigos a fim de facilitar o
momento da escolha;

Trabalhar a escolha possível naquele momento (escolha idealizada e escolha possível).

Orientação para o Vestibular:

Trabalhar a ansiedade diante dos exames (os motivos, as pressões sofridas):

Discutir a ideia de Rubem Alves de que o sorteio seria a solução mais justa no vestibular:

Trabalhar exercícios de relaxamento;

Mostrar, através da identificação com os colegas, que eles não são os únicos a vivenciarem tal
situação

Orientação de pais e professores:

Trabalhar com os pais as suas próprias escolhas profissionais;

A partir de então avaliar com esses pais se suas escolhas foram bem sucedidas e em que medida isso
não influenciarå na decisão do (s) filho (s);

Discutir com os pais questões como: política educacional brasileira e o sistema do vestibular;

A psicologia do adoelscente, suas crises e conflitos:

A questão do vestibular (alto índice de desistências nos primeiros semestres da universidade);

Outras formas alternativas de ingresso no mercado de trabalho;

A empregabilidade, o mercado atual, os requisitos necessários diante modernização, as diferentes


formas de prestação de serviço

Orientação para a vida:


Através das aulas de filosofia onde poderão ser abordadas questões como:

Quem sou eu? De onde vim? Para onde vou?

Obs: "As aulas de Filosofia proporcionam um raciocínio filosófico, aberto, crítico. Apontam novas
maneiras de ver e compreender o mundo mediante alguns questionamentos." (pag. 30)

Re-orientação na Universidade:

Trabalhar a questão da primeira escolha (como foi feita, quais os critérios utilizados);

Trabalhar os motivos da insatisfação;

Informações sobre as possibilidades de novos cursos e vestibulares.

Abordagem Clínica em Orientação Profissional:

A abordagem clínica em Orientação Profissional consiste num referencial teórico e pråtico. que
considera sujeito como um todo com seus aspectos psiquicos mais profundos.De acordo com
Bohoslvsky. a Psicologia Clínica é:

". "ma estratégia de abordagem do comportamento dos seres humanos e pode ser aplicada para se
conhecer, investigar, compreender, modificar o comportamento dos seres humanos, agindo tanto no
âmbito psicossocial (individual) como no sócio dinâmico (grupal), institucional ou comunitário. (pag
32)

Trabalhar os seguintes aspectos:

A dinâmica familiar da pessoa;

As experiências e ideais familiares (as projeções em relação ao futuro dos filhos):

As diferentes profissões desempenhadas pelos membros da família:

Os principais modelos de identificação familiar, tanto pessoal como profissional;

As influências dos aspectos sociais

Obs. O trabalho de orientação profissional pode ser tanto individual como em grupo:

Individual: Se assemelha à psicoterapia breve, mas deve ter um caráter

"diretivo, porém não se pode confundir diretividade com a demanda do paciente de ter a resposta
pronta por parte do psicólogo.

Grupal: Inclui os procedimentos teóricos e técnicos de um trabalho de

dinâmica de grupo, seja ele no âmbito do treinamento ou da sensibilização.

Trabalho em dupla elaborar três questões para aplicar no 1° termo

23/3/23

A FAMÍLIA E A ESCOLHA PROFISSIONAL


Objetivo do texto:

• Analisar alguns aspectos das psicodinâmica familiar a fim de focalizar a importância da participação
da família no processo de escolha profissional.

Nesta perspectiva a escolha profissional deve ser vista como algo de caráter sintomático; " ... isto é,
aquela que surge como expressão de um sintoma produzido no interior do grupo familiar." (pag. 71)

Visão Psicodinâmica:

Referencial psicanalítico, envolvendo as motivações subjacentes à escolha profissional;

Utiliza o conceito de "reparação" para explicar as motivações inconscientes que determinam a


escolha;

Observa os fenômenos transferenciais e contratransferenciais que emergem do vínculo orientador x


orientando;

Busca as relações inconscientes presentes nas associações e sequências de ideias do discurso verbal e
não verbal do orientador;

Trabalha com uma combinação de recursos: entrevistas, dinâmicas individuais e de grupo, testes de
interesse e técnicas projetivas.

Papel do orientador nesta perspectiva:

o principal papel do orientador profissional é, através da interpretação do discurso e de outros


recursos técnicos, auxiliar o orientando a perceber a rede de significações com as quais opera e
compreender a construção que se encontra subjacente às suas escolhas e não escolhas, como também
os possíveis conflitos e ansiedades ocultos em suas preferências ou rejeições. " (pag.72/73)

Características da Orientação Profissional

Psicoterapia Breve com foco na vida ocupacional do sujeito;

Trabalho psicopedagógico: compreender como o indivíduo tem estabelecido, desde cedo, a relação
com o mundo ocupacional.

PSICODINÂMICA DO GRUPO FAMILIAR E ESCOLHA PROFISSIONAL:

"A forma como os pais dão significado aos elementos da vida ocupacional sempre estará presente no
modo de um filho significar este universo" (pag.77).

..o objetivo deste tipo de trabalho não precisa se restringir às carreiras pertinentes ao estudante, mas
pode aspirar a auxiliá-lo na transposição dos impedimentos psíquicos e elaboração das motivações
inconscientes ligados ao caminho de sua personalização." (pag. 77).

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Vestibular e Enem : uma visão contemporânea

O capital econômico, traduzido em termos de bens e serviços a que ele possibilita o acesso; o capital social,
tomado como o conjunto de relacionamentos sociais de prestígio mantidos pela família e o capital cultural
institucionalizado, que engloba basicamente os títulos escolares, fazem parte da categoria objetiva. Já a
categoria subjetiva é formada, sobretudo, pelo capital cultural na sua forma incorporada. Nesse estado,
porém, o capital cultural não é transmitido instantaneamente, requer tempo e dedicação até que se torne
“parte integrante da ‘pessoa’, um habitus” (BOURDIEU, 2007, p. 75).

Habitus estrutura de nossa subjetividade dita por Bourdieu

Habitus é o termo utilizado por Bourdieu para denominar as estruturas da nossa subjetividade que se
constituem inicialmente por meio das nossas primeiras experiências [habitus primário] e depois, de nossa vida
adulta [habitus secundário]. Ele é “a maneira como as estruturas sociais se imprimem em nossas cabeças e em
nossos corpos, pela interiorização da exterioridade e pela exteriorização da interioridade”, afirma Corcuff
(2001 apud GIZI, 2004, p. 3). Acrescente-se ainda que, mesmo no estado objetivado, o capital cultural carrega
propriedades que só se definem na relação com sua forma incorporada, ou seja, no caso dos bens culturais,
por exemplo, apesar de seu legado ser oferecido formalmente a todas as pessoas, na condição de “bens
simbólicos só podem ser apreendidos e possuídos como tais [ao lado das satisfações simbólicas que
acompanham tal posse] por aqueles que detêm o código que permite decifrálos” (BOURDIEU, 2003 apud GIZI,
2004, p. 4).

2.2 A “ditadura” do vestibular O sistema Capitalista “ao mesmo tempo promete e nega sucesso escolar,
profissional e econômico à maioria da população” (WHITAKER, 2010, p. 290). A ideologia da mobilidade social
sugere que “a única maneira de ser bem-sucedido em uma ‘meritocracia’ é conseguir o máximo de
escolaridade que se possa” (CARNOY, 1986, p. 77). Portanto, não é a toa que desde cedo as nossas crianças já
comecem a ser “moldadas para passar no vestibular”, pontuou Rubem Alves em entrevista concedida à
Revista Cult (2011). Para ele, esse exame é uma “aberração” e existe somente para escolher, dentre os que
foram aprovados, aqueles que obtiveram as melhores notas. O fato é que a partir do 6º ano do Ensino
Fundamental, o estudante já começa a ser treinado para fazer esta prova, ou seja, ele passa quase uma década
de sua vida estudando diversas matérias que, na maioria das vezes, não possuem conexão com seu dia a dia, e
praticamente só servem de subsídio para o vestibular.

Qual a definição da Orientação Profissional

De acordo com autores: A Orientação Profissional é uma disciplina da psicologia que abrange conceitos do
desenvolvimento do adolescente e suas inquietudes, propondo a agir como facilitador das interfaces
biopsicossociais e promover uma continência as ansiedades, provinda da escolha profissional. Visa
compreender e trabalhar com o indivíduo nas esferas das relações, ampliar a consciência que o indivíduo
possui sobre a realidade que o cerca, instrumentando para agir, no sentido de transformar e resolver suas
dificuldades que a realidade lhe apresenta. principalmente os dilemas familiares, quando aborda a noção de
identificação projetiva, luto e reparação disponibilizando de conceitos teóricos explicativos de Melanie Klein
(1982) e Bohoslavsky (1977) entre outros, demonstrando uma visão abrangente e estratégico sobre as
escolhas profissionais.

Define a História da Orientação Profissional

Qual a concepção que a Orientação Vocacional Tradicional (liberal) defende?

A Orientação Vocacional Tradicional (liberal) Ferreti (1988) afirma que todas as teorias psicológicas
fundamentam-se na ideologia liberal. Que seria aceitar sem questionamentos os princípios da individualidade,
da liberdade e da igualdade de oportunidades, que são os três axiomas que sustentam esta ideologia.

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