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Mercado Farelo de Trigo
Mercado Farelo de Trigo
INTELIGÊNCIA DE MERCADO
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FCStone do Brasil
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No país desde 2005, a FCStone do Brasil já acumula extensa experiência no mercado brasileiro com elevado conhecimento específico sobre o agronegócio nacional. Atualmente com 8 escritórios
no Brasil e 2 no Paraguai, a operação brasileira da INTL FCStone conta com mais de 50 consultores especializados e uma equipe de Inteligência de Mercado de 13 colaboradores dedicados
exclusivamente à criação, organização e tratamento de dados e análises comerciais e estratégicas para nossos clientes internos e externos.
A FCStone do Brasil, que integra o grupo INTL FCStone Inc., se orgulha de ser uma empresa global, porém com atuação essencialmente local próxima a seus clientes. Isso nos permite entender
com precisão o cenário de mercado e as necessidades de cada empresa, criando um ciclo virtuoso de resultados positivos em meio à incerteza dos mercados financeiros e de commodities.
3
Serviços de Inteligência de Mercado
4
Sumário
1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO MERCADO
BRASILEIRO DE FARELO DE TRIGO
4 PROJEÇÃO DE PREÇOS
1
CONTEXTUALIZAÇÃO DO MERCADO
BRASILEIRO DE FARELO DE TRIGO
OFERTA, DEMANDA E PREÇOS
Farelo de trigo | Importância e principais usos
Usos na alimentação animal
Durante o processamento industrial do trigo, cerca de 70 a 75% da massa de grãos é convertida • O farelo de trigo tem em média 96% do valor
em farinha, sendo que os 25 a 30% restantes são considerados subprodutos e normalmente energético da cevada e 91% do valor
comercializados como farelo de trigo. Na produção de farinha, a indústria retira o endosperma energético do milho. Os farelos de trigo são
do trigo, devido à abundância de amido, e os componentes remanescentes são fibras, células alimentos de boa palatabilidade e podem ser
da aleurona e parte do germe, que compõem o farelo de trigo e o tornam um subproduto com incluídos na mistura de grãos em níveis
teor energético e proteico elevado. O subproduto contém teores mais elevados de fibra, elevados.
proteína e minerais do que os grãos integrais, com teores menores de amido e energia (BLASI,
• O farelo de trigo apresenta boa concentração
et al., 1998).
de proteína (15,5%), com base na matéria
Quando usado em ração para gado ou cavalos, o farelo de trigo pode ser uma boa fonte de natural.
proteína, fibra e fósforo, juntamente com vários outros nutrientes. No entanto, os produtos do
trigo podem variar muito dependendo dos objetivos do processo de moagem. Assim, o grau de
variação de nutrientes no farelo pode ser uma consideração importante para determinar se a
sua inclusão em uma ração ou fórmula alimentar é vantajosa.
Por conter níveis baixos de amido e ser rico em fibras quando comparado ao grão integral de Armazenamento
trigo e a outros cereais, o farelo de trigo pode ser uma alternativa interessante em dietas de
bovinos, principalmente quando se utiliza altos níveis de concentrado, esperando-se menor • Os ingredientes do trigo podem ser mantidos
incidência de distúrbios digestivos (DHUYVETTER et al., 1999). A proteína do farelo de trigo é em boas condições por até três anos, se
altamente degradável no rúmen, sendo utilizada com eficiência por ruminantes alimentados conservados em ambiente seco.
com forragens de baixa qualidade, que via de regra são deficientes em proteína com essa • O material em massa pode ser manipulado
característica. em equipamentos normais utilizados na
Além da alimentação de ruminantes, o farelo de trigo também pode ser utilizado na indústria de alimentos para ração ou grãos.
complementação de rações de aves, sendo empregado in natura misturado ao milho em
granjas. Também é usado com frequência como um enchimento de menor custo para alimentos
para animais de estimação, como cães e gatos, que não digerem os produtos de trigo tão
prontamente.
O farelo de trigo é o principal e mais abundante subproduto da moenda do cereal e consiste
em um recurso alimentar renovável pouco explorado (Yuan et al., 2005; Beaugrand et al., 2004)
Fontes: BLASI, D. A.; KUHL, G. L.; DROUILLARD, J. S.; REED, C. L.; TRIGO-STOCKLI, D. M.; BEHNKE, K. C.; FAIRCHILD, F. J. Wheat middlings composition, feeding value and storage guidelines. Kansas State University Agricultural Experimental Station
and Cooperative Extension Service, Boull. MF-2353, 21 p. 1998. DHUYVETTER, J.; HOPPE, K.; ANDERSON, V. Wheat Middlings - A useful feed for cattle. North Dakota State University. Junho, 1999. 7
Farelo de trigo | Importância e principais usos
A cadeia agroindustrial do trigo e a participação do farelo de trigo
CONSUMIDOR
custo da moagem, contudo, em
ATACADO
virtude da forte alta nos preços
VAREJO
Corretivos Oxidantes e enzimas
do subproduto em 2016 abriu-se Biscoitos
a possibilidade de o mesmo ser
utilizado como uma forma de
Produção
geração de receita para os Defensivos Moinhos Alimentos naturais
de trigo
moinhos.
Máquinas e Outros
implementos
Importação
Importação
de farinha, Sistema de Distribuição
Fertilizantes de trigo Ração animal
farelo e misturas Agropecuario
Fontes: Storck, J. and W. D. Teague. 1952. Flour for Man’s Bread. University of Minnesota Press. Minneapolis, MN.
YUAN, X.; WANG, J.; YAO, H. Antioxidant activity of feruloylated oligosaccharides from wheat bran. Food Chemistry, v.90, p.759-764, 2005. 8
Farelo de trigo | Importância e principais usos
A cadeia agroindustrial do trigo e a participação do farelo de trigo
A composição do grão de trigo é Diagrama de fluxo simplificado das operações de moagem modernas
dividida em: pericarpo/casca
(14% a 18%), endosperma (80% a Trigos de diferentes tipos por ferrovia, navio ou
83%) e gérmen (cerca de 3%). caminhão para unidades de armazenagem
O endosperma é a matéria-prima LIMPEZA
da farinha de trigo, sendo que no Remoção de todo material estranho
processo de moagem o mesmo é
separado da casca e do gérmen. MISTURA
Mistura de trigos diferentes para conseguir as qualidades desejadas
A casca do grão de trigo, rica em
proteína, torna-se a base do CONDICIONAMENTO
farelo de trigo enquanto o Umidificação controlada para endurecer a pele, suavizar os centros, uniformizar trigos diferentes para moagem
FLUXOS SECUNDÁRIOS
saudável. TRITURAÇÃO Diferentes classificações
Cilindros Canelados
No Brasil considera-se que a PENEIRAGEM BRANQUEAMENTO
Para amadurecer e
moagem de uma tonelada de Material Triturado Classificado
branquear a farinha
trigo produz 750 kg de farinha Materiais mais duros enviados
para quebra maior ENRIQUECIMENTO
e 250 kg de farelo Adição de vitamina B
PURIFICAÇÃO
(divisão 75% - 25%) Remoção de Impurezas
Fontes: Storck, J. and W. D. Teague. 1952. Flour for Man’s Bread. University of Minnesota Press. Minneapolis, MN.
YUAN, X.; WANG, J.; YAO, H. Antioxidant activity of feruloylated oligosaccharides from wheat bran. Food Chemistry, v.90, p.759-764, 2005. 9
1.1
OFERTA
CONTEXTUALIZAÇÃO MUNDIAL E REGIONAL DA PRODUÇÃO
10
Oferta | Panorama mundial da produção
A produção Brasileira é insuficiente para suprir sua demanda.
O cultivo do trigo ocorre Principais países produtores (em milhões de toneladas) Principais países exportadores (em milhões de toneladas)
amplamente em todo o mundo,
em diversas geografias e climas, 700 180
com época de plantio e colheita 600 150
se diferente para cada 500 120
hemisfério. Historicamente, a 400
90
produção do cereal no mundo 300
60
tem como destino principal o 200
consumo humano e o preparo de 100 30
ração animal. 0 0
1997/98
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O desenvolvimento do trigo, em
geral, necessita entre 110 e
130 dias entre o plantio e a
Outros China Índia Rússia Estados Unidos Outros Rússia Estados Unidos Canadá Austrália
colheita, dependendo do
clima, tipo de semente e
condições do solo (o trigo de Participação na produção mundial em 2017 Participação na exportação mundial em 2017
inverno permanece adormecido
durante o congelamento de EUA Austrália
inverno). 11% 12%
Rússia
O manejo ideal do cereal Outros
12% Canadá
requer do agricultor uma Outros 14%
35%
compreensão detalhada de 42%
cada estágio de desenvolvimento
da cultura. Índia
14%
EUA
18%
China Rússia
21% 21%
Fonte: USDA. 11
Oferta | Panorama regional da produção
Região sul é historicamente a predominante na oferta do cereal, mas também a mais suscetível a geadas
Apesar da tendência natural de Evolução da produção por região do Brasil (em mil toneladas) Produtividade nos principais estados produtores (kg/hectare)
aumento da produtividade, a
produção de trigo no Brasil 7,000 3,500
apresenta grande volatilidade de 3,000
um ano ao outro.
2,500
Este fenômeno pode ser 6,000
verificado pelos gráfico de 2,000
evolução de produtividade, que é 1,500
sensível à variabilidade climática 5,000
1,000
observada durante a safra.
500
No sul brasileiro a ocorrência de
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
geadas durante o período de 4,000
desenvolvimento do cereal e PR RS
chuvas na janela de colheita são
os principais fatores que 3,000
preocupam os triticultores e que Distribuição da produção nacional em 2017
usualmente causam quebra na SC
produção. Outros
MG 3% 3%
2,000
5%
SP
5%
1,000
PR
47%
0
1977
1979
1981
1983
1985
1987
1989
1991
1993
1995
1997
1999
2001
2003
2005
2007
2009
2011
2013
2015
2017p
RS
37%
CENTRO-OESTE SUDESTE SUL
Fonte: CONAB. 12
Oferta | Sazonalidade da produção agrícola
Plantio concorre com o milho na safrinha
Fonte: CONAB. 13
Oferta | Moagem de trigo por produto
Produção de farelo como consequência da oferta de farinha
Nos últimos dez anos, a moagem Estimativa de moagem de trigo por produto (em mil toneladas)
brasileira de trigo apresentou
certa estabilidade, se mantendo Farelo de trigo Farinha total
entre 9 e 11 milhões de
8,165 8,457 8,396 8,285
toneladas. 7,958 7,819
7,382 7,607
7,125 7,087 6,777 7,013
Consequentemente, a oferta de
farinha e de farelo de trigo ao
mercado nacional se manteve
em patamares próximos a 8 e 2,7
milhões de toneladas,
respectivamente. 2,653 2,722 2,819 2,799 2,762
2,375 2,461 2,362 2,259 2,338 2,536 2,606
Além da grande variabilidade da
oferta nacional de trigo, devido a 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
problemas climáticos no sul do
país e entraves à importação de
fora do Mercosul, a moagem tem Estimativa de moagem de trigo e consumo de farinha (em mil toneladas)
apresentado pouca variação pela
tendência estável e até mesmo Produtos 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
de leve queda do consumo de
produtos derivados da farinha de Trigo em grão 9.500 9.842 9.449 9.036 9.351 10.143 10.610 10.887 11.276 11.194 10.425 11.047
trigo como pães, bolos e massas.
Farelo de trigo 2.375 2.461 2.362 2.259 2.338 2.536 2.653 2.722 2.819 2.799 2.606 2.762
Farinha total 7.125 7.382 7.087 6.777 7.013 7.607 7.958 8.165 8.457 8.396 7.819 8.285
Farinha/mistura - Importação 367 453 630 682 644 683 744 678 269 335 360 403
Total de farinhas para o mercado 7.492 7.835 7.717 7.459 7.657 8.290 8.701 8.843 8.726 8.731 8.179 8.688
Fonte: ABITRIGO. Considera a estimativa de 196 moinhos em atividade em 2016 e um índice de extração de 75%. 14
Oferta | Panorama regional da produção
Ao contrário da oferta de trigo, a disponibilidade de farinha e farelo é menos concentrada no país
Diferentemente da oferta de Evolução da moagem por região do Brasil (em mil toneladas) Principais estados moageiros (em mil toneladas)
trigo, a moagem do cereal não
está restrita à região sul do 12,000 12,000
Brasil.
10,000
Em 2016 a região Nordeste foi
8,000
responsável por 26% de toda a
10,000 6,000
moagem de trigo do ano, atrás
dos 42% de moagem no sul do
4,000
país e acima dos 25% de
participação dos estados do 2,000
8,000
sudeste brasileiro. 0
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
OUTROS SP PR RS
6,000
4,000 NORTE CO
4% 3%
SE
2,000 25% SUL
42%
0
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
NE
Sul Sudeste Nordeste Centro Oeste Norte 26%
Os moinhos de trigo estão Estimativa de moinhos em atividade no Brasil - 2016 Distribuição dos moinhos em atividade no Brasil - 2016
concentrados no Sul e no Sudeste
do Brasil. Região Estado Moinhos
Essas regiões processam um Rio Grande do Sul 55
grande volume do cereal, por Sul Paraná 67
estarem próximos das principais Santa Catarina 24
áreas consumidoras do país.
São Paulo 18
O Nordeste é a terceira região Minas Gerais 4
em número de moinhos no país, Sudeste
Rio de Janeiro 2
já que também concentra
grandes polos urbanos. Espírito Santo 1
Ceará 3
Bahia 3
Pernambuco 2
Rio Grande do Norte 1
Nordeste
Maranhão 1
Paraíba 1
Alagoas 1
Sergipe 1
<1
Goiás 5
Centro Oeste Distrito Federal 1 1-2
Mato Grosso do Sul 2
2 - 18
Amazonas 1
Norte Pará 2 18 - 25
Amapá 1
> 25
Brasil 196
Fonte: ABITRIGO. 16
Oferta | Moagem de trigo
Distribuição regional da moagem de trigo no Brasil
Se considerados os volumes Estimativa de moagem de trigo - 2016 (toneladas) Distribuição da moagem de trigo no Brasil - 2016
processados do grão, os estados
nordestinos concentraram no Região Estado Moinhos
ano passado o maior volume 1.650.000
Rio Grande do Sul
moído: 2,90 milhões de
Sul Paraná 2.570.000
toneladas.
Santa Catarina 445.000
O volume, no entanto, é
São Paulo 1.800.000
semelhante ao processado pelo
estado do Paraná, que moeu no Minas Gerais 389.200
Sudeste
mesmo período 2,57 milhões de Rio de Janeiro
toneladas. 520.000
Espírito Santo
Se comparados os volume e o Ceará
número de moinhos em Bahia
atividade, é possível inferir que o
Pernambuco
setor na região Nordeste, com
apenas 13 unidades em operação Rio Grande do Norte
Nordeste 2.900.000
em 2016, é composto em média Maranhão
por empresas de capacidade de Paraíba
produção mais alta. Alagoas
Sergipe
< 353
Goiás
Centro Oeste Distrito Federal 353.000 353 - 380
Mato Grosso do Sul
380 - 520
Amazonas
Norte Pará 420.000 520 - 2.560
Amapá
> 2.560
Brasil 11.047.200
Fonte: ABITRIGO. 17
1.2
DEMANDA
CONTEXTUALIZAÇÃO MUNDIAL E REGIONAL DO CONSUMO
18
Demanda | Panorama mundial de consumo
O trigo tem grande importância para a dieta global, sendo um dos cereais mais cultivados no mundo
O trigo (Triticum spp.) é uma Principais países consumidores (em milhões de toneladas) Principais países importadores (em milhões de toneladas)
planta de ciclo anual, cultivada
700 200
durante o inverno e a primavera
600
e usado como ração animal, 150
500
quando não atinge a qualidade
exigida para ser destinado à 400
100
indústria moageira. 300
200 50
O grão de trigo é um alimento 100
básico usado para fazer farinha 0 0
e, com esta, pães, massas e bolos.
1997/98
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2016/17
O cereal também pode ser
utilizado na alimentação de
animais e como ingrediente na
fabricação de cerveja. Outros China Índia Rússia Estados Unidos Outros Egito Indonésia Brasil Algeria Bangladesh
Outros
China 75%
19%
Fonte: USDA. 19
Demanda | Panorama brasileiro de consumo
Historicamente o Brasil apresenta grande dificuldade em atingir a autossuficiência em trigo
Produção, importação e consumo de trigo no Brasil Principais exportadores de trigo para o Brasil (milhões de
Em virtude de condições
climáticas e de solo sempre
(milhões de toneladas) toneladas)
houve dificuldade no plantio de 16 8
trigo no Brasil, até mesmo nos
estados do Sul do país. 6
14
Essa dificuldade natural somada
aos maiores custos de produção, 4
o país sempre foi propenso a 12
importar cereal argentino, que 2
em média apresenta melhor
qualidade e preços mais 10 0
reduzidos.
2011 2012 2013 2014 2015 2016
O país também importa de países Argentina Estados Unidos Paraguai Uruguai Outros
8
como o Canadá e os Estados
Unidos, especialmente por
moinhos do Norte e Nordeste Principais exportadores de trigo para o Brasil em 2016
6
que se beneficiam dos menores
fretes. Quando há problemas Uruguai Outros
8% 2%
com a safra do Mercosul, o trigo 4
norte-americano é utilizado para
mistura (blend) com o local na Paraguai
14%
tentativa de se atingir um nível 2
mínimo de qualidade para a
moagem.
0 Argentina
Após a moagem, a farinha é 58%
1990/91
1991/92
1992/93
1993/94
1994/95
1995/96
1996/97
1997/98
1998/99
1999/00
2000/01
2001/02
2002/03
2003/04
2004/05
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2014/15
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2017/18
destinada à indústria alimentícia EUA
interna e o farelo ao mercado de 18%
rações.
Produção Importação Consumo
Fonte: SECEX/MDIC. 20
Demanda | Composição da ração animal
O farelo de trigo pode ser componente alternativo à soja e ao milho, mas há limites na substituição
Em relação à matéria seca, isto é, a base que será digerida pelos animais e que será fonte de Dados nutricionais de cada componente (%MS)
nutrientes, não há grandes diferenças entre os subprodutos de soja, milho e trigo. Os principais
limites na substituição entre eles são os níveis de proteína e de nutrientes digestíveis totais Silagem Farelo Milho Farelo
Item
(NDT). de Capim de Soja Moído de Trigo
O farelo de soja apresenta bom nível de NDT e um patamar consideravelmente superior de
proteína, o que justifica o seu amplo uso no mercado de rações. O milho apresenta a maior
digestibilidade e oferta de amido, assim como um nível médio de proteína, o que também leva Matéria Seca (MS) 27% 94% 93% 94%
ao seu emprego em rações animais. O farelo de trigo, em contrapartida, apresenta maior
concentração proteica que o milho, mas menor digestibilidade (maior quantidade de
fibras/fibra em detergente neutro [FDN] e menor NDT), o que pode causar problemas em
animais monogástricos (aves/suínos). Proteína Seca (PB) 8% 48% 10% 18%
A maior parte dos rebanhos do país está localizada nos estados do Centro-Oeste, onde há Rebanho bovino por mesorregião (mil cabeças)
grande disponibilidade de terras para pastagem. Além disso, a grande produção de grãos da
região ajuda a viabilizar o confinamento de gado.
O segundo estado com maior rebanho, Minas Gerais, não está nesta região, mas a mesorregião
com o maior rebanho deste estado–o Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba–possui características
parecidas ao Centro-Oeste. O mesmo se dá no Pará, Tocantins, Bahia e Rondônia, que são
estados da região Norte e Nordeste do país, mas seus rebanhos estão concentrados em regiões
com perfil econômico semelhante ao do Centro-Oeste.
Fora destas regiões, as áreas com maior concentração de rebanhos estão no oeste de São
Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Estas áreas, mesmo que não possuam
disponibilidade de áreas tão grande como no Centro-Oeste, possuem pecuária muito
tradicional e, além disso, elevada produção de grãos, o que reduz o custo com a alimentação
dos rebanhos.
30
24 23 <300
22
20 20 300 - 500
14 14 500 - 700
11 10 9 9 700 - 1.000
8
4 1.000 - 2.000
2.000 - 5.000
MT MG GO MS PA RO RS SP BA PR TO MA SC Outros >5.000
Fonte: IBGE 25
Demanda | Distribuição do rebanho bovino confinado no Brasil
Rebanhos confinados são foco de demanda por ração
Quando se trata do regime de confinamento, que é mais intensivo em utilização de tecnologia Participação* do regime de confinamento sobre rebanho total (%)
e demanda de ração, observa-se que os estados do Centro-Oeste e do Sudeste concentram uma
maior proporção de população bovina confinada sobre o rebanho total. Mesmo com uma
grande área de pastagem disponível, o confinamento em estados como o Mato Grosso e o Mato
Grosso do Sul chegou a 5,5% e 3,1% do rebanho total em 2015, respectivamente. Nos estados do
Paraná e Rio Grande do Sul, por outro lado, tal participação atingiu apenas 1,6% e 1%,
respectivamente.
O fato de a pecuária intensiva se concentrar nos estados do Centro-Oeste e Sudeste deve estar
relacionado à característica da oferta dessas regiões estar mais voltada ao mercado global
enquanto que a produção de gado no Sul se volta à demanda interna e possui um caráter mais
tradicional. O estado de São Paulo, apesar de uma menor população de bovinos, dedica cerca
de 6,8% do rebanho para o regime de confino, o que garante um melhor aproveitamento da
logística e portos regionais no atendimento da demanda global por carne bovina.
0,5 - 0,9
862
716 1 - 1,9
672
2 - 2,9
278 215 3 - 4,9
150 134 201
124 56 22 19 5 - 5,9
MT GO SP MS MG BA PR RS TO SC RJ ES Outros >6
*Exclui semi-confinamento
9.6
8.9
8.3
7.6
7.0
6.5
6.0
5.5
5.1 5.0
4.7
4.4 4.3
3.9 4.1 3.9 4.1
3.6 3.5 3.4
2.9 3.1 3.1
2.4
2.1
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016E 2017E 2018P 2019P 2020P 2021P 2022P 2023P 2024P 2025P
As projeções indicam que a crescente demanda global e brasileira por carne bovina, juntamente com a pressão exercida pela expansão de áreas agrícolas, irá favorecer o movimento de
confinamento de gado no Brasil. A maior produtividade da pecuária intensiva também aparece como ponto importante para a tendência crescente de longo prazo do confinamento.
Contudo, como o consumo de carne é muito sensível à renda populacional e aos preços dos grãos, é de se esperar que em alguns anos sejam observadas quedas neste regime de atividade
pecuária, como observado nos anos de 2005, 2009 e 2016. Todavia, mesmo com estas quedas pontuais, nos últimos quinze anos o crescimento anual do confino no Brasil superou 6% e para os
próximos dez anos a expectativa é de que o crescimento anual se intensifique para 8,4%.
Total: 851
Fonte: Sparovek, Gerd, et al. "The revision of the Brazilian Forest Act: increased deforestation or a historic step towards balancing agricultural development and nature conservation?” Elaboração: INTL FCStone 28
Demanda | Custo da atividade pecuária no Brasil
Maior produtividade e menor custo da pecuária intensiva favorece aumento do regime de confinamento
A análise dos custos da pecuária no Brasil deixa claro o ganho de eficiência e o melhor resultado Custo de produção em fazendas de ciclo completo por nível de
obtido com o emprego de tecnologia. Entre todos os graus de tecnificação, a pecuária intensiva tecnologia (R$/hectare)
apresentou o nível mais elevado de produtividade e o menor patamar de custos de produção,
levando a considerável aumento do resultado financeiro para o pecuarista.
120
Em comparação, a pecuária extrativista apresentou os maiores custos totais e menor produtividade,
sendo que há grande impacto da depreciação da terra e do maquinário neste tipo de atividade
apesar da ausência de custos com fertilizantes e defensivos agrícolas e baixos dispêndios com 100
nutrição animal.
A pecuária intensiva apresenta a maior dependência de ração animal e por isso há uma grande
participação deste insumo no custo total de produção, contudo, a depreciação da atividade é 80
consideravelmente menor dado que há melhor emprego dos fatores de produção. Em conclusão, a
pecuária intensiva consegue obter resultados superiores com menos recursos
60
Produtividade em fazendas de ciclo completo por nível de tecnologia (@/hectare)
40
38
20
26
18 0
Extrativista Baixa Média Tecnologia Alta Intensivo
12 Tecnologia Tecnologia Adequada Tecnologia
6
Nutrição Programa Sanitário
3
Fertilizantes e Defensivos Agrícolas Combustíveis e Lubrificantes
Reprodução Mão de Obra
Extrativista Baixa Tecnologia Média Tecnologia Alta Tecnologia Intensivo
Tecnologia Adequada Energia Elétrica Depreciações
Principais exportadores de carne bovina em 2016 (mil TEC) Participação nas exportações de carne bovina em 2016 (TEC)
Paraguai
União Europeia
Índia
Brasil
Estados Unidos
Nova Zelândia
Canadá
Uruguai
México
Belarus
Nova
Zelândia
7%
Evolução do consumo mundial de carnes (mil TEC) Principais importadores de carne bovina em 2015 (mil TEC)
Canadá
Coreia do Sul
Hong Kong
Chile
Europeia
EUA
China
Rússia
Japão
Egito
União
22,1% em relação a 2015.
Todavia, não há evidências de
que este movimento será 200,000
diretamente favorável ao
consumo brasileiro de farelo de
trigo pelo setor de ração, uma Participação nas importações mundiais de carne bovina em
150,000
vez que o milho e o farelo de
soja ainda são preferidos na
2016
Hong Kong União
alimentação de ruminantes. 6% Europeia
Também nota-se que as 100,000 Coreia do Sul 5%
estimativas de crescimento no 7%
consumo de carne bovina não Outros
Rússia 38%
são tão intensas quanto as de 7%
outras carnes, como o frango, por 50,000
exemplo. Japão
9%
0
1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015 2020 2025
China EUA
Bovinos Suínos Aves 11% 18%
Fonte: USDA. 31
1.3
PREÇOS
CARACTERIZAÇÃO, COMPORTAMENTO E TENDÊNCIAS
32
Preços | Evolução recente e situação atual das cotações
Após pico em 2016 com quebra da safrinha de milho a cotação do farelo retornou aos patamares usuais
Como o farelo de trigo e o sorgo Indicativo de preços de farelo de trigo, milho e sorgo no Brasil (R$/tonelada)
podem substituir em parte o milho na
ração animal, a cotação destes 1,000
produtos em geral tendem a ficar
bastante próximas.
No início de 2016, quando já
começaram a aparecer indicativos de 800
quebra da safrinha de milho, o forte
impulso nos preços do grão foi
acompanhado de valorização nas
cotações dos substitutos de demanda. 600
Neste ano, entretanto, a boa safra
2016/17 conseguiu repor os estoques
de milho no mercado nacional, o que
trouxe os valores a patamares mais 400
reduzidos. Novamente, os preços do
farelo de trigo e do sorgo seguiram a
movimentação da tonelada de milho.
Logo, como o milho é mais 200
amplamente utilizado no setor de
rações, os preços deste conseguem
balizar as cotações dos produtos
alternativos à alimentação animal. 0
jan-15
mai-15
out-15
dez-15
jan-16
mai-16
out-16
dez-16
jan-17
mai-17
fev-15
mar-15
set-15
fev-16
mar-16
set-16
fev-17
mar-17
set-17
abr-15
jun-15
jul-15
ago-15
abr-16
jun-16
jul-16
ago-16
abr-17
jun-17
jul-17
ago-17
nov-15
nov-16
Nas semanas recentes houve um
movimento de leve recuperação nas
cotações, especialmente pelo nível
muito baixo do preço do milho e pelas
exportações aceleradas. Farelo de Trigo Milho Sorgo
Entre os estados da região Centro- Indicativo de preços de farelo de trigo, milho e sorgo no Brasil (R$/tonelada)
Sul do Brasil, a correlação entre os
preços médios mensais do farelo de
Centro-Sul Nordeste
trigo é alta, acima de 79% para todas
Estados
as combinações das principais
unidades federativas desse mercado.
PR RS SC SP RJ MG GO BA CE PE PB SE
Para a região Nordeste, a correlação PR 88,0% 90,6% 90,1% 87,8% 84,6% 85,6% 40,1% 39,3% 40,8% 45,5% 45,5%
interestadual é ainda mais
expressiva, acima de 92%, para todas RS 89,2% 84,9% 85,2% 79,1% 90,6% 53,9% 55,0% 55,2% 53,1% 49,7%
as combinações.
Todavia, o vínculo entre estados das Centro-Sul SC 88,7% 92,7% 84,8% 85,0% 49,5% 48,1% 49,5% 50,1% 50,1%
duas regiões é pequeno, com as
correlações variando de 40% a 65%.
SP 89,9% 90,7% 84,1% 41,7% 40,1% 39,9% 48,3% 48,5%
Portanto, pode-se concluir que o RJ 89,0% 85,0% 63,1% 61,3% 61,6% 65,7% 64,8%
mercado brasileiro de farelo de trigo
é regionalizado, apresentando duas MG 79,7% 41,0% 40,0% 40,8% 57,9% 60,1%
áreas com comportamento de
preços diferentes: Centro-Sul e GO 62,0% 60,2% 62,7% 60,2% 59,7%
Nordeste.
As duas principais justificativas para
BA 97,3% 96,8% 93,7% 92,9%
isso são: 1) o baixo valor agregado
do farelo, tornando relativamente CE 97,9% 95,1% 93,2%
Nordeste
Bens substitutos, em termos de Correlações entre os bens complementares e substitutos do farelo de trigo
demanda, são aqueles que
proporcionam usos semelhantes aos do Correlações no PR Complementares Substitutos
farelo de trigo. Como exemplo,
destacam-se o milho, o sorgo e o farelo Produtos Farelo Trigo Trigo Farinha Trigo Milho Sorgo Farelo Soja
de soja, outros macroingredientes
vegetais utilizados como ração animal Farelo Trigo 34,2% 35,1% 79,2% 71,6% 62,1%
no Brasil.
Trigo 85,9% 50,2% 42,7% 69,2%
O farelo de trigo também apresenta
Farinha Trigo 36,0% 25,9% 67,5%
bens complementares em termos de
oferta, a saber, a farinha de trigo, que é Milho 97,1% 61,0%
simultaneamente produzida pela Sorgo 45,8%
moagem do trigo; e o grão em si.
Farelo Soja
Preços de bens substitutos de demanda
e complementares de oferta costumam,
por sua natureza, apresentar Evolução dos preços do farelo de trigo e seus principais substitutos (R$/t)
correlações positivas.
1,000
No caso do farelo, esse vínculo é mais
forte com os bens substitutos, com 800
destaque ao milho, cujos preços médios
600
mensais no Paraná apresentaram uma
correlação de 79,2% com os do outro. 400
Já no caso dos bens complementares, a
200
correlação é fraca, o que sugere que
variações no preço do farelo de trigo 0
estão mais atreladas aos seus
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
fundamentos de demanda que de
oferta. Farelo de Trigo Milho Sorgo
Isso ocorre porque a farinha representa a maior parte (75%) do 2.0 0.6
produto da moagem do trigo, além de apresentar um preço 0.4
significativamente maior. Na média do estado do Paraná, o farelo 1.0
representa somente cerca de 9% do faturamento da moagem de 0.2
trigo. 0.0 0.0
Todos esses fatores são indícios da característica de subproduto 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
do farelo de trigo. Farinha/Trigo Farelo/Trigo
Fonte: J.Macêdo, CEPEA/ESALQ, DERAL/SEAB e INTL FCStone. ¹Ponderada pela proporção de cada derivado no produto processado, a saber, 75% farinha e 25% farelo. 36
Preços | Sazonalidade
Preços do farelo seguem o calendário de safra dos grãos, porém a sazonalidade é fraca
O preço do farelo de trigo aparenta ter algum Paraná (R$/tonelada) São Paulo (R$/tonelada)
comportamento sazonal.
550 600
Na região Centro-Sul, as maiores variações positivas de
preços tendem a ocorrer durante o segundo trimestre do ano, 500 550
com as cotações atingindo seus picos anuais no mês de 450 500
setembro.
400 450
As oscilações são diferentes na região Nordeste, onde as
maiores variações positivas são registradas no quarto 350 400
trimestre, e o pico dos preços, em dezembro. 300 350
Esse comportamento pode ser explicado pelo calendário de 250 300
safra dos grãos. Na região Centro-Sul, onde há plantio de trigo
200 250
no Brasil, a colheita se inicia em setembro, aumentando a
disponibilidade a partir desse mês e pressionando os preços. jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Já na região Nordeste, onde não há plantio de trigo, os preços
do farelo seguem mais de perto a sazonalidade do milho, cuja Ceará (R$/tonelada) Bahia (R$/tonelada)
colheita (da safra de verão) se inicia em fevereiro.
1,000 950
É importante destacar, entretanto, que o comportamento
900 850
sazonal dos preços do farelo de trigo é fraco, com as
flutuações médias registradas ficando dentro de um erro 800 750
padrão dos valores médios da amostra. 700 650
Testes de significância estatística rejeitam a hipótese de 600 550
sazonalidade dentro de um intervalo de confiança de 95%, 500 450
porém não a rejeitam em um intervalo menor, de 90%, nos
400 350
estados de São Paulo, Paraná e Bahia, por exemplo.
300 250
200 150
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Visto que as variáveis ligadas à Participação do consumo interno e exportações na produção frente ao cenário cambial
oferta de farelo de trigo
(moagem e consumo do bens 120% R$ 4.00
industrializados que utilizam
farinha de trigo) aparentam
tender à certa estabilidade, a R$ 3.50
demanda pela sua utilização é 100%
que será o principal driver.
R$ 3.00
Por sua vez, a demanda por
farelo de trigo irá depender da 80%
situação do mercado de milho, R$ 2.50
tanto em relação à oferta quanto
em relação aos preços do grão. 60% R$ 2.00
Com isso, a relação estoque/uso
do milho pode ser considerada o
principal driver do mercado de
R$ 1.50
40%
farelo de trigo.
Em última instância, o cenário R$ 1.00
cambial também pode atuar
como um driver, uma vez que
20%
R$ 0.50
pode tornar as exportações
brasileiras do grão muito
atrativas. Com maior intensidade 0% R$ 0.00
de exportações de milho, há
2000/01
2001/02
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2017/18
menor fornecimento ao mercado
interno, o que abre espaço para
aumento da demanda por farelo
de trigo.
Consumo/Produção Exportação/Produção Câmbio (eixo dir.)
Fonte: USDA, Reuters e INTL FCStone. Obs: Anos em que participação somada passa de 100% há uso de estoques anteriores 40
Drivers | Oferta e Demanda de Milho
Oferta e preço do milho é que abrem espaço para maior utilização do farelo de trigo na ração animal
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2017/18
A flutuação da produtividade,
que é diretamente afetada pelas
condições climáticas, pode
causar distúrbios neste processo,
exacerbando picos e vales da Variação absoluta da produtividade no Centro Oeste (tonelada/hectare)
relação estoque/uso do grão. 1.50
Nota-se que a variação da
produtividade entre um ano e 1.00
outro é ainda mais intensa para a
safrinha de milho, uma vez que o 0.50
período da segunda safra é mais
propenso a sofrer com 0.00
intempéries climáticas do que a
primeira safra. -0.50
-1.00
2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16 2016/17
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2008/09
Safra Verão Safrinha
Colheita Safrinha
25
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
A presença de algumas estruturas produtivas ou de armazenamento pode afetar diretamente a cotação dos grãos em uma região. Exemplo claro disso são as áreas com proximidade a
esmagadoras de soja, destilarias de etanol de milho e armazéns de grãos. O primeiro caso é evidenciado no diagrama abaixo, que mostra como a presença de esmagadoras de soja torna a
oleaginosa mais cara em uma praça mais distante do porto (Rio Verde – GO) do que em outra que não possui este tipo de instalação (Patos de Minas – MG), mesmo que a última esteja quase 200
km próxima do porto exportador. Apesar do custo logístico mais alto para a venda externa, a presença dessas estruturas aumenta o preço dos produtos agrícolas devido ao melhor acesso ao
mercado doméstico. Assim como em áreas com melhor infraestrutura logística, estas áreas podem se beneficiar mais facilmente do aumento da demanda global por grãos e seus subprodutos.
795 km 977 km
A baixa capacidade de
armazenagem de grãos no Brasil
leva à necessidade de se escoar
grande parte da produção em um
curto espaço de tempo após a
colheita, o que promove forte
elevação na demanda por
transporte durante os picos de
safra. A disparada resultante nos
custos com fretes tem grave
impacto no valor recebido pelo
produtor e nos resultados dentro
da porteira de uma maneira geral.
Atualmente, o Brasil conta com
cerca de 17.300 armazéns
cadastrados na Conab, que juntos
totalizam 160 milhões de
toneladas de capacidade estática.
No entanto, com uma produção
anual estimada em 180 milhões de
toneladas, apenas entre soja e
milho, a proporção entre volume
colhido e capacidade de
armazenagem é inferior a 90%;
bem abaixo dos 120% definidos [Cap. Armazenagem /
pela FAO como adequados para a Produção]
segurança alimentar de um país.
Unidades de armazenagem <0,2 >1,2
O custo logístico é um dos principais componentes do preço Distância ao porto e preço médio da soja
dos grãos nos portos do país, já que parte considerável da
produção nacional se direciona para a exportação. Quanto 1800
mais custoso for o transporte dos produtos de sua origem até Distância atual Distância em 2030*
o porto, mais barato será o grão nesta região. Sorriso
1600
Por essa razão, existe hoje um enorme diferencial de preços
Gurupi
dos grãos em áreas distantes dos portos, como o Mato
1400
Grosso, e em localidades mais próximas destes, como o
Paraná. A conclusão de projetos de infraestrutura já
planejados ou em andamento, entretanto, pode reduzir o 1200 Porto
custo de transporte dos grãos de algumas dessas regiões mais Nacion… Sorriso* Dourados
longínquas para os portos, contribuindo para apreciar o valor 1000 Rondonópolis
do produto nestas áreas, diminuindo o diferencial de preços
km
entre as várias regiões do país.
800 Barreiras Cascavel
Contudo, no momento, as dificuldades logísticas e o déficit de Gurupi* Porto
armazenamento contribuem para acentuar ainda mais a
600 Uruçuí Nacional*
sazonalidade da cotação do milho nas praças regionais.
400 Uruçuí*
200
Ponta Grossa
0
820 840 860 880 900 920 940 960 980 1000 1020
cents/bushel
*Sob os novos projetos logísticos. Fonte: Google Maps, INTL FCStone. Elaboração: INTL FCStone 46
Drivers | Trigo não é driver de farelo de trigo?
Produção de farelo não é o foco da moagem de trigo e não há pressões na oferta global do grão
As variáveis de oferta de trigo, como disponibilidade e preço, não Contexto da oferta de trigo (milhões de toneladas)
causam grandes variações no mercado de farelo. Isto porque a
demanda pelo subproduto é bastante limitada à oferta de milho e ao 35 20
uso restrito na ração de ruminantes.
Mesmo em um cenário hipotético de drástica redução da moagem 18
no Brasil, os preços do farelo não poderiam se descolar tanto dos do 30
milho, uma vez que os produtores de ração simplesmente focariam 16
sua demanda no grão e em farelo de soja.
No cenário real brasileiro, a moagem se encontrou bastante estável 25 14
nos últimos anos, sofrendo flutuações relacionadas ao consumo de
farinha de trigo e não ao do farelo. Como a moagem de trigo se foca 12
na oferta de farinha, isto limita em grande parte a possibilidade do 20
trigo agir como um driver do mercado de farelo de trigo.
10
Além deste fator estrutural, também existem limites conjunturais à
atuação do trigo como um driver. Nos últimos anos, houve uma 15
grande ampliação na disponibilidade do cereal em países que 8
exportam para o Brasil, como a Argentina e os Estados Unidos.
Com isso, a oferta de trigo não atua como limitante à moagem e, 10 6
consequentemente, não impacta em grande medida a oferta de
farelo. Apesar da instabilidade da produção no Brasil, o elevado nível 4
de importação do país garante o patamar usual de demanda dos
5
moinhos.
2
Para o ciclo 2017/18 é esperada uma queda nos estoques dos EUA e
na produção argentina, mas os patamares seguem acima de todos os 0 0
anos anteriores à 2014/15. 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16 2016/17 2017/18
Rebanho de galináceos por mesorregião (cabeças) Rebanho de suínos por mesorregião (cabeças)
Participação na produção total em 2016/17 (%) Participação no consumo total em 2016/17 (%)
Considerando o contexto de
oferta regional de milho,
observa-se que os estados do
Centro-Oeste, o Paraná e o Rio
Grande do Sul concentram a
maior participação na produção
total.
Enquanto isso, as principais
regiões consumidoras estão nos
estados do sudeste e do sul, onde
há uma grande produção de aves
e também de rebanho bovino
confinado.
Neste caso, os estados do sul
conseguem se beneficiar da
produção local de milho para a
alimentação animal, enquanto
São Paulo e Minas Gerais são
propensos à importar o grão de
outros estados.
Participação na produção total em 2016/17 (%) Participação no consumo total em 2016/17 (%)
Fonte: IBGE, CONAB, Sindirações, INTL FCStone. Estimativas elaboradas pela INTL FCStone com dados das fontes citadas. 51
Oferta e Demanda Regional | Sorgo
Goiás, Minas Gerais e Bahia lideram na produção do grão alternativo
Tanto o reduzido volume Evolução da produção por região (mil toneladas) Participação na produção total em 2016/17 (%)
produzido de sorgo como as
regiões onde o mesmo é 2,500
plantado indicam que os estados
que o produzem são os mesmos 2,250
que o utilizam.
Os estados de Minas Gerais e 2,000
Bahia se utilizam do sorgo para
complementar a ração animal 1,750
local e diminuir a necessidade de
importação do grão de outros 1,500
estados.
Já para o estado de Goiás a 1,250
necessidade de produção de
sorgo se dá pelo grande volume 1,000
de oferta de bovinos confinados,
suínos e também aves.
750
500
250
0
2001/02
2002/03
2003/04
2004/05
2005/06
2006/07
2007/08
2008/09
2009/10
2011/12
2012/13
2013/14
2014/15
2015/16
2016/17
2010/11
Fonte: IBGE, CONAB, Sindirações, INTL FCStone. Estimativas elaboradas pela INTL FCStone com dados das fontes citadas. 52
Oferta e Demanda Regional | Enquanto isso, para farelo de trigo...
Oferta do subproduto se encontra muito próxima do maior mercado potencial
Distribuição da moagem de trigo no Brasil - 2016 Participação do regime de confinamento sobre rebanho total (%)
125
100
75
50
25
0
1980
1981
1982
1983
1984
1985
1986
1987
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
2022
2023
2024
2025
CO N NE S SE
Todavia, é importante ressaltar Rebanho de bovinos, suínos e galináceos no Brasil (milhões de cabeças)
que as projeções apontam que o
crescimento do setor de proteína 1,800
animal será mais intenso no
mercado de aves.
1,600
As projeções apontam para um
crescimento anual de 0,21% no
rebanho bovino até 2025. Para os
1,400
galináceos a perspectiva é de um
crescimento anual de 0,72% no 1,200
número de cabeças. Para os
suínos a expectativa é de
estabilidade com leve queda. 1,000
Além disso, as expectativas de
tendência de crescimento da 800
produção nacional de milho
podem limitar o impacto 600
favorável da maior população
bovina sobre a demanda interna
por farelo de trigo. 400
200
0
2001
2002
2003
2004
2005
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2015
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2021
2022
2023
2024
2025
Bovinos Suínos Galináceos
2006/07
2007/08
2008/09
2009/10
2010/11
2011/12
2012/13
2013/14
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2016/17
2017/18
2018/19
2019/20
2020/21
2021/22
2022/23
2023/24
2024/25
criando espaço para o uso do
farelo de trigo.
Milho Soja
Desvio padrão da produtividade média (tonelada/hectare) Desvio médio por estado (tonelada/hectare)
Mesmo com as projeções
RR 0.22
favoráveis à oferta de milho e
soja, os problemas climáticos são MT 0.35
recorrentemente um problema
enfrentado pelos agricultores. RO 0.40
Em um mercado onde a oferta de TO 0.48
um insumo pode variar
drasticamente ano a ano, é PR 0.49
importante manter um amplo
leque de alternativas, o que já é DF 0.50
entendido pelo mercado de MG 0.52
ração animal.
GO 0.52
[ Desvio P. ] SP 0.54
MS 0.54
SC 0.56
PA 0.58
BA 0.61
RS 0.62
MA 0.63
PI 0.70
Fonte: Conab, IBGE e INTL FCStone. Elaboração: INTL FCStone. Desvio padrão do rendimento das lavouras de soja entre 1990 e 2016, em relação à tendência linear da produtividade regional projetada para o período. 58
Tendências | Antecedentes: o mercado do milho em 2015 e 2016
Contexto de preços elevados foi resultado de forte exportação seguida de quebra da safrinha
3,000 2.00
Produtividade média nacional (tonelada/hectare)
1.50
5.40 5.56
5.15 5.06 2,000
4.81
4.31 4.16 4.18 1.00
3.60
1,000
0.50
0 0.00
Mar-14
Jul-14
May-14
Mar-15
Jul-15
May-15
Mar-16
Jul-16
Mar-17
Jul-17
Jan-14
Sep-14
Nov-14
Jan-15
Sep-15
May-16
May-17
Nov-15
Jan-16
Sep-16
Nov-16
Jan-17
Sep-17
2008/09
2009/10
2010/11
2011/12
2012/13
2013/14
2014/15
2015/16
2016/17
Até este mês de novembro Área plantada de milho no Brasil – safra verão (milhões de hectares)
existem apenas bases para se
estimar a área plantada da safra
verão de milho, sendo que as
tendências para a safrinha de
milho somente começarão a ficar
mais claras a partir de dezembro. 9.64
9.27
No momento a INTL FCStone
estima uma queda de 10,96% na
superfície plantada com milho na 7.72 7.64 7.56
primeira safra, o que se
6.78 6.62
concretizado será a menor área
de primeira safra da história. 6.14
5.36 5.48
Contudo, o cenário para preços
em 2017/18 ainda se encontra
4.88
cercado de incertezas,,,
2007/08
2009/10
2010/11
2011/12
2012/13
2013/14
2014/15
2015/16
2016/17
2017/18p
2008/09
Volatilidade anualizada do câmbio BRL/USD (%) Projeção de temperatura da superfície do Pacífico (°C)
Desvio padrão da produtividade média de milho (t/ha) Projeção para o preço do farelo de trigo no cenário otimista
por região (R$/t)
O gráfico de desvio padrão da
produtividade média indica as 750
regiões onde há maior risco
climático para a safra de milho. 700
Nota-se que o moinho e o centro
de distribuição no Ceará estão 650
bastante próximos do MATOPIBA,
região onde a oferta de milho é
bastante instável. Contudo, as 600
oportunidades para negociação
de farelo de trigo são limitadas à 550
rebanho de suínos uma vez que
nesta região do país não há um
número grande de cabeças de 1,25 500
gado confinadas. [ Desvio P. ]
450
O moinho do Paraná, por outro
lado, pode se beneficiar da
instabilidade da oferta de milho 400
do sul do Mato Grosso do Sul,
estado que possui uma
350
quantidade relevante de gado
confinado. A proximidade com
São Paulo, o estado que 300
usualmente confina bovinos,
Aug-18
Nov-17
Dec-17
Mar-18
May-18
Nov-18
Dec-18
Sep-17
Oct-17
Jan-18
Feb-18
Apr-18
Jun-18
Jul-18
Sep-18
Oct-18
Jan-19
Moinho J.Macêdo
também é bastante vantajosa.
Centro de Distribuição
0,5 J.Macêdo SP CE BA PR (Oeste) PR (Norte) PR (Curitiba)
O farelo de trigo e o milho no Brasil são utilizados majoritariamente Relação entre o estoque de passagem do milho e o preço médio do farelo
para a mesma atividade, ração animal, e são, até certo ponto,
substitutos entre si. A produção e o consumo do milho, contudo, é
valores de jan/17
y = -88,327x + 1299,3
consumidores pelo cereal. Conforme evidenciado nas seções 600
anteriores, isso torna o milho o principal condutor da dinâmica de R² = 0,6104
preços do farelo de trigo. Em períodos de escassez de milho no
550
mercado doméstico, seus preços disparam, tornando o farelo um
substituto atrativo. A consequente alta na demanda do derivado do
500
trigo eleva seu preço.
Enquanto a oferta do farelo do trigo é relativamente estável e fixa, 450
dependendo da moagem do trigo para a fabricação de farinha, a do
milho pode variar significativamente, devido aos maiores 400
empecilhos para se importar a commodity em períodos de queda na 7.00 7.50 8.00 8.50 9.00 9.50 10.00
produção. Em 2016/17, por exemplo, a quebra da safra de grãos
Estoque de milho - mil t (log)
reduziu os estoques de passagem do milho para 6,95 milhões de
toneladas, segundo a Conab, as menores reservas desde 2012/13, e 14,000 1,200
impulsionou os seus preços.
jan/17
estoques de passagem do milho da Conab entre 2007 e 2016 600
comprovam a forte relação entre as duas variáveis, apresentando 6,000
um coeficiente de determinação de 61%. Em outras palavras, existe 400
4,000
uma clara relação negativa entre a disponibilidade de milho no
2,000 200
Brasil e os preços do farelo. Este, todavia, passa a ser menos sensível
à disponibilidade em períodos de estoques altos (logo o uso do 0 0
logaritmo natural dos estoques ao invés do número absoluto). 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Estoque Milho Preço Milho Preço Farelo
A menor colheita de milho esperada Preço do farelo de trigo ensacado (R$/tonelada) | Evolução e projeção para cenário neutro
para 2018 deve reduzir os estoques do
cereal, que se encontram nas máximas 800
históricas. Dessa maneira, há espaço
para uma recuperação nos preços do
750
farelo de trigo no mercado brasileiro,
como pode ser visto no gráfico ao lado. → Projeção
700
Destaca-se, contudo, que mesmo no
cenário otimista para 2018, não se
espera que os preços retomem os 650
mesmos patamares registrados em
meados de 2016 no Centro-Sul e início 600
de 2017 no Nordeste, uma vez que não
deve haver escassez de milho no 550
mercado doméstico como naquele
período.
500
A partir de janeiro, o início da colheita
de milho amplia a disponibilidade
450
interna do cereal e tende a pressionar
os preços do farelo de trigo. Depois de
maio, contudo, os valores deverão 400
retomar sua tendência altista,
dependendo das perspectivas para a 350
safrinha.
As praças no Nordeste devem 300
apresentar prêmios em relação às do Jan-15 Jul-15 Feb-16 Aug-16 Mar-17 Sep-17 Apr-18 Nov-18
Centro-Sul, além de uma maior
volatilidade, devido a menores SP CE BA PR (Oeste) PR (Norte) PR (Curitiba)
disponibilidade e capacidade de
armazenamento na região.
Cenário Pessimista Neutro Otimista Cenário Pessimista Neutro Otimista Cenário Pessimista Neutro Otimista
set-17 407,50 407,50 407,50 set-17 450,00 450,00 450,00 set-17 441,67 441,67 441,67
out-17 419,19 420,03 420,90 out-17 506,06 506,83 507,63 out-17 503,75 504,53 505,34
nov-17 431,47 433,15 434,90 nov-17 559,34 560,96 562,64 nov-17 567,03 568,72 570,49
dez-17 436,70 439,19 441,77 dez-17 594,11 596,56 599,10 dez-17 585,25 587,78 590,41
jan-18 440,28 443,53 446,91 jan-18 621,03 624,29 627,67 jan-18 583,79 587,04 590,42
fev-18 434,92 440,15 446,73 fev-18 563,10 567,90 573,95 fev-18 528,86 533,65 539,69
mar-18 415,63 422,54 431,94 mar-18 478,45 484,10 491,76 mar-18 453,32 459,01 466,74
abr-18 413,22 422,00 434,42 abr-18 460,53 467,48 477,29 abr-18 465,18 472,64 483,19
mai-18 425,98 437,00 452,96 mai-18 491,35 500,37 513,43 mai-18 501,00 510,78 524,95
jun-18 455,83 469,72 490,19 jun-18 505,29 516,22 532,32 jun-18 497,21 508,64 525,49
jul-18 475,22 491,89 516,75 jul-18 516,52 529,38 548,56 jul-18 501,12 514,38 534,18
ago-18 455,74 473,81 501,02 ago-18 521,18 535,85 557,95 ago-18 512,21 527,55 550,64
set-18 458,26 478,53 509,28 set-18 558,11 575,64 602,24 set-18 514,12 531,29 557,35
out-18 458,20 480,56 514,69 out-18 593,07 613,63 645,00 out-18 564,26 585,06 616,81
nov-18 458,79 483,28 520,83 nov-18 621,32 644,88 681,02 nov-18 612,07 636,75 674,60
dez-18 452,06 478,26 518,59 dez-18 627,27 653,09 692,86 dez-18 609,61 636,30 677,40
jan-19 444,03 471,79 514,67 jan-19 624,79 652,54 695,42 jan-19 587,54 615,30 658,18
Cenário Pessimista Neutro Otimista Cenário Pessimista Neutro Otimista Cenário Pessimista Neutro Otimista
set-17 413,75 413,75 413,75 set-17 416,88 416,88 416,88 set-17 425,63 425,63 425,63
out-17 431,71 432,55 433,41 out-17 425,12 425,96 426,83 out-17 439,93 440,77 441,64
nov-17 443,49 445,15 446,87 nov-17 435,98 437,66 439,41 nov-17 450,27 451,95 453,69
dez-17 466,21 468,75 471,38 dez-17 437,85 440,33 442,90 dez-17 461,98 464,50 467,13
jan-18 461,93 465,18 468,56 jan-18 440,96 444,21 447,59 jan-18 456,15 459,40 462,78
fev-18 423,74 428,59 434,71 fev-18 410,28 415,21 421,41 fev-18 412,31 417,10 423,12
mar-18 390,01 396,20 404,60 mar-18 394,38 400,93 409,83 mar-18 400,82 407,25 416,00
abr-18 396,91 404,95 416,32 abr-18 402,08 410,61 422,67 abr-18 400,15 408,36 419,96
mai-18 437,38 448,16 463,79 mai-18 414,93 425,64 441,17 mai-18 443,75 454,83 470,89
jun-18 450,02 463,09 482,36 jun-18 442,52 455,98 475,82 jun-18 462,27 475,86 495,90
jul-18 468,41 484,07 507,43 jul-18 451,02 466,81 490,37 jul-18 457,58 473,07 496,18
ago-18 474,01 491,92 518,91 ago-18 457,29 475,39 502,66 ago-18 462,51 480,21 506,87
set-18 470,25 490,08 520,17 set-18 459,51 479,81 510,60 set-18 468,57 488,58 518,94
out-18 475,50 497,62 531,39 out-18 457,93 480,25 514,31 out-18 473,41 495,72 529,77
nov-18 473,83 497,95 534,93 nov-18 459,19 483,66 521,20 nov-18 473,89 498,31 535,76
dez-18 483,64 510,36 551,50 dez-18 451,15 477,25 517,44 dez-18 475,77 502,38 543,37
jan-19 465,68 493,44 536,32 jan-19 444,71 472,47 515,35 jan-19 459,90 487,65 530,54
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