Neste capítulo serão analisados dois trabalhos onde suas técnicas serão descritas e
avaliadas para determinação das mais eficientes de extração do óleo e produção de
produção de biodiesel da amêndoa da Terminalia catappa Linn, de forma que sejam viáveis a serem realizadas no laboratório da Etec de Cubatão. Serão analisados os trabalhos: 1-EXTRAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO ÓLEO DA AMÊNDOA DO FRUTO DA AMENDOEIRA (Terminalia catappa linn) VISANDO SEU USO NA PRODUÇÃO DO BIODIESEL, Perreira, 2016. (denominado trabalho 1) 2-SELEÇÃO, EXTRAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO ÓLEO DA CASTANHOLA (Terminália catappa linn), Clericuzi et al, 2019. (denominado trabalho 2) Matérias e métodos utilizados no trabalho 1 As amêndoas foram retiradas de arvores diferentes no período de novembro a março. 10Kg de frutos foram colhidos e deixados para secar ao ar livre, para facilitar a extração da castanha no interior. A partir de uma fermenta de corte adaptada os frutos secos foram separados das sementes, e com isso foram obtidos 3Kg de castanha. Que ficaram por 24 horas secando em uma estufa a 60 graus célsius, em seguida foram refrigeradas a 10 graus célsius, e depois tornaram a serem aquecidas a 60 graus célsius por 12 horas para reduzir ao máximo o teor de umidade para a extração. A umidade foi medida pelo método direto, que mede a pera de água em função da evaporação por meio de uma balança de umidade. A massa especifica foi quantificada através das normas ASTM D4052 (2011). Para a análise de viscosidade foi utilizado um viscosímetro e foi medido na temperatura de 401 graus Celsius obedecendo às normas ASTM D445 (2015). Com o auxílio de um potenciômetro o índice de acides foi medido de acordo com ASTM D664 (2011). Seguindo a norma ASTM D5558-95 (2011) o índice de saponificação foi definido por meio de cálculos e experimentos laboratoriais. O pH foi obtido por meio de um pHmetro digital com controle de temperatura. O teor de lipídeos na amêndoa foi definido por extração por solvente, pelo método Soxhlet padrão. Os ácidos graxos foram identificados por cromatografia fase gasosa, operando a 250 graus célsius. A extração do óleo da amêndoa foi feita por prensagem e solvente, sendo que cada amostra passou 12 horas em contado com os solventes. Por meio de uma prensa hidráulica da marca tecnal, Onde aproximadamente 100 g de castanha foram pensadas durante 60 minutos nas pressões de165; 247,5; 330; 412,5 e 495kgf/cm², o óleo extraído foi recolhido por uma proveta e pesado. Para extração com solvente foram utilizados os resíduos sólidosresultante da prensagem onde foram expostos durante 6 horas aos solventes e também foram colocadas amêndoas innaturaque tiveram um tempo de exposição de 12 horas. O processo foi realizado em duplicata métodos Soxhlet padrão e comum. Os solventes utilizados foram o Hexano, etanol e metano o extrator utilizado foi um B- 811 programado com as necessidades de cada solvente que estava no próprio extrator. Cada amostra foi em vida em um papel filtro e colocada no extrator, o béquer do equipamento foi preenchido com 250 ml do solvente determinado. A mistura óleo- solventepassou por um processo de extração e o rendimento foi obtido por meio da diferença entre a massa inicial e final. Por fim com o auxílio de um engenheiro agrônomo foi feito um cálculo para determinar a viabilidade econômica da utilização do óleo da amêndoa, onde foi calculado o espaço de cultivo da planta e com base nos dados da extração do óleo podemos chegar a uma estimativa de produtividade óleo/planta/hectare. Resultados obtidos no trabalho 1 Os resultados experimentais da analise físico-química realizada na amêndoa foram os seguintes, percentual de umidade foi de 0,73 por cento, amassa específica foi de 0,916 quilogramas por mililitro a 20 graus Celsius, a viscosidade resultou em 42,00 milímetros quadrado por segundo a menos um a 40 graus Celsius, o percentual de lipídeos foi de 56 por cento, o pH resultou em 6, o resultado do índice de acidez foi de 0,26%AGL e o índice de saponificação foi de 285,0 miligramas (NaOH). Foram encontrados diversos ácidos graxos dentre eles mirístico, palmítico, palmitoléicoesteárico, oleico, linoleico, linolênico e araquidônico. Sendo que a maior concentração e de palmíticooleico e linoleico. Na extração mecânica na prensa hidráulicasforam utilizadas pressões que variaram de 165,0 a 412,5quilograma força por centímetro quadrado.O percentual de rendimento variou entre 44,61 e 64,55 por cento, sendo que quanto maior era a preção exercida maior era o rendimento e menores eram as perdas. Os resíduos da extração mecânica foram submetidos a extração por solvente onde o solvente hexano conseguindo vantagem sobre os outros em quase todos, apenas no resido da prensagem mais fraca (165 quilograma força por centímetro quadrado) que o etanol teve maior sucesso. No entanto o etanol mostrou ser um bom candidatopois, é mais barato além do hexano ser de origem fóssil o que faz o etanol ser uma boa opção. Na extração por solvente nas amostras in naturaforam semelhantes com um melhor desempenho de 60 por cento do hexano na extração, com tudo o etanol mostrou desempenho similar conseguindo 54,5 por cento de óleo extraído e por suas vantagem econômicas e ambientais torna-sum também um bom candidato. Com o rendimento demonstrado pela amêndoa de 60 por cento, que é superior muitas outras fonte de óleo , se igualando até mesmo ao coco. Foi estabelecido que em um hectare podem ser plantadas 204 árvores e que em media cada planta rende 5 quilogramas de sementes, com um rendimento de 60 por cento, isso gera 612 quilogramas de óleo por hectare por ano. Com o rendimento de óleo ao ano, o óleo da amêndoa da Terminalia catappa Linn possui um rendimento maior que a tradicional soja e muitas outras fontes de óleos vegetais, sendo semelhante ao rendimento do amendoim. Matérias e métodos utilizados no trabalho 2 Os frutos foram obtidos na cidade de João Pessoa, na Paraíba durante o primeiro semestre do ano. Foram coletados os frutos mais maduros em seu estado de máximo desenvolvimento para uma maior obtenção de ácidos graxos. Os frutos foram lavados e levados a uma estufa a 100 graus Celsius por um período de 24 horas, depois de secos os frutos foram quebrados com o auxílio de um martelo 22 milímetros e luvas de proteção, assim foram obtidas as amêndoas. As sementes foram submetidas a extração mecânica, onde foi extraído o óleo. O óleo por sua fez foi submetido a analise físico-química e a cromatografia gasosa. Resultados obtidos no trabalho 2 A extração por prensagem obteve um rendimento 21,92% de óleo extraído valor compatível com a comparação mecânica. Os resultados da analise físico-química foram: Densidade: 0,91267 gramas por mililitro. Viscosidade: 36,3 milímetros quadrados por segundo. Ponto de fluidez: 4 graus Celsius Ponto de névoa: 6 graus Celsius Foram encontrados ácidos graxos, sendo que o de maior concentração foi o palmítico a 36,63% sendo seguido pelos ácidos oléico com 31,6% e linoléico com 27,28%. A cromatografia gasosa mostrou a presença de Ácido hexadecanóico em concentração de 33,63% com um tempo de ração de aproximadamente 12 minutos seguido 9-Octadecenóico,com concentração de 31,6% em um tempo de aproximadamente 16 minutos e meio, e com concentração de 27,88% em um tempo aproximado de 18 minutos foi encontrado o 9,12- Octadecadienóico (Z, Z). A cromatografia também mostrou a presença de 9- hexadecenoico, éster metílico, ácido octadecanóico e ácido Octadecenóico (Z) em menores concentrações. Discussões Como a Etec de Cubatão se encontra na região metropolitana da Baixada Santista, onde a amendoeira e muito comum para a arborização urbana, os frutos seriam coletada cidade de Cubatão e arredores. Os frutos ficariam secando na estufa a 100 graus Celsius, por 24 horas depois seriam quebradas com um martelo para que fossem extraídas as sementes. Para a extração do óleo da semente na Etec de Cubatão a extração mecânica não pode ser realizada por falta de equipamento, devido à instituição não possuir uma prensa hidráulica em seu laboratório, sendo possível apenas com o convenio de outra instituição, que nos permita utilizar o equipamento necessário. Já no caso da extração por solvente e totalmente viável sendo para ela utilizado o solvente etanol. O etanol é um solvente mais barato e de fácil acesso, além de ser sustentável, pois não é de origem fóssil, sendo o processo de extração realizado em duplicata, com um tempo de exposição de 12 horas.Com o óleo extraído o biodiesel pode ser produzido utilizando o catalisador hexano,em um tempo de exposição de 2 horas a temperatura de 70 graus Celsius.