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1 INTRODUÇÃO
O girassol (Helianthus annuus) é uma das quatro maiores culturas oleaginosas
produtoras de óleo vegetal comestível em utilização no mundo. Sua origem traçada até a
América do Norte, onde era plantado e consumido por índios. Sua chegada na Europa é
marcada no século XVI, porém foi só no século XVIII que seu óleo começou a ser
comercializado.
O Brasil ainda é um produtor pouco expressivo do grão de girassol, apesar de a
produção nacional ter apresentado um crescimento de 317% nos últimos 5 anos, sua
participação na produção mundial foi de apenas cerca de 0,5% nos últimos dois anos, sendo
0,42% em 2000 e 0,45% em 2001. (CEAPAR, 2017). Mesmo que ainda seja pouco
expressivo internacionalmente, a crescente de produção brasileira vem acompanhando o
aumento da produtividade no campo e o aumento do consumo interno desse grão.
O óleo de girassol é obtido a partir das sementes de girassol, que logo ao chegar
na fábrica passam por processos de análise (para o melhor controle da qualidade), limpeza (a
fim de retirar matérias estranhas), secagem (uma vez que a diminuição da umidade ajuda a
prevenção de possíveis complicações) e por fim são estocadas. Na etapa de preparação ocorre
a redução do tamanho da semente, a descorticação, condicionamento e laminação, processos
para facilitar a extração do óleo. Com o fim desse processo de extração, o produto obtido
sofre será refinado, com diferentes etapas que incluem processos químicos e físicos de
tratamento.
A composição do óleo de girassol é principalmente constituída por triacilgliceróis
(98 a 99%). O óleo possui também um elevado teor em ácidos insaturados (cerca de 83%) e é
rico em ácido linoleico, mas tem um teor reduzido de ácido linolênico (≤ 0,2%) (Cienciaviva,
2017).
2 OBJETIVOS
O experimento teve como objetivo observar o processo de extração do óleo das
sementes de girassol e canola, através da extração em prensa contínua (pelo equipamento
Expeller), onde obteve-se a torta e o óleo bruto, e a extração por BUTT com solvente
orgânico (éter de petróleo). Foram realizadas algumas análises físico-químicas importantes
para determinar o teor de umidade na semente de girassol, teor de ácidos graxos livres e teor
de lipídios no óleo e na torta obtida.
3 MATERIAIS
● Cartucho de celulose
● Condensador
● Almofariz
● Tubo de ensaio
● Erlenmeyer de 250 mL
● Bureta de 50 mL
● Pérolas de vidro
● Placas de petri
● Balança analítica
● Balança semi-analítica
● Centrífuga
● Espátula
● Liquidificador
● Expeller
● Extrator BUTT
● Chapa de aquecimento
● Capela com circulação de ar
● Balão volumétrico de 250 mL
3.2 Matéria-prima, reagentes e solventes
4 MÉTODOS
𝐴𝐴−𝐴𝐴
EQ. 2: %𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 = 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 𝐴100
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Fonte: Autores
𝐴𝐴 𝐴 𝐴 28,2
EQ.1: % 𝐴𝐴𝐴 (𝐴𝐴 á𝐴𝐴𝐴𝐴 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴) = 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 𝐴𝐴 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 (𝐴)
Fonte: Autores
EQ 4: 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 𝐴𝐴 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 (%) = 100 − [(%𝐴𝐴 ó𝐴𝐴𝐴 𝐴𝐴 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 ÷
%𝐴𝐴ó𝐴𝐴𝐴𝐴 𝐴𝐴 ó𝐴𝐴𝐴 𝐴𝐴 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴)𝐴100]
𝐴𝐴−𝐴𝐴
EQ. 2: %𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 (𝐴𝐴𝐴𝐴 𝐴𝐴𝐴𝐴) = 𝐴 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 𝐴100
𝐴𝐴−𝐴𝐴
EQ. 3: %𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 (ú𝐴𝐴𝐴𝐴) = 𝐴100
𝐴 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴
O primeiro cálculo é usado em cálculos específicos, enquanto que o segundo é
mais usado para a comercialização. No experimento utilizaremos a porcentagem de umidade
em base seca. A tabela 3 abaixo mostra as massas de cada amostra e seus respectivos teores
de umidade, calculados através da fórmula do cálculo da umidade exposta acima.
Média 5.774 %
Desvio 0,05
Padrão
Fonte: Autores
O teor de umidade é um dos fatores mais importantes para prevenir a
deterioração dos grãos, especialmente os oleaginosos, por isso é necessário conhecer esse teor
desde a colheita até a comercialização. Dependendo das condições de temperatura e umidade
em que os grãos são armazenados, pode haver um maior desenvolvimento de microrganismos,
como fungos, responsáveis muitas vezes pela produção de micotoxinas prejudiciais à saùde
(D’MELLO & MACDONALD, 1997; ATALLA et al., 2003; MILLER, 2005). Além disso, se
o teor de umidade do grão for muito alto, o consumidor poderá prejudicado pela compra do
produto, por estar pagando pelo excesso de água, visto que os grãos são comercializados
geralmente por peso, o que faz com que o teor de água interfira diretamente no seu valor
econômico (RAY et al., 1992).
Logo, a secagem das sementes mostra-se essencial para a produção de um
produto de alta qualidade, pois busca manter níveis adequados para operações de
beneficiamento, transporte e armazenamento, tentando reduzir o maior número de impactos
que a qualidade das sementes possa sofrer durante esses processos (AVELAR,2012).
Para a placa 1, o teor de umidade em base seca calculado foi de 5,813 %,
enquanto que, para a placa 2, esse teor foi de 5,736 %, resultando numa porcentagem média
de 5,774 %. De acordo com Júnior et al (2010), a umidade de armazenamento esperada de
uma semente é de 10%, entretanto se o tempo de armazenamento for maior, serão aceitos
níveis de umidade em torno de 8%, o que nos mostra que ambas as amostras estão dentro do
valor de ideal para o teor de umidade.
Fonte: Autores
(103,1904 − 102,7704)
% ó𝐴𝐴𝐴 = × 100
1,9967
% ó𝐴𝐴𝐴 = 21,03%
O teor lipídico da torta ainda úmida obtido pelo extrator BUTT foi de 21,03%, um
valor muito abaixo do esperado para uma semente de girassol (35-47%).
A tabela 5 mostra o teor lipídico obtido pela extração em base seca, através das
equações 6, 7 e 8.
Tabela 5 - Teor lipídico obtido pela extração BUTT em base seca
Fonte: autores
EQ.6: % 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 𝐴𝐴 𝐴𝐴𝐴𝐴 𝐴𝐴𝐴𝐴 = 100% − % 𝐴𝐴𝐴𝐴 𝐴𝐴 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴
EQ.7: 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 𝐴𝐴𝐴𝐴 (𝐴) = (𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 ú𝐴𝐴𝐴𝐴 (𝐴) ×
% 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 𝐴𝐴 𝐴𝐴𝐴𝐴 𝐴𝐴𝐴𝐴) ÷ 100
EQ.8: % 𝐴𝐴𝐴𝐴 𝐴𝐴 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 𝐴𝐴 𝐴𝐴𝐴𝐴 𝐴𝐴𝐴𝐴 = (𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 (𝐴) ÷
𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 𝐴𝐴𝐴𝐴 (𝐴)) × 100
6 CONCLUSÃO
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANTONIASSI, ROSEMAR. Extração de óleos. Disponível
em:<http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/tecnologia_de_alimentos/arvore/CONT000
gc8yujq302wx5ok01dx9lczjlf98w.html> Acesso em 19/11/2017
GREGGIO, E.A.; BONINI, E.A. Qualidade do grão de soja relacionada com o teor de
acidez do óleo. Disponível em: <file:///C:/Users/camil/Downloads/3195-14595-1-PB.pdf>
Acesso em: 19/11/2017.