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Prazer, Luciana

Arq. Dra. Luciana Marson Fonseca

Fundadora e Sócia Diretora da Escola Livre de


Arquitetura: ELA.
Sócia Fundadora e Diretora do Responsive Cities
Institute.
Arquiteta Urbanista, Doutora e Mestre em
Planejamento Urbano e Regional pelo
PROPUR/UFRGS. Pesquisadora no Laboratório
Cidade-em-projeto - CPLab / UFRGS.
Coordenadora do MBA Cidades Responsivas.
D D
I I
Contexto e Metodologia Prático Instrumental
A A
1 2

Opening
talk O NOVO CONTEXTO INSTRUMENTALIZAÇÃO

PROJETO E EMPRESA MENTORIA COLETIVA

PROCESSO DE Closing
NOVOS PARADIGMAS
PROJETO AUTORAL speech
O NOVO CONTEXTO
O NOVO CONTEXTO

1. A tecnologia e a revolução da informação


+ 2. O novo contexto
3. Os novos comportamentos
4. As organizações
Índice
5. Arquitetura transformada
1
A tecnologia e a revolução
dos dados
1
Tecnologia

Tudo aquilo
que
transforma
vida do ser
humano
do grego, Techné
arte I ofício I ação
relaciona-se ao uso de ferramentas
emerge da experiência
requer empiria
Técnica
Sabe-se como fazer, mas nem sempre
exatamente porque estamos fazendo.
Techné + logos = tecnologia
pensamento; conhecimento;
habilidade; razão

Sistema; processo; modo de proceder,


mentalidade
tecno_logia
envolve matéria I materiais

mas tb integra elementos não materiais

criatividade I capacidade de
organização I comunicação
A tecnologia
é inseparável dos fatores que
determinam a sociedade.
É indissociável das nossas vidas.
2
Revolução

Uma transformação radical de


determinada estrutura
política, social, econômica,
cultural ou tecnológica, isto é,
tudo o que diz respeito à vida
humana.
2
Revolução contexto macro

Tempos Modernos, Charlie Chaplin, 1936 Bether Than Us, Andrey Junkovsky I Netflix, 2019

revolução industrial x revolução digital


2 Revolução contexto da arquitetura

A escola de Atenas (1509-1511), de Rafael Sanzio By OSPA

Invenção da Perspectiva X BIM [Building Information Modeling]


Revolução tecnológica exponencial
“Para se manter à frente, você precisa se
concentrar em sua capacidade de se adaptar
continuamente, envolver-se com outras pessoas
nesse processo e, o mais importante, manter seu
senso de identidade e valores essenciais. Para os
alunos, não se trata apenas de adquirir
conhecimento, mas de como aprender. Para o
resto de nós, devemos lembrar que complacência
intelectual não é nossa amiga e que aprender -
não apenas coisas novas, mas novas maneiras
de pensar - é um esforço para toda a vida. ”

Blair Sheppard Global Leader, Strategy and Leadership Development, PwC


2
O novo contexto
1 “O futuro não é mais o que era”
Aldo Rossi

É importante desconstruir
imagens dominantes do
futuro, construídas em
estruturas desatualizadas
herdadas do passado, para
que novas narrativas possam
ser criadas.
Copenhagen Institute for Futures Studies
2
Uma Civilização Algorítmica

Em Big Data e a próxima


revolução científica, Pierre Lévy
apresenta a ideia da Civilização
Algorítmica, caracterizada por uma
economia baseada na
informação e no conhecimento e
destaca que a próxima revolução
científica será nas ciências
humanas, por meio da imensa
quantidade de dados.

https://youtu.be/W5hIcxKPVRw
3
Os novos
comportamentos
1 Gap
Geracional:

Classificação brasileira das gerações

Baby Boomers – 1945 – 1964


Reprogramação de estrutura
Geração X – 1965 – 1984 comportamental

revolução paradigmática
Geração Y – 1985 – 1999

Geração Z – 2000 – Atual

https://www.consumidormoderno.com.br/2017/02/20/geracao-baby-boomer-x-y-z-entenda/
Y ou Millennials, Z =
Nativos Digitais
Para a geração Y, o trabalho em
equipe é mais importante do que a

geração tutorial hierarquia. Além disso, eles estão em


uma busca constante por inovação.
empreendedores
métrica de tempo = clic A geração Y prefere receber
instruções bem específicas sobre o
impacientes trabalho a ser realizado. Em relação à
emigrantes livres gestão de metas, o gestor precisa

valorizam a experiência saber que esta geração gosta de


receber feedback, mas prefere tomar
desapegados suas próprias decisões.
O mood

referência imagética 1950’s referência imagética 2000’s

www.pexels.com
Reprogramação de valores e
comportamentos

1950’s 2000’s

www.pexels.com
x pós
pandêmicos

Dados recentes do Índice de

Rotina de trabalho
Confiança do Trabalhador do
LinkedIn mostram que 46% das
pequenas empresas no Brasil

remota e flexível têm chance de adotar um


modelo híbrido de trabalho no
futuro pós-pandemia. Entre
negócios de maior porte, com
mais de 10 mil funcionários, a
taxa é de 29%.

BIG IDEIAS: como funcionará o mundo em 2021 - Relatório desenvolvido pelo Linkedin aponta 10 transformações
https://www.consumidormoderno.com.br/2021/01/14/mundo-em-2021-funcionamento-previsoes-apostas/
4
As organizações
When you think about the future world
of work as it is likely to affect you, how
do you fell?

OTIMISMO

PWC
O “futuro” do trabalho

Estamos passando por uma transformação fundamental


na forma como trabalhamos. Automação e "máquinas
pensantes" estão substituindo tarefas e empregos humanos,
e mudando as habilidades que as organizações procuram
em seus funcionários. Essas mudanças importantes
levantam enormes desafios organizacionais, de talentos e de
RH - em um momento em que os líderes de negócios já
estão lutando com riscos sem precedentes, interrupções e
convulsões políticas e sociais.

PWC
1
Pessoas, não empregos

As organizações não podem proteger empregos que se


tornam redundantes pela tecnologia.
Proteja as pessoas, não os empregos.
Cultive agilidade, adaptabilidade e requalificação.
2
Aja agora

Não se trata de um "futuro distante" de trabalho


- a mudança já está acontecendo e se acelerando.
3 Sem arrependimentos,
mas com apostas.

O futuro não é um destino fixo.


Planeje um futuro dinâmico em vez de estático. Você
precisará reconhecer cenários múltiplos e em evolução.
Faça movimentos "sem arrependimento" que funcionem com
a maioria dos cenários - mas você também precisará fazer
algumas "apostas".
4
Dê um salto maior

Não se limite ao seu ponto de partida.


Você pode precisar de uma mudança mais radical para longe
de onde você está hoje.
5 Domine o debate sobre
automação

Automação e Inteligência Artificial (IA) afetarão todos os


níveis do negócio e seu pessoal. É uma questão muito
importante para deixar para o TI (ou RH) sozinho. É
imprescindível uma compreensão profunda e uma visão
perspicaz do panorama da tecnologia em constante
mudança.
6 Construa uma narrativa
clara

Um terço dos trabalhadores está ansioso com o futuro e


seu trabalho devido à automação - uma ansiedade que mata
a confiança e a vontade de inovar. A forma como seus
colaboradores se sentem afeta os negócios hoje - portanto,
mantenha conversas sobre o futuro, possibilidades e
oportunidades.
7
Previsão Estratégica

Quando o pensamento futuro é aplicado em um


contexto organizacional, muitas vezes é uma forma
de gestão, trabalhando em colaboração com
futuristas profissionais, para melhorar a estratégia
organizacional. O termo para isso é "previsão
estratégica"
1
Reinvenção

Cultura do feedback
Riscos
Autonomia
Confiança
Liberdade de ação
Retenção de talentos
5
Arquitetura transformada
1 Um século de
Transformação

Viaduto Otávio Centro Rossi Fiateci


Rocha Administrativo do anos 2000
década de 1920 Estado
década de 1970
Foto: Ricardo Giusti

Centro Administrativo do Estado, anos 2000


séc XX séc XXI
séc XX séc XXI

https://entrenostodos.files.wordpress.com/2016/09/1-azrxufbynbdadzp7whpesg.png
desenhar um
2
plano para o
futuro

projetar atirar(-se) à distância; arremessar(-se), lançar(-se)


Do ponto de vista do Movimento
Moderno do século XX, por exemplo,
o desenho-projeto como
conhecimento organizado seria a

1920’s chave para o arquiteto cumprir seu


papel no processo de projetação.

sistemática
Nos anos 1920, Theo van Doesburg e
Le Corbusier afirmaram que, para
construir um novo objeto, era
necessário um método, ou uma
sistematização objetiva, resumida
por Le Corbusier na descrição da
casa como uma "máquina para
viver."
A vontade de tornar o desenho-
projeto uma ciência emergiu com
força na Conference on Design
Methods (Londres, 1962), evento
que marcou o aparecimento da
metodologia projetual como tema

1960’2 ou campo de pesquisa. Em 1965 foi


lançado, e amplamente divulgado

manual
entre os arquitetos, um "manual de
administração e prática
arquitetônica” desenvolvido pelo
RIBA, o Royal Institute of Britsh
Architects. O handbook indicava que
o processo de projeto deveria
obedecer a quatros fases distintas:
assimilação, estudo geral,
desenvolvimento e comunicação.
Em 1977, Christofer Alexander,
publicou A Pattern Language:
Towns, Buildings, Construction,
uma compilação de parâmetros
projetuais estabelecidos por ele e
sua equipe decorrente de
experiências concretas, envolvendo

1970’s a participação de usuários, com o


intuito principal de auxiliar a

padrões
interlocução entre profissionais e
usuários. Tais parâmetros tem uma
leitura abrangente e flexível de
escala e lugar, o que explica, em
parte, o fato do livro ter sido
traduzido em quase todo o mundo ‒
e de Alexander ter aplicado seus
padrões em países tão diferentes
como Estados Unidos, Japão, Peru,
México e Venezuela.
Em 1980 ao publicar How designers
think, Bryan Lawson refere-se à
existência de muitos métodos.
Todos seriam calcados na premissa
de que projetar vincula-se a
desenhar ‒ e que, por isso, podem
ser aplicados no fazer projetual de

1980’s
qualquer artefato, seja uma roda ou
uma parcela de cidade. Entre as
tentativas de mapeamento do

método processo de projeto de qualquer


artefato, o mais comum é imaginar
que existe uma sequência de
atividades distintas e identificáveis
– e que podem ter uma ordem
previsível. O modelo de Lawson
supõe a existência de um ciclo
iterativo entre análise, avaliação e
síntese; e permite considerar que
problema e solução emergem
juntos e permanecem em
negociação continua.
1960’2
manual
1970’s
padrões

https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/18.212/6866
1980’s
método
“Technology and the ability
Anos to save so much time. I think
2000’s that a lot of jobs that were
needed in the past will no
longer be needed. Different
jobs will be created that
demand different skill sets”
Unemployed skilled manual worker (46), USA - PWC
quem faz a
arquitetura
acontecer no
século XXI?
BIBLIOGRAFIA
ALEXANDER, Christopher; ISHIKAWA, Sara; MURRAY, Silverstein et.al. A pattern language: towns, buildings, construction.
Nova Iorque: Oxford University Press, 1977.

CIFS Copenhagen Institute for Futures Studies. Relatório, 2021.

CROSS, Nigel; ROY, Robin. Design Methods Manual: Man-made Futures. Open University Press, 1975.

CROSS, Nigel. Desenhante, pensador do desenho. Santa Maria: SCHIDS, 2004.

LAWSON, Bryan. Como arquitetos e designers pensam. São Paulo: Oficina de textos, 2011. Tradução Maria Beatriz Medina.

LÉVY, Pierre. Big Data e a próxima revolução científica.

Linkedin. BIG IDEIAS: como funcionará o mundo em 2021. Relatório, 2021.

MAYER-SCHONBERGER, Cukier. Big Data. Como extrair volume, variedade, velocidade e valor da avalanche de informação
cotidiana. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. Tradução Paulo Polzonoff Junior. [1.ed]

FONSECA, Luciana Marson. Projeto Urbano: Ação e conhecimento situados. Porto Alegre, século XXI. Tese Doutorado. UFRGS.
Porto Alegre, 2017.

PWC PricewaterhouseCoopers. Relatório, 2021.

SENNETT, Richard. O Artífice. 2 ed. Rio de Janeiro: Record, 2009. Tradução de Clóvis Marques.

ROSSI, Aldo. A Arquitetura da Cidade. Editora: Martins Fontes, 2001. [2.ed]


WE STAND FOR
RESPONSIVE
CITIES

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