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Universidade Federal Rural de Pernambuco

Departamento de Educação
Metodologia do Ensino da Arte I

Docente: Prof Bruno Alves


DIscente: Marta Oliveira
II Avaliação - 18 de Abril de 2023

Plano de aula - Arte Visual


Imagens, linhas e sons

Proposta para o 3º ano Anos Iniciais do Ensino Fundamental

1. Introdução ( Objetivos, justificativa, temáticas a serem desenvolvidas)


2. Orientações curriculares
3. Sequência didática
4. Avaliação
5. Referências bibliográficas

Que essas crianças se sintam livres para criar e que não


se sintam constrangidos em analisar a produção artística do outro,
sendo esse o colega do lado ou um desconhecido;tampouco em
desenvolver criticidade, traçar perfis e recriar.

Orientações curriculares - Base Nacional Comum Curricular

Artes visual, objetos e habilidades que podem ser desenvolvidas com essa proposta:

Objetos de ensino: Contextos e práticas,elementos da linguagem e processos de


criação.

Habilidades: (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes


visuais (ponto, linha,forma, cor, espaço, movimento etc.).

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(EF15AR06) Dialogar sobre a sua criação e as dos colegas, para alcançar sentidos
plurais.

Música, objetos e habilidade que podem ser desenvolvidas com essa proposta:

Objetos de ensino: Elementos da linguagem e processos de criação.

Habilidades: (EF15AR13) Identificar e apreciar criticamente diversas formas e gêneros


de expressão musical, reconhecendo e analisando os usos e as funções da música em
diversos contextos de circulação, em especial, aqueles da vida cotidiana.

(EF15AR15) Explorar fontes sonoras diversas, como as existentes no próprio corpo


(palmas,voz, percussão corporal), na natureza e em objetos cotidianos, reconhecendo
os elementos constitutivos da música e as características de instrumentos musicais
variados.

Objetivos

Analisar imagens, identificando o perfil a que imagem se enquadra, seus


elementos de composição, textura, forma; a capacidade de criar e recriar uma imagem
com auxílio do som.

Para isso, serão organizados momentos de aulas na perspectiva de uma


sequência didática, considerando as ideias e conceitos prévios das crianças, e,
partindo desse, construindo os conceitos ( capacidade de análise) de imagens, a
constituição dessas ( formas, cores, linhas) de modo a explorar a capacidade de
perceber a relação entre imagem e som.

Serão duas aulas. Cada aula com quantidade de momentos diferentes. Na


primeira, serão analisados os conhecimentos prévios dos alunos, com proposta de
prática de recriação, após apresentação de conceitos.Na segunda aula, a turma retoma
os conceitos trabalhados, provocando a relação das linhas, sua continuidade e o som.

Sequência Didática

Primeira aula. Nesta são propostos três momentos.

Primeiro momento: Análise de imagens e os conhecimentos prévios: Nesse


primeiro momento mostrar aos alunos a imagem de uma onda.

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Imagem 1

A partir da observação dessa imagem, perguntar a turma que tipo de imagem está
sendo projetada na sala.

A imagem trata-se de uma fotografia de uma onda.

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Segundo momento: Questionar o que está sendo projetado nessa imagem.

A fotografia está projetando uma onda.

Introduzir um problema: Caso a pessoa queira registrar a imagem de uma onda


mas não tenha ( o recurso de ) uma máquina/câmera fotográfica, como poderia
representar a onda?

As respostas devem ser registradas num quadro, a fim de


que seja visível para todos as possibilidades representativas de
algo, neste caso, da onda.

Ou seja, as representações visuais podem ser reais ou irreais e podem ser


representadas através de pinturas com lápis de cor, giz de cera, diferentes tipos de
tinta, com ou sem texturas.

Após o registro no quadro, apresentar as possíveis formas de representar uma mesma


imagem.

Observe essas imagens. Todas representam uma


onda Mas que elementos foram utilizados para representar a onda?

Neste momento, registrar no quadro, próximo as informações dadas


anteriormente.

Terceiro momento: A partir desse momento, introduzir os conceitos de pontos,


linhas e curvas.

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Solicitar que a turma, após a introdução de conceitos, façam uma releitura da
onda considerando pontos, linhas, curvas. Utilizar papel tipo ofício, barbantes,cola,
canetas coloridas, tintas e pincéis.

Após essas produções, numa segunda aula, apresentar diferentes imagens para
que possam analisá-las e recriá-las com a referência do som.

Segunda aula. identificar com a turma hipóteses de criação de imagens que remetem
a criação de uma imagem, partindo da representação da onda.

Primeiro momento: Provocar a turma: Observando a imagem da Onda, que som


podemos identificar com essa imagem? Se fossemos colocar uma música para somar
a representação da obra, que música seria essa? Como seria o ritmo? Como
poderíamos representar o som utilizando linhas,curvas, pontos?

Possibilitar nesse momento que a turma possa comparar as


recriações dessa aula e da aula anterior.

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Observe as imagens:

No segundo momento, a turma é orientada a recriar outra imagem a partir do


som. Para isso, será preciso colocar um trecho da 5ª Sinfonia de Beethoven. A partir do
ritmo da música a turma conduzirá a produção de uma obra.

Que sons podem estar associados a essas obras? Que ritmos?

Após essa reflexão, ouvir um trecho da 5ª Sinfonia de Beethoven.

Que ritmos podem ser percebidos nessa música? Quais das imagens
observadas podem ser relacionadas a essa música? Se fossemos criar uma obra,
como seria retratada, utilizando linhas, curvas, pontos, formas , a partir da 5ª Sinfonia
de Beethoven?

Orientar a turma para que possam produzir suas imagens, e para isso, identificar
os recursos que serão utilizados nas produções.

Após as produções, analisar coletivamente obras e processo de elaboração de


conceitos.

Materiais e recursos

Serão necessários imagens, impressas ou com apoio de um projetor, organizadas em


slides;

Lápis de cor, tintas, pincéis, canetas coloridas ( hidrográficas)

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Cola ;

Barbante;

Folhas tipo ofício

Avaliação

A avaliação tem a potencialidade de identificar o nível de conhecimento dos


alunos, podendo ser feita considerando as informações dados pela turma ainda no
levantamento dos conhecimentos prévios. A abordagem triangular, Ana Mae, nos
proporciona a essa reflexão, de partir de uma leitura conextalizada da realidade. Por
isso foi importante incentivar a fala dos conhecimentos prévios dos alunos, mas
também, como cita o Parâmetros Curriculares, quantos aos critérios de avaliação, que
pode ser realizada ao término de uma proposta de ensino.

A avaliação presume planejamento e esse tem que ser sabido por todos os
envolvidos no processo de ensino e aprendizagem, para que ao avaliar o outro, o
aluno, possamos nos avaliar também. Estaremos possibilitando a expressão artística
da fase pré escolar, na educação infantil, até os anos iniciais do ensino fundamental e
na educação de jovens e adultos. Pensar em processos avaliativos que contemplem a
demanda específica de cada grupo, e suas variáveis sociais, é desafiadora.No
entanto, se sabe o que ela não pode ser. A avaliação, onde quer que venha a
acontecer, não pode ser um instrumento de controle ou simples instrumento de
constatação do que foi pedido e realizado. A avaliação deve estar a serviço da
aprendizagem, onde se considera a diversidade cultural e histórica de cada aluno; onde
o processo é reflexivo, com intuito, contexto e, sobretudo, com significado.

Importante que todo o processo avaliativo contemple o ser (integral) e suas


experiências; que confluam quanto ao pré-requisito avaliativo, mas que tenham a
liberdade de propor experiências reais e diversas considerando as habilidades que
querem desenvolver em cada aprendiz. É preciso considerar, antes de mais nada, o

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olhar do aluno. Saber como o aluno aprende é forte um que garante a atribuição de
significado à aprendizagem. Identificado o como se aprende, deve-se criar estratégias
de inserção, de experiência que possibilite-o a perceber por outro ângulo, e formar um
novo ponto de vista a partir do seu lugar social, cultural e histórico. Ou seja, ter definido
os critérios de promoção das experiências, do fazer e contextualizar a diversidade
sociocultural e histórica permitirão que o olhar sobre o que foi produzido, ou venha a
ser, não seja ultrapassado por valores estéticos de massa. Que ao olhar a obra, o
conjunto da obra, o professor saiba identificar o processo de ressignificação, de novos
sentidos, dos incômodos que questionaram e conduzirá a um novo significado, e esse
contextualizado a sua vida cotidiana.

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