10ª CLASSE

INTRODUÇÃO

Atelier é uma disciplina, cujo nome revela a noção de prática

(experimentação) e desenvolve-se ao longo de quatro anos.
Os conteúdos aqui sugeridos, revelam o espírito experimental da
disciplina, que se revê no próprio conceito de Atelier, enquanto lugar
privilegiado do fazer. Este é o espaço aberto ao contacto com a linguagem
plástica, contemplando os seus modos de ser, de formar e de aparecer, onde se
criam plenas condições para a produção expressiva e para a intervenção no
ambiente humano, e do acto artístico.
Assim, entendendo como quadro de acção, o desenvolvimento da teoria e
da prática no contexto das Artes Visuais, a disciplina de Atelier está vocacionada
para a permanente pesquisa dos conceitos e práticas que fundamentam a
linguagem plástica, para a manipulação sensível e técnica dos instrumentos e
meios expressivos e para a intervenção crítica e criativa no meio ambiente.
 PROGRAMA DA DISCIPLINA DE ATELIER

FORMAÇAO DE PROFESSORES DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO

VISUAL E PLÁSTICA DO 1º CICLO DO ENSINO SECUNDÁRIO

3 Horas por semana em três Trimestres

Objectivos Gerais da Formação de professores

Os objectivos gerais do Subsistema de Formação de professores são:

a) Formar professores com perfil necessário à materialização integral
dos objectivos gerais da educação;
b) Formar professores com sólidos conhecimentos cientifico -técnicos e
uma profunda consciência patriótica de modo a que assumam com
responsabilidade a tarefa de educar as novas gerações;
c) Desenvolver acções de permanente actualização e aperfeiçoamento
dos agentes de educação.

OBJECTIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

- Desenvolver níveis significativos de sensibilidade e consciência

crítica, por forma a que o aluno se sinta mobilizado pelas informações
das áreas da linguagem plástica e entenda as relações entre percepção,
formas visuais e expressão.

- Desenvolver a capacidade de manipulação sensível e de técnica dos

materiais e dos instrumentos, ideia de risco e de pesquisa, no sentido
de que o aluno alcance um melhor entendimento do espaço bi e
tridimensional em vários tipos de expressão plásticas (Pintura,
Escultura, Cerâmica) e na concordância com os fenómenos da
comunicação visual.

- Contribuir no desenvolvimento de atitudes ecológicas e ambientais.

- Capacitar o aluno com certos princípios fundamentais científicos, de

ordem teórica, que determinam grande parte da fenomenologia das
Artes Visuais, que o ajudarão no exercício de análise de composições e
ou na descoberta das belezas artísticas do mundo circundante.
 OBJECTIVOS GERAIS DA CLASSE

10ª CLASSE

34/S

- Deduzir conceitos de linguagens.

- Deduzir especificidades das formações artísticas.

- Identificar e seleccionar sinais, signos e símbolos.

- Conhecer o espectro vocabular no espaço artístico, desde a base às

formações mais complexas.

- Compreender a especificidade das mensagens visuais e a natureza

aberta do projecto artístico.

- Permitir que os alunos ampliem os seus conhecimentos sobre a arte

pictórica, seus meios técnicos e desenvolvimento histórico.

- Estudar e empregar as leis da composição para dispor e estabelecer

relações entre as formas e o espaço numa organização total.

- Aprofundar o estudo da teoria da cor valorizando a sua importância e

utilidade.

- Permitir que o aluno aprofunde o estudo das várias tecnologias e

materiais da Pintura, para uma correcta utilização das mesmas.

- Conhecer os diferentes procedimentos que se utilizam no emprego

destas tecnologias e materiais.

- Desenvolver capacidades inventivas.

- Iniciar a leitura do objecto artístico e os modos de o formar.

 Conteúdos Programáticos

1º Trimestre I – Linguagem Plástica

II – Introdução a Pintura

2º Trimestre III – A Composição na Pintura

IV – Aspectos fundamentais da Teoria da Cor

V – Estudos dos Materiais, instrumentos e

3º Trimestre Suportes

VI – Composição Com Temas Livres

TEMA 1 – LINGUAGEM PLÁSTICA

1º Trimestre

1. Conceito de linguagem.
2. Relação entre a palavra escrita e a formação plástica.
3. Especificidade da Linguagem.
4. Sinais, signos, símbolos.
5. lconocidade e comunicação.
6. A arte como sistema de formas organizadas.
7. Mensagem, simbologia e abertura na comunicação pela arte.

TEMA 2 – INTRODUÇÃO À PINTURA

1. Introdução. Importância e lugar que ocupa a técnica na formação de

um pintor.
2. Importância da relação harmónica entre o conteúdo e a forma, ideia e a
técnica.
3. Breve informação histórica sobre a arte da pintura. Técnicas utilizadas.

2º Trimestre

TEMA 3 – A COMPOSIÇÃO NA PINTURA

1. Introdução. Apreciação de obras pictóricas de interessante solução na

composição.
2. Recursos fundamentais na composição:
- Estruturas, relações rítmicas de proporção, equilíbrio, contraste,
organização, unidade, ritmo, ilusão espacial.
3. A composição através de diferentes períodos históricos.
 TEMA 4 – ASPECTOS FUNDAMENTAIS DA TEORIA DA COR

1. As Cores Primárias. Secundárias. Complementares.

2. As Cores Análogas. Quentes. Frias.
3. As misturas aditivas e subtractivas.
4. As três qualidades ou dimensões da cor. Controlo do valor tonal.
5. A dinâmica da cor. Contraste simultâneo. Contraste do valor. Contraste
de identidade e temperatura da cor.
6. As relações da cor. Harmonia, semelhança. Claves de valor tonal,
claves de identidade.
7. Aplicação prática dos conhecimentos.
8. Estudo da cor na pintura de um artista.

3º Trimestre

TEMA 5- ESTUDO DOS MATERIAIS, INSRUMENTOS E

SUPORTES.

1. Breve resenha histórica das técnicas de óleo, acrílico, aquarela,

guache, pastel, técnicas mistas, performance, instalações e coragem.
2. Características das diferentes técnicas e materiais. Diferentes
procedimentos.
3. Bases para a prática das diferentes técnicas, materiais, suportes a
utilizar, papel, tela, cores, pincéis, diluentes.

TEMA 6 – COMPOSIÇOES COM TEMAS LIVRES

1. Introdução, Explicação e exemplos de obras significativas no género.

2. Realizar trabalho de investigação e documentação relativa ao tema.
3. Realização de esquemas e esboços para o estudo de estrutura da
composição, tratamento da cor, simbologia.
4. Estudo das diferentes figuras que integram a composição.
 SUGESTÕES DE ABORDAGEM METODOLÓGIAS

A abordagem das unidades programáticas da disciplina de Atelier, faz- se,

preferencialmente, de forma gradual, faseando e intensificando as experiências,
pela coordenação íntima das capacidades instintivas e intelectuais. Pretende-se
que os alunos, a par de compreenderem o funcionamento da linguagem plástica,
os seus modos de ser e de aparecer, os conceitos e as práticas que a decidem
enquanto objecto com características muito específicas possam iniciar em fazer
mais, fundamentado-se reclamem, nesse caso, como operadores do pensamento
plástico.
Cada professor terá, naturalmente, perante os objectivos propostos, os
meios disponíveis e as condicionantes da sua própria formação, de inventar os
percursos mais adequados, ensaiando tarefas que o levem a atingir aqueles fins e
tornem ambicioso o trabalho progressivo do aluno.
A questão metodológica de fundo deste programa, situa-se entre dois
campos de recolha e pesquisa: um que é exterior à sala de aula, alimentando-se
de materiais quotidianos: outro que se processa no interior do atelier e permite
comparar, por eventuais entrosamentos, as técnicas estáveis, os meios
consagrados, com materiais não-ortodoxos.
No espaço da aula, o aluno deverá, fundamentalmente, considerar os
problemas da expressão em termos práticos, relacionando as técnicas e as
matérias conhecidas com as matérias e os materiais vindos do exterior.
 AVALIAÇÃO

A avaliação em Atelier, para que resulte num processo formativo e

integrar de perto os trabalhos desenvolvidos, deverão ser expostos e analisados
em conjunto, perante todos os intervenientes.

Com um esclarecimento prévio do professor esclarecendo os parâmetros

da análise, todos através de discussões e críticas aferidas pelos objectivos do
programa, será possível clarificar os temas de cada motivação e a perspectiva em
que assentaram a experimentação e a pesquisa.

Os parâmetros descritos a seguir são observáveis ao longo de um, de dois,

ou de três anos de aprendizagem prevista e deles se isolaram, para cada unidade,
os mais significativos:

- Poder de observação;
- Empenhamento na pesquisa;
- Investigação de fontes, pesquisa e recolha de meios no exterior;
- Curiosidade pelos fenómenos artísticos e investigação pessoal;
- Capacidade artística na leitura de imagens:
- Criatividade, imaginação e experimentação;
- Envolvimento e capacidade de integração no trabalho individual e de
grupo;
- Persistência;
- Adestramento e coerência na representação;
- Capacidade de relacionar os conhecimentos adquiridos e de os utilizar
em novas situações.
 BIBLIOGRAFIA GERAL

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ECO, Umberto - Estrutura ausente.

KANDINSKY, Wassily - Ponto. Linha. Edição 70.

KANDINSKY, Wassily - O espiritual na arte. Publ. D. Quixote.

GRANE, W. - Linha e forma.

Sign:lmage; Symbie - Ed. Connaissance.

Module: Proportion; Simetri; Ritmo - Ed. Connaissance.
Nature et art du mouvement - Ed. Connaissance.
Colecções de diapositivos:
Revistas da especialidade - Art From; Flash Art; Art in America; New Art;
Beaux Arts.

ACTUALITÉ DES ARTS PLASTIQUES - Eci. Centre Nacional de

Documentation Pédagogique - Bernard Piens - 29, D'Ulm - 75230 Paris Codex
05.

A Cerâmica, FRICKE, Johann (1 977) - Ed. Presença.

Azulejaria de Exterior em Portugal, VELOSO, A.J, Barros e ALMASQUÉ,

Isabel (1991) - Ed. lnapa.

Azulejaria em Portugal nos Séculos XV e XVI, SIMÕES, J.M. dos Santos 1

(1969) - Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa.
Azulejaria em Portugal nos Séculos XVIII, SIMÕES, J.M. dos Santos (1969) -
Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa.

Azulejaria Portuguesa, MECO, José (1985) - Bertrand Editora.

Cerâmica Esmaltada Española, PACHECO, Sanches Trimidad; GIRAL,

Maria Dolores; ZOZAYA, Juan e outros (1994) - Ed. Labor.

Cerâmica Islâmica Portuguesa, TORRES, Cláudio (1987) - Ed. Campo

Arqueológico de Mértola.

Cerâmica para el Artista Alfareno, NORTON, F.H. Compand ed. Continental,

Espanha.

Cerâmica (Pastas e Vidros), VITTEI, Claude (l978) - Ed. Paraniuf, Madrid

Cerâmica Portuguesa e Outros Estudos, QUEIRÓS, José - Ed. Presença.

Cerâmica Viva, CARUSO, Nino (1979) - Ed. Hoepli.

Faience et Porcelaines de I' Est (Vosges, Longwy - Toul), JACOB, Alain (1977)
- ABC Collection.
«

Grés et Porcelainne, HAMILTON, David - office du Livre.

Introdução à Tecnologia de Cerâmica, NORTON, F.H. - Universidade de S.
Paulo.
La Peinture sur Porcelaine, DEMEL, Erích (1979) - Office du Livre.

La Porcelaine Européenne du XVIII Siècle, MEISTER, Peter Wilheirn e RESER,

Horst (1980) - Office du Livre.

La Poterie, Les Formes, RHODES, Daniel - Ed. Dessain et Toira.

Le Piastrelle Decorante, RILEY, Noei (1988) - Instituto Geográfico de Agostine.

 PROGRAMA

DE

DISCIPLINA ATELLIER 10ª CLASSE

FORMAÇAO DE PROFESSORES DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO

VISUAL E PLÁSTICA DO IIº CICLO DO ENSINO SECUNDÁRIO

LUANDA 2009

INSTITUTO NACIONAL DE INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO