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Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Instituto de Artes

Anderson Ladislau da Rocha

PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

Rio de Janeiro
2022
Anderson Ladislau da Rocha

PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

Trabalho apresentado à disciplina


de Psicologia da Educação,
ministrada pela Profª. Regiane
Sbroion de Carvalho, do curso de
Licenciatura em Artes Visuais, da
Universidade do Estado do Rio de
Janeiro.

Rio de Janeiro
2022
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1 – TEORIAS ELEITAS
Epistemologia Genética e Histórico-cultural;

2 – SEGMENTO DE ENSINO
Ensinos Fundamental e Médio;

3 – SÉRIES DESTINADAS
Ensino Fundamental: 7º ano;
Ensino Médio: 3º ano;

4 – DISCIPLINA
Artes Visuais;

5 – CONTEÚDO
Land Art: “arte da terra”, movimento artístico que surge a partir da utilização
de elementos da natureza como componente da obra de arte elaborada;
Site Specific: quando determinada obra de arte é idealizada e executada
exclusivamente para um determinado lugar e, se removido, perde a sua finalidade e
essência;

6 – IDADE APROXIMADA DOS ALUNOS


12 anos (Ens. Fundamental, 7º ano);
16 anos (Ens. Médio, 3º ano);

7 – OBJETIVO DA AULA
Espera-se que o aluno desenvolva o conhecimento artístico a partir das
experiências praticadas em sala de aula e nos diversos ambientes do seu dia-a-dia a
fim de que os processos de elaboração dos trabalhos sejam feitos, também, fora da
sala de aula. Com isso, o aluno compreenderá as diversas possibilidades de
expressão artísticas na Arte Contemporânea e, sobretudo, entender que a
linguagem artística extrapola o conceito convencional de uma arte exposta nos
museus em que se experimenta a obra de uma única forma: contemplativa;
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8 – MATERIAL UTILIZADO
Vídeos e imagens de obras de Site Specific e Land Art, aparelhos eletrônicos
para registros fotográficos e produção audiovisual (smartphones e câmeras digitais),
papéis (ofício, cartolina, canson etc), lápis de cor, grafite, canetas esferográficas e
coloridas, colas, adesivos, tintas, pincéis, areia, pedra, água, galhos, folhas de
árvores e plantas etc;

9 – DESCRIÇÃO DA PRÁTICA
Inicialmente, faremos uma abordagem sobre o conceito desta corrente
artística com os alunos do 7º ano que farão os exercícios e os processos de Land
Art. Eles serão incentivados a registrar os seus trabalhos, com fotografias e vídeos,
em cada etapa dos seus processos. Além disso, eles definirão quais os materiais
que serão utilizados e o local (praia, campo, jardim, fazenda, cidade etc) em que
pretendem fazer as intervenções artísticas. Por último, cada trabalho terá um tema
definido pelo próprio aluno e, a partir dos seus registros, será preparado uma área
de exposição (um mural) para que toda a comunidade tenha a oportunidade de
conhecer os trabalhos.
Para os alunos do 3º ano, ensino médio, também faremos uma abordagem
sobre os conceitos do Site Specific e o que o diferencia das outras correntes
artísticas. Serão aprofundados debates sobre o papel da Arte Contemporânea e sua
contextualização no mundo atual, bem como seus acontecimentos histórico-político-
sociais. Para tanto, serão distribuídos textos sobre algumas obras e alguns artistas
desta corrente para que o aluno tenha um embasamento teórico para a roda de
conversa em sala de aula, e para a elaboração do seu trabalho. Eles deverão
apresentar um trabalho sobre determinado artista, seus conceitos, obras e biografia.
Por fim, desenvolverão um trabalho artístico e deverão dissertar sobre este trabalho,
fazendo registros fotográficos e audiovisuais e apresentarão, em grupo, estes
trabalhos. Também discutirão sobre o tema, influências, motivações e o que
representa a sua obra. Objetivamente, o aluno exercitará a importância da Arte
Contemporânea como uma ferramenta relevante no cenário social e político.
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10 – AVALIAÇÃO A SER REALIZADO COM OS ALUNOS


Para ambas as séries, serão avaliadas as participações dos alunos nos
debates, apresentações dos trabalhos e seu desenvolvimento no processo de
elaboração do trabalho em cada etapa. Os processos e seus avanços serão os
principais elementos a serem avaliados e o resultado final da obra será analisado
entre os alunos e discutido entre eles.

11 – ELEMENTOS DAS TEORIAS QUE JUSTIFICAM AS PRÁTICAS PROPOSTAS


Na Epistemologia Genética, pude compreender e aproveitar o conhecimento
já adquirido (assimilação) dos alunos respeitando cada um, na sua faixa etária e
níveis de conhecimento adquirido, a fim de que estes conhecimentos sejam
introduzidos e aproveitados nos trabalhos a serem desenvolvidos pelas turmas e,
neste sentido, a Arte Contemporânea dará ênfase a estes conhecimentos pois o
artista produzirá sua obra a partir da sua visão de mundo e sensações
experimentadas a partir do meio e da sua interação com o outro. Da mesma
maneira, a assimilação das informações acerca dos conceitos de Arte
Contemporânea, serão introduzidas à sua competência cognitiva dando-lhes
amplitude na maneira como se vê e se experimenta a arte.
Para definirmos as idades e séries dos estudantes, observamos os estágios
do desenvolvimento e concluímos que, para as atividades propostas, os estágios
operatório-concreto e lógico-formal, seriam adequados e trariam o retorno quanto à
exequibilidade das atividades.
Na teoria Histórico-Cultural, concluímos que a linguagem e a interação com o
outro era importante para o processo de desenvolvimento cognitivo. Com a
capacidade de interpretar a representação simbólica e o contínuo desenvolvimento
da linguagem, o jovem é capaz de elaborar seus pensamentos e, por meio dele,
expressar sua compreensão do mundo e trocar conhecimentos e cultura. Portanto,
percebemos que havia a possibilidade e, mais que isso, a necessidade dos alunos
dialogarem entre si e, por meio da linguagem, dissertarem sobre os trabalhos
apresentados dos colegas, externalizando seus pensamentos, experiências,
opiniões, reflexões e conceitos (abandonando os pseudoconceitos e se aproximando
dos conceitos verdadeiros (científicos) conforme a teoria de Vygotsky) sobre os
trabalhos analisados e produzidos ao longo das aulas.
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Por fim, como professor, não poderia deixar de citar a sua importância como
mediador do conhecimento compartilhado em sala de aula entre os alunos. A teoria
da ZDP (Zona de Desenvolvimento Proximal) deixou clara que em alguns casos é
preciso transferir o aprendizado para aqueles que só conseguem dar um passo
adiante com a ajuda de outro cujo conhecimento já domina e, desta maneira,
podendo adquirir outros conhecimentos que até então não possuía. Não somente o
professor, mas os alunos que discutem e dialogam entre si sobre os trabalhos e os
temas debatidos e apresentados pelo professor, também assumem este papel e
contribuem consideravelmente para a assimilação e o aprendizado de todas e todos
que participam do trabalho.

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