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SÃO PAULO
2017
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SÃO PAULO
2017
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Termo de aprovação
RESUMO
ABSTRACT
This monograph aims to elucidate the main features and the importance of teaching
art in school and the main contributions of the use of dance in this discipline. It
presents an analysis of the knowledge of the teaching of art, the relationship of art
and child. Highlights the dance in art education, the relationship of dance and body.
Elucidates the educational dance, history of dance in society. Finally, the paper
presents the importance of the teacher / educator in teaching art and dance. The
methodology is based on the bibliography.
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO 10
1.1 OBJETIVOS 10
1.1.1 OBJETIVO GERAL 10
1.1 2 OBJETIVO ESPECÍFICO 10
1.2 JUSTIFICATIVA 10
1.3 PROBLEMÁTICA 11
3. ARTE A CRIANÇA 16
4. A DANÇA E O CORPO 20
4.1 DANÇA EDUCATIVA 23
4.2 A ARTE E O MOVIMENTO: DANÇA EDUCATIVA 24
4.3 APRECIAÇÃO E A ANÁLISE DA DANÇA 28
5. A DANÇA 33
5.1 A HISTÓRIA DA DANÇA NA SOCIEDADE 35
5.2 O PROFESSOR/EDUCADOR 41
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 43
REFERÊNCIAS 45
7
1. INTRODUÇÃO
1.1 OBJETIVO
1.2 JUSTIFICATIVA
8
Fazer Arte é viajar por meio dos movimentos que vemos e ouvimos,
passando pelas angústias e alegrias da subjetividade.
Assim, ao fazer uma obra de Arte, segundo Assis [2003, 15],a criança e o
jovem estarão construindo:
1.3 PROBLEMA
O professor que leciona nas séries iniciais, tendo como foco principal o
desenvolvimento das competências da leitura e da escrita, tem o dever de
possibilitar às crianças o acesso também à leitura e produção de textos nas
linguagens não verbais, matéria-prima do universo da Arte.
3. ARTE E CRIANÇA
Toda criança, antes de entrar na escola, “faz arte”... Desenha, pinta, faz
esculturas de areia, canta, dança, toca instrumentos (ainda que batendo tampas de
panelas), cria personagens... São potencialidades plenas de expressão criativa cujas
possibilidades de se manifestar geralmente não ocorrem na escola. O jogo
simbólico, a percepção, a ima-ginação, a fantasia, a busca de um significado para o
sentido da vida raramente encontram espaço nas salas de aula que, infelizmente,
ainda adotam como prática a cópia, a imitação, a reprodução de modelos
estereotipados, a massificação de propostas e de resultados. A mudança se faz
urgente!
A. Artes Visuais:
B. Música
C. Dança:
D. Teatro:
4. A DANÇA E O CORPO
Não nos deixemos mais ser contaminados por esta idéia de corpo ser “coisa”
e mente algo “superior”. Corpo tem vários aspectos, mas tudo (emoção, reflexão,
pensamento, percepção, etc., etc., etc.) é corpo. Nos nossos melhores e piores
momentos o corpo está, o corpo é. Sem o corpo não conhecemos, não sentimos e
não pensamos.
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Atualmente, idéia do corpo que dança ou que vai dançar não é mais
padronizada, isto é, não existe, felizmente, uma ditadura que imponha a
necessidade de corpos magros, longilíneos. É extremamente importante que o aluno
saiba que todos os corpos dançam. Coreógrafos contemporâneos fazem questão de
ter dançarinos de diversas nacionalidades em suas companhias, para justamente
revelar e dialogar com as diversidades culturais. Se o aluno for ensinado a respeitar
as diferenças existentes nos corpos, ele cuidará e aceitará o seu corpo, com a sua
própria peculiaridade e individualidade. Não existe um modelo de corpo. O que
existe são corpos.
Não nos importa o movimento pelo movimento, o gesto apenas por objetivos
físicos. Nos importa o movimento integrado com a participação da alma: um
corpo liberto, expresso em gestos, desenhando emoções no espaço,
esculpindo o ar de prazer. (JOSÉ DE ANCHIETA, 1995).
Ao ficar sentada várias horas a criança e/ou jovem ficam limitados quanto a
movimento e a espaço. Seu intelecto, expressão e criatividade também serão
limitados. É nos momentos destinados à Dança que o aluno poderá ter oportunidade
de manejar melhor o seu corpo, conhecendo-o, valorizando- o e confiando nele. Ao
entender seu corpo como lugar de comunicação e relacionamento com o mundo,
este aluno também perceberá o corpo de seus colegas e poderá, também, conhecer
a variada e imensa gama de movimentos num momento de análise e apreciação
estética.
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procurar e criar novos modos de movimento para nos relacionarmos. Deste modo a
Dança na Escola atua como instrumento de efetivação social. Sabemos que a
Escola é às vezes o único lugar/meio/contexto de acesso à educação que pode
possibilitar as mínimas condições de inserção de um ser/ cidadão na sociedade. O
papel da Dança não é o de criar dançarinos profissionais (porém não deixar de
percebê-los), é o de permitir a vivência de possibilidades infinitas do universo do
movimento, estimulando a experiência do sistema corporal em um amplo sentido:
experiência, criação/produção e análise/apreciação artística (novamente,
entendendo corporal como uma totalidade intelectual, emocional, perceptivo , física,
etc.).
Espaço abrange: linhas, formas, volumes, reto e/ou retas, curvas, direto,
sinuoso, etc.;
22
O fluxo não tem aspectos internos e/ou externos. O fluxo é dentro e fora
simultaneamente. A fluência pode ser mais ou menos libertada ou mais ou menos
controlada, ou ambos, entretanto nunca pára.
1 - leve - Movimentos leves são mais fáceis para cima, revelam suavidade,
bondade, e em outro polo, superficialidade.
fator. A noção de tempo mais linear, começa a surgir por volta dos
cinco ou seis anos de idade. Antes desta época é vaga a idéia de
tempo. É comum frases como: “Eu vou ontem”. Nesta idade é que as
brincadeiras começam a ter começo, meio e fim. A criança empresta
um brinquedo porque sabe que depois vai tê-lo de volta, ou não
chora quando a mãe, o pai ou alguém próximo sai, porque, agora,
conhece que eles vão voltar. (BARROS, 2003, p.33)
O conceito de Tempo tem duas formas movimento. Não é melhor ou pior ser
leve ou firme, ou gostar mais de ritmo não métrico. O importante para uma Dança
criativa é o envolvimento prático com o objetivo de ampliar as possibilidades de
interesse, de espaço/tempo, de pensamento, de conhecimento de capacidade de
análise e apreciação do movimento e da dança. É muito, muito proveitoso e
prazeroso conhecer estilos de danças e suas particularidades. Isto só virá
enriquecer o vocabulário de movimentos do aluno, mas não é recomendável
exercitar só um tipo de dança, pois este não é o único modo de se dançar. Ao
contrário, se o aluno tem oportunidade de experienciar os princípios gerais do
movimento, ele poderá observar uma dança, ou um passo e saber como esta dança
é em termos qualitativos e executá-la melhor e também saber, em uma análise,
como esta dança está sendo executada.
aos nossos alunos que bonito não é só o que ele gosta ou apenas o que ele
reconhece e conhece.
É crucial que ao apreciar Arte, o gosto pessoal não seja uma restrição. Não
que deva ser esquecido (o que é impossível, como vamos apagar o que somos?).
Porém devemos ensinar a nossos alunos ir além da mera percepção, além do eu
gosto..., eu quero..., eu penso...
- intérprete – a dança não acontece sem a pessoa que dança, sua biografia,
seu corpo, sua personalidade, sua criatividade, suas habilidades e limitações;
5. A DANÇA
Assim, através da dança como forma de ritual, o homem tentava não apenas
invocar as forças da natureza, mas também se convencer da força de seu povo
30
Porém, como muitos acreditam, a dança pode ser considerada como algo
inerente ao homem; assim, como não podemos simplesmente arrancar a cultura que
este homem carrega, não podemos simplesmente arrancar-lhe a dança, que é uma
das manifestações dessa cultura.
Entre os séculos XV e XVI, a dança começou a ser influenciada por uma nova
visão. O homem, que antes dançava de forma mais espontânea e popular, passou a
estudar as posturas mais adequadas, com movimentos mais precisos e codificados,
seguindo um sistema formal. Desta forma, surgiu o então chamado balé clássico
[BRAGA, 2007]. Segundo Lara [1998, s/p], "a princípio, o balé foi diversão de
príncipes e cortesãos com atuação apenas masculina […]".
O que ocorreu foi uma adaptação feita pelo povo, unindo características das danças
populares às do balé, dando origem a novos modos de expressão.
Assim, "[ ... ] a dança moderna procurou devolver ao homem sua identidade,
fazendo-o sentir o prazer de habitar seu próprio corpo enquanto potência e
dependência, pela utilização dos sentidos e pela ação, reconquistando as
dimensões perdidas" [RIBEIRO; FARIA JUNIOR; VILELA, 1999, p. 294].
[...] o povo continuou a dançar (a dança das ruas, dos bailes, das
festas), expressando-se mais para a diversão, para fuga ao universo
temporal, para os momentos de lazer. No entanto, a dança dos
palcos quase não lhes pertencia. Embora a dança moderna –
expressa nas ideias de Duncan, Grahan, Wigman e outros – tivesse
rompido com vários laços que ligavam os indivíduos a uma vida
etérea, ainda era manifestação de poucos privilegiados, seja no
palco, nas ruas da cidade ou nas academias.
Apesar de ter suas raízes no povo, algumas formas de dança ainda hoje
carregam estereótipos, ideias e conceitos históricos que as afastam do alcance das
camadas mais populares. Isso faz com que o próprio povo não se considere "apto",
"digno", "à altura" das danças dos, então, considerados burgueses, que, por sua vez,
acabam reforçando essa forma de preconceito. Tais estereótipos promovem a
sensação de que certas coisas sempre foram de determinada forma e sempre o
serão, ou seja, unia reação em cadeia que parece acontecer infinitamente.
Falta de conhecimento: "na grande maioria dos casos, professores (as) não sabem
exatamente o que, como ou até mesmo porque ensinar dança na escola"
[MARQUES, 1997, p. 22]. No Brasil, ainda temos dificuldade para obter informações,
discussões críticas e experiências práticas em relação ao ensino da dança
[MARQUES, 1997].
Assim, enxergando a dança por este prisma, distorções são quase que
inevitáveis no ambiente escolar e como exemplo podemos citar a festa junina e a
tradicional quadrilha, que, na maioria dos casos, é imposta aos alunos, sem que haja
ao menos unia leve preocupação com toda transformação histórica que sofreu ou
com sua contextualização. Deste modo, não há uma preocupação se os alunos
saberão o como e o porquê desta dança se fazer presente na escola e em suas
vidas, mas sim coma sua execução simétrica, marcada e harmoniosa (o que se
condena aqui não é a manifestação quadrilha, mas sim os meios que se utilizam
para sua introdução na escola).
Então, faz-se mister o questionamento a seguir, para que haja uma posterior
reflexão e possível análise em direção a uma Educação Física que realmente
justifique sua presença na escola e o seu papel social. Portanto, qual deve ser o
conhecimento que a Educação Física deve tratar dentro da instituição escolar?
5.3 O Professor/Educador
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através de seu corpo o aluno pode provar que não é só razão, mas também
imaginação, consciência e inconsciência. Seu corpo tem uma intencionalidade
dinâmica que pode ser conduzida, capta coisas e sentidos através de perfis
observados e vividos.
Defendemos que a dança deve ser trabalhada nas escolas de maneira que o
caráter pedagógico prevaleça destituído dos movimentos estereotipados, ou seja, a
compreensão da dança associada à educação de maneira que possibilite ao
indivíduo a espontaneidade nos gestos e movimentos, criatividade e criticidade,
lutando contra as barreiras excludentes e que impedem o trato com a linguagem
corporal através da dança no âmbito escolar.
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REFERÊNCIAS
ASSIS, Sônia de. Arte - Educação na Contemporaneidade. In: ASSIS, Sônia de;
MARQUES, Isabel Azevedo; MACHADO, Regina; PIMENTA, Flávio. ONG - a Arte
ampliando possibilidades. 2. ed. São Paulo: CENPEC, 2001.
FERREIRA, V. Dança escolar: um novo ritmo para a Arte. Rio de Janeiro: Sprint,
2005.
OSSONA, P. A educação pela dança. Tradução Norberto Abreu e Silva Neto. Título
original: La educación por ladanza. São Paulo. Summus Editorial. 4ed. 1988.
RIBEIRO, M. G. C.; FARIA JUNIOR, A.; VILELA, M. C. Dança e atividade física. In:
FARIA JUNIOR, A. G. et al. (Orgs.). Uma introdução à educação física. Niterói:
Corpus, 1999.