Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Materiais e recursos
Projetor de imagem
Tesoura
Suportes diversos (como papel colorido, cartão, sulfite e cartolina)
Placas de EVA (em cores variadas)
Rolos de fita adesiva
Fios de lã ou náilon
Desenvolvimento
Quantidade de aulas: 4 aulas
75
Arte – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática
Aula 1
Sugerimos iniciar a aula perguntando quais formas geométricas os alunos conhecem. É
interessante apresentar formas geométricas além das formas básicas triangulares,
quadriculares e circulares, incluindo sólidos (formas geométricas tridimensionais). Identificar
junto com a turma algumas formas geométricas presentes na sala de aula, como nas janelas,
nas portas, na lousa etc. Em seguida, perguntar quais outras formas existem além das
geométricas. Indagar quais formas geométricas estão presentes em elementos orgânicos e
vivos, se existem outras formas que não se encaixam como as formas geométricas básicas:
Ao observar uma rocha, folha ou galho, quais formas aparecem?
Essas formas são sempre figurativas ou podem ser abstratas?
Instalação
Instalação é uma forma de arte criada em um espaço onde todos podem não só olhar para
a obra, mas também andar por ela. Há instalações em que é possível tocar os materiais e até
interagir.
Aula 2
77
Arte – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática
glenda/Shutterstock.com
Menino manipulando representações de formas geométricas.
Convidar os alunos a criar diferentes formas geométricas e orgânicas. Depois, com essas
formas, eles podem compor imagens fazendo diferentes arranjos.
Propor uma roda de conversa e relembrar as formas observadas em nosso cotidiano e
também nas obras dos artistas que fizeram parte dos momentos de nutrição estética
(apreciação).
Neste exercício de composição visual, oferecer aos alunos tesouras, papéis coloridos ou
placas de EVA em cores variadas. Orientar os alunos a criarem várias formas com pedaços de
papel ou EVA. Propor aos alunos uma atividade de composição, agrupamento e sobreposição
dessas formas recortadas.
Organizar a turma em três grupos: um grupo irá compor, observar, agrupar e pesquisar
formas geométricas; o outro grupo fará o mesmo com formas orgânicas; um terceiro grupo
poderá ser daquele que fará a observação da atividade. Esses grupos podem alternar as
funções durante a atividade.
Avaliação
Na avaliação em processo é preciso que o educador esteja sempre atendo às atitudes e
conversas dos alunos. Sugerimos fazer registros constantemente para compor um portfólio
que obtenha o processo de pesquisa do projeto. Se for possível, também sugerimos filmar ou
fotografar alunos em processo de criação para compor o portfólio, que pode ser digital.
78
Arte – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática
Aula 3
antoniodiaz/Shutterstock.com
Crianças realizando atividades de pintura.
elisa.beta/Shutterstock.com
Reprodução de obra do artista Piet Mondrian.
Everett - Art/Shutterstock.com
Reprodução de obra do artista Wassily Kandinsky.
79
Arte – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática
Aula 4
Retomar a conversa sobre instalações realizada na primeira aula e propor aos alunos a
escolha de um lugar da sala de aula ou da escola, como cantos de paredes ou outros locais,
para criarem uma instalação com formas geométricas ou orgânicas, ou uma composição das
duas. Comentar novamente sobre as obras trabalhadas nas aulas anteriores: Pling Pling, do
artista brasileiro Cildo Meireles (1948-) e Pseudoscape, da artista estadunidense Crystal Wagner
(1982-).
80
Arte – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática
Incentivar e permitir a criação de soluções para os problemas que forem surgindo durante o
processo de criação e montagem da instalação. O trabalho em grupo deve ser colaborativo:
cada aluno pode participar de várias maneiras, criando as formas e ajudando na montagem da
instalação.
Instalação
Algumas dúvidas em relação ao termo instalação podem surgir no momento da ação
criadora. Não é necessário se aprofundar em relação ao termo em si, pois a ideia é a de que os
alunos conheçam diferentes formas de criar arte e as características principais dessa
manifestação artística.
Em relação a essas características, merecem destaque:
o caráter efêmero que as instalações possuem, pois, na maioria das vezes, a obra é
montada em um local e posteriormente desmontada, não permanecendo mais
naquele local;
as diferentes técnicas empregadas na criação da instalação, como, por exemplo,
recursos multimídias, esculturas, modelagens, pinturas, desenhos ou técnicas
mistas;
a interatividade entre a obra e o público, que pode alterar a obra ou fazer parte dela.
A obra The Balloon Tank (German Panther), do artista holandês Hans Hemmert (1945-), é
um exemplo interessante de instalação interativa: o artista criou um tanque de balões coloridos
e, ao final da exposição, os visitantes podiam estourar esses balões.
Avaliação
Registrar todo o processo durante a montagem da instalação e o resultado final. Esses
registros podem ser revistos pelo grupo e, assim, o processo criativo da experiência vivida se
torna bem mais acessível.
Avaliar o interesse dos alunos durante o processo criativo e as discussões. Caso alguns
alunos do grupo estejam desmotivados, tentar entender as razões disso por meio de uma
conversa ou de uma autoavaliação.
81
Arte – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática
Convidar outras turmas para apreciar a instalação realizada. Ao final, fazer uma roda de
conversa para que os alunos falem sobre como escolheram utilizar o espaço e quais os
motivos da escolha do ambiente e da disposição das formas. Discutir novas possibilidades a
partir do resultado apresentado:
Quais outros materiais podemos usar?
Quais poderiam ser as mudanças?
Que caminho seguir a partir daqui?
Ampliação
Para ampliar o repertório dos alunos em relação ao conceito de instalação, é importante
mostrar referências de outros artistas que podem ser encontradas em revistas, livros de
imagem, pesquisas na internet, vídeos. Também podem e devem ser realizadas visitas em
museus, exposições de arte, além de serem feitos passeios em ambientes externos e pela
cidade (focando na observação da paisagem urbana), saída a ambientes externos ao da escola
para produzir desenhos de observação etc. Pode-se também praticar algumas dinâmicas de
grupo, focando na ocupação do espaço.
A seguir, há alguns exemplos de artistas que utilizam diferentes materiais para criar suas
instalações.
Cildo Meireles criou um espaço monocromático na obra Desvio para o vermelho: Impregnação,
Entorno, Desvio. É possível visitar essa e outras obras interativas no Instituto Inhotim, um dos
mais importantes acervos de Arte Contemporânea do Brasil, localizado no município de
Brumadinho, no estado de Minas Gerais. É possível ver mais da galeria de Cildo Meireles no site
do Instituto Inhotim. Disponível em:
<http://www.inhotim.org.br/inhotim/arte-contemporanea/obras/galeria-cildo-meireles/>.
Acesso em: 18 dez. 2017.
As obras Forest of Numbers e I Am Here, da artista francesa Emmanuelle Moureaux (1971-), são
exemplos de como a artista explora os espaços criando instalações com diferentes materiais e
cores. É interessante que os alunos percebam o dinamismo e as diferentes maneiras de criar
arte em espaços tridimensionais a partir de formas simples. É possível visualizar outras
instalações no site da artista. Disponível em: <http://www.emmanuellemoureaux.com/all >.
Acesso em: 18 dez. 2017.
82
Arte – 1o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento – 2a sequência didática
As instalações também podem ser interativas. A obra The Obliteration Room, da artista
japonesa Yayoi Kusama (1929-), é um bom exemplo de espaços convidativos ao público. A
artista criou um ambiente doméstico pintado de branco, onde visitantes e crianças são
convidados a colar adesivos coloridos em forma de pontos por todo o cômodo e, durante
algumas semanas, todo o ambiente se transforma. Na obra The Souls of Millions of Light Years
Away, Kusama criou um ambiente escuro com espelhos e exibição de luzes de LED,
transmitindo ao visitante a sensação de que essas luzes são infinitas. Em 2014, a artista trouxe
algumas de suas obras, incluindo The Souls of Millions of Light Years Away, para a exposição
Obsessão Infinita no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo (SP). A interatividade aproxima o
público à obra e modifica o lugar do espectador, que passa a ser ativo e agente. Principalmente
para as crianças, a interatividade desperta o interesse, a imaginação e a curiosidade de explorar. É
possível conferir alguns registros da instalação The Obliteration Room no site do jornal The
Guardian; e assistir a um trecho de The Souls of Millions of Light Years Away, que ocorreu no
Museu de Arte Contemporânea The Broad. Disponíveis em:
<https://www.theguardian.com/artanddesign/gallery/2012/
feb/01/obliteration-room-yayoi-kusama-in-pictures>; <https://vimeo.com/139523130>. Acesso em:
18 dez. 2017.
O artista inglês Bruce Munro (1959-) cria instalações utilizando principalmente luzes. A
instalação Field of Lights é composta de mais de 20 mil luzes de LED que percorrem extensos
jardins. A obra já passou por diversos países. Já na instalação Water Towers, o artista criou
mais de 69 torres de garrafas PET com luzes de LED que mudam de cor de acordo com a
música ambiente. É possível conhecer outras instalações no site do artista. Disponível em:
<http://www.brucemunro.co.uk/work/ installations/>. Acesso em: 18 dez. 2017.
Outro exemplo de instalações que se aproximam do universo infantil são as obras da artista
australiana Tanya Schultz. A artista utiliza açúcar, flores, doces, brilho e diversos materiais
coletados para criar obras detalhadas que lembram sonhos utópicos, mitologias e ideias de
paraíso. As instalações We Miss You Magic Land! e Journey in a Dream (day) ilustram a
possibilidade de utilizar alimentos, materiais ou objetos comuns de forma criativa e
imaginativa. Por conta da materialidade, suas obras são consideradas efêmeras; no entanto, é
possível conferir as doces instalações de Schultz em seu site. Disponível em:
<https://www.pipandpop. com.au/>. Acesso em: 18 dez. 2017.
Uma instalação bastante lúdica foi realizada pela artista brasileira Sandra Cinto (1968-) no
Museu de Arte Contemporânea de São Paulo em que ela fez uma composição com vários
barquinhos de papel. É possível conhecer mais sobre essa obra e propor mais momentos de
nutrição estética aos alunos acessando o site do referido museu. Disponível em:
<http://www.mac.usp.br/mac/conteudo/cursos
eventos/mac_encontra/2013_1/sandracinto.asp>. Acesso em: 18 dez. 2017.
83