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entenda

a Nova Lei
de licitações

e contratos
14.133

Realização:
Olá, Licitante!
É com grande prazer que apresentamos este e-book, cuidadosamente

elaborado pela equipe ConLicitação, plataforma especializada em oferecer

soluções para empresários que desejam participar de licitações públicas com

sucesso.

Com a aprovação da Nova Lei de Licitações, em abril de 2021, muitas

mudanças significativas foram implementadas no processo licitatório.

E para auxiliar empresários e gestores públicos a entenderem melhor essas

mudanças, criamos este manual no formato de perguntas e respostas.

Aqui você encontrará as principais dúvidas que os empresários costumam ter

sobre a Nova Lei, com respostas claras e objetivas. Ao final, deixamos uma lista

de documentos necessários para participar de um processo licitatório,

atualizado com as exigências da Nova Lei, salve este checklist em algum lugar!

Mas não paramos por aí! Além do e-book, temos um convite especial para você.

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Esperamos você lá!
O que muda com a Nova Lei de Licitações?
Como você pode ver, nada mudou, apenas oficializou.

Aquela famosa inversão de fases que acontecia no pregão eletrônico na

lei 8666, agora é procedimento padrão. Ou seja, primeiro as propostas serão

julgadas e em seguida elas serão habilitadas. Em outras palavras, a exceção

virou a regra. Isso porque ficou comprovado que é muito mais fácil e rápido

proceder desta maneira, havendo benefícios claros tanto para a administração

quanto para o licitante.

Mas, calma, pois esta não é a única novidade!

O artigo 17 ainda continua e nele podemos encontrar:

§ 2º As licitações serão realizadas preferencialmente sob a forma eletrônica,

admitida a utilização da forma presencial, desde que motivada, devendo a

sessão pública ser registrada em ata e gravada em áudio e vídeo.

Ou seja, a licitação eletrônica também virou regra e o formato presencial

passou a ser a exceção, que deve ser motivada e gravada em áudio e vídeo.

A Fase de Habilitação também tem algumas novidades e nós falamos mais

sobre isso aqui neste artigo. Se você precisa saber quais são os documentos

necessários para participar de licitações, este outro artigo aqui pode ser útil. 

Habilitação na Nova Lei: como funciona?

A Nova Lei de Licitação define a Fase de Habilitação da seguinte forma:

Art. 62. A habilitação é a fase da licitação em que se verifica o conjunto

de informações e documentos necessários e suficientes para demonstrar

a capacidade do licitante de realizar o objeto da licitação, dividindo-se em:

I – jurídica;

II – técnica;

III – fiscal, social e trabalhista;

IV – econômico-financeira.

Em outras palavras, trata-se de uma fase onde o licitante deve provar,

através de documentos e certidões, que ele tem a plena capacidade de

concluir o objeto para o qual será contratado.


Quando ocorre a Fase de Habilitação?

Na Nova Lei de Licitação, a Fase de Habilitação, em todas as modalidades,

ocorrerá posteriormente à apresentação das propostas e do julgamento,

seguindo o modelo que já acontece hoje no pregão. Ou seja, primeiro

serão avaliadas as propostas e depois os documentos de habilitação.

Tudo isso para dar mais agilidade ao processo e torná-lo mais simplificado.

Assim estabelece a Lei 14133 no Art. 17.: 



O processo de licitação observará as seguintes fases, em sequência:

I – preparatória;

II – de divulgação do edital de licitação;

III – de apresentação de propostas e lances, quando for o caso;

IV – de julgamento;

V – de habilitação;

VI – recursal;

VII – de homologação.

Quais são os documentos que devem ser apresentados?

Os documentos que devem ser apresentados na Fase de Habilitação

podem ser tranquilamente consultados ao final desse e-book, mas vale a

pena refletir sobre algumas importantes alterações que aconteceram na

Nova Lei quando falamos de documentação.


Reserva de cargo para pessoas com deficiência
Na antiga lei 8666, o fato de, em uma empresa, haver ou não reserva de

cargos para pessoas com deficiência era mero critério de desempate. No

entanto, na Lei 14133, passou a ser critério de habilitação, como exposto

no artigo 63:

IV – será exigida do licitante declaração de que cumpre as exigências de

reserva de cargos para pessoa com deficiência e para reabilitado da

Previdência Social, previstas em lei e em outras normas específicas.

Assim sendo, na Nova Lei, é obrigatório apresentar declaração que confirme

o cumprimento desta exigência. Somente assim a sua empresa estará apta

para participar de uma licitação.

Experiência Máxima de Três anos


Em seu artigo 67, parágrafo 5º, a Nova Lei de Licitação diz o seguinte:

§ 5º Em se tratando de serviços contínuos, o edital poderá exigir certidão ou

atestado que demonstre que o licitante tenha executado serviços similares ao

objeto da licitação, em períodos sucessivos ou não, por um prazo mínimo, que

não poderá ser superior a 3 (três) anos.

Para entender este parágrafo, precisamos antes saber o que a legislação

entende por serviço contínuo. Trata-se, simplesmente, da prestação diária e

ininterrupta de um determinado trabalho, por exemplo, limpeza, segurança,

saúde, etc.

Nesse tipo de contratação, sob os ditames da lei 8666, já era costume exigir

atestado de capacidade técnica comprovando três anos de experiência, mas

a Nova Lei oficializou e limitou este requisito. Agora, não é possível exigir

mais do que três anos.

E além: não é uma obrigação, pois o edital pode exigir ou não. E se o fizer,

é necessário justificar! Pelo menos é o que diz o acórdão 503/2021 do

Tribunal de Contas da União, ao afirmar que:

“[é necessário] justificativa, de razoabilidade e de proporcionalidade

ao se exigir, […] comprovação de capacidade técnica mediante demonstração

de experiência mínima de três anos”.


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CONHEÇA O EVENTO
Quando entrará em vigor a Nova Lei de Licitação?
A Nova Lei de Licitação já está em vigor desde a data de sua publicação.

Entretanto, ela se tornará obrigatória para todos os certames a partir do dia

1° de abril de 2023. 

Pode usar a 8666 e a 14133 numa mesma licitação?


Não! O gestor público não pode combinar a antiga e a nova lei em

uma mesma licitação, aplicando parte do regime antigo e parte do

novo. Se algo assim acontecer é possível solicitar a impugnação do edital.

Fases da Licitação na Nova Lei


A Nova Lei de Licitações, em seu art. 17,

traz de forma expressa quais são

as fases da licitação. São elas:

Art. 17. O processo de licitação observará

as seguintes fases, em sequência:

I – preparatória;

II – de divulgação do edital de licitação; 



III – de apresentação de propostas e lances,

quando for o caso;

IV – de julgamento;

V – de habilitação;

VI – recursal;

VII – de homologação.
A Subcontratação na Nova Lei de Licitação
Ainda no artigo 67, parágrafo 9º, a Nova Lei de Licitação traz o tema da

subcontratação nos seguintes termos:

§ 9º O edital poderá prever, para

aspectos técnicos específicos, que a qualificação técnica seja demonstrada

por meio de atestados relativos a potencial subcontratado, limitado a 25%

(vinte e cinco por cento) do objeto a ser licitado, hipótese em que mais de

um licitante poderá apresentar atestado relativo ao mesmo potencial

subcontratado.

Dito de outro modo, agora existe a possibilidade de se exigir atestado de

capacidade técnica de potenciais subcontratados. Mas atenção: trata-se de

uma possibilidade e não de uma obrigação.

O Balanço Patrimonial na Nova Lei de Licitação


A respeito do Balanço Patrimonial, a Nova Lei de Licitação, em seu artigo 69,

afirma que o licitante deve apresentar o:

I – balanço patrimonial, [com a] demonstração de resultado de exercício e

demais demonstrações contábeis dos 2 (dois) últimos exercícios sociais;

Ou seja, agora, com base na Nova Lei, se você estiver participando de uma

licitação em 2022, deve apresentar o Balanço Patrimonial de 2021 e 2020.

Mas o que fazer se a sua empresa tiver menos que dois anos de existência?

A própria lei responde essa pergunta:

§ 6º Os documentos referidos no inciso I do caput deste artigo limitar-se-ão

ao último exercício no caso de a pessoa jurídica ter sido constituída há

menos de 2 (dois) anos.

Se a sua empresa não puder apresentar o Balanço dos últimos dois anos,

basta apresentar o do ano anterior. Fácil, não é mesmo?

Mas e se a empresa tiver menos de um ano de existência?A Nova Lei também

resolveu este impasse:

Art. 65. As condições de habilitação serão definidas no edital.

§ 1º As empresas criadas no exercício financeiro da licitação deverão atender a

todas as exigências da habilitação e ficarão autorizadas a substituir

os demonstrativos contábeis pelo balanço de abertura.


Capital ou Patrimônio Líquido Mínimo
A Nova Lei de Licitação, no artigo 69, em seu parágrafo quarto traz o seguinte:

§ 4º A Administração, nas compras para entrega futura e na execução de

obras e serviços, poderá estabelecer no edital a exigência de capital mínimo

ou de patrimônio líquido mínimo equivalente a até 10% (dez por cento) do

valor estimado da contratação.

Isso quer dizer que para compras de entrega futura ou execução de obras e

serviços, o edital pode exigir um capital ou patrimônio líquido mínimo

equivalente a 10% do valor estimado da contratação. Portanto, se estamos

falando de um contrato de 1 milhão, o mínimo que pode ser exigido como

critério de habilitação econômico-financeira é 100 mil reais.

Como apresentar a Documentação de Habilitação?

Por fim, a Nova Lei de Licitação, em seu artigo 70, mostra como os

documentos de habilitação podem ser apresentados:

Art. 70. A documentação referida neste Capítulo poderá ser:

I – apresentada em original, por cópia ou por qualquer outro meio

expressamente admitido pela Administração;

II – substituída por registro cadastral emitido por órgão ou entidade pública,

desde que previsto no edital e que o registro tenha sido feito em obediência ao

disposto nesta Lei;

III – dispensada, total ou parcialmente, nas contratações para entrega imediata,

nas contratações em valores inferiores a 1/4 (um quarto) do limite para

dispensa de licitação para compras em geral e nas contratações de produto

para pesquisa e desenvolvimento até o valor de R$ 300.000,00

(trezentos mil reais).

Parágrafo único. As empresas estrangeiras que não funcionem no País deverão

apresentar documentos equivalentes, na forma de regulamento emitido pelo

Poder Executivo federal.


Com a Nova Lei de Licitação, como ficou o tempo de

pagamento após a conclusão de contrato em licitação?

O art. 40 da Lei nº 8.666/1993, ao dispor sobre os requisitos mínimos que

devem constar do edital das licitações, prescreve que o prazo de pagamento

não poderá ser superior a 30 (trinta) dias. Isso contado a partir da data final do

período de adimplemento de cada parcela.

Estabelece, ainda, que deve constar no edital o critério de atualização

financeira dos valores a serem pagos, desde a data final do período de

adimplemento de cada parcela até a data do efetivo pagamento. Os artigos

141 a 146 da Lei nº 14.133/21 trazem uma série de disposições referentes à

ordenação dos pagamentos das despesas decorrentes das obrigações

constituídas com base na nova Lei de Licitações.

Entre as quais os inovadores dispositivos que estabelecem a indicação

expressa das situações nas quais poderá haver alteração da ordem

cronológica de pagamentos por categoria de contratos. Assim como, a

possibilidade excepcional de antecipação de pagamentos.


Como ficaram os pagamentos após a Nova Lei de Licitações

e Contratos?

O art. 141 da Nova Lei de Licitações e Contratações Administrativas

prescreve que, no dever de pagamento pela Administração, será

observada a ordem cronológica para cada fonte diferenciada de recursos.

Mas sendo subdividida nas seguintes categorias de contratos:

a) fornecimento de bens;

b) locações;

c) prestação de serviços; e

d) realização de obras.

A ordem cronológica poderá ser alterada, mediante prévia justificativa da

autoridade competente e posterior comunicação ao órgão de controle

interno da Administração e ao tribunal de contas competente.

Contudo, exclusivamente nas seguintes situações:

a) grave perturbação da ordem, situação de emergência ou

calamidade pública;

b) pagamento a microempresa, empresa de pequeno porte,

agricultor familiar, produtor rural pessoa física, microempreendedor individual

e sociedade cooperativa, desde que demonstrado o risco de descontinuidade

do cumprimento do objeto do contrato;

c) pagamento de serviços necessários ao funcionamento dos sistemas

estruturantes, desde que demonstrado o risco de descontinuidade do

cumprimento do objeto do contrato;

d) pagamento de direitos oriundos de contratos em caso de falência,

recuperação judicial ou dissolução da empresa contratada;

e) pagamento de contrato cujo objeto seja imprescindível para assegurar a

integridade do patrimônio público ou para manter o funcionamento das

atividades finalísticas do órgão ou entidade, quando demonstrado o risco de

descontinuidade da prestação de serviço público de relevância ou o

cumprimento da missão institucional.

Assim, a inobservância imotivada da ordem de pagamentos ensejará a

apuração de responsabilidades, cabendo aos órgãos de controle a sua

fiscalização.
Então, a Administração Pública pode se

isentar de realizar o pagamento?


Não. A Lei não permite a inadimplência deliberada da

Administração Pública, sob pena de responsabilização do

agente público que lhe tenha dado causa.

Em caso de atraso no pagamento,

há atualização monetária?
Sim. Conforme estabelece o inciso V do art. 92 do

Marco Legal das Licitações e Contratações Públicas,

todo contrato administrativo deve conter cláusula

que estabeleça “o preço e as condições de

pagamento, os critérios, a data-base e a

periodicidade do reajustamento de preços e os

critérios de atualização monetária entre a data do

adimplemento das obrigações e a do efetivo

pagamento” (grifos nossos).


Checklist de Documentos


Habilitação JurídicK
> Ato Constitutivo (contrato social, estatuto social ou requerimento de
empresário)$
> Todas as alterações ou consolidação do Ato Constitutivo$
> Procuração dos respectivos representantes nas licitações$
> Documentos dos Sócios$
> Documentos do Representante Legal;6
> Prova de Administração ou Diretoria (dependo do tipo empresarial&
> Decreto de Autorização de Funcionamento (no caso de empresas
estrangeiras que funcionam no Brasil).


Habilitação Fiscal e TrabalhistK


> Cartão de CNPJ;6
> Inscrição Estadual$
> Inscrição Municipal;6
> Certidão negativa de débitos Federais$
> Certidão negativa de débitos Estaduais$
> Certidão negativa de débitos Municipais$
> Certidão negativa de débitos Trabalhista$
> Certidão negativa de débitos do FGTS$
> Certidão negativa de débitos do INSS;


Qualificação Econômico-FinanceirK
> Balanço patrimonial$
> Índices Contábeis$
> Capital social ou patrimônio líquido$
> Certidão negativa de Falência e Concordata;


Qualificação TécnicK
> Atestado(s) de Capacidade Técnica Profissional$
> Atestado(s) de Capacidade Técnica Operacional$
> Inscrição na entidade profissional competente$
> Registro em órgão regulamentador;


Outras Declaraçõec
> Declaração Menor/Aprendiz$
> Declaração ME/EPP$
> Declaração de Habilitação$
> Declaração de Inexistência de Fatos Impeditivos$
> Declaração sobre Trabalho Forçado e/ou Degradante$
> Declaração de Elaboração independente de Proposta;6
> Declaração de Renúncia de Vistoria$
> Carta de Credenciamento;
A Nova Lei na Prática
19, 20 e 21 de Julho
presencial e online | São Paulo

www.conlicitantes.com.br

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