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DOI: 10.55905/revconv.16n.1-008
André Avelino
Mestrando em Informática
Instituição: Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
Endereço: Vitória - ES, Brasil
E-mail: andre.avelino@edu.ufes.br
Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.16, n.1, p. 92-108, 2023 92
Mauricio Lago Barros
Especialista em Informática na Educação
Instituição: Secretaria de Estado da Educação (SEDU - ES)
Endereço: Baixo Guandu - ES, Brasil
E-mail: mlagob@gmail.com
Elivelto Ebermam
Mestre em Informática
Instituição: Secretaria de Estado da Educação (SEDU - ES)
Endereço: Baixo Guandu - ES, Brasil
E-mail: eliveltoebermam@gmail.com
RESUMO
O presente relato de experiência tem por objetivo analisar e discutir o uso de metodologias ativas
no processo de recuperação acadêmica. Após dois anos estudando de forma remota, os estudantes
possuem dificuldades em sua readaptação presencial na escola, tendo como reflexo as notas
baixas. As metodologias ativas podem contribuir na construção do conhecimento e
fortalecimento de assuntos lecionados durante o período acadêmico. No desenvolvimento deste
relato, foi observado o empenho dos estudantes na criação de suas aulas e posteriormente sua
apresentação, tendo resultados significativos e melhoria notória de suas notas acadêmicas.
ABSTRACT
This experience report aims to analyze and promote a discussion around the application of active
methodologies in the academic recovery process. After two years of remote learning, students
are experiencing difficulties in their readaptation into the standard form of education; as a result,
they are getting low academic grades. Active methodologies may contribute to build knowledge
and to strengthen the topics taught during the school year. While doing the researches for this
study, it became possible to notice the commitment students had when creating lessons and,
posteriorly, presenting them; they were able to show positive results in their tasks and got
noticeably improved academic grades.
1 INTRODUÇÃO
Durante o período no qual os estudantes se encontram em sala de aula, é comum os
mesmos encontrarem inúmeros métodos abordados pelos seus professores para transmitirem os
conteúdos que se encontram distribuídos no plano de ensino de cada disciplina. Cada estudante
possui suas particularidades, o que torna desafiador este processo para o preparo das aulas,
fazendo com que o profissional da educação precise saber dosar as aulas teóricas junto às práticas
(LIBÂNEO, 1994, p. 173).
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A forma como os estudantes absorvem os conhecimentos transmitidos pelos seus
professores podem ser diversas, mas dois modos serão aqui mencionados, sendo a aprendizagem
mecânica e aprendizagem significativa. Ausubel, Novak e Hanesian (1978) por meio da obra
intitulada Educational Psychology: A Cognitive View abordam estes dois tipos de aprendizagem.
A aprendizagem mecânica ocorre de forma arbitrária, ou seja, um conhecimento é
absorvido sem que haja completa compreensão ou aprendizagem do assunto. Em linhas gerais, o
professor fala ou escreve e o estudante “aprende” sem que ocorra uma interpretação ou indagação
sobre o assunto. Diferente da aprendizagem significativa, um conhecimento prévio sobre um
assunto não é relevante.
Já na aprendizagem significativa, o estudante possui um conhecimento prévio que serve
como base para obtenção de um novo conhecimento, Ausubel define este conhecimento prévio
como subsunçor (1978). Por exemplo, para que que o estudante saiba que o resultado da
multiplicação de 3 x 3 é igual 9, é importante que este estudante saiba o conceito de adição, pois
3 x 3 seria o mesmo que 3 + 3 + 3 na adição, ambos totalizando 9.
Saber como abordar os conteúdos e quais técnicas vão ser utilizadas em sala de aula tem
o peso para definir o interesse de nossos estudantes em determinados assuntos. De forma
empírica, observamos em aula que os estudantes possuem afinidades por disciplinas específicas
que vão de encontro com seu projeto acadêmico. Em uma exemplificação, seria inviável pedir
para um estudante de engenharia se dedicar em programação de computadores assim como ele
se dedica em disciplinas específicas de sua área.
Desta forma surgem várias dúvidas e uma dela está relacionada a esta dedicação dos
estudantes em disciplinas que podem não ir ao encontro com suas aptidões ou gostos. Outro fator
impactante é a atual geração imediatista e prática na qual vivemos. Cada vez mais os estudantes
ficam entediados com rapidez e querem os resultados de forma imediata.
A atual geração da informação (geração Z) aprendeu que é mais fácil procurar a resposta
no Google ao invés de investir tempo em interpretar a pergunta e buscar o resultado correto. Uma
geração que consome de forma desesperada novas tecnologias digitais, os tornando imediatistas
e consumistas vorazes (JUNGER et al., 2018, p. 4 - 8). Isso torna dificultoso o trabalho do
professor, pois comumente traçamos uma rota que pode ser curta ou longa até alcançarmos o
resultado, e esta rota muitas vezes passa por um período teórico até se torna prático.
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Pensando nisto, existem formas de tornar um conteúdo atrativo para os estudantes, como
relacionar o conteúdo com situações do seu cotidiano, jogos digitais, gincanas, entre outras
formas. Integrar o uso de tecnologias digitais no meio educacional visando a maior contribuição
dos estudantes também se torna uma forma de termos estudantes participativos e autônomos no
seu processo de construção do conhecimento.
Desta forma, o presente relato de experiência tem por objetivo investigar o uso de
metodologias ativas como forma de recuperar estudantes que vieram a obter notas abaixo da
média no trimestre letivo e criar ou aumentar o interesse dos mesmo em diversos conteúdos. A
pesquisa foi qualitativa com enfase em pequisa-ação, se apoiando em autores como Gil (2002) e
Markoni e Lakatos (2003). Foram selecionadas turmas da 1ª Série do Ensino Médio integrado a
cursos técnicos e ensino regular.
Ao final da recuperação trimestral, os estudantes foram submetidos a um questionário
online visando compreender os impactos do uso de metodologias ativas no processo de
construção do conhecimento e na colaboração para recuperação de notas acadêmicas.
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Desta forma, o estudante com maior limitação precisa se esforçar para “superar suas dificuldades
e conquistar seu lugar junto aos mais capazes.”
No ensino tradicional, o conteúdo não se baseia em suas experiências ou vivências diárias,
mas sim conteúdos que visam preparar estes estudantes para a vida que os aguardam após este
período acadêmico. O método de ensino é verbal ou por meio de demonstrações do conteúdo em
um quadro, sendo percorrido cinco etapas, conforme apresenta Libâneo (2014):
1 - Preparação do estudante: definição dos objetivos da aula acompanhado da recordação
do conteúdo anterior, visando despertar o interesse dos estudantes;
2 - Apresentação: foco nos pontos-chave do conteúdo e sua demonstração;
3 - Associação: aqui ocorre a combinação dos novos conhecimentos com os
conhecimentos já adquiridos, seja por comparação ou abstração;
4 - Generalização: dos pontos-chaves chega-se a um conceito geral;
5 - Aplicação: momento destinado para resolução de atividades de fixação.
Por fim, o professor é autoridade total em sala, não ocorrendo diálogos entre as partes a
não ser relacionadas a conteúdo e em momentos específicos. O conteúdo apresentado pelo
professor é a verdade única e deve ser absorvida assim, tendo a disciplina e a aula ministrada os
únicos meios para assegurar a atenção, silêncio e aprendizado.
O uso de metodologias ativas possibilita que o estudante crie um senso crítico e atuante
em um processo educativo, que na visão de Novaes et al (2021, p. 5) torna-os reflexivos sobre as
possibilidades de resoluções de atividades ou avaliações por meio de ensaios de erros e acertos.
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Desta forma, o professor deve observar as dúvidas e questionamentos feitas pelos estudantes e
propor meio junto a estes estudantes para saciar estes questionamentos.
As metodologias ativas podem ser utilizadas como complemento a metodologia
tradicional de ensino ou abordada de forma isolada. Libâneo (2013, p. 108) afirma que este tipo
de metodologia requer planejamento, organização e controle das etapas, para que ocorra o
aprender fazendo, sendo desenvolvido a participação efetiva dos estudantes no seu processo de
construção do conhecimento (Novaes et al 2021, p. 5).
3 O TRAÇADO METODOLÓGICO
O presente estudo é uma abordagem qualitativa, ocorrendo em turmas do ensino médio
integrado aos cursos técnicos ou propedêutico. A presente intervenção caminha para uma
pesquisa-ação, na qual Gil (2002) à aponta como:
[...] é um tipo de pesquisa com base empírica que é concebida e realizada em estreita
associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual,
pesquisadores e participantes representativos da situação ou do problema estão
envolvidos de modo cooperativo ou participativo. (THIOLLENT, 1985, p.14, apud
GIL, 2002).
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referida pesquisa foi buscar compreender como as metodologias ativas podem contribuir na
recuperação de notas dos participantes.
3.1 OS PARTICIPANTES
A escola representada no projeto encontra-se no interior do estado do Espírito Santo,
sendo uma escola de ensino médio integrado com a formação técnica e profissional. No ano de
2022, a escola conta com dois cursos técnicos na área tecnológica, sendo Informática para
Internet e Manutenção e Suporte em Informática, um curso de Análises Clínicas na área de Saúde,
e o ensino médio regular.
As turmas participantes possuem abreviaturas para o nome dos cursos, sendo EMINF,
EMMAN , EMASP . Essas nomenclaturas criam a identidade de cada curso, sendo utilizadas
como referências entre estudantes e professores. Os estudantes estão sendo representados pela
letra “A” em maiúsculo e os numerais arábico, a saber: A1, A2, A3, [...]. As turmas participantes
e o quantitativo de estudantes por turma seguem apresentados na Tabela 1 abaixo.
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A atividade/teste ocorria de forma individual, após o sorteio, cada estudante tinha o prazo
de duas semanas para preparar uma aula/apresentação sobre aquele determinado conteúdo. Os
estudantes contavam com a ajuda do professor para organizarem o conteúdo a ser transmitido no
dia da avaliação.
Nas datas referentes a cada apresentação, cada estudante tinha o tempo de 25 minutos
para explanar seu conteúdo. Em cada apresentação, obrigatoriamente, deveria conter os dados
históricos sobre o tema, conceito e definição e exemplos com resolução de problemas, tudo em
formato de uma aula expositiva.
Os critérios levados em consideração para avaliação foram: clareza na explicação e
domínio do tema, explicação com ênfase em pontos importantes e destaque para conceitos
envolvidos, recursos utilizados e criatividade, distribuição e organização do tempo, utilização de
exemplos relacionados com o conteúdo, ausência de erros, como: erros de definição e cálculos
na resolução de exemplos e/ou problemas; interação com a turma, resposta de duas perguntas
sobre o tema e resolução de uma situação-problema inédito criado pelo professor avaliador no
final da apresentação. Todo o processo foi gravado em vídeo e áudio para registro e também para
contestar possíveis recursos da nota.
Essa avaliação foi aferida somente pelo professor da disciplina, sendo pontuada
posteriormente, porém, ao final de cada apresentação, a turma era liberada para fazer
apontamentos ou tirar dúvidas, caso houvessem. O professor ao final da apresentação sempre
incentivava a turma para que ocorresse a interação com o apresentador e até mesmo auxiliar com
possíveis ajudas.
Com essa atividade, foi evidente que o estudante se preparou e obteve um êxito muito
mais significativo no aprendizado quando se comparado com o método tradicional de avaliação.
Inclusive, depoimento de alguns estudantes, explanaram que aprenderam e fixaram melhor o
conteúdo quando explicaram para os colegas o que estudou para apresentação.
Essa percepção dos estudantes vai de encontro com a pirâmide de aprendizagem de
William Glasser (1925-2013), psiquiatra americano aplicou a “Teoria da Escolha” no meio
educacional, no qual o professor é tido como um orientador do estudante e não como um chefe,
sendo descartado a teoria da memorização, que é esquecida após ser aplicada pelo estudante em
um método avaliativo, e valorizado o aprender fazendo (SOUZA & MORAES, 2019, p.80). Para
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comprovar sua teoria, Glasser desenvolveum pirâmide que demonstra a porcentagem de
aprendizado em cada situação, conforme demonstrado na Figura 1 abaixo.
Por meio da pirâmide podemos afirmar que o indivíduo aprende mais quando ensina, da
mesma forma o estudante, que ao ser colocado no papel de professor, seu desempenho será
notório no aprendizado. Glasser em uma memorável frase afirma que “a boa educação é aquela
em que o professor pede para que seus estudantes pensem e se dediquem a promover um diálogo
para promover a compreensão e o crescimento dos estudantes”.
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3.3.1 Equações do 2° grau incompletas (1)
“Anderson comprou 120 figurinhas para o seu álbum. Porém, dessas 120 figurinhas, 72
eram repetidas. As figurinhas repetidas representam qual porcentagem do total de figurinhas que
ele comprou?”
A) 40%
B) 48%
C) 60%
D) 72%
E) 82%
Solução do estudante:
120 ---100
72 ---- x
120 100
=
72 𝑥
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120x = 7 200
7 200
𝑥=
120
x = 60%
Solução do estudante:
x + x2 = 12
x2 + x – 12 = 0
∆ = 12 – 4.1.(-12)
∆ = 1 + 48
∆ = 49
x1 = (-1 + √49)/(2.1) = (-1+7)/2=3
x2 = (-1- √49)/(2.1) = (-1- 7)/2=-4
4 RESULTADOS
Após as apresentações, houve o período de análise de pontuação realizada pelo professor
da disciplina, sendo observado todos os critérios que foram anteriormente apresentados aos
estudantes, foram pontuados posteriormente com uma nota de “0” a “30” pontos e tendo média
igual a “18”. Os resultados podem ser encontrados na Tabela 2 abaixo:
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Tabela 2 - Pontuação estudantes
1ª Ensino Médio Aspirações Docentes
Estudante Nota Trimestre Nota Recuperação Trimestral
A01 15 18
A02 14 23
A03 04 20
A04 16 17
Por meio das notas apresentadas na Tabela 2 acima, podemos observar resultados
satisfatórios para a experiência proposta pelo professor da disciplina de matemática e do uso de
metodologia ativa no processo de recuperação. Os estudantes A4, A5, A10, A11, A13 e A14 não
obtiveram a média esperada no trimestre, o que não inviabiliza a pesquisa, pois seus resultados
foram acima de suas notas trimestrais antes da recuperação.
Posterior a este momento de entrega de notas, os estudantes foram submetidos a uma
pesquisa realizada via Google Forms, no qual responderam dez perguntas relacionadas a
intervenção feita pelo professor da disciplina. Para apresentar a visão dos estudantes a respeito
da metodologia ativa utilizada, foram selecionados um representante de cada curso. Também
foram selecionadas seis perguntas feitas no questionário. Suas respostas podem ser encontradas
abaixo:
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“Qual o grau de dificuldade que possuía na disciplina de matemática no 1º Trimestre?”
A02: Pouca dificuldade, sei alguns conceitos e como aplicá-los.
A09: Dificuldade mediana, sei alguns conceitos, mas não sei como aplicá-los.
A16: Dificuldade mediana, sei alguns conceitos, mas não sei como aplicá-los.
“Na sua opinião, qual(is) conteúdo(s) você tinha dificuldade(s) em aprender?”
A02: Equação do 2ª grau.
A09: Potência.
A16: Principalmente equação de 2ª grau.
“Em complemento a pergunta anterior, quais os motivos que tinha dificuldades neste(s)
conteúdo(s)?”
A02: Tenho um pouco de dificuldade, mas sempre busco entender o assunto.
A09: Eu tinha um pouco de dificuldade em aprende o conteúdo.
A16: principalmente por desinteresse na matéria de matemática, e também por falta de
atenção durante as aulas.
“Você acredita que usar esta metodologia durante as aulas e/ou recuperação pode auxiliar
no entendimento do conteúdo?”
A02: Sim, pois com a metodologia os alunos conseguem se desenvolver com mais
facilidade.
A09: Sim, pois eu tinha que rever o conteúdo, podendo aprender mais sobre.
A16: Sim, pois força o aluno(a) a pesquisar mais a fundo sobre o assunto e a matéria que
envolve o conteúdo passado em sala de aula, como consequência o aluno pode se interessar pelo
conteúdo e aprender melhor.
“Na sua opinião, usar a sala de aula invertida o ajudou em que sentido?”
A02: Ajudou a entender mais sobre os conteúdos e a perder um pouco da vergonha e
medo de me apresentar em público.
A09: Ajuda a aprender mais sobre o conteúdo.
A16: Me ajudou a entender o conteúdo de forma mais abrangente, pois tive que usar os
métodos passados em sala de aula na prática, ajudando no meu desempenho escolar.
“O que acha que poderia melhorar no processo de recuperação?”
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A02: Acho que não é preciso nenhuma mudança.
A09: Nada.
A16: Na minha opinião nada, pois o método tradicional (prova) é menos efetivo do que a
aula invertida, como já falado anteriormente, a aula invertida faz com que o aluno aprenda melhor
os métodos que devem ser aplicados nos conteúdo das aulas.
De modo geral, por meio das respostas, os relatos apresentam-se como favoráveis para a
utilização de metodologias ativas no processo de recuperação de notas, neste caso, trimestral. As
falas demonstram que os estudantes conseguiram entender o benefício da utilização de uma
metodologia ativa no processo de construção do conhecimento, permitindo a absorção de novos
conceitos e desenvolvendo a criatividade dos estudantes.
Por fim, acredita-se que a utilização de técnicas como as metodologias ativas podem
beneficiar aqueles que as utilizam, criando o senso reflexivo e criativo dos estudantes, além de
torná-los pesquisadores e motivá-los a superarem barreiras pessoais, desenvolvendo assim seu
potencial criativo.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por meio do presente relato de experiência, pode constatar os benefícios de intervenções
no processo de recuperação trimestral, dentre elas, as metodologias ativas. O presente estudo teve
por objetivo analisar os benefícios que estas técnicas possuem no processo cognitivo dos
estudantes. Durante todo o período de recuperação, o professor da disciplina buscou incentivar e
motivar este pequeno grupo no desenvolvimento do trabalho.
Por meio dos relatos, observou-se a aceitação dos estudantes em relação a esta técnica de
ensino, os mesmos se tornaram protagonistas e desenvolveram conteúdos significantes e
importantes para seu processo de crescimento cognitivo, conseguindo abordar os temas que estes
apresentaram dificuldades durante o trimestre letivo, pois agora os mesmos estavam focados em
aprender para poder ensinar, conforme encontrado na pirâmide de aprendizagem de William
Glasser (1925-2013).
Percebe-se que nem todos os estudantes foram beneficiados, ficando ainda com notas
abaixo da média, sendo necessário o uso de outras técnicas de metodologias ativas. Como
potencialidade, observa-se que cada escola possue grupos distintos e em cada grupo alunos
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distintos, sendo preciso analisar cada técnica que enquadra-se da melhor forma para estes
estudantes.
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REFERÊNCIAS
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