NÃO É UM PROBLEMA RESOLVER PROBLEMAS
problemas matemáticos, quais as dúvidas que
têm no momento de resolvê-los e que estratégias
usam. Vale listar as conclusões da turma e seguir
retomando e ampliando esse registro ao longo das
atividades.
É recomendável também comentar com as crianças
que o objetivo será ajudá-las a analisar com segurança
o enunciado dos problemas e a construir boas
estratégias para resolvê-los.
ATIVIDADES
Na rodada de socialização, convide as alunas e os
alunos a compartilhar o que pensaram ao analisar
cada enunciado. O problema B provavelmente não
oferecerá diculdade, já que todos os dados estão
explícitos ao longo do enunciado, e a pergunta – o que
é preciso descobrir – está destacada no nal. Já o
problema C traz a pergunta no início e é interessante
levantar com as crianças como zeram para
descobrir. Caso tenham dúvidas, vale comentar com a
turma que a expressão “Luís quer saber...” é indicativa
de que há uma pergunta ali, deixando evidente o
que é preciso descobrir. Já o problema D traz uma
informação importante implícita no enunciado: o
número de amigos que saíram para passear juntos
levando R$ 5,00 cada um. É preciso contar os nomes
das crianças para sabê-lo.
Vale a pena nalizar a etapa de socialização resolvendo
os problemas coletivamente e chegando às seguintes
respostas:
l Aline recebeu R$ 250,00 de sua mãe para pagar as
contas.
l Luís ainda precisa ler 197 páginas para terminar o
livro.
l Os amigos gastaram R$ 20,00 em cocadinhas.
Esse problema tem informações numéricas em excesso
e é preciso selecionar as que são pertinentes, de
acordo com a pergunta apresentada. Na rodada de
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socialização, é importante conversar com a turma sobre
que informação, na pergunta do problema, permite
selecionar rapidamente os dados (“Quanto dinheiro?”).
Com essa pista, basta separar os números que se
referem a quantias em dinheiro: R$ 2,00 e R$ 5,00.
Essa atividade reapresenta em outro contexto a tarefa
de analisar os dados disponíveis no enunciado de um
problema. Dessa vez, faltam dados para que o problema
seja resolvido e é preciso identicá-los. Como nas outras
atividades, a etapa de socialização é muito importante
para que todas e todos prossigam na reexão proposta
pela atividade e avancem nos elementos que conseguem
observar ao ler um enunciado.
Na rodada de socialização, convide as alunas e os
alunos a compartilhar as informações que observaram
nos enunciados para escrever cada pergunta. O
propósito é que a turma perceba como as informações
fornecidas no enunciado tornam possível realizar as
perguntas sugeridas. Em seguida, peça que as crianças
selecionem a melhor pergunta para cada problema e
resolva-os coletivamente.
A) Com quantos pontos cou Bento? Resposta:
Bento cou com 141 pontos.
B) Quantas prendas o 5º A arrecadou a mais do
que o 5º B? Resposta: o 5º A arrecadou 89 prendas
a mais do que o 5º B.
C) Quantas tampinhas tem Josélia? Resposta:
Josélia tem 85 tampinhas.
Uma reportagem como a citada nessa atividade
permite a elaboração de muitos problemas. O
propósito é convidar as alunas e os alunos a analisar
dados numéricos de um contexto social para pensar
em como usá-los na elaboração de problemas
matemáticos interessantes. Depois de socializar com
toda a classe os enunciados produzidos e fazer os
ajustes necessários para que todos os problemas
“funcionem bem”, proponha que as duplas troquem os
problemas entre si.
O objetivo dessa atividade é convidar as alunas e os
alunos a analisar dados numéricos do problema para
vericar qual das perguntas eles permitem responder. No
caso, todas as perguntas “combinam” com o problema.
Por isso, é importante discutir qual delas pode ser
respondida. Espera-se que as crianças concluam que a
única questão possível de ser respondida com base nos
dados apresentados é sobre quanto Luís gastou.
A ideia, na atividade 7, é retomar as atividades
realizadas até agora na sequência didática e, com
base nelas, construir uma lista de dicas para a
resolução de problemas.
O propósito dessa atividade é que as crianças utilizem
as dicas construídas coletivamente para analisar os
problemas apresentados e antecipar qual seria um
cálculo adequado para sua resolução. Por isso, é
importante discutir com elas os percursos de cálculo que
cada uma imaginou fazer, vericando, no coletivo, que
elementos do enunciado ajudam a antecipar um percurso
de resolução adequado. Conra o gabarito das questões:
A) Adição ou multiplicação.
B) Adição ou multiplicação.
C) Adição, divisão ou multiplicação.
D) Multiplicação ou adição.
E) Divisão e multiplicação ou divisão e adição.
O propósito da atividade é que a turma resolva os
problemas com base no planejamento e na discussão
realizada na atividade 8 e chegue aos seguintes
resultados:
A) 350 centímetros ou 3,5 metros.
B) 6.500 litros.
C) 20 lugares.
D) 9 tipos de lanche.
E) 90 kg.
a
Nessas questões estão propostos problemas que
podem ser resolvidos com a divisão, ainda que
não se espere que essa seja a única estratégia
empregada pelas crianças. Os problemas 10 e 11 são
considerados problemas de repartição e de partição.
Chama-se problema de repartição aquele em que se
pergunta pela quantidade que corresponde a cada
parte (por exemplo, o problema 10). Já no problema
de partição, o foco está no número de partes em
que se dividiu (por exemplo, o problema 11). Embora
ambos possam ser resolvidos com uma divisão, em
cada um a conta tem um signicado diferente. É
justamente essa diferença que está por trás da maior
ou menor diculdade das crianças em identicá-los
como “problemas de dividir”.
No início do trabalho com esses problemas, podem
aparecer diversos procedimentos de repartição,
alguns baseados em representações grácas, outros
em subtrações sucessivas. Por exemplo, no problema
10, a criança poderia ir “descontando” de 4 em 4
(32 – 4 = 28, 28 – 4 = 24, 24 – 4 = 20 etc. Até não
restar nada. A resposta seria o número de vezes em
que se descontou 4 de 32). Outro caminho poderá
ser somar 4, sucessivamente, até chegar a 32 e
estabelecer a quantidade de vezes que se somou 4.
Outra criança poderá reconhecer que se trata de
um problema de divisão e utilizar um cálculo para
resolvê-lo. O importante é compartilhar diferentes
estratégias de resolução.
Ainda que os problemas 10 e 11 possam ser
resolvidos com a conta 32 : 4 ou estratégias de
somar ou subtrair 4, a pergunta que se faz não é a
mesma, assim como é diferente o signicado de cada
parte da conta em cada um deles. Essa discussão é o
foco do problema 12.
O problema 13, por sua vez, tem como objetivo que
as crianças possam identicar diferentes cálculos que
resolvem um mesmo problema. Por isso, retomam-
-se aqui estratégias que poderiam ter aparecido na
resolução dos problemas anteriores e se acrescentam
outras para enriquecer a análise. Você poderá propor
questões como:
PROFESSOR – 5º ANO 27