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TRANSTORNO MENTAL E AUTISMO

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Sumário

NOSSA HISTÓRIA ......................................................................................... 2

Transtorno Mental e Autismo .......................................................................... 3

Sistemas de classificação e diagnóstico ..................................................... 5


Detalhamento do CID-10 ............................................................................ 6
F00-F09 Transtornos mentais orgânicos, inclusive os sintomáticos ........ 6

F10-F19 Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de


substância psicoativa ......................................................................................... 6

F20-F29 Esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e transtornos delirantes


.......................................................................................................................... 7

F30-F39 Transtornos do humor [afetivos] ................................................ 7

F40-F48 Transtornos neuróticos, transtornos relacionados com o “stress”


e transtornos somatoformes .............................................................................. 7

F50-F59 Síndromes comportamentais associadas a disfunções


fisiológicas e a fatores físicos ............................................................................ 8

F60-F69 Transtornos da personalidade e do comportamento do adulto .. 8

F70-F79 Retardo mental ......................................................................... 9

F80-F89 Transtornos do desenvolvimento psicológico ............................ 9

F90-F98 Transtornos do comportamento e transtornos emocionais que


aparecem habitualmente durante a infância ou a adolescência ......................... 9

Transtornos do neurodesenvolvimento segundo o DSM-V ....................... 11


Autismo e suas origens ............................................................................. 19
Autismo infantil ...................................................................................... 23

REFERÊNCIAS ............................................................................................ 25

1
NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários,


em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo
serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de
publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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Transtorno Mental e Autismo

Desde que as pessoas se reconhecem enquanto pessoas,existe a percepção


de comportamento normal, padrão e comportamento desviante. Em diferentes
momentos da história, esses comportamentos desviantes receberam vários nomes e
classificações.

Para os antigos, alguns desses


comportamentos eram vistos como
sinais de deuses, tanto positivos
quanto negativos. Alguns casos de
esquizofrenia, por exemplo eram vistos
como sinais de profetas. Com a
influência do cristianismo na cultura
ocidental, esses mesmos
comportamentos passaram a ser vistos
como sendo negativos e influenciados por demônios. A depressão, por exemplo,
dizia-se que era influenciada pelo demônio do meio-dia. Como a Igreja tinha bastante
influência na sociedade, essas pessoas eram ou abandonadas por estarem
possuídas ou eram levadas a igrejas para serem exorcizadas.

No final da idade média e início do Renascimento, pessoas que apresentavam


esses comportamentos eram deixados de lado pela sociedade. Eles eram chamados
de loucos e muitas vezes eram trancados com criminosos para afastar suas
influências das pessoas ditas normais.

Com o tempo e o avanço da medicina, começou-se a perceber que esses


“loucos” não possuíam só comportamento desviante, mas apresentavam sintomas
claros que se repetiam em várias pessoas. Agora, ao invés de trancados em cadeias
com criminosos comuns, eles eram trancados em asilos e manicômios para serem
estudados e tratados.

Neste ponto, passou-se a reconhecer a loucura como doença mental. Surge


então a psiquiatria moderna no final do século XIX e várias tentativas de tratamento

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de doenças mentais. Sigmund Freud, por exemplo, com ajuda de Jean-Martin
Charcot, utilizou inicialmente a hipnose para mostrar que a histeria, doença até então
misteriosa que afetava principalmente mulheres e causava paralisias entre outros
sintomas, era uma doença psicogênica, ou seja, de origem psicológica ou mental.

Carl Jung, psiquiatra suíço que trabalhou no hospital psiquiátrico de Burgholzli


na suíça, mostrou através de testes de associação de palavras a existência de
complexos autônomos reprimidos e inconscientes, comprovando assim a tese de
Freud. Ele também contribuiu no desenvolvimento do diagnóstico de esquizofrenia,
elaborado por seu professor e mentor Eugene Bleuler, doença até então chamada de
demência precoce.

No século XX, houveram muitos avanços na psiquiatria e na psicopatologia,


como ficou conhecida a área de estudos das doenças mentais.

Durante a Primeira Guerra Mundial houveram importantes avanços na área da


psicometria, ou de testes psicológicos. Eles eram utilizados inicialmente para
selecionar os melhores soldados e depois para selecionar os melhores empregados
para as indústrias. Com os testes psicológicos começaram as classificações de
inteligência. Com isso alguns casos de transtornos mentais passaram a ser
classificados como retardos mentais ou déficits de inteligência. Pessoas com QI entre
80 e 120 eram consideradas normais, pois estavam na média. Pessoas com QI abaixo
de 80 eram consideradas com atraso no desenvolvimento mental e taxadas como
retardadas mentais.

Após a Segunda Guerra Mundial, a Associação de Psiquiatria Americana criou


o Manual Estatístico e Diagnóstico de Doenças Mentais, o DSM (Diagnostic and
Statistic Manual). Atualmente estamos na quinta edição, lançada em 2013.

A Organização Mundial da Saúde organizou a Classificação Estatística


International de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde, atualmente em
sua décima revisão, conhecido por sua sigla CID-10. Ela possui um capítulo exclusivo
para distúrbios mentais e do comportamento que pretende estar concordante com o
DSM, porém apresenta algumas diferenças significativas. Um estudo foi feito
mostrando que o CID-10 é mais utilizado em diagnósticos clínicos enquanto o DSM-
V é mais utilizado em pesquisas.

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Com todas as classificações de loucura da medicina e de retardo mental da
psicologia, o século XX trouxe muitos estigmas às pessoas que traziam tais rótulos.
Elas eram chamadas de loucas, depois de doentes mentais ou retardadas mentais.
Inclusive alguns problemas físicos com efeitos no comportamento e na inteligência,
como o hipotireoidismo – também chamado de cretinismo, foram responsáveis por
estigmatizar várias pessoas.

Atualmente, chegou-se em um consenso


de utilizar o termo “transtorno mental” ou
“distúrbio mental”, para desestigmatizar essas
condições psicológicas. Essas pessoas não são
mais marginalizadas como loucas ou internadas
como doentes, mas tratadas com respeito e
compreensão. Os atuais manuais classificam os
transtornos, não as pessoas. Por isso evita-se
utilizar expressões como “o esquizofrênico” ou “o
alcoólatra” e utilizam-se termos como “a pessoa com esquizofrenia” ou “o paciente
que sofre de alcoolismo”.

Sistemas de classificação e diagnóstico

Um dos papéis da ciência é desenvolver sistemas de classificação de seus


objetos de estudo, para facilitar a aproximação do cientista. Na área da psiquiatria e
dos sistemas de diagnóstico não é diferente. Aceita-se o uso da expressão
“transtornos” ou “distúrbios mentais” para se referir aos problemas psicopatológicos.
Eles são diagnosticados pela presença de sintomas, que são manifestações únicas e
desviantes do comportamento dito normal.

Um grupo de sintomas pode ser classificado como uma síndrome. Uma


determinada síndrome psicológica classificada, então, pode receber o nome de
transtorno mental. Vale, porém, ressaltar que esses sistemas de classificação não
são recortes reais da vida. Eles são somente modelos para auxiliar o profissional da
área da saúde e deve ser visto como um mapa, um guia e não o território.

Os transtornos e distúrbios mentais não existem de fato, somente um


agrupamento pragmático de manifestações que chamamos de sintomas.

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Detalhamento do CID-10
F00-F09 Transtornos mentais orgânicos, inclusive os sintomáticos
F00* Demência na doença de Alzheimer (G30.-†)

F01 Demência vascular

F02* Demência em outras doenças classificadas em outra


parte

F03 Demência não especificada

F04 Síndrome amnésica orgânica não induzida pelo álcool


ou por outras substâncias psicoativas

F05 Delirium não induzido pelo álcool ou por outras substâncias psicoativas

F06 Outros transtornos mentais devidos a lesão e disfunção cerebral e a


doença física

F07 Transtornos de personalidade e do comportamento devidos a doença, a


lesão e a disfunção cerebral

F09 Transtorno mental orgânico ou sintomático não especificado

F10-F19 Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de


substância psicoativa
F10 Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool

F11 Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de opiáceos

F12 Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de canabinóides

F13 Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de sedativos e


hipnóticos

F14 Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso da cocaína

F15 Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de outros


estimulantes, inclusive a cafeína

F16 Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de alucinógenos

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F17 Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de fumo

F18 Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de solventes


voláteis

F19 Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de múltiplas


drogas e ao uso de outras substâncias psicoativas

F20-F29 Esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e transtornos


delirantes

F20 Esquizofrenia

F21 Transtorno esquizotípico

F22 Transtornos delirantes persistentes

F23 Transtornos psicóticos agudos e transitórios

F24 Transtorno delirante induzido

F25 Transtornos esquizoafetivos

F28 Outros transtornos psicóticos não-orgânicos

F29 Psicose não-orgânica não especificada

F30-F39 Transtornos do humor [afetivos]


F30 Episódio maníaco

F31 Transtorno afetivo bipolar

F32 Episódios depressivos

F33 Transtorno depressivo recorrente

F34 Transtornos de humor [afetivos] persistentes

F38 Outros transtornos do humor [afetivos]

F39 Transtorno do humor [afetivo] não especificado

F40-F48 Transtornos neuróticos, transtornos relacionados com o


“stress” e transtornos somatoformes
F40 Transtornos fóbico-ansiosos

7
F41 Outros transtornos ansiosos

F42 Transtorno obsessivo-compulsivo

F43 Reações ao “stress” grave e transtornos de adaptação

F44 Transtornos dissociativos [de conversão]

F45 Transtornos somatoformes

F48 Outros transtornos neuróticos

F50-F59 Síndromes comportamentais associadas a disfunções


fisiológicas e a fatores físicos
F50 Transtornos da alimentação

F51 Transtornos não-orgânicos do sono devidos a fatores emocionais

F52 Disfunção sexual, não causada por transtorno ou doença orgânica

F53 Transtornos mentais e comportamentais associados ao puerpério, não


classificados em outra parte

F54 Fatores psicológicos ou comportamentais associados a doença ou a


transtornos classificados em outra parte

F55 Abuso de substâncias que não produzem dependência

F59 Síndromes comportamentais associados a transtornos das funções


fisiológicas e a fatores físicos, não especificadas

F60-F69 Transtornos da personalidade e do comportamento do adulto


F60 Transtornos específicos da personalidade

F61 Transtornos mistos da personalidade e outros transtornos da


personalidade

F62 Modificações duradouras da personalidade não atribuíveis a lesão ou


doença cerebral

F63 Transtornos dos hábitos e dos impulsos

F64 Transtornos da identidade sexual

F65 Transtornos da preferência sexual

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F66 Transtornos psicológicos e comportamentais associados ao
desenvolvimento sexual e à sua orientação

F68 Outros transtornos da personalidade e do comportamento do adulto

F69 Transtorno da personalidade e do comportamento do adulto, não


especificado

F70-F79 Retardo mental Para saber mais!


F70 Retardo mental leve
Acesse o link
F71 Retardo mental moderado http://www.datasus.gov.br/cid1
0/V2008/WebHelp/cap05_3d.h
F72 Retardo mental grave tm, para informações mais
detalhadas sobre os
F73 Retardo mental profundo transtornos mentais de acordo
com o CID 10.
F78 Outro retardo mental

F79 Retardo mental não especificado

F80-F89 Transtornos do desenvolvimento psicológico


F80 Transtornos específicos do desenvolvimento da fala e da linguagem

F81 Transtornos específicos do desenvolvimento das habilidades escolares

F82 Transtorno específico do desenvolvimento motor

F83 Transtornos específicos misto do desenvolvimento

F84 Transtornos globais do desenvolvimento

F88 Outros transtornos do desenvolvimento psicológico

F89 Transtorno do desenvolvimento psicológico não especificado

F90-F98 Transtornos do comportamento e transtornos emocionais que


aparecem habitualmente durante a infância ou a adolescência
F90 Transtornos hipercinéticos

F91 Distúrbios de conduta

F92 Transtornos mistos de conduta e das emoções

F93 Transtornos emocionais com início especificamente na infância

9
F94 Transtornos do funcionamento social com início especificamente durante
a infância ou a adolescência

F95 Tiques

F98 Outros transtornos comportamentais e emocionais com início


habitualmente durante a infância ou a adolescência

F99 Transtorno mental não especificado

F99 Transtorno mental não especificado em outra parte

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Transtornos do neurodesenvolvimento segundo o DSM-V

Seguindo a proposta de lançar um olhar longitudinal sobre o curso dos


transtornos mentais, o DSM-V excluiu o capítulo “Transtornos geralmente
diagnosticados pela primeira vez na infância ou na adolescência”. Parte dos
diagnósticos do extinto capítulo passou a compor os “Transtornos do
neurodesenvolvimento”.
Para saber mais!
Os critérios para Deficiência Intelectual
enfatizaram que, além da avaliação cognitiva, é
Acesse o link
fundamental avaliar a capacidade funcional http://www.clinicajorgejaber.c
adaptativa. Os “Transtornos de comunicação” om.br/2015/estudo_supervisi
onado/dsm.pdf, para
agrupam antigos diagnósticos com discretas informações mais detalhadas
alterações quanto à divisão e nomenclatura. Os sobre os transtornos de
acordo com o DSM-V.
“Transtornos globais do desenvolvimento”, que
incluíam o Autismo, Transtorno desintegrativo da
infância e as Síndromes de Asperger e Rett, foram absorvidos por um único
diagnóstico, “Transtornos da gama do autismo”.

A mudança refletiu a visão científica de que aqueles transtornos são na


verdade uma mesma condição com gradações em dois grupos de sintomas: Déficit
na comunicação e interação social; Padrão de comportamentos, interesses e
atividades restritos e repetitivos. Apesar da crítica de alguns clínicos que argumentam
que existem diferenças significativas entre os transtornos, a APA entendeu que não
há vantagens diagnósticas ou terapêuticas na divisão e observa que a dificuldade em
subclassificar o transtorno poderia confundir
o clínico dificultando um diagnóstico
apropriado.

Os critérios para o diagnóstico de


“Transtorno de déficit de atenção e
hiperatividade” (TDAH) são bastante
similares aos do antigo manual. O DSM-V
manteve a mesma lista de dezoito sintomas divididos entre desatenção e
hiperatividade/impulsividade. Os subtipos do transtorno foram substituídos por
especificadores com o mesmo nome. Indivíduos até os dezessete anos de idade

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precisam apresentar seis dos sintomas listados, enquanto indivíduos mais velhos
precisam de apenas cinco. A exigência de que os sintomas estivessem presentes até
os sete anos de vida foi alterada.

No novo manual, o limite é expandido para os doze anos de idade. Além disso,
o DSM-V permitiu que o TDAH e os Transtornos da Gama do Autismo sejam
diagnosticados como transtornos comórbidos. Ambas as alterações provocam
polêmica pelo risco de gerarem uma superestimativa com aumento da incidência de
TDAH na população geral.

No entanto, a APA e outros diversos especialistas defendem a mudança como


favorável. Os “Transtornos específicos da aprendizagem” deixaram de ser
subdivididos em transtornos de leitura, cálculo, escrita e outros, especialmente pelo
fato de que indivíduos com esses transtornos frequentemente apresentam déficits em
mais de uma esfera de aprendizagem. Encerrando o capítulo, tiques, movimentos
estereotipados e Síndrome de Tourette foram organizados como “Transtornos
motores”.

Os transtornos do neurodesenvolvimento são um grupo de condições com


início no período do desenvolvimento. Os transtornos tipicamente se manifestam cedo
no desenvolvimento, em geral antes de a criança ingressar na escola, sendo
caracterizados por déficits no desenvolvimento que acarretam prejuízos no
funcionamento pessoal, social, acadêmico ou profissional. Os déficits de
desenvolvimento variam desde limitações muito específicas na aprendizagem ou no
controle de funções executivas até prejuízos globais em habilidades sociais ou
inteligência.

É frequente a ocorrência de mais de um transtorno do neurodesenvolvimento;


por exemplo, indivíduos com transtorno do espectro autista frequentemente
apresentam deficiência intelectual (transtorno do desenvolvimento intelectual), e
muitas crianças com transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH)
apresentam também um transtorno específico da aprendizagem.

No caso de alguns transtornos, a apresentação clínica inclui sintomas tanto de


excesso quanto de déficits e atrasos em atingir os marcos esperados. Por exemplo,
o transtorno do espectro autista somente é diagnosticado quando os déficits
característicos de comunicação social são acompanhados por comportamentos

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excessivamente repetitivos, interesses restritos e insistência nas mesmas coisas. A
deficiência intelectual (transtorno do desenvolvimento intelectual) caracteriza-se por
déficits em capacidades mentais genéricas, como raciocínio, solução de problemas,
planejamento, pensamento abstrato, juízo, aprendizagem acadêmica e aprendizagem
pela experiência.

Os déficits resultam em prejuízos no funcionamento adaptativo, de modo que


o indivíduo não consegue atingir padrões de independência pessoal e
responsabilidade social em um ou mais aspectos da vida diária, incluindo
comunicação, participação social, funcionamento acadêmico ou profissional e
independência pessoal em casa ou na
comunidade.

O atraso global do
desenvolvimento, como o nome implica,
é diagnosticado quando um indivíduo
não atinge os marcos do
desenvolvimento esperados em várias áreas do funcionamento intelectual. Esse
diagnóstico é utilizado para indivíduos que estão incapacitados de participar de
avaliações sistemáticas do funcionamento intelectual, incluindo crianças jovens
demais para participar de testes padronizados. A deficiência intelectual pode ser
consequência de uma lesão adquirida no período do desenvolvimento, decorrente,
por exemplo, de traumatismo craniano grave, situação na qual um transtorno
neurocognitivo também pode ser diagnosticado.

Os transtornos da comunicação incluem o transtorno da linguagem, o


transtorno da fala, o transtorno da comunicação social (pragmática) e o transtorno da
fluência com início na infância (gagueira). Os três primeiros caracterizam-se por
déficits no desenvolvimento e no uso da linguagem, da fala e da comunicação social,
respectivamente.

O transtorno da fluência com início na infância é caracterizado por


perturbações da fluência normal e da produção motora da fala, incluindo sons ou
sílabas repetidas, prolongamento de sons de consoantes ou vogais, interrupção de
palavras, bloqueio ou palavras pronunciadas com tensão física excessiva. Tal como

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outros transtornos do neurodesenvolvimento, os transtornos da comunicação iniciam-
se precocemente e podem acarretar prejuízos funcionais durante toda a vida.

O transtorno do espectro autista caracteriza-se por déficits persistentes na


comunicação social e na interação social em múltiplos contextos, incluindo déficits na
reciprocidade social, em comportamentos não verbais de comunicação usados para
interação social e em habilidades para desenvolver, manter e compreender
relacionamentos.

Além dos déficits na comunicação social, o diagnóstico do transtorno do


espectro autista requer a presença de padrões restritos e repetitivos de
comportamento, interesses ou atividades. Considerando que os sintomas mudam
com o Gama da esquizofrenia e outros transtornos psicóticos

O diagnóstico de Esquizofrenia sofreu alterações significativas nesta nova


versão do DSM. O critério que define a sintomatologia característica (Critério A)
continua requerendo a presença de no mínimo dois dos cinco sintomas para ser
preenchido, mas a atual versão exige que ao menos um deles seja positivo (delírios,
alucinações ou discurso desorganizado).

Embora os sintomas listados sejam os mesmos, o DSM-IV permitia que o


Critério A fosse preenchido com apenas um sintoma nos casos de delírios bizarros
ou alucinações auditivas de primeira ordem/schneiderianas (exemplo: vozes
conversando entre si). No DSMV-5 essa exceção foi retirada por se considerar que a
classificação de um delírio como bizarro é pouco confiável, especialmente por
esbarrar em questões culturais, e a definição de sintomas schneiderianos é pouco
específica.

O DSM-V abandonou a divisão da esquizofrenia em subtipos: paranoide,


desorganizada, catatônica indiferenciada e residual. Os subtipos apresentavam
pouca validade e não refletiam diferenças quanto ao curso da doença ou resposta ao
tratamento. O diagnóstico de “Transtorno esquizoafetivo” sofreu uma pequena
alteração em seu texto, sendo exigido que um episódio de alteração importante do
humor (depressão ou mania) esteja presente durante a maior parte do curso da
doença, após o preenchimento do Critério A de esquizofrenia.

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A mudança busca aumentar a confiabilidade do diagnóstico, apesar de
reconhecer que ele ainda é um grande desafio para o clínico. Os critérios para o
“Transtorno delirante” não exigem mais que os delírios apresentados não sejam
bizarros. A demarcação entre o Transtorno Delirante e outras variantes psicóticas foi
reforçada com a presença de critérios de exclusão que impedem que o diagnóstico
seja efetuado na presença de quadros como o “Transtorno obsessivo-compulsivo” e
o “Transtorno dismórfico corporal”.

A catatonia não é mais apresentada como um subtipo da esquizofrenia ou uma


classe independente. Na atual versão passa a ser dividida como: “catatonia associada
com outros transtornos mentais”; “catatonia associada com outras condições
médicas”; ou “catatonia não-especificada”.

Aceita-se que o quadro possa ocorrer em diversos contextos e o diagnóstico


requer a presença de no mínimo três dos doze sintomas listados. O dsm-5 permite
que a catatonia seja empregada como um especificador no “Transtorno depressivo”,
“Transtorno bipolar” e “Transtornos psicóticos”, ou diagnosticada de forma isolada no
contexto de outras condições médicas.

O espectro da esquizofrenia e outros transtornos psicóticos inclui


esquizofrenia, outros transtornos psicóticos e transtorno (da personalidade)
esquizotípica. Esses transtornos são definidos por anormalidades em um ou mais dos
cinco domínios a seguir: delírios, alucinações, pensamento (discurso) desorganizado,
comportamento motor grosseiramente desorganizado ou anormal (incluindo
catatonia) e sintomas negativos.

Delírios

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Os delírios são crenças fixas, não passíveis de mudança à luz de evidências
conflitantes. Seu conteúdo pode incluir uma variedade de temas (p. ex., persecutório,
de referência, somático, religioso, de grandeza).

Delírios persecutórios (i.e., crença de que o indivíduo irá ser prejudicado,


assediado, e assim por diante, por outra pessoa, organização ou grupo) são mais
comuns.

Delírios de referência (i.e., crença de que alguns gestos, comentários,


estímulos ambientais, e assim por diante, são direcionados à própria pessoa) também
são comuns.

Delírios de grandeza (i.e., quando uma pessoa


crê que tem habilidades excepcionais, riqueza ou fama)
e delírios erotomaníacos (i.e., quando o indivíduo crê
falsamente que outra pessoa está apaixonada por ele)
são também encontrados.

Delírios niilistas envolvem a convicção de que


ocorrerá uma grande catástrofe, e delírios somáticos
concentram-se em preocupações referentes à saúde e à função dos órgãos.

Delírios são considerados bizarros se claramente implausíveis e


incompreensíveis por outros indivíduos da mesma cultura, não se originando de
experiências comuns da vida. Um exemplo de delírio bizarro é a crença de que uma
força externa retirou os órgãos internos de uma pessoa, substituindo-os pelos de
outra sem deixar feridas ou cicatrizes. Um exemplo de delírio não bizarro é acreditar
que a pessoa está sob vigilância da polícia, apesar da falta de evidências
convincentes.

Os delírios que expressam perda de controle da mente ou do corpo costumam


ser considerados bizarros; eles incluem a crença de que os pensamentos da pessoa
foram “removidos” por alguma força externa (retirada de pensamento), de que
pensamentos estranhos foram colocados na mente (inserção de pensamento) ou de
que o corpo ou as ações do indivíduo estão sendo manipulados por uma força externa
(delírios de controle).

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Distinguir um delírio de uma ideia firmemente defendida é algumas vezes difícil
e depende, em parte, do grau de convicção com que a crença é defendida apesar de
evidências contraditórias claras ou razoáveis acerca de sua veracidade.

Alucinações

Alucinações são experiências semelhantes à percepção que ocorrem sem um


estímulo externo. São vívidas e claras, com toda a força e o impacto das percepções
normais, não estando sob controle voluntário. Podem ocorrer em qualquer
modalidade sensorial, embora as alucinações auditivas sejam as mais comuns na
esquizofrenia e em transtornos relacionados.

Alucinações auditivas costumam ser vividas como vozes, familiares ou não,


percebidas como diferentes dos próprios pensamentos do indivíduo. As alucinações
devem ocorrer no contexto de um sensório sem alterações; as que ocorrem ao
adormecer (hipnagógicas) ou ao acordar (hipnopômpicas) são consideradas como
pertencentes ao âmbito das experiências normais. Em alguns contextos culturais,
alucinações podem ser elemento normal de experiências
religiosas.

Desorganização do Pensamento (Discurso)

A desorganização do pensamento (transtorno do


pensamento formal) costuma ser inferida a partir do
discurso do indivíduo. Este pode mudar de um tópico a outro (descarrilamento ou
afrouxamento das associações). As respostas a perguntas podem ter uma relação
oblíqua ou não ter relação alguma (tangencialidade).

Raras vezes, o discurso pode estar tão gravemente desorganizado que é


quase incompreensível, lembrando a afasia receptiva em sua desorganização
linguística (incoerência ou “salada de palavras”). Uma vez que o discurso levemente
desorganizado é comum e inespecífico, o sintoma deve ser suficientemente grave a
ponto de prejudicar de forma substancial a comunicação efetiva.

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A gravidade do prejuízo pode ser de difícil avaliação quando a pessoa que faz
o diagnóstico vem de um contexto linguístico diferente daquele de quem está sendo
examinado. Pode ocorrer desorganização menos grave do pensamento ou do
discurso durante os períodos prodrômicos ou residuais da esquizofrenia.

Comportamento Motor Grosseiramente Desorganizado ou Anormal (Incluindo


Catatonia)

Comportamento motor grosseiramente desorganizado ou anormal pode se


manifestar de várias formas, desde o comportamento “tolo e pueril” até a agitação
imprevisível. Os problemas podem ser observados em qualquer forma de
comportamento dirigido a um objetivo, levando a dificuldades na realização das
atividades cotidianas.

Comportamento catatônico é uma redução acentuada na reatividade ao


ambiente. Varia da resistência a instruções (negativismo), passando por manutenção
de postura rígida, inapropriada ou bizarra, até a falta total de respostas verbais e
motoras (mutismo e estupor). Pode, ainda, incluir atividade motora sem propósito e
excessiva sem causa óbvia (excitação catatônica).

Outras características incluem movimentos


estereotipados repetidos, olhar fixo, caretas, mutismo e
eco da fala. Ainda que a catatonia seja historicamente
associada à esquizofrenia, os sintomas catatônicos são
inespecíficos, podendo ocorrer em outros transtornos
mentais (p. ex., transtornos bipolar ou depressivo com
catatonia) e em condições médicas (transtorno
catatônico devido a outra condição médica).

Sintomas Negativos

Sintomas negativos respondem por uma porção substancial da morbidade


associada à esquizofrenia, embora sejam menos proeminentes em outros transtornos

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psicóticos. Dois sintomas negativos são especialmente proeminentes na
esquizofrenia: expressão emocional diminuída e avolia.

Expressão emocional diminuída inclui reduções na expressão de emoções


pelo rosto, no contato visual, na entonação da fala (prosódia) e nos movimentos das
mãos, da cabeça e da face, os quais normalmente conferem ênfase emocional ao
discurso. A avolia é uma redução em atividades motivadas, autoiniciadas e com uma
finalidade.

A pessoa pode ficar sentada por períodos longos e mostrar pouco interesse
em participar de atividades profissionais ou sociais. Outros sintomas negativos
incluem alogia, anedonia e falta de sociabilidade. A alogia é manifestada por produção
diminuída do discurso.

A anedonia é a capacidade reduzida de ter


prazer resultante de estímulos positivos, ou degradação
na lembrança do prazer anteriormente vivido. A falta de
sociabilidade refere-se à aparente ausência de
interesse em interações sociais, podendo estar
associada à avolia, embora possa ser uma
manifestação de oportunidades limitadas de interações
sociais.

Autismo e suas origens

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Partindo do pressuposto que o autismo não tem ainda uma causa específica
definida trata-se, pois de uma síndrome (conjunto de sintomas), mas sendo também
tratada através de remédios e terapias, levando em consideração o posicionamento
da Classificação Internacional de Doenças 10 – (CID 10), que classifica o autismo
como sendo um Transtorno Global de Desenvolvimento (TGD) e mais recentemente
como Transtorno Invasivo de Desenvolvimento (TID) por não estar oficialmente ainda
na CID 10 será usado do termo TGD, e assim desmistificando a sua relação com
fatores raciais, étnicos ou até mesmo sociais. Existem, no entanto, apenas suspeitas
de fatores psicológicos no meio ambiente dos portadores de autismo, porém não
existem provas cientificas que respaldem provando a influência. Identificar a origem
do autismo não é tarefa fácil, são várias as hipóteses da origem desse transtorno.

Uma das principais características do TGD é um pequeno grau de interação


social, comportamento e comunicação, a complexidade dos sintomas e a diversidade
das explicações perpetuam até hoje. Diferentes autores concordam em citar o
autismo como uma questão que apresenta grandes controvérsias, uma vez que
engloba, dentro dos seus conceitos, uma gama bastante variada de doenças com
diferentes quadros clínicos que tem como fator comum o autismo.

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A primeira vez que a nomenclatura autista foi
utilizada em 1906, por Plouller, identificando como
a perda de contato com a realidade que por
consequência acarreta uma dificuldade e até
mesmo uma impossibilidade de comunicação e
interação social. (GAUDERER, 1997, p. 6).

Arrisca-se até em afirmar que é um mundo


impenetrável, o relacionamento com uma pessoa
com autismo é muito complexo e de difícil compreensão e explicação. Por isso tanto
divergências a respeito do próprio conceito de autismo, vários pesquisadores entram
em conflito quando visa à conceituação deste transtorno, de forma que o estudo do
mesmo é comparado como se fosse uma pesquisa de antropológica em Marte. Sendo
o autismo um mundo desconhecido, sem um inicio e um fim, afirma também o autor
que a incidência poderia ser cinco vezes mais comum que a própria síndrome de
Down e três vezes mais comuns que os diabetes. (OLIVER, 1995, p. 09).

A necessidade de imutabilidade é uma das características típicas entre as


pessoas com autismo, que tem, diga–se de passagem, a fascinação por movimentos
circulares, repetição de movimentos incansavelmente como ficar rolando caneta entre
os dedos ascender e apagar a luz ou até mesmo ficar observando o movimento de
um ventilador durante horas.

Entretanto, os autistas têm uma ótima memória, gravando com muita facilidade
datas, nomes, fatos que são repetidos com precisão após um determinado tempo
semanas. Alguns dos movimentos dessas pessoas são considerados estereotipados
como sacudir as mãos, autoninar, girar objetos compulsivamente. São ótimos também
atividades como montagem de quebra-cabeças, mas apresentam dificuldade se
nessa tarefa for requerido compreender o significado, como, por exemplo,
compreender uma seqüência de imagens que contenham uma história. (PEETERS,
1998, p.10).

[...] eles sentem, ouvem e veem, mas seu cérebro administra estas
informações de maneira peculiar (por este motivo a definição do autismo no
Manual de Diagnostico e Estatística de Distúrbios Mentais - DSM IV é
relacionada com desajustes qualitativos na comunicação e interação social
(PEETERS, 1998, p.10).

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O autismo mesmo com os avanços tecnológicos não se pode chegar a um
diagnostico preciso, uma série de condições tem sido descritas e estudada, visando
assim uma maior compreensão do significado do ser autista. Conhecido desde a
década de 40 quando foi descrita por Leo Kanner que publicou em 1943 nos Estados
Unidos em sua obra “Distúrbios Autísticos do Contato Afetivo”, que identificou entre
os autistas uma grande diferença entre os demais pelo comportamento peculiar com
dificuldade extrema de manter relações interpessoais consistindo esse conjunto de
sinais a relação direta com o quadro de esquizofrenia. (GAUDERER, 1997, p.6).

Autores, como Barack, reforçam a ideia do déficit cognitivo, frisando que o


autismo tem sido, nos últimos anos, enfocado sob a ótica desenvolvimentista, sendo
relacionado à deficiência mental uma vez que cerca de 70 a 80% das pessoas com
autismo o são. No entanto, pela penetração e abrangência dos conceitos, somos
obrigados a nos reter ao autismo a partir de sua constelação comportamental, para
que possa ser explorado minuciosamente e para que possam ser estabelecidas
conexões causais dentro das possibilidades atuais (BARACK, 1992, p 324).

Segundo Gauderer a definição resumida de autismo pela “The National Society


for Autistic Childrem” USA - 1978 é:

Autismo é uma inadequacidade no desenvolvimento que se manifesta de


maneira grave, durante toda a vida. É incapacidade, e aparece tipicamente
nos três primeiros anos de vida. Acontece cerca de cinco entre cada dez mil
nascidos e é quatro vezes mais comum entre meninos do que meninas. É
uma enfermidade encontrada em todo o mundo e em famílias de toda
configuração racial, étnica e social. Não se conseguiu provar nenhuma causa
psicológica no meio ambiente dessas crianças que possa causar autismo
(GAUDERER, 1993, p. XI).

Embora haja estudos no mundo inteiro, apesar das várias definições a mais
adequada e aceita é de Gauderer, as causas do autismo ainda não puderam ser
detectadas, os sintomas variam amplamente e manifestam-se de diversas formas,
variando do mais leve ao mais alto comprometimento. Não existe ainda uma cura,

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apenas tratamento com o objetivo de desenvolver suas habilidades da melhor
maneira possível.

Autismo infantil

A síndrome aparece em idades


precoces tendo em vista a presença de
desvios nas relações interpessoais
principalmente desenvolvendo dificuldades
em suas comunicações linguagens e
comportamentos. Cabe ressaltar que o autismo infantil é predominante de condições
crônicas com início na infância, permanecendo até o final do terceiro ano de vida.
(SCHWARTZMAN, 1994, p. 7).

Segundo Gauderer (1997) é de extrema importância que se tenha observação


bem clara sobre a criança com autismo, pois as mesmas apresentam algumas
características que trazem como base elementos nítidos para se ter uma percepção
maior do autismo em si. Dentro de uma visão clínica de diagnostico o portador de
autismo apresenta comportamentos estereotipados. Exemplificando:

1. Início antes dos dois anos e seis meses (trinta meses);

2. Os mesmos apresentam uma forma de desvio do desenvolvimento social;

3. Uma determinada forma de desvio do desenvolvimento da linguagem;

4. Apresentam comportamentos estereotipados e rotinas; (por exemplo, as


brincadeiras são repetitivas pouco imaginativas e sem variedades trazendo uma
rotina frequente;

5. Ausência de delírios, alucinações e distúrbios do pensamento do tipo


esquizofrênico.

A criança autista apresenta um rosto inexpressivo dificultando a apreensão de


suas emoções, porém essa internalização reflete em contato com outras pessoas. A
maioria das crianças com autismo possui uma fisionomia normal, porém sua
seriedade pode dar a impressão errada de muita inteligência. (GAUDERER, 1997, p
43).

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A pessoa portadora de autismo tem uma expectativa de vida normal. Uma
reavaliação periódica é necessária para que possam ocorrer ajustes necessários
quanto às suas necessidades, pois os sintomas mudam e alguns podem desaparecer
com a idade. As formas mais graves dessa síndrome apresentam sintomas como os
de autodestruição, gestos repetitivos e, raramente, comportamento agressivo, que
podem ser muito resistentes a mudanças necessitando frequentemente de tratamento
e técnicas de aprendizagens muito criativas e
inovadoras. (GAUDERER, 1997, p. 3)

Ainda conforme autor acima, o autismo


infantil é mais frequente em meninos do que em
meninas, tendo uma proporção aproximada de
três para um, todavia nas meninas com autismo
a probabilidade está associada a sua história
familiar comumente ligada a problemas
cognitivos. Perante a importância da observação provinda dos genitores faz-se
necessário lembrar que os pais são os maiores conhecedores dos seus filhos, sendo
eles, as pessoas mais importantes aos aspectos que originam tais preocupações,
aspectos esses, direcionados a uma avaliação segura do dia a dia da criança ligados
a uma proximidade da síndrome do autismo, no entanto quando os pais se deparam
com esse problema, cabe a eles então procurarem um profissional conhecedor do
assunto, assegurando ai um tratamento adequado a essa criança. Uma vez que esse
profissional estará utilizando de perguntas usuais sobre o desenvolvimento da criança
autista. (GAUDERER, 1997, p. 03).

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REFERÊNCIAS

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04 de novembro de 2013: http://www.dsm5.org/.

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