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CURSO DE
FISIOTERAPIA NAS DISFUNÇÕES
TEMPOROMANDIBULARES (ATM)
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
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CURSO DE
FISIOTERAPIA NAS DISFUNÇÕES
TEMPOROMANDIBULARES (ATM)
MÓDULO II
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são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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2.1.1 Antecedentes históricos
2.1.2 Epidemiologia
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do que homens, em uma proporção que varia entre 3:1 a 9:1. Essa diferença pode
ser decorrente do fato de que as mulheres culturalmente preocupam-se mais com a
sua saúde e procuram assistência médica precocemente. A mulher está exposta à
maior flutuação emocional decorrente de seus ciclos naturais de vida (ciclo
menstrual, gravidez, menopausa), estando mais predisposta a desencadear
sintomas de dores miofasciais tensionais.
2.1.3 Etiologia
2.1.4 Sintomatologia
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2.1.4.1 Dor na ATM
2.1.4.2 Cefaleia
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Tende a aparecer inicialmente como uma sensação de pressão firme, não
pulsátil, distribuída por toda a cabeça ou localizada na região frontal, temporal e/ou
occipital. Ela aumenta de intensidade com a movimentação da cabeça ou sob
pressão digital nos músculos envolvidos. A dor pode surgir dessa constante tensão
de flexão e extensão das partes que unem a cabeça e o pescoço a partir da lesão,
espasmo do nervo e inflamação.
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e cobertas por uma fibrocartilagem íntegra. Com isso, obtém-se um ruído
semelhante ao de duas superfícies rugosas se atritando durante um movimento.
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ATM são exatamente os envolvidos com o processo mastigatório. As atividades
parafuncionais são as grandes responsáveis pelo stress muscular que inicia com
situações de contratura, evoluindo para miosites.
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QUADRO 1 - RESUMO DA SINTOMATOLOGIA DAS DTMS
Dor na ATM ou áreas vizinhas, espontânea ou à mastigação;
Dor e espasmo nos músculos mastigatórios e da coluna cervical;
Dor na região auricular, podendo irradiar-se para o ângulo mandibular;
Zumbido ou sensação de bloqueio nos ouvidos;
Dor na região dos olhos;
Cefaleia;
Estalido articular
Crepitação articular
Restrição da função mandibular;
Sintomas labirínticos (tonturas, vertigens)
FONTE: Elaboração própria.
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2.2.2 Hábitos parafuncionais
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FIGURA 23 - DESGASTES DENTÁRIOS CAUSADOS PELO BRUXISMO E BRIQUISMO
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2.2.4 Respiração bucal
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2.2.6 Disfunções sistêmicas
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Classe I (oclusão normal): os dentes inferiores devem estar circunscritos
pelos dentes superiores, em intercuspidação máxima, os incisivos superiores
devem recobrir um terço dos incisivos inferiores (FIGURA 24 A);
Classe II: recuo relativo da mandíbula, os molares superiores e inferiores
perdem a distância normal de meio dente de defasagem (FIGURA 24 B).
Classe III: avanço da mandíbula para frente, posição baixa da língua.
Postura militar – cabeça para trás em retração, tórax inflado (FIGURA 24 C);
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FIGURA 24 - RELAÇÃO ENTRE A OCLUSÃO E A POSTURA
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2.2.8 Fatores psicológicos
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2.3 CLASSIFICAÇÃO DAS DTMS E CONDIÇÕES CLÍNICAS
Não existe consenso para a classificação das DTMs, porém de modo geral,
estas podem ser classificadas em:
Anomalias de desenvolvimento;
Disfunções musculares;
Disfunções de interferência do disco articular;
Osteoartrose;
Alterações de mobilidade da mandíbula;
Artrite reumatoide.
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A queixa mais comum dos pacientes é a mialgia, caracterizada como uma
dor imprecisamente localizada que piora a movimentação e a palpação. Outra
queixa é a dor miofascial, condição semelhante à mialgia, adicionada da presença
de sensibilidade aos pontos gatilhos (trigger points). A miosite também pode
ocorrer. Trata-se de uma inflamação muscular aguda, dolorosa e generalizada
normalmente resultante de um processo infeccioso ou traumático.
O espasmo muscular é definido como uma contração muscular dolorosa
abrupta e involuntária acompanhada de dor severa e de alta intensa e enrijecimento
da musculatura envolvida. A contratura muscular é o encurtamento muscular
crônico associado a alterações das fibras musculares decorrentes da redução
prolongada da amplitude de movimento.
Os trigger points são focos de hiperirritabilidade muscular que quando
comprimidos, se mostram sensíveis localmente (latentes). Se estiverem
suficientemente hipersensíveis (ativos), podem desencadear um quadro de dor
referida, elevada sensibilidade, distúrbios neurovegetativos e alterações
proprioceptivas. Também podem localizar-se na pele, fáscias, ligamentos e
periósteos. Os músculos ligados à articulação temporomandibular, são
frequentemente sede de trigger points (FIGURA 25).
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FIGURA 25 - TRIGGER POINTS NA MUSCULATURA DA ATM
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FIGURA 26 - DESLOCAMENTO ANTERIOR DO DISCO ARTICULAR DA ATM
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FIGURA 27 - DESLOCAMENTO ANTERIOR DO DISCO ARTICULAR DA ATM COM
E SEM REDUÇÃO
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2.3.3.2 Lesões traumáticas
O teto da fossa glenoide é uma camada muito fina de osso separando esta
da fossa craniana média. Este osso raramente é fraturado, apesar de em injúrias
severas o côndilo poder ser dirigido contra esta barreira fina. Isto é verdade por três
razões: o disco articular absorve o choque; a cabeça do côndilo é angulada para
adiante sobre o pescoço do ramo mandibular; o pescoço do côndilo, sendo muito
mais fino que o ramo ou o côndilo, tende a fraturar primeiro, protegendo o teto fino e
a fossa craniana média.
Os sinais e sintomas encontrados são: dor pré-auricular; dificuldade para
abrir a boca. Se apenas um lado for acometido, há um desvio da mandíbula para o
lado afetado. Frequentemente uma mordida anterior. O diagnóstico é baseado em
achados físicos e radiológicos. O tratamento constitui-se de fixação
maxilomandibular e às vezes redução cruenta.
2.3.3.3 Neoplasias
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2.3.4 Osteoatrose
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A mandíbula permanece em posição aberta da boca quando luxada. Podem
ser definidas três formas: episódio simples agudo; luxação crônica recorrente;
luxação crônica permanente. A primeira requer redução manual sob anestesia local
e sedação ou anestesia geral. A luxação crônica recorrente e a luxação crônica
permanente podem requerer tratamento cirúrgico.
Podem ser classificadas em:
Anterior (para frente): mais comum. Pode ser uni ou bilateral. Ocorre
quando o côndilo ultrapassa a eminência articular;
Posterior (para trás): geralmente é bilateral e ocorre quando o indivíduo
sofre um traumatismo na região do queixo de frente para trás, forçando o
côndilo de encontro à parede timpânica, levando a fratura do colo do
côndilo;
Cranial (para cima): traumatismos no corpo da mandíbula ou no queixo
podem levar o côndilo a romper o teto da cavidade glenoide, ficando em
contato com a fossa craniana.
Lateral: pode ser para fora (a partir de um trauma, o côndilo se fratura e
se inclina para distal, ou a partir de uma fratura do côndilo oposto, a
mandíbula se desloca para distal); ou para dentro (o côndilo fraturado ou
a mandíbula se desvia para medial).
Em alguns casos, quando o indivíduo não consegue o fechamento por si
próprio, utiliza-se uma manobra, para recolocar a articulação, na sua posição
normal, dentro de sua cavidade. Quando não é possível, pode ser necessário utilizar
técnicas de sedação para possibilitar o relaxamento muscular e facilitar a
recolocação da articulação.
Existem fatores predisponentes para a ocorrência de luxações. Entre eles,
pode-se citar: fossa mandibular rasa ou eminência articular curta; formato divergente
entre côndilo, cavidade glenoide e disco articular; lassidão ligamentar, abertura
exagerada recorrente da boca (bocejo, gargalhada, vômito, grito); tratamento
odontológico prolongado, traumatismos, entre outros.
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2.3.5.2 Subluxação da articulação temporomandibular
2.3.5.3 Anquilose
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ATM está totalmente fundida no osso temporal e na mandíbula e ocorre o
impedimento total dos movimentos.
As causas mais comuns são: trauma e artrite reumatoide, eventualmente
anormalidades congênitas, infecções e neoplasias. Ao RX pode-se observar:
deformidade condilar, estreitamento e irregularidade do espaço interarticular ou
obliteração da morfologia normal do osso. O tratamento é normalmente cirúrgico
(FUZARO, 2008).
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FIM DO MÓDULO II
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