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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
1º PERIODO

EDUCAÇÃO NA GRÉCIA

MANAUS
AGOSTO /2023
EDMAR MICHILES LOPES 22353537
HELIDA DA SILVA 22351741
TURMA 3

EDUCAÇÃO NA GRÉCIA

Trabalho elaborado para obtenção


de nota em História da educação, no
primeiro período da graduação em
Licenciatura em Pedagogia.

Professora: Eulina Maria Leite


Nogueira

MANAUS
AGOSTO /2023
A educação na Grécia

Entre os séculos XII e VIII a.C., a Grécia encontrava-se no que hoje conhecemos como
“Tempos Homéricos”. Baseada nas epopeias de Homero, Ilíada e Odisseia, surge a figura do
herói virtuoso. O guerreiro belo e bom é o exemplo de virtude, encontrada na figura de Aquiles,
o guerreiro mais capacitado fisicamente e também o rei, com uma oratória exemplar e poder
para persuadir e convencer. Surge então a necessidade de uma educação sistematizada, visando
a formação integral do ser humano.
Vale lembrar que antes de qualquer sistematização da educação, já haviam outros métodos para
a transmissão de conhecimentos e isso não foi uma invenção grega. Muito também pelo fato de
que não havia escrita, logo, os conhecimentos eram passados em praças públicas. Por conta
disso, a figura de Homero tornou-se tão importante, ficando conhecido como “O educador da
Grécia”, pois por meio das suas Epopeias declamadas nas praças, era possível ensinar os mais
novos. Com o surgimento das Polis, surgiu as primeiras escolas.
Baseada na figura de Aquiles, a educação grega estava centrada na formação integral do ser
humano, visando o corpo e o espírito (físico e consciência), a ênfase ia ora mais para um, ora
para o outro. Surge então dois modelos de educação, o de Esparta e o de Atenas.
Visando a formação física, a cidade de Esparta tinha um modelo de educação com a finalidade
de formar militares. Iniciava-se já com uma política de Eugenia, onde priorizavam as crianças
mais fortes e robustas, possivelmente mais capacitadas para o serviço militar, abandonando as
consideradas mais fracas. Até os 12 anos, as crianças aprendiam música, canto e dança coletiva
e após isso, a educação se tornava, de fato, um treinamento militar. A educação moral valorizava
a obediência e o respeito aos mais velhos.
Em Atenas, Surge a figura do cidadão da Polis. Apesar de toda a preocupação com a atividade
física, o foco estava na formação intelectual, visando preparar as crianças a participarem das
decisões a respeito dos destino da cidade. O menino era desligado da mãe para iniciar a
alfabetização e a educação física e musical, sempre acompanhado por um escravo, conhecido
como Paidagogo, de onde veio o termo Pedagogo, que significa “aquele que conduz a criança”.
É importante lembrar que a educação era um privilégio da elite – o que não é muito diferente
do que vivemos hoje – e aos 13 anos, as crianças de famílias ricas prosseguiram os estudos,
sendo encaminhadas ao ginásio, enquanto as crianças pobres aprendiam ofícios para a mão de
obra da cidade.
Nesse período, o mestre das letras não era valorizado, diferente dos educadores físicos. Somente
no século V a.C., com os Sofistas, houve a profissionalização do mestre e o início de um ensino
superior e por mais que a educação inicial fosse gratuita, somente os filhos da elite prosseguiam
no processo de educação e tornavam-se cidadãos, tomando decisões em relação às cidades.
A educação na Grécia nos traz muitas lições relacionadas à importância de uma educação
sistematizada e que forme cidadãos saudáveis e pensantes, mas também nos mostra como desde
sempre, foi voltada à elite, excluindo a maioria.

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