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Universidade Federal de São Carlos

Licenciatura em Pedagogia
História da Educação I

História da Educação - Mario Alighiero Manacorda

Bruna Magalhães Dester 745302


Giovani Astolpho 745330
Gabriel Balthazar Garcia 745318

Na Grécia Antiga são encontrados aspectos da educação ligados ao


Egito, que foram transmitidos e interpretados pelos autores gregos como Platão
e Heródoto. Nessas sociedades obsoletas constata-se que para as classes
governantes há um processo de educação que visa a preparação para as
tarefas de poder. Homero quem propôs este modelo de distinção entre o fazer
e o dizer, onde na juventude haveria uma educação voltado ao treinamento
militar e a uma preparação política na velhice. Já para a classe de produtores
governados não existia escola, eles recebiam somente um treinamento para o
trabalho. Tal divisão de dominação, presente atualmente na nossa cultura, teve
sua origem na escola pitagórica, inicialmente dedicada ao estudo dos números.
Referente ao conceito de Paidéia, devemos entende-lo como uma
construção histórica, já que o conceito de educação não familiar surgiu com
Homero, pois ele tinha como ideia formar o homem “omnilateral”. Este homem
“omnilateral” segundo Homero seria o Homem Completo, ou seja, o Homem
interagindo em perfeita harmonia com a Pólis.
Platão trazia a ideia de que logo que a criança começa a entender, os
pais, pedagogo e nutriz devem empenhar-se o máximo para ensinar ao
indivíduo o certo e o errado, justo e injusto, tornando-o o mais ótimo possível.
Em seguida, a criança é entregue aos mestres, para que aprenda a ler e
escrever, e depois de deixarem os mestres, a sociedade os obrigaria a
aprender as leis e viver conforme o modelo ideal.
Nesta época na Grécia, devemos destacar a importância de saber
dominar a escrita, pois uma das profissões que era mais respeitada e com
respaldo social era a profissão de escriba, lembrando que a esta era uma
profissão hereditária, ou seja, passada de pai para filho, sendo assim podemos
destacar o quão fechado era o nicho daqueles que dominavam a escrita.
A pedagogia se sistematizou com Comenius e este foi o ponto de
ignição para que começássemos a pensar em pedagogia como algo teórico
que necessitasse de métodos específicos para que sua aplicação fosse feita
com êxito, dentro do contesto social do qual ele escreveu. Apesar de ser
anacrônico usar Comenius em sua essência, houveram revisionismos dessa
pedagogia ao passar dos tempos, tornando-a um instrumento de suma
importância para que os agentes educadores pudessem buscar dentro desta
sistematização, ferramentas que o auxiliassem na execução de seu trabalho e
da criança durante seu processo de aprendizagem.
Mas devemos lembrar que nem sempre foi assim, devemos lembrar que
a escola do alfabeto que surgiu na Grécia Antiga por volta do século V a.C.
nem sempre foi assim, pois atraiu para si a resistência dos conservadores, pois
segundo estes, introduzir a escrita na escola, poderia resultar na negligência de
jovens em relação a memória, inclusive esse era um dos temores de Platão,
enquanto para Aristóteles como também para seu mestre Platão, a resistência
foi no sentido de qualquer atividade de finalidade pratica, isto é que fosse
profissionalização, seria indigna do cidadão, pois este não deve se sujeitar ao
trabalho, como o escravo o faz.
Neste contexto social o mestre do bê-á-bá era o menos valorizado na
sociedade, em oposição o mestre de retorica era reconhecido. Pode-se
analisar que isto não mudou independente dos vários séculos passados, o
pedagogo da educação infantil continua sendo menos prestigiado frente aos
outros profissionais da eduacaçao e das demais carreiras, a sociedade
continua a depreciar um dos principais pilares da vida das crianças, já que hoje
em dia a escrita não é mais um luxo das classes sociais nobres mas uma
necessidade de qualquer cidadão tanto para a carreira profissional quanto para
as relações sociais.

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