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INTRODUÇÃO
Assim, para realizar a educação como direito e como dever não basta com
boa vontade, é preciso mais, pois tal como afirma Luzuriaga citando Kant,
“o homem pode considerar como os dois problemas mais difíceis de
resolver, a arte de governar e a arte da educar. (…) esses problemas
costumam ser abordados ousadamente, sem prévia preparação. Em ambos
os sectores, abundam os improvisadores, e bem conhecemos os resultados”.
Seja como for, é importante perceber de antemão que, por um lado, não são
questões que se respondam imediatamente, mas mediatamente por meio de
elucubrações, o que deve ser característica de um universitário, e não de
um mero leigo, para quer possa enxergar a relação ou contradição entre
teorias e factos.
Para isso é necessário inteligir, por outro lado, a distinção entre teorias
educativas e factos educativos, pois que, “o estudo separado dos factos e
das doutrinas evita confusões muito frequentes entre a teoria e a prática: A
República, de Platão, não é a educação ateniense do século IV a.C., e tão
pouco o De pueris, de Erasmo, é o quadro da educação na renascença.
Como se sabe, o mais das vezes as doutrinas pedagógicas se opõem à
prática da sua época”. (C. Amado, 2007, p. 15).
Nestes termos, pode-se até dizer, segundo o mesmo autor, “que existe,
paralelamente à evolução das práticas educativas, porém dela distinta, uma
evolução das doutrinas, e ver, na pedagogia, um capítulo da história das
ideias, que compreende, também, a das ideias políticas, económicas,
estéticas, e apresenta, no conjunto, certa unidade” (p.15).
Neste sentido, “as ciências humanas são históricas, por natureza, tanto
pelos seus objectos como pelos seus modos de conhecimento. Por isso, a
história é consubstancial à própria constituição dessas ciências”.
(Cambi, 1999, p.12).
Historicamente,
TPC