Desafios dos assistentes sociais é analisar e buscar elementos juntamente ao
CFESS-CRESS quanto aos Subsídios para sua atuação na profissão e nas Política publicas urbanas, visto a probabilidade de contribuir com os enfrentamentos de inúmeros/as demandas sociais existentes e ainda enfrentar diversos obstáculos em meio ao cotidiano profissional. A luta pela interseção destes direitos nas cidades é a luta pela convergência dos mesmos para que todos os cidadãos e cidadãs tenham acesso ao trabalho, à educação, ao lazer, à saúde, à moradia digna, a uma participação política e tantos quanto aos outros direitos básicos que os cidadãos não tem acesso. Assim deste modo a luta visa em buscar assim estes subsídio e condições de vida mais justa para todos.
QUESTÃO URBANA E O DIREITO ÁCIDADE:
O debate sobre a questão social e conflitos, bem como os desafios para o
trabalho do/a assistente social decorre sobre a análise da forma predominante de acumulação do capital, segundo de (Chesnais, 1996), com a mundialização do capital e seus impostos devastador no emprego, salários e sistema de proteção a social, resulta-se também na crise do capitalismo. Os assistentes sociais buscam, fazer uma análise e ao mesmo tempo conhecer e abordar a realidade social, em uma perspectiva de totalidade, identificando as múltiplas determinações e contradições da questão social em tempos de centralização da riqueza e multíplice desigualdade social. Trata-se de uma mundialização que o Estado não suprime, e não sustenta a estrutura social, pois aborda apenas os interesses da classe dominante. (IAMAMOTO, 2007, p. 120). A análise da realidade urbana no cenário da segunda década do século XXI identifica uma conjuntura sócio-histórica de profunda regressão dos direitos, dos valores e das conquistas civilizatórias, que se alimenta nos irracionalismos econômicos, nas fragmentações culturais e nas opressões políticas sociais. No capitalismo as demandas e emergências políticas e sociais encontra-se diante de uma forma de desenvolvimento que reestrutura o estado, cuja as ações intervencionistas se voltam para o aprofundamento da acumulação capitalista e têm nas cidades o lócus das mais diversas expressões da desigualdade social, econômica e política, conforme o (Conselho Federal de Serviço Social.). O SERVIÇO SOCIAL encontra-se diante de demandas e atribuições profissionais com as exigências de qualificações para seu exercício profissional numa apreensão em meios a aparatos que se restringe o trabalho do assistente social no campo da política urbana e na perspectiva do direito a cidade. Assim sendo em meios a um contexto de privatização generalizada do mundo, a violência e a desigualdade assentam então o significado do trabalho do assistente social, inserindo seu saber teórico, metodológico e técnico-operativo, para legitimar éticas e política em frente as manifestações da questão social englobado no capitalismo. É fundamental considerar o trabalho do assistente social no contexto da política pública urbana, e sua orientação na direção social dos projeto ético-político profissional, cujos fundamentos históricos e teórico-metodológicos, são orientados por valores e princípios éticos numa perspectiva totalizante e crítica, conforme (Barroco, 2001, p. 56).
Apresenta-se no conjunto das regulamentações profissionais, como a Lei nº
8662/1993, de Regulamentação da Profissão, o Código de Ética do/a Assistente Social de 1993, as Diretrizes Curriculares para o Curso de Serviço Social da ABEPSS, de 1996, e a Política Nacional de Estágio da ABEPSS, de 2009. Em tempos de renovação de “promessas neoliberais, desenvolvimento econômico com justiça social, mantêm e aprofundam a dinâmica financeira e mundialização do capital (Maranhão, 2010, p. 101).
A temática urbana da “questão social”, é a confirmação da distribuição de
desigual das atividades humanas na disposição socio espacial e processo de produção e reprodução do capital. Assim devemos abordar a importância da resistência e luta entre as classes sociais que integram os contextos das cidades urbanas (Burnett, 2012; Silva, 1989). Cabe à teoria social marxista a reconstrução das determinações contraditórias que movimentam a “reprodução das relações sociais de produção” que qualificam, consequentemente, a produção social do espaço social. Cabe ressaltar, conforme Maricato (2011), que o processo de urbanização no Brasil recria o atraso, por meio de novas formas. Conforme o Censo Demográfico. Aglomerações Subnormais de 2010, 97% das cidades com mais de 500 mil habitantes, têm favelas sendo que na cidades médias, elas se localizam em mais de 80% dos núcleos urbanos, 83 milhões de pessoas não tem acesso ao sistema de esgoto, e ainda 45 milhões de pessoas não também tem acesso a agua potável, além 37 milhões de pessoas que não utilizam o transporte público devido à sua alta taxa cobrada pelo mesmo
São muitos os elementos que reproduzem a desigualdade social, aprofundadas na
ausência do direito à cidade, na apropriação desigual dos espaços na dialética entre legislação urbana, serviços públicos e obras de infraestrutura (MARICATO, 2013).
A exemplo do perfil da sociedade brasileira, que retrata uma estrutura fundiária
que privilegia a concentração de terra, renda e riqueza em um marco histórico com origem dos anos 60 em um processo capitalista a qual houve a retirada da população do campo para as cidades, com o intuito de liberar força de trabalho para a produção urbana. Esta desigualdade está presente em condomínio fechado alimentando a sociedade, aprisionadas que rejeita a vida pública estabelecendo um desligamento (caldeira) então a desigualdade está nas cidades as quais as classes se aprisionam. A luta pelas cidades é a luta pelos direitos universal, direito ao trabalho, a educação, ao lazer, a habitação, a participação política social, entre outros. O direito a cidade não é simplesmente. o direito que já existe nas cidades, mas sim o direito de transformar a cidade em algo eficientemente diferente onde existe a inclusão social de todos os indivíduos. Assim, a crítica radical da cidade-mercadoria, da cidade global, deve considerar o projeto histórico da reforma urbana, que começa a tomar fôlego desde de 1960, não reduzido ao mero reformismo, mas como “estratégia de renovação urbana que se torna necessariamente revolucionaria.” (LEFEBVRE, 1991, p. 112).
A Carta Mundial pelo Direito à Cidade2 , apresentada no V Fórum Social
Mundial (FSM), em Porto Alegre (RS) em 2005, afirma que a defesa desse direito deve ampliar o enfoque na melhoria a qualidade de vida ,na moradia,preteção a população que vive em cidades e região em processo de urbanização assim enfatizando a uma nova maneira de promoção, respeito, defesa e realização dos direitos civis, políticos, econômicos, sociais, cultural e ambientais, garantidos nos instrumentos regionais e internacionais de direitos humanos.(CFESS,PG16,2017). A Constituição Federal (CF) de 1988, conclui nos seus artigos e incisos as contradições presentes na sociedade brasileira, pressupõe uma sociedade democrática, que possa responder aos anseios da população brasileira por justiça social, na medida garantidora de direitos a população brasileira. Na regulamentação da política urbana, explicitada nos artigos 182 e 183 da CF,o Estatuto da Cidade, Lei 10.257/2001, materializa-se em importantes instrumentos urbanísticos, tributários e jurídicos, com vistas a garantir os princípios da função social da cidade e da propriedade urbana, incorporando embates a contradições que refletem a diversidade de interesses de segmentos da sociedade brasileira. Assim, diante de uma sociedade capitalista cada vez mais destituída de direitos, a implementação da política urbana coloca-se como possibilidade de distribuição da riqueza socialmente produzida. Tal distribuição se expressa na moradia adequada, na disponibilidade dos serviços de saneamento e infraestrutura, na qualidade do transporte coletivo e na mobilidade, nos serviços e equipamentos urbanos, no uso da cidade respondendo à diversidade da dinâmica societária, independentemente da etnia, idade, orientação sexual, religião e capacidades. Deste modo a respostas dos/as assistentes sociais atuam no campo da política urbana devem ter, como subsídio para sua intervenção profissional, a compreensão da seguridade social pública como “um campo de luta e de formação de consciências críticas em relação à desigualdade social no Brasil” conforme afirmado, (Carta de Maceió, em 2000). .