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INTRODUÇÃO
Esse conflito como se trata de direitos, passeia pela ceara jurídica fazendo assim
como que magistrados e doutrinadores comecem a dispor do assunto com o
interesse de solucionar tais conflitos, de forma com que a lei seja interpretada
trazendo a melhor solução, assim se faz necessário criar princípios de
posicionamentos e pensamentos, tendo em vista que a constituição federal não
dispõe em seu texto nenhuma clausula que solucione de forma clara sobre colisões
entre direitos fundamentais.
Todavia, no mesmo Art. 5º da constituição federal, inciso VI, decorre que é inviolável
a liberdade de consciência e de crença sendo assegurado o livre exercício, o
considerando como um direito fundamental.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes: [...] VI -e inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo
assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a
proteção aos locais de culto e a suas liturgias; (CF, art. 5º, IV)
Esse conflito complexo entre estes dois direitos fundamentais se tornou pauta em
diversas discussões no âmbito jurídico. Tendo em vista que a Constituição não
dispõe sobre tal colisão, não tendo assim unanimidade de pensamentos e decisões
acerca deste assunto, trazendo vários doutrinadores a se manifestarem, por
exemplo, Gilmar Ferreira Mendes, que diz:
Segundo o autor, quando houver situações que exista o conflito entre estes
direitos fundamentais prevalecerá aquele que demonstrar substancialmente
princípios de dignidade humana, que é um dos princípios fundamentais da
Constituição Federal, expresso no Art. I, inciso III.
O autor através dessa nova visão para solucionar o embate entre direitos
fundamentais elaborou 3 etapas para que fosse aplicada a ponderação em tais
casos, basicamente, a primeira etapa, seria uma triagem para identificação das
normas pertinentes ao caso; a segunda, analisar separadamente as normas de uma
forma mais aprofundada; e a terceira, apresentar todas as normas através de uma
junção com as circunstâncias concretas do caso, fazendo assim com que essa
etapa seja a mais decisiva do princípio de ponderação.
Percebe- se nas decisões tomadas pelos Tribunais de Justiça do Rio Grande do Sul
e Territórios, que os juízes ao se deparar com casos de recusa de transfusão de
sangue em que os pais se declaram testemunhas de jeová, a decisão dos pais é
substituída pelo poder jurídico. Demonstrando que o direito à vida se sobrepõe ao
direito de liberdade religiosa, tendo em vista que o direito à vida é instransponível
mesmo se tratando de responsáveis legais de outra vida, comprovando assim que o
direito à vida é do indivíduo, e não do seus pais.
4. CONCLUSÃO