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Instituto de Emprego e de

Formação Profissional, IP

8327 - Confeção e Decoração de


bolos artísticos
Manual 1

1ª Edição
Porto
2016

PPF.068.1
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ÍNDICE
Pág. 3 ENQUADRAMENTO DO CURSO
Pág. 4 Introdução
Pág. 4 A pastelaria
Pág. 5 A higiene
Pág.5 Equipamento, Material e utensílios
Pág.6 Bateria de cozinha para pastelaria
Pág.9 Época de ouro na cozinha
Pág.11 A Nouvelle cuisene
Pág.14 O açúcar
Pág.16 Decorações e trabalhos em açúcar
Pág.16 O chocolate
Pág. 20 Conselhos
Pág.22 Os ovos
Pág.22 Ervas aromáticas
Pág.23 Cake Design
Pág.23 BIBLIOGRAFIA

ENQUADRAMENTO DO MANUAL

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Com este capítulo pretende-se demonstrar a importância deste manual, que contêm informações
essências acerca da formação em causa. Serão apresentados os objectivos do manual e condições
de utilização.
1.1) OBJECTIVO GERAL DO MANUAL
Apoiar os formandos nos temas abordados ao longo das sessões.
1.2) OBJECTIVOS ESPECIFICOS DO MANUAL
- Servir de instrumento para o formando recorrer para verificar, actualizar ou complementar
informação;
- Orientar o formando no desenvolvimento de actividades que facilitem uma reflexão sobre a sua
prática;
- Permitir a actualização de métodos de trabalho que incentivem o desenvolvimento da sua
autonomia.
1.3) BENEFICIOS DO MANUAL
Trata-se de um documento escrito elaborado pela equipa de formação de forma simples e de fácil de
utilização, com o sentido de existir uma linguagem comum entre o grupo de formandos e formadores.
Serve como fio orientador da formação no campo da exploração de conteúdos novos como do reforço
de outros conhecimentos. A sua finalidade é ser um complemento e registo da formação em sala.

1.4) CONTEUDOS A MINISTRAR:


 Principais variedades de peças artísticas de pastelaria e padaria
 Elementos decorativos (por exemplo folhas – açúcar, chocolate, massa-pão,
fitas, laços, outros)
 Produtos decorativos (por exemplo flores, bases, figuras, fitas, laços, outros)
 Letragem (diferentes tipos de letras)
 Técnicas de decoração (por exemplo utilizando o método de queda, o método
deslizante, a transposição do desenho e a moldagem)
 Leitura - descodificação de documentos
 Tecnologia das matérias-primas
 Composições e utilizações das matérias-primas, preparados industriais e
outros ingredientes

2) DESENVOLVIMENTO DOS CONTEÚDOS


Com este capítulo pretende-se desenvolver cada uma das temáticas do módulo.

INTRODUÇÃO

Iniciada segundo tudo indica, pelos gregos em data imprecisa, na Idade


Média foi a arte de Pastelaria introduzida em frança.
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Desde então este país tornou-se o percursor da pastelaria nas suas


variadas cambiantes, dada a natural tendência e o gosto requintado dos
seus executantes que, através dos tempos cultivaram a arte da
pastelaria com extraordinário empenho e dedicação.

PASTELARIA

A Pastelaria é uma arte que foi evoluindo ao longo dos anos, sobretudo
depois da descoberta do açúcar.

Exige rigor nos pesos e medidas e um bom forno.


De facto, o forno desempenha um papel tão importante no resultado de
um bolo, como a própria receita.

Graças à regulação automática de temperatura e aos termostatos com


que os fornos modernos vêm equipados, fazer bolos tornou-se mais fácil
e pode transformar-se num verdadeiro prazer.

Mais moderno ainda é o multiforno, forno com circulação forçada de ar


quente, onde a temperatura é constante e uniforme.

Os fornos apresentam geralmente 4 ranhuras, o que permite a


colocação da grelha ou do tabuleiro à altura mais adequada. Salvo
indicação expressa na receita, as massas de bolos com fermento
colocam-se na ranhura inferior; as tartes e bolos em camadas cozem na
segunda ranhura e as bolachas ou biscoitos na ranhura superior.

Após ler a receita, pese os ingredientes e separe os utensílios que vai


utilizar - tendo em conta que os materiais de que são feitos as formas e
recipientes têm uma enorme influência relativamente aos tempos de
cozedura - por exemplo: um pudim coze muito mais rapidamente numa
forma de metal do que numa forma de pirex.
Nas receitas que indicam a cozedura em banho-maria (no forno ou sobre
o lume) a água do banho pode ser acrescentada, quando necessário,
mas sempre a ferver para não baixar a temperatura de cozedura.

HIGIENE
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A higiene é a parte da medicina que prescreve a regra de conservar a


saúde, promovendo o asseio, limpeza e combatendo os fatores nocivos,
possibilitando a todo o indivíduo precaver-se contra as doenças.

Cada indivíduo deve estabelecer para si um plano de higiene, tanto na


parte física como nos objetos e superfícies com que diariamente se
contacta.

O vestuário limpo, a limpeza da pele, dos cabelos, das mãos, das unhas,
do local de trabalho são coisas que, ligadas umas às outras nos trazem
o asseio do qual sobrevive a saúde.

EQUIPAMENTO, MATERIAL E UTENSÍLIOS


Ao profissional devem ser dadas condições que lhe permitam realizar
um trabalho altamente técnico e produtivo.

Para tal devem os sectores de pastelaria estar equipados com o mínimo


indispensável do equipamento, material e utensílios que a seguir se
descriminam.

Forno
Forno a gás e elétrico
Batedeira
Sorveteira
Moinhos
Laminadora
Balança
Mesa com tampo de pedra mármore
Mesa de trabalho
Balcão frigorífico
Fogão

BATERIA DE COZINHA PARA PASTELARIA

Tábuas de plástico
Instrumento para cortar bolos em camadas
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Vara de arames
Espátula de metal
Facas de cozinha, grande e pequena
Tesoura de cozinha e espetos de metal
Trincha e espátula de borracha
Conjunto de colheres e espátula, de madeira
Régua
Tigela grande e l tigela alta
Frigideira
Panela de 3 litros
Caçarola com tampa e fundo espesso
Medidor de vidro para líquidos
Passador de rede em metal
Conta-minutos
Conjunto de tigelas de pirex
Balança de cozinha
Máquina de cozinha (robot)
Picadora
Batedeira
Almofariz e máquina para ralar amêndoas
Película de plástico aderente
Papel vegetal
Folha de alumínio
Termómetro de forno
Espremedor de citrinos
Ralador
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Forma alta e peneira


Rede para bolos
Espátula de plástico
Forminhas de papel frisado
Corta-bolachas
Saco de pasteleiro com vários bicos
Forma alta e peneira
Rede para bolos
Espátula de plástico
Forminhas de papel frisado
Corta-bolachas
Saco de pasteleiro com vários bicos
Rolo da massa
Tabuleiro de forno
Forma com buraco (Savariri)
Forma com gomos e buraco (Kouglof)
Forma redonda
Forminhas diversas
Forma de mola com fundo móvel
Forma para tarte
Corta-massas
Forma retangular (tipo bolo inglês)
Forma retangular abaulada e canelada

Outro Material e Utensílios

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Além deste material mínimo indispensável, a pastelaria deverá ter no


seu equipamento uma câmara de temperatura normal e uma câmara
congeladora com temperaturas a baixo dos 10°C.

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ÉPOCA DE OURO

Carême, Dubois, Gouffé definem os princípios, teorizam e cozinha


francesa e internacional.

Procura-se o verdadeiro, o sólido, o espesso, o consistente, oposto ao


leve, ao instável, ao insípido; as receitas tornam-se mais pesadas,
incorporam quantidades consideráveis de manteigas e de gorduras que
tornam o alimento “pesado como chumbo”, arredondam os sabores, mas
também as formas dos comedores, respondendo a uma estética corporal
oriunda de séculos de fome, que vêm na gordura um sinal de prestigio,
de bem estar social.

Durante o século XIX, o material de cozinha e mais precisamente os


fogões vão sofrer uma evolução considerável.

Até ao inicio do século, são feitos de tijolo e com cavidades destinadas a


receber as brasas e sobre as quais se coloca quer o recipiente de
cozedura quer uma placa de metal no caso de se desejar obter uma
difusão menos direta do calor.

A combustão é alimentada a carvão de madeira, mas o fogão não dispõe


de chaminé própria e os fumos escapam-se.

O aparecimento do fogão de ferro fundido com depósito interno, chaminé


e fornos integrados funcionando indiferentemente a carvão de madeira
ou carvão de pedras, será saudado como um progresso considerável.

Estes novos fogões permitem executar gratinados, soufflés, bolos, o que


não se conseguia com os fogões antigos.

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Momentos e descobertas que influenciaram a cozinha:

 Frigorifico – 1922 – primeiros refrigeradores de produção


autónoma de frio
 Indústria agroalimentar
 Indústria de conserva – 1851
 Açúcar de beterraba
 Margarina
 Nascimento do Turismo
 Nascimento da indústria hoteleira

NOUVELLE CUISINE

Em 1960, o crescimento económico é contínuo. A ciência explode,


sonha-se andar sobre a lua e fazer viagens interplanetárias; o cientismo
triunfante anuncia para amanhã progressos libertadores.
a gastronomia, como a bela adormecida, mergulha no sono.

Para os aventureiros dos tempos modernos, a hora é de ascetismos


alimentar: os modelos de estética corporal mudaram.

A barriga do gastrónomo dos séculos XVIII E XIX era um sinal de


distinção social: ela marcava a sua liberdade face à necessidade.

Entretanto, os cozinheiros não se conseguem libertar das suas


referências clássicas. E vaie-se cavando o fosso entre o espírito do
tempo e o mundo da cozinha mais do que nunca ligado à sua idade de
Ouro do século XIX.

Como compensação ao progressismo descabelado, surge uma inversão


parcial das hierarquias gastronómicas a favor de pratos rústicos e
naturais; a procura entendida de vinhos, azeites, enchidos, produtos do
campo, por oposição aos produtos industriais; tudo isto traduz a nova
valorização da simplicidade rústica e da qualidade natural.

Entre 1970 e 1976 florescem as lojas dietéticas, restaurantes


vegetarianos e macrobióticos.
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Aqui se exprime, com a recusa do assassinato alimentar, a recusa em


participar na ordem social e cultural considerada pervertida, degradada
em ralação à perfeição natural, natural, que convêm reconquistar em
harmonia com a terra inteira, com a ordem do mundo.

A pouco a pouco vaie-se procedendo a uma contextualização imaginária


que ira permitir a eclosão da nova cozinha.

 A imposição dietética de uma alimentação saudável


 Um modelo de estética corporal da magreza
 O desejo de harmonia com a natureza
 A recusa da ordem social estabelecida

Mas este contexto mental, existente desde o final dos anos sessenta, à
partida apenas conduz a uma negação dos valores gastronómicos e ao
absentismo alimentar.

Para que se processe a deslocação, é ainda preciso reabilitar o prazer


imediato.

Será necessário esperar pelas primeiras fraturas do mito do crescimento


económico, com o choque petrolífero e o início da crise, para se assistir
à renovação da gastronomia. Em 1974, sopra um ar novo sobre os
fogões.

Também os cozinheiros fazem a sua revolução: cansados de repetir de


forma algo nevrótica os clássicos de Escoffier, começam a viver a sua
própria cozinha.

CARACTERÍSTICAS DA NOUVELLE CUISINE

 O molho deve preservar, revelar o gosto do produto que acompanha”


 Colocar em primeiro lugar o respeito pelo gosto natural do produto”
 Bases pouco cozidas mas reduzidas

Na década de 1990 surge um novo movimento que marcará a história da


cozinha, com o trabalho de um chef espanhol, Ferran Adrià, que inicia
uma busca de novas sensações e emoções, apoiando-se em novas
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tecnologias e novas técnicas de suporte à criatividade na cozinha.

Adrià influenciou outros chefes, de várias nacionalidades, que passaram


a incluir no seu trabalho estas novas ferramentas e técnicas, mas
sobretudo assumiram a liberdade de criar, obtendo assim resultados
surpreendentes.

Este movimento recente, que se tem vindo a desenvolver nos últimos


quinze anos, já recebeu várias designações, algumas das quais têm
gerado polémica e discussão – “Cozinha de Vanguarda”,
“Hipermoderna”, “Molecular”, “Criativa/Multissensorial”.

Nos restaurantes de vanguarda existe ainda um conceito que é


importante abordar, o do menu de degustação.

Uma refeição pode ser normalmente descrita por um menu com uma
variedade de pratos, cuja sucessão é planeada com detalhe, com o
objetivo de proporcionar ao comensal uma panóplia de combinações de
sabores, temperaturas e texturas, de forma a estimular as papilas
gustativas, os sentidos e a atenção, expondo-os sucessivamente a
estímulos diferentes sem os “saturar”.

As degustações de pequenas porções, em cuja apresentação há uma


grande preocupação estética, permitem experienciar uma variedade de
sabores, texturas e aromas, proporcionando uma enorme paleta de
sensações, sendo as papilas gustativas, o cérebro e os outros sentidos
estimulados constantemente.

Quando se desenha um menu com uma grande quantidade de pratos,


embora na sua maioria em pequenas porções, porque a ideia é a
variedade e não a saturação, a qualidade é também um fator de extrema
importância, tal como a satisfação e bem-estar do cliente.

Num menu de degustação, o equilíbrio da refeição é igualmente um


fator-chave, sendo necessária uma composição harmoniosa e
nutricionalmente equilibrada.

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AÇÚCAR

Quando se trata de cozinha, o açúcar faz mais do que adoçar.


Fervido em água, produz caldas indispensáveis a muitas sobremesas.
Caramelizado, faz a cobertura cor de âmbar, e é usado em pralines e
nougatines.

CALDA DE AÇÚCAR

As duas técnicas para fazer uma calda clara que não açúcar é
derreterem completamente o açúcar antes de ferver o líquido e só então
aumentar o fogo; e nunca mexer depois que estiver fervendo.
Ponha o açúcar e a água fria numa panela pesada; mexa em fogo baixo
até dissolver.

N0UGATINE
Um dos preferidos dos chefes pasteleiros, nougatine clássico é uma
mistura de caramelo e amêndoas semelhante ao praline, porém mais
maleável; as amêndoas são fatiadas e tostadas antes de misturadas ao
caramelo.
Para fazer recipientes para recheios doces e pode também ser
esmigalhado sobre sorvetes e outras sobremesas.

1
Dissolva 1 kg de açúcar em 100 ml de água, deixe ferver e junte 400 g
de glicose líquida. Cozinhe até ganhar cor de caramelo. Ponha 500 g de
amêndoa fatiada e tostada; balance a panela para cobrir a amêndoa.
Despeje numa superfície untada; deixe esfriar um pouco. Abra com rolo
de metal aquecido e untado.

2
Quando estiver com 5 mm de espessura, corte tiras com uma faca de
cozinha aquecida e untada, depois corte no formato desejado.

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Havendo vários tipos de açúcar, devem salientar-se os seguintes:


Sacarose ,Glucose, Lactose, Sacarina, e o Mel.

A Sacarose: É extraída da cana de açúcar comum, ou da beterraba, e


apresenta-se nas seguintes formas:

Natural. É um açúcar de Cor amarela e é areada.


Cristalizado. É um açúcar em cristais de sacarose.
Em pó. É um açúcar cristalizado e moído, é utilizado principalmente em
decorações e trabalhos em açúcar.

A Lactose:
Como o seu nome indica, é um açúcar extraído do leite. É utilizado na
composição de produtos industriais, tendo pouca utilização em
pastelaria.

A Sacarina
É um produto destinado a substituir a sacarose na dietética, e é 200 a
300 vezes mais doce do que o açúcar comum.

O Mel
É o produto adoçante mais antigo da Humanidade. É um açúcar natural,
amarelo e viscoso, utilizado em confeitaria.

DECORAÇÕES E TRABALHOS EM AÇÚCAR

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CHOCOLATE

É importante que o chocolate seja trabalhado corretamente pois


desempenha papel muito especial no preparo de sobremesas.

Para melhores resultados, use sempre chocolate de boa qualidade que


tenha no mínimo 32% de manteiga de cacau.

Decorações em Chocolate

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Aro de Chocolate: Os aros são bonitas decorações para


cheesecakes ou bolos. Retire o bolo ou cheesecake da forma e
coloque-o numa tábua. Meça a altura e junte 1cm. Corte uma
tira de papel vegetal desse tamanho e suficientemente longa
para dar a volta ao bolo. Espalhe no papel uma camada fina e
uniforme de chocolate derretido, deixe assentar um pouco (mas
o chocolate deve manter-se maleável) e enrole à volta do bolo
com o lado de papel virado para fora. Prenda e deixe arrefecer
até que fique firme, depois retire o papel. Faça aros com bolas
ou com padrões usando um saco de pasteleiro com chocolate
branco, preto ou de leite e desenhe-os primeiro numa folha de
papel vegetal, deixe que assentem um pouco e depois espalhe-
os no chocolate do aro.

Espirais de Chocolate: Deite chocolate derretido numa


superfície de mármore ou numa tábua pesada. Quando tiver
arrefecido e estiver quase assentado, raspe as espirais com uma
faca colocada num ângulo de 45º. Se o chocolate estiver muito
duro, partir-se-á, por isso trabalhe depressa quando chegar À
temperatura ideal. Faça espirais com estria, deitando o
chocolate derretido na superfície e fazendo riscos com um
garfo. Deixe esta camada assentar e depois deite por cima uma
camada de um chocolate de outra cor. Raspe como de indica
antes. Ou deite linhas de chocolate de outras cores e raspe
como antes. As espirais mais pequenas ou raspas podem ser
feitas passando um descascador de batatas num bloco de
chocolate.

Tacinhas de Chocolate: Espalhe um círculo de chocolate num


plástico ou em película aderente e coloque sobre uma forminha.
Deixe que fique completamente duro antes de retirar o
chocolate e o plástico. Podem também ser feitas embrulhando
uma forminha com película aderente, enchendo com água e
congelando até que fique em gelo. Retire o molde de plástico
com gelo e mergulhe-o no chocolate derretido. Deve assentar
imediatamente. A parte de dentro da forminha pode também ser
pincelada com óleo e depois deite lá dentro o chocolate. O
chocolate encolhe à medida que arrefece – alguns minutos no
frigorífico facilitam quando for retirar o chocolate das
forminhas. Este processo dá uma superfície lisa e brilhante.

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Caixinhas de Chocolate: Derreta o chocolate e espalhe-o


numa camada fina e uniforme num papel vegetal. Quando
começar a assentar, com uma faca afiada, corte-o em
quadrados iguais (aqueça a faca se o chocolate estiver
muito duro). Cole os cantos com um pouco de chocolate
derretido formando caixinhas.

Com Saco de Pasteleiro: Coloque o chocolate


derretido num saco de pasteleiro e desenhe feitios
numa folha de papel vegetal. Retire os feitios e colo-
os uns aos outros com um pouco de chocolate
derretido para que fiquem feitios a três dimensões, ou
use-os achatados para fazer padrões.

Folhas de Chocolate: Lave a parte de baixo de folhas


não-tóxicas e sem inseticida tais como rosa ou camélia
e seque-as bem. Pincele cada folha com uma fina
camada de chocolate derretido, deixe assentar, e
depois cuidadosamente retire a folha.

A FARINHA
A farinha mais frequentemente utilizada em pastelaria, é a de trigo, muito
rica em proteínas, gordura e sais minerais. Uma boa farinha deve
repousar durante um prazo nunca inferior a 15 dias, após a saída da
moagem.
Por intermédio de análises pode-se apreciar o valor da farinha, (a
celulose, grau de umidade); valor industrial que é a função do teor em
glúten.

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Deverá o profissional estar atento a falsificações eventuais, tais como:


adição de matérias estranhas, tal como talco, produtos químicos ou
sucedâneos não autorizados.

Leite
Elemento básico na pastelaria, requer o máximo cuidado na sua
apreciação. Este produto, de reconhecido teor alimentício contem, em
forma balanceada, todos os elementos necessários ao corpo humano.
Características gerais:
Puro ou integral:
Este leite deve ser filtrado e dada a sua difícil conservação. Deve ainda
ser pasteurizado, homogeneizado, ou simplesmente fervido.
Em pastelaria emprega-se com frequência, embora com resultados
menos satisfatórios o leite em pó.

Derivados do leite:
Nata:
É um creme de leite que deve conter um mínimo de gordura de 10 a
15% de gordura.
Quando apresenta 30% ou mais de gordura, é chamada nata espessa.

Nata acida:
É o reme de leite fermentado, de sabor ácido, muito utilizado na cozinha
russa.

Yogurt:
É um produto feito com leite puro ou integral, submetido a fermentos
lácteos muito activos.

Gorduras
Manteiga:
É um produto obtido da nata do leite animal, principalmente da vaca.
Possui cerca de 80% de gordura e os restantes 20% são compostos de
leite e sal.

Gorduras vegetais:
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São produtos obtidos em forma de óleos do Amendoim. Girassol e


sementes de plantas, utilizadas em pastelaria na preparação de massas,
cremes e frituras de pastelaria.

Margarinas:
É um substituto da manteiga. É extraída de plantas, em forma de óleo
quimicamente tratado e solidificado, ao qual se acrescenta o aroma e
sabor.

Conselhos

Antes de "meter a mão na massa"...


• Separe os utensílios e os ingredientes necessários para a receita.
• Peneire a farinha e o açúcar, para os tornar mais leves e eliminar
pequenos torrões.
• Retire os ingredientes do congelador para o frigorífico, com
antecedência.
• A Vaqueiro não necessita de frigorífico, conserve-a à temperatura
ambiente, em local fresco. Se costuma guardá-la no frigorífico, retire-a
com antecedência, pois será mais fácil de trabalhar.

As claras...
• Só subirão em castelo se forem batidas num recipiente isento de
qualquer partícula de gordura ou de gema.
• Utilize sempre ovos frescos e, de preferência à temperatura ambiente,
pois crescerão mais.
• Nalgumas receitas o açúcar é adicionado às claras. Faça-o a pouco a
pouco, para obter um merengue consistente.
• As claras batidas em castelo devem ser utilizadas imediatamente.

O forno...
• Ligue o forno com antecedência.
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Proteja as formas e os tabuleiros, lavando-os com água muito quente e


sem produtos abrasivos.
• Para untar as formas utilize Vaqueiro derretida e uma trincha. Se
necessário, polvilhe com farinha.
• Deite a massa só até 2/3 da altura da forma para que possa crescer
durante a cozedura, sem transbordar.
• Salvo indicação em contrário, as formas devem ser colocadas sobre a
grelha do forno para melhor circulação do calor.

As massas...
• Antes de serem estendidas, as massas devem ter sempre um tempo
de descanso.
• Polvilhe com farinha a pedra da mesa, antes de estender a massa.
Utilize pouca farinha, de contrário, a massa absorve-a, modificando a
sua estrutura.
• Polvilhe igualmente o rolo da massa e, se necessário, as mãos.
• É mais fácil deslocar uma placa de massa quando semienrolada no
rolo.
• Para forrar ao mesmo tempo, uma série de forminhas coloque-as lado
a lado, cubra-as com a placa de massa e passe com o rolo por cima.

A cozedura...

• Certas massas exigem ser pinceladas com gema antes da cozedura


para ficarem mais brilhantes e douradas.
• Terminado o tempo de cozedura indicado nas receitas, verifique se a
massa está cozida
espetando um palito. Se este sair seco, a massa está cozida, se o palito
sair húmido, a massa precisa de cozer mais algum tempo.
• Se a superfície de um bolo começar a ficar escura antes de terminar a
cozedura, cubra-o com folha de alumínio.
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• Salvo outra indicação, desenforme o bolo sobre uma rede para


arrefecer mais depressa.

OVOS

Este produto é altamente benéfico, pois contém todas as substâncias


necessárias ao corpo humano.

Compõe-se de três partes principais: Gema, Clara e Casca


 A gema ocupa 30% do ovo.
 A clara, de substância transparente, contem albumina.
 A casca, é uma composição mineral, sem valor, por vezes utilizada
em clarificações.
Os ovos são uns ingredientes mais úteis e valiosos na pastelaria.
Muitas receitas não seriam possíveis sem as suas qualidades de arear,
engrossar e emulsionar.
A designação geral de Ovos aplica-se aos ovos de galinha. Quando são
provenientes de outras aves deverão ser designados como tal, ou seja:
ovos de pata, de codorniz, etc. .
Um ovo de galinha normal, tem um peso médio de 56gr., podendo por
vezes encontrar-se ovos de 35 gr. ou de 80 gr. .
No caso de se utilizar uma grande quantidade de ovos para uma receita,
as diferenças de peso têm influência na sua composição, sobretudo nas
receitas de pastelaria.
É por esta razão, que a maior parte dos pasteleiros, medem os ovos da
seguinte forma:
1 Litro = 23 a 24 ovos inteiros
= 35 claras
= 48 gemas.

Cake Design
Um dos maiores desafios do Cake Design é a modelagem, a técnica que
permite fazer os bonecos e as decorações que enfeitam os bolos.

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Aqui, todos os pormenores podem ser levados ao extremo e o fator


talento é muito importante. Pode demorar entre 40 minutos a duas horas
a produzir um único boneco em pasta de açúcar, dependendo do grau
de pormenor, mas o resultado é fantástico.
O principal objetivo é oferecer ao cliente algo com que ele se sinta
identificado e surpreendido mas ao mesmo tempo uma criança no reino
da fantasia.
O cupcake popularizou-se, ganhando espaço em festas infantis e
casamentos.
Ainda existe uma confusão entre o cupcake e o muffin. A diferença está
na massa, pois a textura da massa do cupcake é mais leve, similar à de
um bolo macio.
Para aumentar o facturamento, os empreendedores passaram a
combinar a comercialização dos bolinhos com brownies, brigadeiros e
até pipocas com cobertura de chocolate.

Bibliografia
Manual de formação pastelaria
Le Cordon Blue
Manual Decorações em Chocolate

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