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Porque precisamos do dom de profecia hoje?

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Thursday, December 01, 2016

Toda essa discussão é realmente importante? Perderemos alguma coisa se continuarmos como antes,
negligenciando o dom da profecia em nossas igrejas?

A fim de responder tal pergunta, devemos primeiro lembrar o que a própria Escritura diz sobre a importância deste
dom. O apóstolo Paulo valorizou tão enfaticamente o dom de profecia que disse aos coríntios: “Segui o caminho do
amor, e desejais ardentemente os dons espirituais, sobretudo que profetizais” (1 Co 14:1). Então, ao final de sua
discussão sobre os dons espirituais, ele reiterou: “Meus irmãos, sinceramente, desejais profetizar” (1 Co 14:39). E
novamente: “Aquele que profetiza edifica a igreja” (1Co 14:4).

Agora, devemos nos fazer uma pergunta difícil hoje: se Paulo estava ansioso para que o dom da profecia
funcionasse em Corinto, mesmo perturbada como era em razão da imaturidade, egoísmo, divisões e outros
problemas, então também não devemos estar ansiosos para ver a operação deste dom novamente em nossas
igrejas hoje? Se somos cristãos, especialmente cristãos evangélicos que professam crer e obedecer a tudo o que
as Escrituras dizem, não deveríamos também crer e obedecer estas declarações apostólicas sobre o dom da
profecia?

Mas, além destas afirmações diretas da Escritura, poderíamos também ver, a partir do ensinamento geral da Bíblia
sobre a natureza da profecia, alguns benefícios específicos que experimentaríamos em nossas igrejas se
permitíssemos que esse dom operasse em nosso meio? Eu penso que esses benefícios existem sim.

Primeiro, se o argumento que defendo estiver correto, negligenciar a profecia é desobedecer à Escritura. Isso é
razão suficiente para saber que haverá consequências negativas em nossas congregações, pelo menos, a
ausência da benção em sua plenitude que seria nossa se obedecêssemos.

Em segundo lugar, se este dom é permitido funcionar e encorajado em nossas vidas, sem dúvida, acrescentaria um
elemento de proximidade com Deus e sensibilidade aos seus impulsos e orientações em nossa caminhada diária.
Agora, alguns podem objetar que esta é apenas uma ênfase “muito subjetiva” – e eles podem afirmar que
precisamos ser “mais objetivos” do que isso ao vivermos nossas vidas cristãs. Tal ênfase adicional na subjetividade,
podem argumentar, simplesmente nos abrirá ao erro doutrinário, à orientação ética equivocada e à negligência
acerca da orientação da Escritura para nossas vidas.

Mas é provavelmente verdade que aqueles que fazem esta objeção são exatamente os cristãos que mais precisam
de uma influência subjetiva! Além do mais, eles são os que têm menos probabilidade de serem levados ao erro,
pois já colocam grande ênfase na solidez da Palavra de Deus. No entanto, eles precisam especialmente deste
dom, pois arriscam que a vida se torne demasiada e exclusivamente intelectual, com foco demasiada e
estreitamente doutrinário. O dom de profecia não pode ser forçado a acontecer por argumentos intelectuais ou
investigações doutrinárias, porque ele requer um tipo diferente de atividade, ou seja, requer aguardar o Senhor,
escutá-lo, receber o sopro de inspiração em nossos corações.

Em outras palavras, para aqueles que são completamente evangélicos, teologicamente ortodoxos,
doutrinariamente maduros, intelectualmente bem informados e cristãos biblicamente experimentados,
provavelmente o que é mais necessário é uma forte influência equilibrada de um relacionamento “subjetivo” mais
vital com o Senhor. Eu mesmo tenho que dizer que ao trabalhar diariamente com a Escritura sob o prisma
essencialmente acadêmico, muitas vezes eu sinto essa necessidade na minha própria vida.

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Terceiro, estou convencido de que se houver permissão para o dom de profecia funcionar, pelo menos em algumas
reuniões na vida da igreja, acrescentaria uma nova medida de rica vitalidade à adoração comunitária, um
sentimento de temor que nasce de ver Deus trabalhando neste exato momento e lugar, gerando em nós o espanto
incontido de admiração que nos faz exclamar: “verdadeiramente Deus está neste lugar!”.

Estes então são os benefícios que experimentaríamos. Há possibilidades de erro ou abuso – como com qualquer
outro dom (pense no abuso no tocante ao dom de ensino ou administração, por exemplo). Todavia, as
possibilidades de excessos podem ser atenuadas através do ensino cuidadoso e da regulação do dom de acordo
com os princípios estabelecidos na Palavra de Deus. Por fim, o benefício em potencial para toda igreja – e para
nossa própria vida espiritual – é extremamente significativo.

Título original: Why do We Need the Gift of Prophecy Today?

Tradução: Renato Cunha

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