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Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE.

TODOS OS DIREITOS
RESERVADOS. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui
violação dos direitos autorais (Lei no 9.610).

SEBRAE em Sergipe

Presidente do Conselho Deliberativo Estadual


Marco Aurélio Pinheiro Tarquínio

Diretor Superintendente
Paulo do Eirado Dias Filho

Diretor Técnico
Brenno Luiz Ribeiro Barreto

Diretor Administrativo e Financeiro


Eduardo Prado de Oliveira Júnior

Gerente da Unidade de Cultura Empreendedora


Rosana Soares Leite

Gestora Estadual do Programa Educação Empreendedora


Débora de Aragão Mendonça

Consultor Conteudista
Meta Consultoria e Treinamento
Rafael Demetrius Rodrigues de Sousa

Marca
DesigNativa - Soluções em Design
Andréa Bispo Nascimento Lyra

Projeto Gráfico, Capa e Diagramação


DesigNativa - Soluções em Design
Andréa Bispo Nascimento Lyra
Pablo Nascimento Lyra
Governo do Estado de Sergipe

Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura


Departamento de Educação
Serviço de Educação de Jovens e Adultos

Governador do Estado de Sergipe


Belivaldo Chagas Silva

Vice-Governadora do Estado de Sergipe


Eliane Aquino Custódio

Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura


Josué Modesto dos Passos Subrinho

Superintendente Executivo da Educação


José Ricardo de Santana

Diretora do Departamento de Educação


Ana Lúcia Lima da Rocha Muricy Souza

Diretora do Serviço de Educação de Jovens e Adultos


Tânia Maria Oliveira Lima Carvalho

Equipe Técnico-Pedagógica Seja


Adriana Santos de Jesus Meneses
Aldjane Moura Costa
Gleyson Souza dos Santos
José Antônio Marques de Oliveira
Jacqueline Vasconcelos Silva de Lima
Maria Amélia Feitosa
Maria das Dores Santana Oliveira
Maria de Fátima Fonseca de Noronha
Rosemeire Siqueira de Santana
Soray Brito Dantas Sobral

Colaboradores Técnicos da Seduc


Fernanda Mercês Nunes
Ibernon Alves de Macena Junior
Silvaneide Silva Vieira
UMA PALAVRINHA INICIAL

Prezado(a) aluno(a) da EJA - Educação de Jovens e Adultos.


Vou contar para você um segredinho e é para você guardar no fundo do seu coração: uma
das melhores coisas dessa vida é a capacidade que temos de sonhar e de acreditar que tudo
é possível. Esse é, sem dúvida, o maior bem que possuímos.
Durante a realização do Curso Projeto de Vida, Educação Empreendedora e Financeira,
construído especialmente para você alunos(a) da 1ª a 4ª Etapas (6º ao 9º Anos do Ensino
Fundamental), você terá acesso a diversas informações que serão capazes de lhe ajudar a
sonhar e realizar coisas incríveis na sua vida. Nele serão abordados temas de Projeto de Vida,
Educação Empreendedora e Financeira.
Devemos deixar bem claro que a nossa missão (Sebrae e Secretariaria de Estado da Educação,
do Esporte e do Lazer do Estado de Sergipe) em trabalhar empreendedorismo não está
direcionando o(a) aluno(a), em hipótese alguma a montar negócio. Mas que eles(as) reflitam
que os(as) empreendedores(as) sonham alto e fazem planos desafiadores para o futuro.
Lembrem-se: nossos olhos não ficam na nuca - para sonhar alto é imprescindível uma visão
ampliada do mundo e como obter isso? Sempre que sentir que está tendo uma visão pequena
faça perguntas que te tirem desse estado. Como será que isso acontece em outro estado ou
país? Será que eu posso fazer diferente? Será que existe uma outra forma de interpretar essa
questão? Daqui há um ano onde quero está?
Reforçando: Como você se vê daqui a um determinado tempo. Assim é considerada a visão
de longo prazo, valor caracterizado por ser estratégico, tático e operacional. É de suma
importância para o alcance do sucesso pessoal e cultuar esse valor com muita ênfase, iniciando
com a certeza de onde deseja chegar em um período predeterminado. Planejar um futuro, na
atualidade, pode parecer algo distante e inatingível. Mas, com determinação e muito trabalho,
torna-se possível atingir metas, estar sempre preparado a novos desafios. Faz-se necessário
planejar de acordo com cenários. O que é trabalhar com cenários? Fazer escolhas hoje com
uma compreensão sobre o que pode acontecer no futuro.

E para finalizar: Desejamos muito sucesso e boas escolhas na sua caminhada


empreendedora!

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ENCONTRO 1 – CRIPTONITA OU ESPINAFRE?
O que te deixa mais forte? Quais são as ameaças aos seus poderes? A análise F.O.F.A. (também conhecida como
SWOT, em inglês) permite que empreendedores(as) mapeiem fatores internos e externos que podem interferir no
sucesso do empreendimento: Forças e Fraquezas são características internas do projeto, enquanto que Ameaças
e Oportunidades são características do ambiente em que o empreendimento está inserido.

Forças - São os recursos que cada equipe tem a seu alcance. Exemplos: Pessoas com diferentes habilidades
e conhecimentos; Recursos financeiros; Recursos físicos (um local para se reunir, equipamentos e ferramentas,
etc.); Capacidade do empreendimento; suas vantagens, em relação aos concorrentes, que geram competitividade
e destacam o negócio do restante da multidão. Algumas perguntas podem ajudar nessa definição: “O que vocês
fazem de melhor em suas atividades? Quais são as melhores coisas que seu empreendimento faz?” “Quais
recursos vocês já têm à disposição que fortalecem o negócio?” “O que destaca o seu empreendimento dos demais
concorrentes?” “Que valores vocês têm que os outros não têm (ou não conseguem ter)?” Incentive as equipes a
buscar outras fortalezas de seu empreendimento.

Oportunidades - Vimos que podemos transformar um problema em uma oportunidade para solucioná-
lo por meio de um negócio. Oportunidade é a capacidade de enxergar além do que temos em nossa frente;
é identificar e aproveitar situações que podem ser muito positivas para o negócio. É tudo que influencia
positivamente o empreendimento. É algo que não controlamos, que está “fora”, mas pode ser aproveitado a favor
do empreendimento. Por meio de pesquisas, observação e planejamento, é possível enxergar o que as outras
pessoas não veem. Questões econômicas, políticas, novas tecnologias criadas, modismos e outras mudanças (até
meteorológicas) podem abrir brechas e novos rumos para o empreendimento.

Fraquezas - Aqui identificamos os pontos mais vulneráveis do negócio (ou organização) em comparação a seus
concorrentes (atuais e em potencial). A grande pergunta é: o que pode prejudicar seu negócio? Sem #mimimis,
é necessário reconhecer aqui o que é preciso fortalecer, em que precisa investir, melhorar. De nada adianta olhar
para um problema e sentar em cima dele... ele continuará existindo e sem resolução. Algumas perguntas podem
ajudar na reflexão desse quadrante: “Por que seu público-alvo escolhe (ou poderia escolher) a concorrência e
não o seu negócio?” “A equipe está qualificada para tocar o empreendimento? Todos dominam o que fazem (ou
precisam fazer)?” “Em que pontos o negócio pode melhorar?”

Ameaças - São eventos externos que também não conseguimos controlar, mas é preciso ficar sempre atento(a).
É tudo aquilo que pode prejudicar o empreendimento, afetá-lo de maneira negativa e comprometer seu presente
e futuro. As ameaças podem ser também medos de seus(uas) empreendedores(as). É preciso pensar quais
são os obstáculos que poderão ou não ser evitados. Essa é uma questão central aqui. Outras perguntas que
podem ajudar na reflexão: “O que os outros (concorrentes) andam fazendo?” “Quais obstáculos vocês têm neste
momento na vida? Questões pessoais, financeiras, de trabalho?” “As novas tecnologias são um problema para
você e para o empreendimento?”

Com a F.O.F.A. consolidada, cada participante tem até três minutos para apresentar suas análises ao grupo.
Quem for apresentar, precisa ser objetivo(a) e claro(a) na fala, pois, dessa maneira, as demais equipes podem
ajudá-lo(a) a refinar a análise ou ter novas ideias.

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Fatores Fatores
Positivos Negativos

S-Strenghts (Força) W- Weaknesses (Fraquezas)

Fatores
Internos

O- Oportunities (Oportunidade) T- Threats (Ameaças)

Fatores
Externos

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ENCONTRO 2 – PERGUNTAS PODEROSAS

Aprofundar o pleno conhecimento de quem você é, será a essência para as decisões que serão tomadas amanhã.
O pesquisador Scott Dinsmore (Live Your Legend) elaborou uma série de perguntas para apoiar a construção do
seu propósito. Vamos compartilhar suas respostas em grupo?

1. O que faz você mais feliz na sua vida? O que te anima?


2. O que você faz que faz com que você se sinta invencível?
3. O que faz outras pessoas serem gratas a você?
4. O que você é absurdamente bom em fazer?
5. Quais são seus dons mais valiosos?
6. Quem é uma referência para você? Quem te inspira e por quê?
7. Quando foi a última vez que você se sentiu em total sintonia com uma atividade a ponto de perder
completamente a noção do tempo? O que você estava fazendo?
8. O que você faria se dinheiro não fosse um problema?
9. O que você faria se não existisse a possibilidade de falhar?
10. Que assuntos você se vê constantemente discutindo ou defendendo seu ponto de vista com outras
pessoas? Que pensamentos internos esses posicionamentos representam?
11. O que te deixa mais revoltado(a) em relação ao mundo em que vivemos e as pessoas? Se tivesse
recursos, como resolveria?
12. O que te traz preocupação ou pena sobre as futuras gerações?
13. De que forma você normalmente ajuda as outras pessoas?
14. Qual a sua sessão favorita de uma livraria? Qual a primeira revista que pegaria numa banca de jornal?
15. Quando foi a última vez em que não conseguia parar de trabalhar por empolgação, que tipo de trabalho
era esse?
16. Se você confiasse que a sua arte/criatividade fosse capaz de te sustentar, como você iria viver?
17. O que você amaria fazer de graça?
18. Se você pudesse participar do próprio funeral, o que você gostaria de ouvir os outros falando?
19. Por que você gostaria de ser lembrado? Qual marca você quer deixar no mundo?
20. O que seus amigos sempre falam que você faria bem ou deveria trabalhar com?
21. Quando jovem, o que você queria ser quando crescer?
22. Se você pudesse escrever um livro best-seller, sobre o que seria?
23. Quais carreiras lhe chamam atenção e você desejaria trabalhar?

DECISÕES:

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ENCONTRO 3 – O FILME DA SUA VIDA: SUAS EXPERIÊNCIAS MAIS
MARCANTES?
Imagine que sua vida vá virar um filme. Quais são as experiências mais marcantes – boas ou ruins, na infância,
adolescência ou idade adulta – de toda sua experiência até hoje? O que não poderia faltar no roteiro? Qual é a
mensagem principal dessa cena para mim? Para te ajudar nessa tarefa, divida em duas etapas, o primeiro liste
os principais e decisivos momentos de sua existência: Desde o nascimento, primeiro aniversário, primeiro dia
na escola, primeira namorada, primeiro emprego, casamento, primeiro filho... Tente observar períodos, primeira
década, segunda, e assim por diante. O segundo momento é a edição: Tente tirar qual a principal mensagem
dessa cena para você! Porquê que ela é tão importante? Quem são os demais personagens da sua história? Quem
são os vilões? Os heróis? Qual o aprendizado que você tira de toda essa história?

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ENCONTRO 4 – MÉTODO GROW
John Whitmore, autor do livro “Coaching para Performance”, foi responsável por desenvolver um método chamado
GROW — palavra que em inglês significa “crescer” e reúne as letras iniciais dos quatro pilares deste método. Para
utilizar o procedimento GROW, o ideal é trabalhar em duplas – o processo de reflexão, quando se é obrigado a
clarear as ideias na comunicação para comunicar a uma outra pessoa, colaborando com as perguntas e reflexões
necessárias para essa construção.

MÉTODO GROW

G – Goal (Definição do Objetivo)

Qual é o objetivo desejado?


Qual é o seu Sonho?

R – Reality (Análise da Realidade)

Qual é o obstáculo? O que está lhe


impedindo de viver agora esse sonho?

Que ações (pessoais) e


consequências (do ambiente)
produzem o obstáculo?
Como contribuo para esta situação?

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O – Options (Desenvolvimento de Estratégias de Sucesso)

Qual o curso de ação proposto?


O que é possível fazer?
Identifique cursos de ação
possíveis, e coloque-os em ordem
cronológica e de probabilidade de
sucesso. Liste ações e tarefas que
possam ser feitas atualmente e
que se dirigem a metas na direção
do objetivo

Quais são os recursos disponíveis?


No que pode se valer para ajudar?
Liste as características pessoais e
recursos internos – em termos de
Tempo, Dinheiro, Conhecimento,
Esforço e Motivação – e recursos
externos – Contatos,
Patrocinadores, Fontes de
Pesquisa.

W – Wrap-Up (Síntese) ou Way-Foward (Seguindo Adiante) ou Will ( Entrando em Ação)

Como sabe que está chegando no


seu objetivo? O que fará agora?
Quais são os indicadores, isto é,
modos de mensurar o atingimento
de etapas intermediárias para o
seu objetivo?

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ENCONTRO 5 – PESQUISANDO SOBRE NEGÓCIOS E CARREIRAS
No encontro de hoje você terá a oportunidade de mapear qual área, qual carreira mais interessa você, e aprofundar
mais seu entendimento sobre essa área pesquisando os tópicos principais que vão basear sua escolha. Vamos
reunir grupos por áreas afins e facilitar essa construção.

GRANDES ÁREAS
Agronomia, Agricultura, Pecuária, Pesca e Veterinária;
Artes e Humanidades;
Ciências Sociais, do Comportamento, da Comunicação, Administração, Trabalho e Direito;
Ciências da Saúde e Serviços Sociais;
Engenharia, Tecnologia, Indústria, Arquitetura e Construção;
Ciências da Vida, da Terra, do Espaço, Químicas, Físicas e Exatas;
Pedagogia; Educação.
Serviços: Turismo, Hotelaria, Esportes, Estética, Transporte, Meio Ambiente e Segurança.

1 - Com conhecimento dos seus projetos, o que você está disposto(a) a sacrificar por eles?

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2 - O que é essencial que uma profissão ofereça a você?

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3 - Você julga essencial manter um bom equilíbrio entre trabalho e vida pessoal? Quão importante é ter estabilidade?
E flexibilidade?

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4 - É possível preparar-se (fazer um curso técnico ou uma graduação) para essa profissão na cidade onde você
mora? Você se mudaria se preciso? Bolsas de estudos estão disponíveis?

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5 - Qual é a média salarial dessa profissão e qual é a demanda por profissionais? Quão importante é para você
ter um salário alto e/ou um retorno financeiro a curto prazo?

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Mapeando sua carreira
Qual é a profissão que você
gostaria de ter?

Se ainda não decidiu, quais são


as opções?

Você está trabalhando? Em quê?

Se não trabalha, com que idade ou


em que momento pretende
começar a trabalhar?

O trabalho que você realiza hoje, ou


pretende realizar em breve, está afinado
com seus planos para o futuro? Ou esse
trabalho é temporário e o salário serve
apenas para juntar dinheiro ou ajudar em
casa?

Quais são seus planos profissionais?


Escreva livremente as ideias que
você tem para si mesmo com relação
a trabalho. Você pode fazer
distinções entre o seu desejo e o que
é viável, entre planos para diferentes
momentos da sua vida, ou pode
simplesmente anotar ideias soltas

Os sonhos e planos que você tem


em mente para si próprio combinam
entre si? Ou será que há
disparidades entre a profissão que
quer ter, os planos de estudo, o local
onde pretende morar, o padrão de
qualidade de vida desejado, o
modelo familiar que almeja etc.?

O que vai acontecer na sua vida


daqui a 5 anos tem ligação com o
que você está fazendo hoje. Por isso
vale perguntar: o que você já faz
desde agora para poder realizar seus
projetos no futuro?

Você já pensou em abrir um negócio


próprio? Qual?

Você já pensou em abrir um negócio


próprio? Qual?

Que negócio você acha que daria certo


na sua localidade?

Há pessoas empreendedoras na sua


família? O que elas fazem? Aliás, você
sabe o que significa
“empreendedorismo”? Debata esse
termo em grupo e registre uma
definição.

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ENCONTRO 6 – PDCA: A ESTRUTURA DE CONSTRUÇÃO DE SUA
CARREIRA
O engenheiro Walter Shewhart foi o criador do método do Ciclo PDCA, nos anos 1920. Mas o modelo do Ciclo
PDCA foi se tornar famoso apenas nos anos 1950, principalmente no Japão, graças ao professor americano William
Deming. Ele é considerado o pai do controle de qualidade nos processos produtivos. Uma ferramenta completa e
eficiente, o método do Ciclo PDCA é um dos mais conhecidos para ajudar na execução do planejamento estratégico
de forma eficiente nas empresas e na vida pessoal. Antes de construir um Ciclo PDCA, é importante saber que o
CICLO PDCA tem como objetivo auxiliar a execução da estratégia. Portanto, a estratégia deve ser previamente
desenvolvida. A analista Luiza Andrade, preparou um super descritivo facilitando a aplicação da ferramenta.

PLANEJAMENTO

1. Identificação do problema ou situação a ser resolvida - Nessa fase, é fundamental definir sua situação
atual e reconhecer a importância dela para o desenvolvimento da atividade. Pergunte-se “O que está acontecendo?”
Levante o histórico atual, mostre as perdas causadas pelo resultado atual e proponha uma data para mudar a
situação. Para ter uma melhor visão do problema, você pode usar relatórios, dados, gráficos, fotos ou ferramentas
como o Brainstorming.

2. Observação do problema - Agora, o problema deve ser observado em seus detalhes, com suas características
específicas. Essa pode ser a fase mais demorada do processo. Afinal, as características do problema devem
ser analisadas por vários pontos de vista, além de observar o problema nos locais onde acontecem. Quando
concluída, permitirá ao grupo estimar o orçamento necessário para resolver o problema bem como a meta a ser
atingida com a sua solução.

3. Análise do problema - A pergunta a ser feita é durante a análise PDCA é “Por que esse problema está
acontecendo?” É nessa fase que as causas serão descobertas. Levantar as possíveis causas, colocá-las em ordem
de relevância e escolher as mais prováveis. Além de testar essas hipóteses com novos dados coletados e descartar
as mais improváveis fazem parte da seleção de causas do problema. Aqui, por exemplo, podem ser usadas
ferramentas como: o “5 Porquês”, o Teste de Hipóteses ou o Diagrama de Causa e Efeito / Ishikawa.

4. Plano de ação - Depois de identificadas as causas do problema, é hora de criar ações para resolvê-lo. O 5w2h
ou Plano de Ação são as ferramentas ideais para essa etapa. Pois permitem descrever claramente O Que precisa
ser feito, Quem será o Responsável e Quando deverá ser concluída cada Tarefa planejada.

2ª etapa: EXECUÇÃO
Na fase DO, ou Execução, é onde efetivamente se coloca em prática a execução do Plano de Ação criado. Essa é
uma das etapas mais importantes do ciclo e deve ser acompanhada de perto. Assim, as ações serão executadas
conforme planejado. É importante anotar e evidenciar os resultados (bons ou ruins) de cada tarefa concluída. Isso
permite um aprendizado necessário ao time envolvido durante o processo.

3ª etapa: VERIFICAÇÃO
No CHECK, é onde acontece a verificação do que foi executado e dos resultados obtidos com o plano de ação.
Essa fase pode ser desenvolvida ao longo da execução do Plano de Ação ou, então, formalmente ao término do
mesmo, podendo inclusive envolver pessoas ou grupos externos ao time responsável pela solução do problema.
Essa verificação consiste em confirmar se o que foi planejado já está implantado, além de comparar os resultados
entre o antes e o depois e o alcance da meta proposta. Se os resultados colhidos na verificação não forem
satisfatórios, é recomendado que se volte à fase de Planejamento do PCDA.

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4ª etapa: AÇÃO
Na última etapa, o ACT, nos permite refletir sobre o caminho a ser tomado ao término do ciclo: como será a
divulgação dos resultados e do aprendizado adquirido e o que fazer com os eventuais problemas remanescentes.
Aliás, eles poderão ser abordados em um novo “Giro do PDCA”, para a melhoria contínua dos processos.

Essa etapa é dividida em duas partes: Padronização - Aqui é padronizado o que deu certo no Plano de Ação.
Evitando-se, assim, que o problema corra risco de reaparecer. Essa padronização é feita a partir da criação ou
revisão de documentos que descrevam os processos (padrões). Além disso, é importante comunicar as alterações
nos variados veículos de comunicação da empresa, como e-mails, reuniões etc. Para essa padronização ser
efetiva, a equipe deve estar apta a desenvolvê-la, o que demanda treinamento e educação para os envolvidos na
mudança. Conclusão - É neste momento que a equipe faz uma reflexão sobre todos os resultados (com a ajuda
de gráficos, fotos e outras ferramentas como a Análise de Pareto ou a Folha de Verificação). Deve-se documentar
o que deu certo e o que não deu, identificar o que ainda pode melhorar no processo, registrar o aprendizado que
o ciclo gerou para o grupo e pensar nos planos futuros.

GIRANDO O PDCA PARA SUA CARREIRA

PLAN

Qual é o meu nível de


satisfação com a minha
carreira até o momento atual?

Quais são as perdas causadas


pelo resultado atual?

Como e onde eu quero estar


no auge de minha carreira?

Quais são as principais


barreiras que eu preciso
transpor para chegar onde eu
quero estar?

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DO

O que eu preciso fazer para


alcançar o resultado
desejado?

Como eu executarei
essas ações?

Quando será desenvolvido?

Qual o valor que será preciso


para essa ação?

CHECK

Como vou monitorar os


resultados e gerar
indicadores?

Quais são os
aprendizado obtidos nas
metas e resultados?

ACTION

Quais são as correções


necessárias?

Como vou implementar


as mudanças
necessárias?

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ENCONTRO 7 – COLOCANDO A CASA EM ORDEM
A palavra Kaizen é de origem japonesa, “kai” significa “mudança” e “Zen” significa “bom”, que sintetiza a
compreensão de “Mudança para melhor”. O método Kaizen 5S é baseado no conceito lean para ser aplicado
nas pessoas e empresas que buscam soluções em produtividade e melhoria contínua. Trata-se do ato de incluir
melhorias consistentes no cotidiano capazes de cumprir um único objetivo: fazer com que você seja melhor
hoje do que era ontem. Ao invés de se prometer mudanças radicais em pouco tempo, pregam os adeptos, faça
pequenas melhorias que levem, eventualmente, àquela grande mudança que você quer ver e foque diariamente
em ser 1% melhor naquilo. Para ajudar a aplicação do Kaizen, conheça o programa 5S e seus significados:

1. SEIRI – Senso de Utilização: Definir o que é útil e o que não é. Fazer uma separação para possíveis descartes
e reorganização do espaço para obter uma melhor ordenação e produtividade.
2. SEITON – Senso de Organização: Ordenar cada objeto em uma disposição mais inteligente, deixando o que é
mais utilizado de forma mais fácil de ser acessado e identificar ferramentas e recursos com sinalização. Se usou,
guarde de volta!
3. SEISO – Senso de Limpeza: Entender a causa da sujeira e evitá-la sempre que possível. Utilize materiais para
proteção, separe o que é reciclável. O que for sujo deverá ser limpo!
4. SEIKETSU – Senso de Bem-Estar: Cuidar do bem-estar, higiene e segurança no ambiente de trabalho.
Promover ações que estimulem uma fácil comunicação para entendimento e resolução de desafios.
5. SHITSUKE – Senso de Autodisciplina: Disciplinar-se para tornar os 4S anteriores em bons hábitos. Desenvolver
autoconhecimento e criar ações que estimulem a melhoria contínua para o todo da organização.

PARA PENSAR...

Quantas oportunidades você já perdeu por conta da falta de controle e organização?

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Quantas vezes você começou algo e largou pelo caminho? Um livro? Curso? Exercício?

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Como você se sente quando entra em um ambiente que está sujo e desorganizado?

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Como você reage ao estar perdido por uma estrada ou cidade sem nenhuma sinalização?

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Agora imagine a aplicação dessa metodologia na escola em que você estuda. Junto com o seu
professor escolha um local da escola e aplique a metodologia de forma vivencial.
5S Senso de... Como fazer? Ação prática e real
Definir o que é útil e o que não é. Fazer
1.SEIRI
uma separação para possíveis descartes
1. UTILIZAÇÃO e reorganização do espaço para uma
melhor produtividade.
Ordenar cada objeto em uma
disposição mais inteligente, deixando o
2.SEITON 2. ORGANIZAÇÃO que é mais utilizado de forma mais fácil
de ser acessado e com sinalização.
Se usou, guarde de volta!
Entender a causa da sujeira e evitá-la
3.SEISOU 3. LIMPEZA sempre que possível. Utilize materiais
para proteção, separe o que é reciclável.
Se sujou, limpe!
Cuidar do bem-estar, higiene e
segurança no ambiente. Promover ações
4.SEIKETSU 4. BEM-ESTAR que estimulem uma fácil comunicação
para entendimento e
resolução de desafios.
Disciplinar-se para tornar os 4S
anteriores em bons hábitos. Desenvolver
5.SHITSUKE 5. AUTODICIPLINA autoconhecimento e criar ações que
estimulem a melhoria contínua para o
todo da organização.

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ENCONTRO 8 – SE É PARA COMPRAR...
Vamos realizar o sonho da maioria dos brasileiros? Comprar a casa própria! Para isso vamos construir juntos
essa jornada com muita informação e uma análise mais profunda. Vamos lá? Imagine que você e sua família
queiram comprar uma casa própria. Como fazer isso? registre livremente as suas anotações para orientar seu
planejamento.

1º passo: o que vocês querem? Discutam suas preferências quanto às características da residência: casa ou
apartamento, localização, número de quartos, metragem, vizinhança etc.

2º passo: de que vocês precisam? Quais são as exigências da família? Selecionem quais são as características
das quais a família não abre mão e quais vocês estariam dispostos a negociar. Encontrem um equilíbrio entre as
preferências (desejos) e as exigências (necessidades).

3º passo: quanto custa? Registre aqui o valor estimado do imóvel desejado.

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4º passo: Quanto financiar? Você já descobriu as opções de financiamento que os bancos oferecem. registre o
valor da prestação mensal, sem se esquecer de calcular a taxa de juros, o prazo de pagamento e o sistema de
amortização escolhido. Qual será o valor das prestações? Período?

PLANEJANDO A COMPRA

Qual é o bem que deseja comprar?

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Por que ele é tão importante?

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Quais características ele tem que ter?

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Veja quais são as perguntas que você precisa se fazer sobre esse objeto:
Que funções ele tem que ter? ( ) importante ( ) irrelevante

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Qual o modelo mais adequado? ( ) importante ( ) irrelevante

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Que tamanho precisa ter? ( ) importante ( ) irrelevante

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É preciso que ele seja prático, ( ) importante ( ) irrelevante resistente, bonito, moderno, útil, versátil/
multifuncional? Ou o quê?

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Quanto custa esse bem? R$

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De que forma vai pagar pelo bem ou serviço?
( ) à vista ( ) parcelado

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ENCONTRO 9 – DINHEIRO PÚBLICO? QUEM PAGA A CONTA?
Qual o orçamento de sua cidade? Quanto foi destinado a saúde? A educação? A segurança? Quanto ganha
um vereador? E o prefeito? Ufa! Quantas perguntas e questões a serem esclarecidas não é verdade? Antes de
aprofundarmos o assunto vamos entender o que você já sabe!

O que você acha que são bens e serviços públicos?

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Quais são os bens e serviços públicos que você conhece?

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Na sua opinião, qual o papel do Estado na sociedade, na economia e em relação ao desenvolvimento? Em outras
palavras, para que ele serve? Discuta sobre isso em pequenos grupos e anote as conclusões a que chegaram.
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Se você fosse candidato a algum cargo político, quais seriam as suas propostas de governo?

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Você entende tudo o que lê no jornal? Pegue a seção de Economia de um site local respeitável. Antes de abri-lo,
escreva algumas palavras do vocabulário de Economia que você espera encontrar.

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Em grupos, escolham uma das reportagens dessa seção e tentem analisar se o texto traz uma boa ou uma má
notícia. Boa para quem? Má para quem? Se os juros aumentaram, por exemplo, isso é bom para quem e ruim
para quem?

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Você se lembra de algum momento mundial em que um acontecimento em um país tenha afetado outros países?
Essa lembrança pode vir de um momento histórico que você vivenciou ou que estudou.

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ENCONTRO 10 – AGENDA PROGRAMADA E AGENDA DE EVOLUÇÃO
PESSOAL
Que controlar compromissos e ações de desenvolvimento em agendas e cadernos é fundamental, isso você já
sabe. Mas será que é um hábito seu avaliar como foi o seu dia? Avaliar os resultados de cada ação? E mais,
programar de forma antecipada os livros, os cursos, os vídeos, os podcasts e todo o conteúdo que irá levar você
em direção aos resultados que você precisa para alcançar os mais ousados e desafiantes sonhos. Que tal construir
um plano de desenvolvimento em grupo?
AGENDA PROGRAMADA

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Agenda e evolução pessoal - AGEP DATA: / /
Objetivo principal do dia:
Controle LISTAGEM DE COMPROMISSOS DIÁRIOS Matriz de Prioridade
dos horários
Nº Registre todos os seus compromissos pessoais de forma planejada, de preferência como
última atividade do dia anterior. No seu planejamento, tente direcionar suas ações nas Essencial Urgência Disponível
Início Final tarefas importantes, o mínimo de atividades urgentes e se possível nada de circunstâncial. ÁREA
75% 15% 10%
X

1
2
3
4
5
6
7
8
9

10

11

12
13

14
15
RESULTADO DIÁRIO DE PRODUTIVIDADE - MATRIZ DE PRIORIDADES

Ligações, contatos e e-mails Pagamentos e Investimentos

23
Não posso esquecer - Ficou para amanhã - Não consegui fazer - Observações diversas

Eu sou grato hoje por

Obstáculos e limitações do dia Ideias e oportunidades absorvidas

Quadro de aprendizado diário - Energizador - Fatos Comuns que trazem grandes lições

Fato/Experiência

O que faria diferente

O que faria de novo

Qual novo hábito Qual nota seu


poderá/irá adotar dia merece? (0 a 10)

24
ENCONTRO 11 – ACABOU A ÁGUA!
A escassez de água não é um problema novo. No entanto, é uma questão que pode se agravar caso não
aconteçam otimizações quanto ao manejo do elemento mais vital à sociedade: a água. Segundo a Organização
das Nações Unidas (ONU), mais de 2,7 bilhões de pessoas deverão sofrer com a falta de água em 2025 se o
consumo do planeta não diminuir. Há inclusive temores reais de que a água seja motivo de conflitos futuros entre
as nações. A água será o ‘ouro líquido’ do futuro, caso os problemas de escassez não sejam sanados. Muitos
países já sofreram com secas e conseguiram contornar este cenário. O Brasil, com a união entre o poder público
e privado, precisa se inspirar nesses casos internacionais bem-sucedidos. Estados como o de São Paulo e outros
do nordeste já vivenciaram a falta de água na rotina. É preciso sim buscar referências e tratar esse recurso com
a atenção que ele merece. Seu objetivo: Pesquisar e lançar alternativas para tratar a água. Mas não se preocupe,
você não estará sozinho nessa jornada, vamos aplicar ferramentas, conhecer iniciativas e propor soluções em
conjunto.
A escassez de água no Brasil se dá por um conjunto de fatores como a falta de consciência no uso, falta de
regulamentação para técnicas de reuso, pouco investimento em infraestrutura e principalmente pelo desperdício
da água. Quase 40% da água tratada do Brasil é desperdiçada principalmente por vazamentos, mas também por
fraudes e outros problemas na rede de distribuição. São bilhões de litros de água tratada jogados literalmente fora.
Esse é um dado terrível. Toda essa água tem um custo de tratamento, então também é dinheiro desperdiçado.
Tudo por causa da rede de distribuição brasileira que carece de investimentos. A rede de canos é considerada velha
e precisa de manutenção. A Região Norte é a considerada mais crítica. Lá, mais da metade da água é perdida. Na
Europa, esse desperdício é de 15%. No Japão, é apenas 3%. Mas como esses países conseguem contornar essa
situação? A resposta é com investimentos e tecnologia para evitar o desperdício. Em São Paulo, cerca de R$ 250
milhões são aplicados anualmente para diminuir as perdas, mas ainda é pouco perto da necessidade de reparos.
O estudo realizado pelo Instituto Trata Brasil revelou que uma redução simples de 10% do desperdício do país
representaria uma receita de R$ 1,3 bilhão. Significa quase a metade do investimento feito em abastecimento
de água no ano de 2010. Parte desse dinheiro também poderia ser aplicado no reuso da água, em campanhas
de conscientização e etc. A ONU calcula que já existam cerca de 1,1 bilhão de pessoas que carecem de acesso
à água potável no mundo. A Terra é um planeta azul, mas mesmo assim há escassez. Como é sabido, apenas
2,5% da água do planeta é doce. E você é parte dessa solução! Vamos lá? Seu desafio é criar uma metodologia
para o tratamento e reuso da água residencial. Imagine quantos bilhões de litros de água potável são usados nas
descargas, chuveiros, jardins, agricultura, indústrias e muito mais?
Fonte: CEBDS

1) Definindo o problema – Escreva uma frase que sintetiza seu desafio

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2) Construa uma árvore de questões a partir do seu desafio

3) Colete fatos, dados e experiências

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4) Construa a Matriz CSD – Certezas – Suposições – Dúvidas

Certezas Suposições Dúvidas

26
ENCONTRO 12 – UM DIA NA VIDA E DIAGRAMA DE AFINIDADES
Empatia é quando você se coloca no lugar do outro, sem seus preconceitos e achismos, mas aberto a viver e
experimentar uma situação com as lentes do outro. Para isso, você está sendo convidado a se colocar no lugar
de um(a) chefe de família, que mora no sertão nordestino, sem água, sem esgoto, tendo que economizar cada
gota de água, porque sabe o quanto ela é valiosa. Sua comida depende dela, sua higiene depende dela, sua
saúde depende da qualidade da água. Como você se sentiria? Como você resolveria essa situação? Registre as
observações do grupo no espaço abaixo.

Como é o dia a dia dele?

Quais responsabilidades
ele tem?

Como é o seu trabalho?

Quais as preocupações?

Quais as dores que ele


enfrenta?

O que ele quer resolver de


uma vez por todas?

Com quem ele convive?

Qual o peso da decisão que


ele tem que tomar para
adquirir seu produto/serviço?

Como seria a vida dele se


esse problema fosse
resolvido?

27
DIAGRAMA DE AFINIDADES

O diagrama de afinidades (DA) é uma ferramenta que tem como objetivo agrupar um grande número de ideias,
opiniões e informações em grupos, conforme a afinidade que apresentam entre si. É construído através das
ideias, opiniões e outras preocupações sobre determinado problema, organizando-se em grupos baseados em
uma relação natural que exista entre elas, estimulando a criatividade e facilitando o aparecimento de novas
ideias e enfoques através da participação dos membros, o que gera um melhor entendimento daquilo que está
acontecendo. O objetivo do diagrama é categorizar ou agrupar os itens disponíveis que tenham alguma afinidade.
Os itens são primeiramente arranjados em grupos baseados nas relações comuns entre cada item. Em seguida
são desenvolvidos títulos de assunto para cada grupo de dados. Esse método foi desenvolvido no Japão por
um antropólogo, Iro Kawakita, quando ele se viu diante do desafio de ordenar grandes quantidades de dados
aparentemente não relacionados e finalmente arranjá-los para descobrir temas comuns entre os dados. Aprender
a como fazer um diagrama, como o de afinidade, é uma tarefa que requer tempo e esforço de todas partes que
farão parte dessa atividade. O importante é que o responsável pela execução saiba o momento certo para realizar
e que todos possam estar abertos ao diálogo. Afinal, estamos trabalhando com diferentes tipos de pessoas e
precisamos saber lidar com opiniões diversas. Apesar dos cuidados citados acima, o diagrama de afinidade requer
que você lida com questões práticas e incentiva você a estar na ativa da busca pode melhoria, existem algumas
etapas necessárias para desenvolver um diagrama de afinidades: reunir pessoas que possam contribuir; elaborar
uma declaração sobre a questão a ser considerada; registrar os dados em notas adesivas ou cartões (ex.: post-
it); organizar as notas adesivas em subgrupos relacionados; criar os principais temas de subgrupo; completar o
diagrama de afinidades. Veja o exemplo abaixo:

28
ENCONTRO 13 – APRENDENDO COM O DESIGN DE PRODUTOS DE
STEVE JOBS
Vamos aprender com quem já trilhou o caminho? Essa ferramenta foi elaborada por Marcelo Nakawa, Coordenador
do Centro de Empreendedorismo do INSPE usando os princípios de Steve Jobs.

1ª Premissa: Desenvolva produtos grandiosos para as massas! Dois colaboradores da fase inicial da Apple
explicam bem esse ideal de Jobs: “Jobs se via como um artista, e incentivava a equipe do projeto a se ver
dessa forma também. A meta nunca foi vencer a concorrência ou ganhar muito dinheiro; era fazer a coisa mais
grandiosa possível, e até um pouco mais”, disse Andy Hertzfeld (p.140). “Ei, já que é para fazer coisas na vida,
que sejam bonitas”, complementou Bud Tribble (p. 141). “Adoro quando se pode levar um design realmente ótimo
e simplicidade de uso para algo que não custe muito. Foi a visão original da Apple. Foi isso que tentamos fazer no
primeiro Mac. Foi isto que fizemos com o iPod”, explicou Jobs (p. 25).
2ª Premissa: Seja grandioso em todos os detalhes! Há vários exemplos que podem ilustrar essa lógica de Jobs,
mas um dos principais é a mítica frase: “Eu quero que seja o mais bonito possível, mesmo que esteja dentro
da caixa. Um grande marceneiro não vai utilizar madeira vagabunda para o fundo de um armário, mesmo que
ninguém veja” (p. 151).
3ª Premissa: Copie, roube o que há de melhor! De todas as premissas, esta é a mais polêmica e a mais
importante. Duas frases de Jobs explicam bem esta lógica: “Quer dizer, Picasso tinha um ditado que afirmava
que artistas bons copiam e grandes artistas roubam. E nós nunca sentimos vergonha de roubar grandes ideias”
(p. 116). E “tudo se resume a tentar se expor às melhores coisas que os seres humanos fizeram e, depois, tentar
trazer essas coisas para o que você está fazendo” (p. 116).
4ª Premissa: Simplifique! Torne óbvio! Muito da genialidade de Jobs está nessa premissa. Ele até buscava
inspiração em outras ideias, mas tinha o dom e a obsessão de tornar seus produtos óbvios. Para ele, a “A
simplicidade era a máxima sofisticação” (p. 99). E o elemento central da simplicidade era fazer os produtos
intuitivamente fáceis de usar. “O principal do nosso design é que temos que fazer as coisas intuitivamente óbvias”,
dizia (p. 144). As duas primeiras premissas dependem de você, como empreendedor: ser obcecado em criar uma
empresa grandiosa em todos os detalhes. As duas últimas podem ser aprendidas praticando duas técnicas em
sequência:
1ª Técnica: Aprenda a copiar! Steve Jobs não criou nenhuma técnica sobre como “copiava”, mas David Murray
publicou um livro que pode ser útil para casos assim. Ele afirma categoricamente que todas as inovações
do mundo foram copiadas e isso tira um peso enorme das suas costas. Você também pode copiar para criar
produtos inovadores. Mas para ser um gênio criativo precisa aprender a copiar de longe, de situações que estão
aparentemente distantes da realidade atual do seu produto. Se copiar de perto, será apenas um plagiador, um
mero ladrão de ideias.
2ª Técnica: Aprenda a simplificar! De novo, Jobs não criou nenhuma regra sobre como simplificava as coisas,
mas John Maeda lançou um livro interessante que apresenta dez leis que podem ser aplicadas a um produto para
simplificá-lo. No texto dele, você encontrará dezenas de exemplos de como a Apple fez isso em seus produtos.
Para simplificar um produto, ele recomenda que você aplique as oito primeiras leis ou, simplificando, apenas a
décima lei.

Instruções: Use esta ferramenta para a gerar ideias sobre como conceber o design de um produto específico
que seja mais inovador e mais simples. O design vai além dos aspectos estéticos da forma e da utilidade e
abrange toda a experiência que o consumidor tem com o produto, desde o primeiro contato até o descarte.

29
Aprenda a copiar em três etapas, seguindo a lógica de David Murray (2011):

Anote abaixo ideias para


Copie
de: Dicas o design do seu produto
O que pode ser copiado do seus concorrentes

Muito inovador <---------------------------------> Pouco Inovador


diretos e indiretos no que diz respeito ao design de

próximos
produtos? Steven jobs ficava atento a todos os

Lugares
lançamentos. Era um dos primeiros a chegar às
lojas para testar os lançamentos. Mas talvez o
exemplo mais citado tenha sido a interface gráfica
e a tela de bitmap que ele copiou da Xerox (p.115)

Quais as metáforas ou analogias que podem ser


aplicadas ao seu produto? Aqui começa a
genialidade de Jobs. Ele e sua equipe eram craques
Situações
similares

em identificar situações similares (metáforas,


analogias) que poderiam ser aplicadas a uma
determinada característica do design do produto.
Uma das mais vencedoras no ínicio da Apple foi o
conceito de desktop (mesa de trabalho), o local
onde você deixa organizado seus documentos,
anotações, planilhas e até a lixeira.

Que inspirações podem ser trazidas de longe e


aplicadas ao seu produto? Este é o ponte alto da
capacidade de Jobs e de sua equipe: buscar
Contextos
distantes

inspirações em eletrodomésticos, carros, placas de


rua. Jobs, pasmem, viu a importância da
integração de hardware e software (produtos da
Apple sempre foram sistemas integrados) no
nascimento de uma bezerra, que logo após nascer,
já caminhava de forma autônoma.

10 Leis da simplicidade Aplicadas por Steve Jobs Aplicadas ao seu produto

1. Reduza as caractéristicas! Excluas as supérfulas, Iphone: um smartphone sem teclado


esconda as importantes de pouco uso (BlackBerry), sem caneta (Palm) e só com
um botão...

2. Organize as caractéristicas! Integre Janelas, barra de ferramentas e os


caractéristicas semelhantes e priorize-as em ícones usados a partir do Apple II
ordem de importância.

3. Economize tempo do usuário! Diminua o As teclas de atalho do Mac ou os


tempo de espera ou torne o tempo de espera movimentos com os dedos para
tolerável. ampliar/diminuir uma imagem

4. Torne o aprendizado recompensador! O balanço negativo quando inserimos


Relacione as informações, facilite o aprendizado a senha errada no Mac ou o barulhinho
e compense com surpresas da lixeira.

5. Complexidade valoriza a simplicidade! A quase impossibilidade de um leigo


Deixe claro que há muita complexidade por abrir um equipamento Apple. E se
trás daquela simplicidade percebida. abrir, ficará perdido.

6. Tudo no contexto contribui para a Obsessão de Jobs por cantos


simplicidade! Todos os detalhes contribuem arredondados que deixam o produto
para um produto de uso mais fácil. mais amigável.

7. Emocione com simplicidade! Simplicidade Jobs queria embalagens que


pode tornar seu benefício invisível. Crie remetesse a experiência de abrir uma
experiências memoráveis. caixa de joias.

Um produto Apple não quebra e não


8. Confiança aumenta a sensação de
pega vírus. E se quebrar, o pessoal da
simplicidade! O simples deve funcionar, sempre!
Apple Store resolve.

9. Nem tudo dá para simplificar! Em alguns A roda do primeiro iPod não era tão
casos, o bom é inimigo do ótimo. Pare de simples. Mas isso foi resolvido a
simplificar e lance o produto. partir da segunda versão.

10. Subtraia o óbvio e acrescente o significativo! Jobs não passava pelas leis anteriores.
Entenda o que realmente o seu consumidor quer Só esta era suficiente para criar
e transforme isso em uma experiência única. grandes produtos!

30
ENCONTRO 14 – LEAN CANVAS
Uma mensagem para você: o mais importante antes de se pensar em montar um negócio é ter o entendimento
que Ser EMPREENDEDOR significa, acima de tudo, ser um realizador; ser alguém que coloca em prática novas
ideias através da combinação de características como criatividade, definição de metas, planejamento, persistência
e comprometimento.

E mais inda que o existe o CANVAS PESSOAL- Um canvas pessoal, por sua vez, é um mapa visual de planejamento
que coloca a pessoa e sua carreira como um modelo de negócio. Com essa ferramenta, a pessoa pode identificar
quais são suas maiores dificuldades e necessidades, assim como consegue estabelecer seus objetivos de maneira
direta. A principal vantagem de adotar essa estratégia é que ela é capaz de melhorar a produtividade ao dar uma
visão geral e sistêmica da vida — e da carreira em geral. Ao colocar no papel o que bloqueia os sonhos e de onde
vem os recursos, por exemplo, fica mais fácil estabelecer um plano de ação para atingir os objetivos. Quando a
pessoa estabelece determinados objetivos para certo período de tempo, faz uma espécie de compromisso com
ela mesma. Isso aumenta as chances de que obtenha sucesso — porque também aumenta a responsabilidade
sobre o seu projeto de vida e de carreira. Como resultado, ela passa a tomar decisões mais conscientes sobre o
seu planejamento pessoal e, assim, começa a trabalhar de modo a cumprir os prazos estabelecidos o tanto quanto
possível. Esse cenário, portanto, leva a um aumento de eficiência — pois ela começa a fazer, por exemplo, colocar
em prática os planos que foram adiados por muito tempo ou novas abordagens para que ela chegue onde deseja.
Traduzido do inglês, a palavra lean significa enxuto. Sendo assim, um canvas é um mapa visual de planejamento,
muito utilizado para tratar de negócios novos ou existentes, e que ajuda a reconhecer as principais dificuldades
e oportunidades de um determinado empreendimento. O quadro Lean Canvas tem um foco maior em hipóteses
que precisam ser validadas logo no início da vida de uma startup. Ele é ideal para o momento em que o
negócio está surgindo e ainda não fez testes sobre suas suposições. Essa é a hora de analisar de maneira mais
aprofundada os problemas que o mercado apresenta e estruturar de uma forma melhor a solução oferecida pela
startup, encontrando aí o melhor resultado nessa equação. O quadro possui também o objetivo de ajudar os
empreendedores que estão iniciando um novo negócio a não perderem tanto tempo e dinheiro aprendendo com
a vivência do mercado. Se no planejamento este quesito já é estudado, em combinação com a solução que a
empresa oferece, a chance de se desenvolver sem maiores intercorrências aumenta. É com o quadro Lean Canvas,
também, que você é capaz de avaliar os diferenciais competitivos da sua startup. Com a análise em conjunto do
mercado e da solução oferecida, é mais fácil encontrar o ponto que irá fazer o seu negócio se destacar em meio
a tantos outros e se tornar inovador. Veja agora como funciona o quadro Lean Canvas e os passos que devem ser
seguidos em sua execução:

1 - Problema: faça uma lista dos três principais problemas que precisam ser resolvidos. Esse é o momento de
avaliar como os seus clientes em potencial estão resolvendo o problema que a sua empresa se propõe solucionar;

2 - Segmento de clientes: busque entender quem são os clientes que podem se interessar e precisam da sua
solução. Caso seja percebido que você tem mais de um tipo de cliente, o ideal é executar um quadro Lean Canvas
para cada um deles;

3 - Proposta de valor: este é um momento para escolher bem as palavras e resumir em que consiste o seu
produto/serviço, demonstrando o porquê de ele ser merecedor do dinheiro dos clientes. Aqui é bom ter cuidado
para não fazer promessas que não podem ser cumpridas;

4 - Solução: neste ponto, descreva de forma sucinta as melhores soluções do seu produto e aposte também em
elaborar um MVP (produto mínimo viável), que consiste em um produto com o mínimo de recursos possível, mas
que serve para conhecer a reação do mercado sobre a sua viabilidade;

31
5 - Canais: é hora de pensar em como o seu produto/serviço chegará até os seus potenciais clientes e avaliar
os custos dessa comunicação;

6 - Receitas: é preciso determinar qual será o modelo de receita, como também definir valores para o produto/
serviço. Um bom começo pode ser oferecer um único plano, com uma avaliação inicial gratuita, para atrair a
atenção dos clientes em prospecção;

7 - Estrutura de custos: organize em uma lista todos os custos fixos e variáveis da sua startup;

8 - Métricas chave: defina as principais ações e métricas que darão suporte à geração de receitas e como será
feito o contato com o usuário e a retenção do mesmo;

9 - Vantagem competitiva: é aqui que você precisa concentrar sua energia para pensar no grande diferencial
da sua startup, que a fará se destacar diante da concorrência e que irá trazer inovação para o mercado em que
você está inserido.

O preenchimento pode ser feito utilizando notas autocolantes que poderão ser substituídas a qualquer momento
de forma rápida e muito simples, facilitando a validação ou não das hipóteses.

Vamos preencher primeiro o seu Canvas (quadro) pessoal?

32
Vamos preencher o quadro de sua ideia?

33
ENCONTRO 15 – MÃO NA MASSA: CRIANDO SOLUÇÕES
Vamos começar a criar o protótipo de sua grande ideia? Para isso, vamos entender o problema e como podemos
construir a sua solução. Um protótipo é um versão inicial, reduzida proporcionalmente, da solução de sistema ou
de parte de uma solução de sistema construída em um curto período de tempo e aprimorada em várias iterações
para testar e avaliar a eficácia do design global utilizado para resolver um problema específico. Os protótipos são
usados de uma maneira direta para reduzir o risco. Eles podem reduzir a incerteza sobre: A viabilidade de negócio
de um produto que está sendo desenvolvido; A estabilidade ou o desempenho da tecnologia-chave; Compromisso
do projeto ou provisão de fundos: construindo um pequeno protótipo de prova de conceito; O entendimento de
requisitos; A aparência do produto, sua usabilidade.

Entendendo o caso: O sistema de tratamento de água residencial é um conjunto de equipamentos que trata a
água utilizada em residências (casas e edifícios). A água de reuso, proveniente do sistema de tratamento de água
residencial, pode vir de pias de banheiro, tanques, máquinas de lavar, ralos de chuveiro, descarga sanitárias, pia
da cozinha etc. Os moradores desses locais necessitam do sistema de tratamento de água residencial para utilizar
água de reuso em lavagem externa, de carros, irrigação de jardins ou limpeza de forma geral. Para obtenção da
água de reuso, o sistema de tratamento de água residencial intercepta os efluentes da tubulação. Primeiramente,
um filtro retém as substâncias maiores. A água engordurada vai para um tanque de areia, que absorve partículas
pesadas, mantendo apenas as mais leves. Ao receber agentes químicos que coagulam e floculam, a água é
enviada a outro tanque, no qual passará por pressão e vazão ideais, chegando ao fim do ciclo do sistema.

Necessidades e desejos dos clientes

Qual a sua ideia?

Materiais e recursos necessários

Como testar e validar essa ideia

34
PROJETE LIVREMENTE O SEU PROTÓTIPO

35
ENCONTRO 16 – A EVOLUÇÃO DO PRODUTO:O FEEDBACK E A
MENTORIA
Nesse encontro utilizaremos dois conceitos muito importantes e de grande aplicabilidade na vida, na carreira e
nos negócios: Feedback e Mentoring.

O termo feedback vem da língua inglesa e significa retroalimentação, realimentação ou retorno a determinado
acontecimento. No contexto da comunicação, trata-se de um dos elementos que aparecem em seu processo,
ou seja, é quando o emissor envia uma mensagem ao receptor e este, após interpretá-la, finaliza o processo de
comunicação enviando um feedback, ou uma resposta ou reação ao emissor.

Já no contexto da Administração de Empresas, o feedback nada mais é que o retorno dado a um indivíduo ou a
um grupo de pessoas, referente à execução de um trabalho. Aqui, o seu objetivo principal é avaliar o desempenho
de cada um, revelando, assim, os pontos fortes e os pontos de melhoria do que foi realizado, para que, dessa
maneira, haja uma evolução por parte de todos, nas próximas vezes em que realizarem as mesmas tarefas.
Feedback é uma avaliação, um processo que consiste em fornecer uma análise sobre determinada tarefa, seu
resultado final ou desempenho de execução. É nada mais do que um retorno que proporciona ao ouvinte entender
melhor os pontos fortes e fracos de suas ações, permitindo a ele realizar os ajustes necessários, além de rever
condutas e potencializar o que vem dando certo. Podemos entender ainda o feedback como um olhar sobre o
presente para construir um futuro melhor.

Mentoring, em uma tradução para o português, significa mentoria. Trata-se de uma ferramenta de desenvolvimento
profissional com o propósito de agregar conhecimento e orientação. A mentoria é feita com um profissional
com experiência e expertise em uma área específica com outro profissional menos experiente, que deseja
crescer profissionalmente. O mentor apoia o mentorado, fornece insights e reflexões e compartilha experiências
e conhecimentos. O processo de mentoring proporciona diferentes vantagens para o mentorado. A principal,
como já mencionamos, é a orientação que ele recebe do mentor, gerando todo o suporte que, muitas vezes,
falta aos profissionais. Apesar disso, também podemos acrescentar nesse rol a troca de ideias e o ganho de
aprendizado a partir das vivências do mentor. Durante o mentoring, ele pode até mesmo falar sobre os erros que
cometeu ao longo da trajetória, servindo como um alerta para que você fuja deles. Outra vantagem é o próprio
desenvolvimento profissional do mentorado, desde o curto ao longo prazo. Na prática, o mentorado fica mais
preparado para enfrentar os desafios da profissão e do mercado, desenvolvendo habilidades importantes, criando
metas e aumentando o desempenho e produtividade.

36
Quadro de mentoria

Mentor

Perguntas

Insight’s

Aprendizados

Decisões

Observações

Quadro de aprendizado

Continuar fazendo Fazer mais Começar a fazer

Fazer menos Parar de Fazer

37
ENCONTRO 17 – STORYTELLING
O storytelling é uma técnica publicitária usada para construir campanhas, que se assemelha à prática de contar
histórias. Esse método é diferente das publicidades tradicionais, em que o anúncio é feito de forma mais agressiva,
sugerindo diretamente que o cliente faça uma compra. Em geral, se opta por um andamento mais sutil, menos
invasivo e mais envolvente. Por mais que o termo storytelling tenha se popularizado nos últimos anos, a prática
não é nova. Trata-se de uma apropriação de técnicas narrativas que ficaram consagradas em outras áreas,
como literatura e cinema. Um dos elementos principais é a necessidade de garantir que a história contada seja
relevante, para que a atenção seja retida e ela fique na memória por algum tempo. Esse ponto é especialmente
relevante para os empreendedores, já que o marketing precisa competir com diversos outros estímulos. Pense
sobre como, na nossa rotina, nos conectamos com diferentes fontes de informação a todo momento: televisão,
rádio, internet, redes sociais e aplicativos no smartphone.
Para construir uma narrativa de sucesso, o primeiro passo é achar a mensagem que precisa ser divulgada. Para
isso, é necessário pensar muito sobre quais os objetivos da empresa e o que o empreendedor gostaria que ficasse
na memória. Quando achá-la, é necessário encontrar os traços emocionais dela. Uma história com começo, meio
e fim nos ajuda a reter mais informações por aguçar os nossos sentimentos e experiências pessoais, que nos
fazem gerar conexões únicas com o conteúdo.

A técnica da “Jornada do Herói”, também conhecida como monomito, é uma das estruturas de texto mais utilizadas
atualmente no storytelling. Ela define um modelo de aventura pela qual o personagem deve passar para que a
história seja envolvente, se dividindo nas fases de preparação, iniciação e retorno. Na primeira, há um conflito
em que o personagem se pergunta sobre os motivos de alcançar algum objetivo. A segunda compreende toda
a jornada e os problemas enfrentados no trajeto, e a terceira é marcada pelo triunfo e pela volta para casa,
com uma lição aprendida. Para facilitar o trabalho, são criados alguns arquétipos (ou modelos), como o herói, o
mentor, o guardião (que tenta impedir que o herói comece a jornada), o arauto (que anuncia o aceite do desafio),
o camaleão (com personalidade dúbia), a sombra (o vilão) e o pícaro (alívio cômico, para não deixar a história
tão séria).

Na rotina de uma organização, uma prática bastante utilizada é o transmedia storytelling, que pretende fazer
com que a história possa se espalhar por diversas plataformas, como o filme Matrix, que além do cinema teve
versões para videogame. Uma boa forma de fazer com que a empresa compreenda esses conceitos é desenvolver
atividades práticas de construção de personagens ou de histórias. Isso tornará mais fácil que, ao criar campanhas,
a possibilidade de seguir a estrutura para emocionar mais o público seja lembrada.

E você? Como vai montar a sua história de sucesso com todas essas informações?

38
39
ENCONTRO 18 – UM PITCH QUASE PERFEITO....
Você tem um minuto para convencer um cliente ou a pessoa que se interessou pela sua ideia, a contratar seu
serviço ou comprar seu produto? Em meio a um mundo diversificado por histórias ímpares e singulares, o tempo
para absorvê-las se tornou mais escasso. Como poderemos ter alunos interessados em negócio, no mundo dos
negócios, principalmente, essa realidade se mostra presente na apresentação do seu projeto. A todo tempo
empresas buscam maneiras mais eficazes e rápidas para demostrar seus serviços e produtos de forma prática e
conseguir a atenção dos investidores para um objetivo comum: vender. Muitos usam estruturas pré-determinadas
com modelos de apresentação de poucos minutos. Essa é a definição de Pitch. A origem do termo surgiu em
Hollywood quando os produtores e executivos de filmes não tinham tempo para ler os roteiros escritos por
completo e então demandavam o Pitch, que seria nada menos que a versão breve da história ao ponto de ser
contada durante o trajeto de elevador (também conhecido como “elevator pitch”). Embora seja mais popular
em startups e em empresas de tecnologia, ele pode ser aplicado e desenvolvido em outros tipos de negócios e
atividades. Vamos ver como Cássio Spina da Edeavor sugere a construção do Pitch.

Introdução - Deve conter basicamente: Qual é a oportunidade; O Mercado que irá atuar; Qual é a sua solução;
Seus diferenciais; O que está buscando.

Oportunidade - Um pitch deve começar indicando qual a oportunidade que sua empresa irá atender, isto é, qual
o mercado e a necessidade que o mesmo tem e não é bem atendida pelos players majoritários, de forma bem
objetiva e direta. Exemplo: “Nós iremos resolver o problema das perdas na distribuição de água” - aqui você já
determinou o mercado (“distribuidoras de água”) e a oportunidade (“resolver o problema das perdas”).

Solução - A seguir apresente rapidamente qual a solução que propõe para atender a necessidade da oportunidade
já destacando a sua inovação/diferenciação. Continuando o exemplo anterior: “através uma tecnologia própria
não-invasiva de monitoramento ativo que identifica os pontos de perda para reparo”. Veja que não foi necessário
detalhar como a mesma funciona, mas ao mesmo tempo já destacou um diferencial (“tecnologia própria”). Insira
amostras do seu produto/serviço, sejam telas do mesmo, fotos de um protótipo, um vídeo explicativo, etc. Tudo
que tanto facilite o entendimento quanto demonstre sua capacidade de execução.

Diferenciais - Você deve agora reforçar suas vantagens competitivas perante a solução dominante do
mercado. Observar que deve-se comparar com quem já tenha maior market-share no mercado que irá atuar
independentemente de ser similar. Exemplo: “Nossa tecnologia, diferentemente do maior player deste mercado,
não precisa que se instalem medidores específicos, pois monitoramos o fluxo de água por nosso equipamento de
detecção”.

Proposta - Aqui, se você estiver apresentando para um investidor, deve apresentar qual o estágio do seu
negócio, qual valor do investimento está buscando e para que será utilizado. Exemplo: “Já temos um protótipo
funcional testado e avaliado pela companhia XYZ e estamos buscando um investimento de R$ XXX para completar
o desenvolvimento, fabricar as unidades piloto e fechar os primeiros contratos”. E completar perguntando se teria
interesse em avaliar para investir.

40
Agora é a vez do seu time preparar a sua apresentação!

Introdução

Oportunidade

Solução

Diferenciais

Proposta

41
ENCONTRO 19 – APRESENTANDO UM PITCH QUASE PERFEITO....

Você tem cinco minutos para convencer um cliente a contratar seu serviço ou comprar seu produto. Use todas as
ferramentas construídas, criatividade, inovação, persuasão e todas as possibilidades para convencer que o seu
produto é o melhor de todos.

42
ENCONTRO 20 – MARCAS DO QUE SE FOI, SONHOS QUE IREMOS
TER...
Que jornada você viveu até aqui? Mas é só o começo, o melhor ainda está por vir. Que tal, trocarmos as
experiências do que vivemos até agora?

Aprendi que eu sou

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Aprendi que eu posso

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Aprendi que eu mereço


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O que levo para toda a vida

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O que eu queria mais

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Fichas que caíram

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Decisões que tomei

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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