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Os textos condensados da escola são ilusórios no que diz respeito a tornar seus
usuários aptos a dominar o saber. Ademais, por nem sempre cultivarem o hábito de
ler, os materiais didáticos geralmente alimentam mais a ignorância. Esses livros estão
repletos de falsas verdades e imposições, dessa forma, está implícito a intenção de
manipular a leitura.
Os organizadores dos livros didáticos justificam as temáticas dos livros didáticos por
meio do “caráter científico”, ao passo que os educadores os reconhecem como um
“mal necessário”. Assim, a educação formal padece e a política educacional tem
resultados desastrosos.
Por isso, seria contra-senso insistir na leitura restringindo-a aos livros, uma vez que
essa restrição afastaria a oportunidade de uma experiência da leitura aos milhões de
analfabetos e iletrados espalhados pelo país. Logo, os educadores devem aplicar
metodologias consoantes aos desafios e desequilíbrios vivenciados na realidade de
cada indivíduo.
Ampliar a noção leitura é ampliar a visão de mundo e da cultura, haja vista que as
noções que se têm geralmente ligadas às noções impostas pelas instituições. A
verdadeira leitura só tem sentido quando as relações humanas são compreendidas e
pode-se transferir o que está sendo lido a essas relações.
A leitura começa antes do texto e vai além dele, assim, o leitor tem um papel atuante.
A leitura se dá a partir do diálogo do leitor com o objeto lido, mas considerar a leitura
apenas como resultado dessa interação seria reduzi-la consideravelmente.
Por isso, aprender a ler significa também ler o mundo, e dar sentido ao mundo implica
em dar sentido a nós mesmos. Em suma, deve-se lembrar de que a leitura é um
instrumento libertador e deve ser encarada como um ato de resistência. Ler é libertar-
se,ao passo que a liberdade é para todos.